11. A hipocrisia: guardei para o fim a minha preferida. Por exemplo, um político que se opõe aos direitos dos homossexuais e é apanhado com um amante; ou o presidente de um canil que é apanhado a maltratar os seus cães. Poucas histórias são mais deliciosas para um jornalista que as de pessoas com poder que fazem o contrário daquilo que apregoam; e estas histórias quase sempre ocupam os títulos noticiosos durante dias ou mesmo semanas a fio.
Obrigado, Perdão Ajuda-me
sexta-feira, 2 de março de 2012
Porquê jejuar? - Também no Paraíso se jejuava (reflexão de Bento XVI)
Podemos perguntar que valor e que sentido tem para nós, cristãos, privar-nos de algo que seria em si bom e útil para o nosso sustento. As Sagradas Escrituras e toda a tradição cristã ensinam que o jejum é de grande ajuda para evitar o pecado e tudo o que a ele induz. Por isto, na história da salvação é frequente o convite a jejuar. Já nas primeiras páginas da Sagrada Escritura o Senhor comanda que o homem se abstenha de comer o fruto proibido: «Podes comer o fruto de todas as árvores do jardim; mas não comas o da árvore da ciência do bem e do mal, porque, no dia em que o comeres, certamente morrerás» (Gn 2, 16-17). Comentando a ordem divina, São Basílio observa que «o jejum foi ordenado no Paraíso», e «o primeiro mandamento neste sentido foi dado a Adão». Portanto, ele conclui: «O “não comas” e, portanto, a lei do jejum e da abstinência» (cf. Sermo de jejunio: PG 31, 163, 98). Dado que todos estamos entorpecidos pelo pecado e pelas suas consequências, o jejum é-nos oferecido como um meio para restabelecer a amizade com o Senhor. Assim fez Esdras antes da viagem de regresso do exílio à Terra Prometida, convidando o povo reunido a jejuar «para nos humilhar – diz – diante do nosso Deus» (8, 21). O Omnipotente ouviu a sua prece e garantiu os seus favores e a sua protecção. O mesmo fizeram os habitantes de Ninive que, sensíveis ao apelo de Jonas ao arrependimento, proclamaram, como testemunho da sua sinceridade, um jejum dizendo: «Quem sabe se Deus não Se arrependerá, e acalmará o ardor da Sua ira, de modo que não pereçamos?» (3, 9). Também então Deus viu as suas obras e os poupou.
(Fonte: "Bento XVI, 11 de Dezembro de 2008", publicado em www.vatican.va através do site de São Josemaría Escrivá em http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/porquea-jejuar3f)
(Fonte: "Bento XVI, 11 de Dezembro de 2008", publicado em www.vatican.va através do site de São Josemaría Escrivá em http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/porquea-jejuar3f)
Que não me apegue a nada
Pede ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, e à tua Mãe, que te façam conhecer-te e chorar por esse montão de coisas sujas que passaram por ti, deixando – ai! – tanto depósito... E ao mesmo tempo, sem quereres afastar-te dessa consideração, diz-lhe: – Dá-me, Jesus, um Amor como fogueira de purificação, onde a minha pobre carne, o meu pobre coração, a minha pobre alma, o meu pobre corpo se consumam, limpando-se de todas as misérias terrenas... E, já vazio de todo o meu eu, enche-o de Ti: que não me apegue a nada daqui de baixo; que sempre me sustente o Amor. (São Josemaría Escrivá - Forja, 41)
O Senhor ouve-nos para intervir, para Se meter na nossa vida, para nos livrar do mal e encher-nos de bem: eripiam eum et glorificabo eum, Eu o livrarei e o glorificarei, diz do homem. Portanto: esperança do Céu. E aqui temos, como doutras vezes, o começo desse movimento interior que é a vida espiritual. A esperança da glorificação acentua a nossa fé e estimula a nossa caridade. E, deste modo, as três virtudes teologais – virtudes divinas que nos assemelham ao nosso Pai, Deus – põem-se em movimento. (...)
Não é possível deixar-se ficar imóvel. É necessário avançar para a meta que S. Paulo apontava: não sou eu quem vive; é Cristo que vive em mim. A ambição é alta e nobilíssima: a identificação com Cristo, a santidade. Mas não há outro caminho, se se deseja ser coerente com a vida divina que, pelo Baptismo, Deus fez nascer nas nossas almas. O avanço é o progresso na santidade; o retrocesso é negar-se ao desenvolvimento normal da vida cristã. Porque o fogo do amor de Deus precisa de ser alimentado, de aumentar todos os dias arreigando-se na alma; e o fogo mantém-se vivo queimando novas coisas. Por isso, se não aumenta, está a caminho de se extinguir. (São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 57–58)
O Senhor ouve-nos para intervir, para Se meter na nossa vida, para nos livrar do mal e encher-nos de bem: eripiam eum et glorificabo eum, Eu o livrarei e o glorificarei, diz do homem. Portanto: esperança do Céu. E aqui temos, como doutras vezes, o começo desse movimento interior que é a vida espiritual. A esperança da glorificação acentua a nossa fé e estimula a nossa caridade. E, deste modo, as três virtudes teologais – virtudes divinas que nos assemelham ao nosso Pai, Deus – põem-se em movimento. (...)
