Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Amar a Cristo...

Amado Jesus, pedimos-Te por aquela que hoje festeja o aniversário natalício e que na Tua bondade nos concedeste como companheira e grande amiga, mãe dos nossos filhos e avó dos nossos netos.

Senhor, Tu que tudo sabes, sabes, que esta Tua filha sempre foi uma incansável defensora do nosso matrimónio e o pilar da nossa família.

Granjeou o amor e enorme respeito de toda a família e é por todos olhada como uma referência na dedicação e carinho que lhes dedica.

Como Te poderemos agradecer, nós que sempre fomos pecadores, a graça que nos concedeste de ter como esposa, amiga e companheira um ser humano com todas estas qualidades? Só encontramos uma resposta, amando-Te, louvando-Te e proclamando-Te.

Obrigado Meu Senhor e Meu Deus por todas as graças com que nos cumulastes!

JPR   

Coro dos monges do Mosteiro de São Domingos de Silos


I CÓDICE CALIXTINO 1. O adjutor omnium - responsorio (4,36) 
2. Alleluia in greco (2,24) 
3. Ad honorem regis (1,19) 
4. Clemens servulorum - prosa (4,15) 
5. Ecce adest nunc Iacobus - farsa officit misse (3,30) 
6. Regi perennis glorie benedicamus (2,50) 
7. Congaudeant catholici - a 3 voces (3,00) 
8. Dum Pater familias - canto jacobeo (2,48) II ANTIFONARIO MOZÁRABE DE SILOS 
Cantus lamentationum 
9. Lección I de Jueves Santo (4,36) 
10. Lección II de Jueves Santo (3,56) 
11. Lección I de Viernes Santo (3,46) 
12. Lección I de Sábado Santo (5,13) 
13. Oración de Jeremías (4,59) III ANTIFONARIO MOZÁRABE DE LEÓN 
14. Gloria (2,45)

Papa celebra Missa na Igreja de Jesus, na festa de Santo Inácio de Loyola

Papa Francisco celebrou uma Santa Missa, nesta manhã de quarta-feira, na igreja de Jesus, em pleno centro de Roma, pela festa litúrgica de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus.

Tratou-se de uma Missa, em forma privada, como aquelas que o Papa celebra, todas as manhãs, na Capela da Casa Santa Marta, onde reside no Vaticano.

Na homilia, Papa Francisco exortou seus irmãos Jesuítas, “a colocar Jesus ao centro das suas vidas e não a própria pessoa” e dirigiu seu pensamento ao Jesuíta sequestrado na Síria, recordando: “Os Jesuítas são chamados, em diversos modos, a dar a sua vida pelos outros, como fez São Francisco Xavier e Padre Pedro Arrupe, que teve um enfarte ao voltar de uma visita a um campo de refugiados”.

Participaram da celebração Eucarística o Prepósito Geral da Companhia de Jesus, Pe. Adolfo Nicolás, que fez uma saudação inicial ao Santo Padre, e cerca de 800 pessoas, entre Jesuítas, colaboradores, funcionários, representantes de duas Congregações de Irmãs de inspiração inaciana.

Papa Francisco permaneceu na igreja de Jesus por cerca de duas horas. Depois da Santa Missa, visitou o quarto do Fundador da Companhia de Jesus, Santo Inácio de Loyola, na qual se deteve em oração; depois, permaneceu diante do relicário, que contém o braço de São Francisco Xavier, e diante do túmulo do Padre Pedro Arrupe, ex-Prepósito Geral e histórico “papa negro”, falecido há 20 anos.

Por fim, ao acender diante do altar uma lâmpada votiva, Papa Bergoglio se entreteve com seus irmãos Jesuítas participando num momento de convívio fraterno e festivo.

No término da celebração Eucarística, uma pequena multidão de pessoas, que se encontrava diante da igreja, na Praça de Jesus, aplaudiu o Pontífice com gritos de “viva o Papa”, enquanto um grupo entoava o canto “Papa, nós te amamos”.

(Fonte: 'news.va')

Vídeo da ocasião legendado em espanhol

Que há de novo nas afirmações do Papa sobre o homossexualismo? (agradecimento 'É o Carteiro')

Não muito.

Declinar o direito de "julgar" os outros é coisa que remonta a Jesus. Isso não significa, no entanto, que não se possa avaliar o caráter moral das acções dos outros.

Pode-se fazer a avaliação moral de que o que alguém faz é errado (Jesus obviamente não proíbe isso), sem ter ou usar de malícia em relação a essa pessoa.

A afirmação de que eles não devem ser marginalizados está em sintonia com a abordagem da Santa Sé sobre o assunto no documento sobre o atendimento pastoral das pessoas homossexuais (de 1986).

A afirmação de que a atração pelo mesmo sexo "não é o problema", quando compreendida corretamente, também não é novidade.

"O problema", como o Papa Francisco parece aqui entender, vai mais além do simples sentir uma tendência pecaminosa, uma tentação a que se é sujeito.

Os cristãos, como todos, têm lutado com toda a espécie de tentação em toda a história.

Obviamente, as tentações são um problema, mas se se resiste à tentação não se peca. "O problema", neste entendimento, está em ceder à tentação e em pecar ou - pior – em construir uma ideologia em volta do pecado e tentando defender o pecado.

Finalmente, a afirmação de que "eles são nossos irmãos" também não é novidade.

