Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Papa abre caminho a beatificação de Teresa de Saldanha (1837-1916)

O Papa aprovou hoje a publicação do decreto que reconhece as ‘virtudes heroicas’ da irmã Teresa de Saldanha (1837-1916), que recebe assim o título de ‘venerável’.

Esta é uma fase do processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, penúltima etapa para a declaração da santidade, após o reconhecimento de um milagre atribuído à sua intercessão.

A fundadora da Congregação das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena criou ainda a Associação Protetora de Meninas Pobres (1859), hoje Associação Promotora da Criança, tendo-se destacado no panorama nacional como educadora, através de uma pedagogia personalista.

Proveniente de uma família nobre, envolveu-se na educação de crianças pobres e na alfabetização e promoção de raparigas operárias, através de aulas externas.

A primeira mulher a fundar uma congregação em Portugal, após a extinção das ordens religiosas no século XIX, ficou também conhecida como pintora e pelos seus escritos.

À data da sua morte tinha fundado 27 casas: 17 em Portugal; seis no Brasil; uma na Bélgica; duas nos EUA; e uma em Espanha.

O processo de canonização foi aberto em Portugal a 6 de novembro de 1999 e entregue em Roma a 14 de fevereiro de 2002.

A canonização, ato reservado ao Papa desde o século XIII, é a confirmação, por parte da Igreja Católica, que um fiel católico é digno de culto público universal (os beatos têm culto local) e de ser apresentado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.

OC

Papa Francisco na Audiência geral (resumo em português)

Locutor: A misericórdia e o perdão não podem ficar reduzidos a belas palavras; são vida e dão vida neste Jubileu, se aderirmos de coração aos sinais que o caracterizam: cruzar a Porta Santa, abeirar-se do sacramento da Confissão, amar a todos e tudo perdoar. O primeiro sinal é a Porta Santa, que eu quis aberta em todas as dioceses do mundo, para todos os fiéis poderem experimentar a graça do Jubileu. Aquela Porta indica o próprio Jesus, que nos convida a entrar e repousar n’Ele, mas também nos impele a sair ao encontro dos outros, levando-lhes o seu abraço de amor e perdão. Por isso, não teria grande eficácia o Jubileu, se a porta do nosso coração não se abrisse para deixar Cristo passar para os outros. Assim como a Porta Santa permanece aberta, porque é o sinal do acolhimento que Deus nos reserva, assim também há-de estar sempre aberta de par em par a nossa porta, sem excluir ninguém. Amar e perdoar são o sinal concreto de que a fé transformou o nosso coração, manifestando-se em nós a própria vida de Deus: amar e perdoar, como Deus ama e perdoa. Por vezes ouvimos pessoas lamentar-se de que não conseguem perdoar. É verdade que não é fácil perdoar, porque o nosso coração é pobre e, só com as nossas forças, não conseguimos perdoar; mas tornamo-nos capazes de perdão, se nos abrirmos a Deus e acolhermos a sua misericórdia em nós. E como podemos acolher e sentir a misericórdia de Deus em nós? Abeirando-nos do sacramento da Confissão, que nos reconcilia com Deus: vendo o estado miserável em que nos deixaram os nossos pecados, que reconhecemos e Lhe confessamos, Ele enche-Se de compaixão ficando Ele com os nossos pecados e regenerando-nos como seus filhos; acolhe-nos no seu seio e encoraja-nos a seguir pela estrada do bem.

Santo Padre: Carissimi pellegrini di lingua portoghese, benvenuti! Vi auguro di sperimentare quell’immensa e inesauribile misericordia che il Padre ci ha dato col suo Figlio fatto Bambino. Possano i vostri cuori e le vostre famiglie rallegrarsi con la presenza di questo Dio fatto Uomo, sull’esempio della Vergine Madre che l’ha concepito per opera dello Spirito Santo! Buon Natale!

Locutor: Queridos peregrinos de língua portuguesa, bem-vindos! De coração vos desejo aquela misericórdia imensa e inesgotável que o Pai nos deu com o seu Filho feito Menino. Possam os vossos corações e as vossas famílias alegrar-se com a presença deste Deus feio Homem, a exemplo da Virgem Mãe que O concebeu por obra do Espírito Santo! Feliz Natal!

«A boa nova é anunciada aos pobres»

São João Paulo II
Encíclica «Dives in Misericordia» § 3

Diante dos Seus conterrâneos, em Nazaré, Cristo expõe as palavras do profeta Isaías: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor» (Lc 4,18-19). [...] Mediante tais factos e palavras, Cristo torna o Pai presente no meio dos homens. É muito significativo que estes homens sejam sobretudo os pobres, carecidos dos meios de subsistência, os que estão privados da liberdade, os cegos que não vêem a beleza da criação, os que vivem com a amargura no coração, ou então os que sofrem por causa da injustiça social e, por fim, os pecadores. Em relação a estes últimos, de modo especial, o Messias torna-Se sinal particularmente visível de Deus que é amor, torna-Se sinal do Pai. [...]

É igualmente significativo que, quando os mensageiros enviados por João Batista foram ter com Jesus e Lhe perguntaram: «Tu és Aquele que está para vir, ou temos de esperar outro?», Ele, referindo-se ao mesmo testemunho com que havia inaugurado o Seu ensino em Nazaré, lhes tenha respondido: «Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, aos pobres é anunciada a Boa-Nova»; e é ainda significativo que tenha depois concluído: «Bem-aventurado aquele que não se escandalizar a Meu respeito».

Jesus revelou, sobretudo pelo Seu estilo de vida e as Suas acções, como o Amor está presente no mundo em que vivemos, Amor operante, Amor que se dirige ao homem e abraça tudo quanto constitui a sua humanidade. Tal amor transparece especialmente no contacto com o sofrimento, a injustiça e a pobreza, no contacto com toda a «condição humana» histórica que, de vários modos, manifesta as limitações e a fragilidade, tanto físicas como morais, do homem. Precisamente o modo e o âmbito em que Se manifesta o Amor são chamados, na linguagem bíblica, «misericórdia». Cristo, portanto, revela Deus que é Pai, que é «Amor», como referiria João na sua primeira epístola (4,16); revela Deus «rico em misericórdia» (Ef 2,4).

O Evangelho do dia 16 de dezembro de 2015

João chamou dois e enviou-os a Jesus a dizer-Lhe: «És Tu o que há-de vir ou devemos esperar outro?» Tendo ido ter com Ele, disseram-Lhe: «João Batista enviou-nos a Ti, para Te perguntar: “És Tu o que há-de vir ou devemos esperar outro?”». Naquela mesma ocasião Jesus curou muitos de doenças, de males, de espíritos malignos, e deu vista a muitos cegos. Depois respondeu-lhes: «Ide referir a João o que vistes e ouvistes: Os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, aos pobres é anunciada a boa nova; e bem-aventurado aquele que não tiver em Mim ocasião de queda».

LC 7, 19-23