A atracção pelo mesmo sexo é apenas uma tentação como muitas outras, e o facto de uma pessoa sofrer esta tentação de modo nenhum a priva do estatuto de irmão em Cristo, tal como acontece com as outras tentações.
Original AQUI

«É como ter um avô em casa» Papa Francisco referindo-se carinhosamente a Bento XVI

“É como ter um avô em casa, mas um avô sábio. Quando numa família o avô vive em casa, é venerado, é amado, é ouvido. Ele é um homem de grande prudência, não se imiscui. Eu já lhe disse várias vezes: “Mas Santidade, faça a sua vida, receba hóspedes, participe nas nossas iniciativas… “. Participou na inauguração e bênção da Estátua de São Miguel… Para mim, é como ter um avô em casa. O meu pai. Se tivesse uma dificuldade ou algo que não compreendesse, havia de telefonar e dizer “mas diga-me, acha que posso fazer isto, aquilo?”. E quando fui ter com ele para falar daquele grande problema do vatileaks, ele disse tudo com grande simplicidade… ao serviço”.

(durante a conferência de empresa no voo de regresso a Roma)

Carta aberta a Bento XVI

A carta foi escrita por Ivan Quintavalle (Estudante, I Ciclo di Teologia) e publicada originalmente em “Notizie dalla Santa Croce”, informativo da Pontificia Università della Santa Croce – Roma.

***

Meu doce Bento, são dias estranhos esses, sabe? Há uma estranha atmosfera por aqui.

A euforia é tanta, o mundo parece estar de repente em busca de conversão. Talvez seja mesmo assim, espero realmente que seja assim. No entanto, eu, eu não consigo estar contente.

Pouco importa. Mas eu tento entender o porquê.

Esta noite tentei deixar claro no meu coração. Infelizmente, não tendo a sua santidade, não posso viver tudo isso com a sua mesma paz de espírito.

Bem, na luta contra a insónia, eu entendi a razão para essa minha subtil tristeza. A principal causa do meu mau humor é a minha ingratidão. Talvez seja o mais óbvio mal de todos os homens, e é o mal que, mais do que todos os outros, me faz ser menos homem. Estamos tão eufóricos nestes dias de recém-descoberta pobreza, que já não pensamos mais em si, que neste momento é o mais pobre de todos.

Escolheu a solidão e o silêncio; não ama mostrar a sua pobreza ao mundo. Porque nunca quis alardear suas virtudes. Pôs suas virtudes a serviço de todos nós e da Igreja de Cristo. Exerceu suas virtudes de modo tão discreto e impessoal que não as fez parecer suas.

Como tenho sido ingrato e sem amor por si!

Eu duvidei da sua opção, fui tentado por um momento a reconhecê-la como um ato de covardia. Mas, nestes dias brilham mais a sua grandeza. Na verdade, a fazem resplandecer, mas de uma forma invisível. Santidade escolheu a ocultação, a clausura. Quanta grandeza, quanta coragem. Nenhum amor-próprio. Apenas a Cruz. E nós continuamos a fazer comparações. Fizemos-las com seu amado predecessor João Paulo II, enquanto o senhor escrevia páginas memoráveis e silenciosas do Magistério da Igreja. E as fazemos agora, enquanto, com a sua ausência voluntária, escreve a sua encíclica mais bela: aquela sobre a humildade. Hoje é o seu onomástico, meu amado Bento. Por favor, perdoe-me por minha ingratidão, mas acima de tudo pela minha falta de fé.

Desejo-lhe dias felizes; eu vou me esforçar para ser um melhor filho de Papa Francisco, mais do que tenha sido de si.

Roma, 18 de março de 2013

Em Cristo,

Ivan Quintavalle (Estudante, I Ciclo di Teologia)

As parábolas do tesouro e da pérola

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja 
Homilias sobre o Evangelho de Mateus, n° 47, 2


As duas parábolas do tesouro e da pérola ensinam a mesma coisa: que temos de preferir o Evangelho a todos os tesouros do mundo. […] Mas há uma situação ainda mais meritória: preferi-lo com gosto, com alegria e sem hesitação. Jamais podemos esquecer-nos de que ganhamos mais do que perdemos ao renunciar a tudo para seguir a Deus. O anúncio do Evangelho está oculto neste mundo como um tesouro escondido, um tesouro inestimável.

Para procurar esse tesouro […], são necessárias duas condições: a renúncia aos bens do mundo e uma sólida coragem. Efectivamente, trata-se «de um negociante que busca boas pérolas. Tendo encontrado uma pérola de grande valor, vende tudo quanto possui e compra a pérola». Essa pérola única é a verdade, e a verdade é una, não se divide. Possuis uma pérola? Tu conheces a tua riqueza; mas, se a tens fechada na concha da mão, o mundo ignora a tua fortuna. Acontece o mesmo com o Evangelho. Se o abraças com fé, e o mantens fechado no coração, que tesouro! Mas só tu o conhecerás: os não crentes, que ignoram a sua natureza e o seu valor, não fazem ideia da incomparável riqueza que tu possuis.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O tesouro escondido no campo das Escrituras

Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir 
«Contra as heresias», IV, 26

Foi Cristo que Se tornou presente a todos aqueles a quem Deus, desde o início, comunicou a Sua Palavra, o Seu Verbo. E, se alguém ler a Escritura nessa perspectiva, encontrará uma expressão que diz respeito a Cristo e uma prefiguração do novo chamamento. Pois é Ele o tesouro escondido no «campo», isto é, no mundo (Mt 13,38). Tesouro escondido nas Escrituras, pois foi assinalado por símbolos e parábolas que, humanamente falando, não podiam ser compreendidas antes do cumprimento das profecias, isto é, antes da vinda do Senhor. Foi por isso que foi dito ao profeta Daniel: «Guarda isto em segredo e conserva selado este livro até ao tempo final» (12,4). [...] E Jeremias também disse: «Compreendê-los-eis plenamente no futuro» (23,20). [...]

Lida pelos Cristãos, a Lei é um tesouro escondido outrora no campo, mas que a cruz de Cristo revela e explica [...]: ela manifesta a sabedoria de Deus, dá conhecer os Seus desígnios com vista à salvação do homem, prefigura o Reino de Cristo, anuncia antecipadamente a Boa Nova da herança da Jerusalém santa, prediz que o homem que ama a Deus progredirá até O ver e escutar a Sua palavra, e que será glorificado por essa palavra. [...]

Foi dessa maneira que o Senhor explicou as Escrituras aos Seus discípulos depois da ressurreição, provando-lhes, através delas, que «o Messias tinha de sofrer essas coisas para entrar na Sua glória» (cf Lc 24,26). Se, portanto, alguém ler desta maneira as Escrituras, será um discípulo perfeito «semelhante a um pai de família, que tira coisas novas e velhas do seu tesouro» (Mt 13,52).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 31 de julho de 2013

«O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo que, quando um homem o acha, esconde-o e, cheio de alegria pelo achado, vai e vende tudo o que tem e compra aquele campo. O Reino dos Céus é também semelhante a um negociante que busca pérolas preciosas e, tendo encontrado uma de grande preço, vai, vende tudo o que tem e a compra.

Mt 13, 44-46

terça-feira, 30 de julho de 2013

Amar a Cristo...

Senhor, ajuda-nos a não nos habituar à Tua bondade, pois se tal nos sucedesse facilmente passaríamos da profunda gratidão à ingratidão eivada pela indiferença.

Deixa-nos ter sempre presente, que nos ajudas e proteges, a nós e a todos, porque a todos amas e a todos queres ajudar, mesmo quando tal não seja na nossa pequenez totalmente compreensível.

É pois, querido Jesus, nossa obrigação dar-Te graças percorrendo os caminhos nesta breve passagem sem jamais Te esquecermos e divulgarmos.

Louvado sejais pelos séculos dos séculos!

JPR

Os melhores momentos da visita do Santo Padre ao Brasil em breves 2 minutos (só imagem)

Entrevista completa Papa Francisco no voo de regresso a Roma (agradecimento 'É o Carteiro!)

Julho um mês pleno de graças

O mês passado foi pródigo em dons divinos. Começou com a apresentação da encíclica Lumen Fidei, com a qual o Papa Francisco completou a trilogia sobre as virtudes teologais iniciada por Bento XVI. Convido-vos a que a mediteis pausadamente; para enchermos de luz a inteligência e a vontade de moções, para nos comprometermos com mais ardor na nova evangelização.

No dia 5, data em que foi publicada a encíclica, tornou-se também pública a aprovação pontifícia do milagre atribuído à intercessão de D. Álvaro, que abre as portas à sua beatificação, e também do milagre que permitirá a canonização de João Paulo II. Encheu-me de alegria a singular coincidência destes dois atos pontifícios na mesma data, que vejo como manifestação da sintonia espiritual que existiu entre aquele grande Pontífice e o meu queridíssimo predecessor à frente da Obra.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de agosto de 2013)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

Os 'tweets' do Papa Francisco no dia 29 de julho de 2013

1º - Agradeço profundamente a todos aqueles que trabalharam para o sucesso da JMJ e abraço vocês todos, os participantes.

2º - Estou de retorno a casa, e lhes asseguro que a minha alegria é muito maior que o meu cansaço!

3º - Semana inesquecível no Rio! Obrigado a todos! Rezem por mim.

«Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai»

Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja 
Da Trindade, XI, 39-40

[Diz S. Paulo que] Cristo entregará o reino a Seu Pai (1Cor 15,24), não no sentido em que renunciará ao Seu poder entregando-Lhe o Seu Reino, mas no sentido em que o Reino de Deus seremos nós, assim que tivermos sido conformados à glória do Seu Corpo, constituídos Reino de Deus através da glorificação do Seu Corpo. E assim nos entregará ao Pai enquanto Reino, segundo diz o Evangelho: «Vinde, benditos de Meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo» (Mt 25,34).

E «os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai» porque o Filho colocará nas mãos de Deus aqueles que, sendo o Reino, para ele convidara, aqueles a quem foram prometidas as bem-aventuranças próprias deste mistério com estas palavras: «Felizes os puros de coração, porque verão a Deus» (Mt 5,8). [...] Serão estes quem, enviados a Seu pai como Seu Reino, verão a Deus.

O próprio Senhor dissera aos Apóstolos em que consistia este Reino: «O Reino de Deus está no meio de vós» (Lc 17,21). E se alguém inquirir quem é Aquele que entregará o Reino, preste atenção: «Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram. Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem vem a ressurreição dos mortos» (1Cor 15,20-21). Tudo isto diz respeito ao mistério do Corpo, uma vez que Cristo é o primeiro Ressuscitado dentre os mortos. [...] Por isso [é que] Deus será «tudo em todos» (1 Cor 15,28), para o progresso da [nossa] humanidade assumida por Cristo.

«Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai»

Catecismo da Igreja Católica 
§§ 760-769


«O mundo foi criado em ordem à Igreja», diziam os cristãos dos primeiros tempos (Hermas). Deus criou o mundo em ordem à comunhão na sua vida divina, comunhão que se realiza pela convocação dos homens em Cristo; esta convocação (ecclesia) é a Igreja. A Igreja é o fim de todas as coisas. As próprias vicissitudes dolorosas, como a queda dos anjos e o pecado do homem, não foram permitidas por Deus senão como ocasião e meio de pôr em acção toda a força do seu braço, toda a medida do amor que queria dar ao mundo: «Assim como a vontade de Deus é um acto e se chama mundo, do mesmo modo a sua intenção é a salvação dos homens e chama-se Igreja» (Clemente de Alexandria).

A reunião do povo de Deus começa no instante em que o pecado destrói a comunhão dos homens com Deus e entre si. A reunião da Igreja é, por assim dizer, a reacção de Deus ao caos provocado pelo pecado. Esta reunificação realiza-se secretamente no seio de todos os povos: «Em qualquer nação, quem O teme e pratica a justiça, é aceite por Ele» (At 10, 35). A preparação remota da reunião do povo de Deus começa com a vocação de Abraão, a quem Deus promete que há-de vir a ser o pai de um grande povo (Gn 12,2). A preparação imediata começa com a eleição de Israel como povo de Deus (Ex 19,5). Pela sua eleição, Israel será o sinal da reunião futura de todas as nações (Is 2,2). […]

Pertence ao Filho realizar, na plenitude dos tempos, o plano de salvação do seu Pai; tal é o motivo da sua missão […]. Cristo inaugurou na terra o Reino dos Céus. A Igreja «é o Reino de Cristo já presente em mistério» (Vat II, LG 3). […] «A Igreja [...] só na glória celeste alcançará a sua realização acabada» (Vat II, LG 8), aquando do regresso glorioso de Cristo. […] Ela suspira pelo advento do Reino em plenitude. […] A consumação da Igreja – e, através dela, do mundo – na glória, não se fará sem grandes provações. Só então é que «todos os justos, desde Adão, desde o justo Abel até ao último eleito, se encontrarão reunidos na Igreja universal junto do Pai» (Vat II, LG 2).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 30 de julho de 2013

Então, despedido o povo, foi para casa, e chegaram-se a Ele os Seus discípulos, dizendo: «Explica-nos a parábola do joio no campo». Ele respondeu: «O que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do reino. O joio são os filhos do Maligno. O inimigo que o semeou é o demónio. O tempo da ceifa é o fim do mundo. Os ceifeiros são os anjos. De maneira que, assim como é colhido o joio e queimado no fogo, assim acontecerá no fim do mundo. O Filho do Homem enviará os Seus anjos e tirarão do Seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade, e lançá-los-ão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. Então resplandecerão os justos como o sol no reino de seu Pai. O que tem, ouvidos para ouvir, oiça.

Mt 13, 36-43

segunda-feira, 29 de julho de 2013

O Papa à solta no avião

Chegou com ar cansado e sorridente. Encostou-se à parede que divide o sector da classe turística do Airbus A330 e, com toda a simplicidade, ficou ali, serenamente, a olhar para nós.

Meia hora antes, os 75 jornalistas – mais mortos que vivos por causa das reportagens desta intensa semana, com horários alucinantes, desde as 5h00 até à meia-noite – só pensavam em conquistar o melhor lugar para jantar e dormir no avião. Eis senão quando vem o Padre Lombardi, director da Sala de Imprensa da Santa Sé, meio divertido e inseguro explicar-nos que, "muito provavelmente", o Papa vinha passar um tempo connosco e responder a perguntas.

Como vai ser? Quando? Quem pode perguntar? Os esclarecimentos esbarraram com a incapacidade de Lombardi responder, pois desde que Francisco é Papa, os seus colaboradores pouco ou nada conseguem controlar.

Lombardi saiu e instaurou-se a confusão: na impossibilidade objectiva de fazermos 70 perguntas ao Papa, os vários países organizaram-se: três brasileiros, dois espanhóis, três americanos, dois franceses. Jogou a meu favor o facto de ser a única portuguesa a bordo e estar sentada na primeira fila. Nem queria acreditar! Já no voo de Roma para o Rio de Janeiro, Francisco tinha conversado sem pressas com cada um de nós e agora, ali estava ele, outra vez, com o seu terno sorriso, disponível, só para nós.

O mais surpreendente foi não haver limites. Francisco ficou ali de pé, à nossa frente (e nós sentados, para todos poderem ver) e começou a responder às mais variadas perguntas. Sempre atento a quem perguntava e de palavra pronta, respondendo a tudo o que lhe quisemos perguntar – desde as coisas mais incómodas e difíceis até às privadas como, por exemplo, o que é que leva dentro da sua mala preta quando viaja.

Nunca, por um instante, Francisco mostrou enfado ou irritação. Por isso, as perguntas continuaram durante uma hora e 20 minutos. Quem acabou por ceder "de overdose papal" fomos nós, os vaticanistas que terminaram esta inédita conferência de imprensa com uma enorme salva de palmas.

Claro que a maioria não dormiu de noite, com tanto material para despachar. E passadas 12 horas de voo, com todos meio "zombies" e felizes com tanta fartura, eis que, depois do pequeno-almoço a bordo, surge Francisco a passear pelas coxias para desentorpecer as pernas, como qualquer normal passageiro.

"Então, dormiram alguma coisa?", perguntou sorridente.

"Santo Padre, passámos a noite a trabalhar por sua causa", disse-lhe um vaticanista italiano.

Ao que Francisco, com uma gargalhada, retorquiu: "Vocês puseram-se a jeito".

Extraordinária conferência de imprensa do Papa durante o voo de regresso a Roma (vídeo legendado em espanhol)

Amar a Cristo...

Senhor, o Pai enviou-Te e depois Tu e Ele enviaram-nos o Espírito Santo que procedendo de Vós nos guia, nos consolida na fé e nos consola na dor transmitindo-nos a esperança cheios da Santíssima Trindade, que sois Vós num só Deus.

Amado Jesus, a Vossa presença na Sagrada Eucaristia é de uma bondade a toda a prova para connosco pecadores que frequentemente nos esquecemos que sem Vós nada seriamos.

Ajuda-nos pois, Mestre, a aumentar a nossa fé, a sermos melhores cristãos e a proclamarmos o Credo, Símbolo de Niceia, com total entrega ao Pai, a Ti, ao Espírito Santo e à Santa Igreja.

JPR

Entrevista exclusiva do Papa à TV Globo em que não se escusa a abordar todos os temas

Os 'tweets' do Papa Francisco no dia 28 de julho de 2013

1º - Não podemos ficar encerrados na paróquia, nas nossas comunidades, quando há tanta gente esperando o Evangelho!

2º - Queridos jovens, sejam verdadeiros “atletas de Cristo”! Joguem no seu “time”!

O Papa vai embora e lhes diz “até breve”

Senhor Vice-Presidente da República,
Distintas Autoridade Nacionais, Estaduais e Locais,
Senhor Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro,
Senhores Cardeais e Irmãos no Episcopado,
Queridos Amigos!

Dentro de alguns instantes, deixarei sua Pátria para regressar a Roma. Parto com a alma cheia de recordações felizes; essas – estou certo – tornar-se-ão oração. Neste momento, já começo a sentir saudades. Saudades do Brasil, este povo tão grande e de grande coração; este povo tão amoroso. Saudades do sorriso aberto e sincero que vi em tantas pessoas, saudades do entusiasmo dos voluntários. Saudades da esperança no olhar dos jovens no Hospital São Francisco. Saudades da fé e da alegria em meio à adversidade dos moradores de Varginha. Tenho a certeza de que Cristo vive e está realmente presente no agir de tantos e tantos jovens e demais pessoas que encontrei nesta inesquecível semana. Obrigado pelo acolhimento e o calor da amizade que me foram demonstrados. Também disso começo a sentir saudades.

De modo particular agradeço à Senhora Presidenta, por ter-se feito intérprete dos sentimentos de todo o povo do Brasil para com o Sucessor de Pedro. Cordialmente agradeço a meus Irmãos Bispos e seus inúmeros colaboradores por terem tornado estes dias uma celebração estupenda da nossa fé fecunda e jubilosa em Jesus Cristo. Agradeço a todos os que tomaram parte nas celebrações da Eucaristia e nos restantes eventos, àqueles que os organizaram, a quantos trabalharam para difundi-los através da media. Agradeço, enfim, a todas as pessoas que, de um modo ou outro, souberam acudir às necessidades de acolhida e gestão de uma multidão imensa de jovens, sem esquecer de tantas pessoas que, no silêncio e na simplicidade, rezaram para que esta Jornada Mundial da Juventude fosse uma verdadeira experiência de crescimento na fé. Que Deus recompense a todos, como só Ele sabe fazer!

Neste clima de gratidão e saudades, penso nos jovens, protagonistas desse grande encontro: Deus lhes abençoe por tão belo testemunho de participação viva, profunda e alegre nestes dias! Muitos de vocês vieram como discípulos nesta peregrinação; não tenho dúvida de que todos agora partem como missionários. A partir do testemunho de alegria e de serviço de vocês, façam florescer a civilização do amor. Mostrem com a vida que vale a pena gastar-se por grandes ideais, valorizar a dignidade de cada ser humano, e apostar em Cristo e no seu Evangelho. Foi Ele que viemos buscar nestes dias, porque Ele nos buscou primeiro, Ele nos faz arder o coração para anunciar a Boa Nova nas grandes metrópoles e nos pequenos povoados, no campo e em todos os locais deste nosso vasto mundo. Continuarei a nutrir uma esperança imensa nos jovens do Brasil e do mundo inteiro: através deles, Cristo está preparando uma nova primavera em todo o mundo. Eu vi os primeiros resultados desta sementeira; outros rejubilarão com a rica colheita!

O meu pensamento final, minha última expressão das saudades, dirige-se a Nossa Senhora Aparecida. Naquele amado Santuário, ajoelhei-me em prece pela humanidade inteira e, de modo especial, por todos os brasileiros. Pedi a Maria que robusteça em vocês a fé cristã, que é parte da nobre alma do Brasil, como também de muitos outros países, tesouro de sua cultura, alento e força para construírem uma nova humanidade na concórdia e na solidariedade.

O Papa vai embora e lhes diz “até breve”, um “até breve” com saudades, e lhes pede, por favor, que não se esqueçam de rezar por ele. Este Papa precisa da oração de todos vocês. Um abraço para todos. Que Deus lhes abençoe!

Papa Francisco no encontro com os jovens voluntários da JMJ Rio

Queridos voluntários, boa tarde!

Não podia regressar a Roma sem antes agradecer, de modo pessoal e afetuoso, a cada um de vocês pelo trabalho e dedicação com que acompanharam, ajudaram, serviram aos milhares de jovens peregrinos; pelos inúmeros pequenos detalhes que fizeram desta Jornada Mundial da Juventude uma experiência inesquecível de fé. Com os sorrisos de cada um de vocês, com a gentileza, com a disponibilidade ao serviço, vocês provaram que "há maior alegria em dar do que em receber" (At 20,35).

O serviço que vocês realizaram nestes dias me lembrou da missão de São João Batista, que preparou o caminho para Jesus. Cada um, a seu modo, foi um instrumento para que milhares de jovens tivessem o “caminho preparado” para encontrar Jesus. E esse é o serviço mais bonito que podemos realizar como discípulos missionários: preparar o caminho para que todos possam conhecer, encontrar e amar o Senhor. A vocês que, neste período, responderam com tanta prontidão e generosidade ao chamado para ser voluntários na Jornada Mundial, queria dizer: sejam sempre generosos com Deus e com os demais. Não se perde nada; ao contrário, é grande a riqueza da vida que se recebe!

Deus chama para escolhas definitivas, Ele tem um projeto para cada um: descobri-lo, responder à própria vocação significa caminhar na direção da realização jubilosa de si mesmo. A todos Deus nos chama à santidade, a viver a sua vida, mas tem um caminho para cada um. Alguns são chamados a se santificar constituindo uma família através do sacramento do Matrimónio. Há quem diga que hoje o casamento está “fora de moda”; na cultura do provisório, do relativo, muitos pregam que o importante é “curtir” o momento, que não vale a pena comprometer-se por toda a vida, fazer escolhas definitivas, “para sempre”, uma vez que não se sabe o que reserva o amanhã. Em vista disso eu peço que vocês sejam revolucionários, que vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem: que se rebelem contra esta cultura do provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, que não são capazes de amar de verdade. Eu tenho confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de “ir contra a corrente”. Tenham a coragem de ser felizes!

O Senhor chama alguns ao sacerdócio, a se doar a Ele de modo mais total, para amar a todos com o coração do Bom Pastor. A outros, chama para servir os demais na vida religiosa: nos mosteiros, dedicando-se à oração pelo bem do mundo, nos vários setores do apostolado, gastando-se por todos, especialmente os mais necessitados. Nunca me esquecerei daquele 21 de setembro – eu tinha 17 anos – quando, depois de passar pela igreja de San José de Flores para me confessar, senti pela primeira vez que Deus me chamava. Não tenham medo daquilo que Deus lhes pede! Vale a pena dizer “sim” a Deus. N’Ele está a alegria!

Queridos jovens, talvez algum de vocês ainda não veja claramente o que fazer da sua vida. Peça isso ao Senhor; Ele lhe fará entender o caminho. Como fez o jovem Samuel, que ouviu dentro de si a voz insistente do Senhor que o chamava, e não entendia, não sabia o que dizer, mas, com a ajuda do sacerdote Eli, no final respondeu àquela voz: Senhor, fala eu escuto (cf. 1Sm 3,1-10) Peçam vocês também a Jesus: Senhor, o que quereis que eu faça, que caminho devo seguir?

Caros amigos, novamente lhes agradeço por tudo o que fizeram nestes dias. Não se esqueçam de nada do que vocês viveram aqui! Podem contar sempre com minhas orações, e sei que posso contar com as orações de vocês.

Vídeo da ocasião

«Uma mulher chamada Marta recebeu Jesus em sua casa»

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja 
Sermão 103, 1.5; PL 38, 613 (trad. breviário 29/07)


«O que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes» (Mt 25,40). […] Tu, Marta –, com tua licença o direi, e bendita sejas pelos teus bons serviços – buscas o descanso como recompensa do teu trabalho. Agora estás ocupada com muitos serviços, queres alimentar os corpos que são mortais, embora de pessoas santas. Porventura, quando chegares à outra pátria, poderás encontrar um peregrino a quem hospedar, um faminto com quem repartir o pão, um sequioso a quem dar de beber, um doente a quem visitar, algum litigante a quem reconciliar, algum morto a quem sepultar?

Lá, não haverá nada disso. Que haverá então? O que Maria escolheu: lá, seremos alimentados e não daremos alimento. Lá, há-de cumprir-se em plenitude aquilo que Maria aqui escolheu: daquela mesa opulenta, ela recolhia as migalhas da Palavra do Senhor. Quereis saber o que haverá lá? O próprio Senhor o diz a respeito dos seus servos: «Em verdade vos digo, que ele os mandará sentar à mesa e, passando no meio deles, os servirá» (Lc 12,37).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Quem crê em Mim viverá»

Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja
Sermões sobre o Evangelho de João, n° 49, 15

«Quem crê em Mim, mesmo que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em Mim não morrerá para sempre.» Que quer isto dizer? «Quem crê em Mim, mesmo que tenha morrido como Lázaro, viverá», porque Deus não é um Deus de mortos mas um Deus de vivos. Já a propósito de Abraão, de Isaac e de Jacob, os patriarcas há muito mortos, Jesus tinha dado aos judeus a mesma resposta: «Eu sou o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob; não um Deus dos mortos, mas dos vivos, porque para Ele todos estão vivos» (cf. Lc 20, 38). Por isso, crê e, mesmo que estejas morto, viverás! Mas se não crês, mesmo que estejas vivo, na verdade estás morto. [...] De onde vem a morte da alma? Vem do facto de a fé já lá não estar. De onde vem a morte do corpo? Vem do facto de a alma já lá não estar. A alma da tua alma é a fé.

«Quem crê em Mim, mesmo que tenha morrido no seu corpo, terá a vida na sua alma até que o próprio corpo ressuscite para nunca mais morrer. E quem vive na sua carne e crê em Mim, embora tenha de morrer durante algum tempo no seu corpo, não morrerá para a eternidade, devido à vida do Espírito e à imortalidade da ressurreição.»

É isto que Jesus quer dizer na Sua resposta a Marta. [...] «Crês nisto?» «Sim, ó Senhor, respondeu ela, eu creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus que havia de vir ao mundo. E, acreditando nisto, acreditei que és a ressurreição, acreditei que és a vida, acreditei que aquele que crê em Ti, mesmo que morra, viverá; acreditei que quem está vivo e crê em Ti não morrerá para a eternidade.»

O Evangelho do dia 29 de julho de 2013

Muitos judeus tinham ido ter com Marta e Maria, para as consolarem pela morte de seu irmão. Marta, pois, logo que ouviu que vinha Jesus, saiu-Lhe ao encontro; e Maria ficou sentada em casa. Marta disse então a Jesus: «Senhor, se estivesses cá, meu irmão não teria morrido. Mas também sei agora que tudo o que pedires a Deus, Deus To concederá». Jesus disse-lhe: «Teu irmão há de ressuscitar». Marta disse-Lhe: «Eu sei que há-de ressuscitar na ressurreição do último dia». Jesus disse-lhe: «Eu sou a ressurreição e a vida; aquele que crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em Mim, não morrerá eternamente. Crês isto?». Ela respondeu: «Sim, Senhor, eu creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que vieste a este mundo».

Jo 11, 19-27

domingo, 28 de julho de 2013

NOS ENCONTRAMOS EM CRACÓVIA 2016!


«Nunca tenham medo de ser generosos com Cristo!» Papa Francisco ao Angelus

Amados irmãos e irmãs!

No término desta Celebração Eucarística, com a qual elevamos a Deus o nosso canto de louvor e gratidão por todas as graças recebidas durante esta Jornada Mundial da Juventude, quero ainda agradecer a D. Orani Tempesta e ao Cardeal Ryłko as palavras que me dirigiram. Agradeço também a vocês, queridos jovens, por todas as alegrias que me deram nestes dias. Levo a cada um de vocês no meu coração!

Dirijamos agora o nosso olhar à Mãe do Céu, a Virgem Maria. Nestes dias, Jesus lhes repetiu com insistência o convite para serem seus discípulos-missionários; vocês escutaram a voz do Bom Pastor que lhes chamou pelo nome e vocês reconheceram a voz que lhes chamava (cf. Jo 10,4). Não é verdade que, nesta voz que ressoou nos seus corações, vocês sentiram a ternura do amor de Deus? Não é verdade que vocês experimentaram a beleza de seguir a Cristo, juntos, na Igreja? Não é verdade que vocês compreenderam melhor que o Evangelho é a resposta ao desejo de uma vida ainda mais plena? (cf. Jo 10,10).

A Virgem Imaculada intercede por nós no Céu como uma boa mãe que guarda dos seus filhos. Maria nos ensina, com a sua existência, o que significa ser discípulo missionário. Cada vez que rezamos o Angelus, recordamos o acontecimento que mudou para sempre a história dos homens. Quando o anjo Gabriel anunciou a Maria que se tornaria a Mãe de Jesus, Ela - mesmo sem compreender todo o significado daquele chamado - confiou em Deus e respondeu: «Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1,38). Mas, o que fez Maria logo em seguida? Após ter recebido a graça de ser a Mãe do Verbo encarnado, não guardou para si esse dom; partiu, saiu da sua casa e foi, apressadamente, visitar a sua parente Isabel que precisava de ajuda (cf. Lc 1, 38-39); cumpriu um gesto de amor, de caridade, de serviço concreto, levando Jesus que trazia no ventre. E se apressou a fazer este gesto!

Eis aqui, queridos amigos o nosso modelo. Aquela que recebeu o dom mais precioso de Deus, como primeiro gesto de resposta, põe-se a caminho para servir e levar Jesus. Peçamos a Nossa Senhora que também nos ajude a transmitir a alegria de Cristo aos nossos familiares, aos nossos companheiros, aos nossos amigos, a todas as pessoas. Nunca tenham medo de ser generosos com Cristo! Vale a pena! Sair e ir com coragem e generosidade, para que cada homem e cada mulher possa encontrar o Senhor.

Queridos jovens, temos encontro marcado na próxima Jornada Mundial da Juventude, no ano de 2016 em Cracóvia, na Polónia. Pela intercessão materna de Maria, peçamos a luz do Espírito Santo sobre o caminho que nos levará a esta nova etapa da jubilosa celebração da fé e do amor de Cristo.

Viva a JMJ Cracóvia 2016! Que alegria sentirá João Paulo II no Céu, obrigado Santo Padre pela escolha da Polónia

Amar a Cristo...

Senhor Jesus, quando visitamos casa da Virgem Santíssima em Fátima, mesmo que não possamos estar fisicamente o tempo e as vezes que desejaríamos e que Ela merece nos locais de culto, a Sua proximidade fez-nos sentir mais protegidos e mais próximos de Ti.

Querido Jesus, é sempre bom ver a Capelinha das Aparições com muita gente cheia de devoção e respeito, num espelho multinacional muito frequente em Fátima sobretudo nesta época do ano.

Mestre, pedimos-Te que por intercessão de Nossa Senhora de Fátima guies e protejas de todos os males este país em dificuldade, bem como o de todos aqueles, que não sendo portugueses Te amam a Ti e à Virgem Maria.

JPR

Homilia do Santo Padre na Santa Missa de encerramento da JMJ Rio 2013

Venerados e amados Irmãos no episcopado e no sacerdócio,
Queridos jovens!

«Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Com estas palavras, Jesus se dirige a cada um de vocês, dizendo: «Foi bom participar nesta Jornada Mundial da Juventude, vivenciar a fé junto com jovens vindos dos quatro cantos da terra, mas agora você deve ir e transmitir esta experiência aos demais». Jesus lhe chama a ser um discípulo em missão! Hoje, à luz da Palavra de Deus que acabamos de ouvir, o que nos diz o Senhor? Três palavras: Ide, sem medo, para servir.

1. Ide. Durante estes dias, aqui no Rio, vocês puderam fazer a bela experiência de encontrar Jesus e de encontrá-lo juntos, sentindo a alegria da fé. Mas a experiência deste encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno grupo da paróquia, do movimento, da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigénio a uma chama que arde. A fé é uma chama que se faz tanto mais viva quanto mais é partilhada, transmitida, para que todos possam conhecer, amar e professar que Jesus Cristo é o Senhor da vida e da história (cf. Rm 10,9).
Mas, atenção! Jesus não disse: se vocês quiserem, se tiverem tempo, mas: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Partilhar a experiência da fé, testemunhar a fé, anunciar o Evangelho é o mandato que o Senhor confia a toda a Igreja, também a você. É uma ordem sim; mas não nasce da vontade de domínio ou de poder, nasce da força do amor, do facto que Jesus foi quem veio primeiro para junto de nós e nos deu não somente um pouco de Si, mas se deu por inteiro, deu a sua vida para nos salvar e mostrar o amor e a misericórdia de Deus. Jesus não nos trata como escravos, mas como homens livres, amigos, como irmãos; e não somente nos envia, mas nos acompanha, está sempre junto de nós nesta missão de amor.
Para onde Jesus nos manda? Não há fronteiras, não há limites: envia-nos para todas as pessoas. O Evangelho é para todos, e não apenas para alguns. Não é apenas para aqueles que parecem a nós mais próximos, mais abertos, mais acolhedores. É para todas as pessoas. Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indiferente. O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor.
De forma especial, queria que este mandato de Cristo -“Ide” - ressoasse em vocês, jovens da Igreja na América Latina, comprometidos com a Missão Continental promovida pelos Bispos. O Brasil, a América Latina, o mundo precisa de Cristo! Paulo exclama: «Ai de mim se eu não pregar o evangelho!» (1Co 9,16). Este Continente recebeu o anúncio do Evangelho, que marcou o seu caminho e produziu muito fruto. Agora este anúncio é confiado também a vocês, para que ressoe com uma força renovada. A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que lhes caracterizam! Um grande apóstolo do Brasil, o Bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenas dezanove anos! Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido!

2. Sem medo. Alguém poderia pensar: «Eu não tenho nenhuma preparação especial, como é que posso ir e anunciar o Evangelho»? Querido amigo, esse seu temor não é muito diferente do sentimento que teve Jeremias, um jovem como vocês, quando foi chamado por Deus para ser profeta. Acabamos de escutar as suas palavras: «Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, sou muito novo». Deus responde a vocês com as mesmas palavras dirigidas a Jeremias: «Não tenhas medo... pois estou contigo para defender-te» (Jr 1,8). Deus está connosco!
«Não tenham medo!» Quando vamos anunciar Cristo, Ele mesmo vai à nossa frente e nos guia. Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus prometeu: «Eu estou com vocês todos os dias» (Mt 28,20). E isto é verdade também para nós! Jesus não nos deixa sozinhos, nunca lhes deixa sozinhos! Sempre acompanha a vocês!
Além disso, Jesus não disse: «Vai», mas «Ide»: somos enviados em grupo. Queridos jovens, sintam a companhia de toda a Igreja e também a comunhão dos Santos nesta missão. Quando enfrentamos juntos os desafios, então somos fortes, descobrimos recursos que não sabíamos que tínhamos. Jesus não chamou os Apóstolos para viver isolados, chamou-lhes para que formassem um grupo, uma comunidade. Queria dar uma palavra também a vocês, queridos sacerdotes, que concelebram comigo esta Eucaristia: vocês vieram acompanhando os seus jovens, e é uma coisa bela partilhar esta experiência de fé! Mas esta é uma etapa do caminho. Continuem acompanhando os jovens com generosidade e alegria, ajudem-lhes a se comprometer ativamente na Igreja; que eles nunca se sintam sozinhos!

3. A última palavra: para servir. No início do salmo proclamado, escutamos estas palavras: «Cantai ao Senhor Deus um canto novo» (Sl 95, 1). Qual é este canto novo? Não são palavras, nem uma melodia, mas é o canto da nossa vida, é deixar que a nossa vida se identifique com a vida de Jesus, é ter os seus sentimentos, os seus pensamentos, as suas ações. E a vida de Jesus é uma vida para os demais. É uma vida de serviço.
São Paulo, na leitura que ouvimos há pouco, dizia: «Eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível» (1 Cor 9, 19). Para anunciar Jesus, Paulo fez-se «escravo de todos». Evangelizar significa testemunhar pessoalmente o amor de Deus, significa superar os nossos egoísmos, significa servir, inclinando-nos para lavar os pés dos nossos irmãos, tal como fez Jesus.
Ide, sem medo, para servir. Seguindo estas três palavras, vocês experimentarão que quem evangeliza é evangelizado, quem transmite a alegria da fé, recebe alegria. Queridos jovens, regressando às suas casas, não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho. Na primeira leitura, quando Deus envia o profeta Jeremias, lhe dá o poder de «extirpar e destruir, devastar e derrubar, construir e plantar» (Jr 1,10). E assim é também para vocês. Levar o Evangelho é levar a força de Deus, para extirpar e destruir o mal e a violência; para devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio; para construir um mundo novo. Jesus Cristo conta com vocês! A Igreja conta com vocês! O Papa conta com vocês! Que Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, lhes acompanhe sempre com a sua ternura: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Amém.

Vídeo da ocasião em espanhol