Não é possível deixar-se ficar imóvel. É necessário avançar para a meta que S. Paulo apontava: não sou eu quem vive; é Cristo que vive em mim. A ambição é alta e nobilíssima: a identificação com Cristo, a santidade. Mas não há outro caminho, se se deseja ser coerente com a vida divina que, pelo Baptismo, Deus fez nascer nas nossas almas. O avanço é o progresso na santidade; o retrocesso é negar-se ao desenvolvimento normal da vida cristã. Porque o fogo do amor de Deus precisa de ser alimentado, de aumentar todos os dias arreigando-se na alma; e o fogo mantém-se vivo queimando novas coisas. Por isso, se não aumenta, está a caminho de se extinguir. (São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 57–58)
Sem pantufas
Recentemente, numa conversa sobre Nova Evangelização, na Renascença, o bispo auxiliar de Lisboa, D. Nuno Brás, lamentava o facto de grande parte dos que dizem ter fé serem "cristãos de pantufas", acomodados e sem qualquer energia para proclamar aos outros aquilo que são.
A imagem é altamente contrastante com a atitude corajosa dos nossos irmãos do Médio Oriente. Ou seja, os cristãos de Jerusalém, Israel, Palestina e também os da Jordânia, Síria, Líbano, Chipre e Egipto correm perigos graves pelo simples facto de serem cristãos.
Além disso, precisam de tudo: de apoio para escolas, programas de saúde, habitação, locais para se reunirem... Enfim, precisam de tudo aquilo que a generosidade da Igreja possa suscitar.
O apelo surgiu, ontem, da Santa Sé e é dirigido a todo o mundo católico sem excepção. E podemos fazê-lo com a oração, com as peregrinações à Terra Santa e com ajuda concreta, contribuindo na colecta da Sexta-feira Santa em todas as igrejas.
Além disso, precisam de tudo: de apoio para escolas, programas de saúde, habitação, locais para se reunirem... Enfim, precisam de tudo aquilo que a generosidade da Igreja possa suscitar.
O apelo surgiu, ontem, da Santa Sé e é dirigido a todo o mundo católico sem excepção. E podemos fazê-lo com a oração, com as peregrinações à Terra Santa e com ajuda concreta, contribuindo na colecta da Sexta-feira Santa em todas as igrejas.
Aura Miguel in RR online
O que nos ensina o Magistério da Igreja
«Deus [...], Senhor da vida, confiou aos homens, para que estes desempenhassem dum modo digno dos mesmos homens, o nobre encargo de conservar a vida. Esta deve, pois, ser salvaguardada, com extrema solicitude, desde o primeiro momento da concepção; o aborto e o infanticídio são crimes abomináveis»
(II Concílio do Vaticano, Const. past. Gaudium et spes, 51: AAS 58 (1966) 1072.)
Notícia horrorosa, a seguir virão os doentes, os idosos e os desempregados, Hitler, Estaline e Pol Pot não fariam melhor
Nota prévia: é com profunda indignação e mágoa que publicamos
esta notícia e a todos pedimos que combatam este projecto de genocídio com veemência
e aos crentes que usem a arma da oração. Bem-haja!
Matar um bebé é o mesmo que fazer um aborto, defendem
estudiosos
Um grupo de especialistas em ética médica, com ligações à Universidade
de Oxford, em Inglaterra, publicou um artigo no Journal of Medical Ethics (??????) no qual defende que os pais
deviam ser autorizados a matar os filhos recém-nascidos já que são
"moralmente irrelevantes". No seu entender, pôr fim à vida de um bebé
não é diferente de fazer um aborto.
(…)
Os académicos explicam que os recém-nascidos são "potenciais
pessoas" e não "verdadeiras pessoas". No seu entender,
"quer o feto, quer o recém-nascido são ambos, com certeza, seres humanos e
potenciais pessoas, mas nenhum é realmente uma pessoa" no sentido de
"sujeito a um direito moral à vida".
(…)
Contudo, os autores do estudo não distinguiram casos em que a morte de
uma criança seja melhor justificada do que outra. O fundamento do seu
pensamento é só um: moralmente, não há qualquer diferença entre a morte de um
recém-nascido e o aborto. (N. Spe
Deus: subscrevemos o fundamento só que para nós o nascituro e o recém-nascido
têm pleno direito à vida)
'A Quaresma e as calças' pelo Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada
Quando Luísa viu aquele par de calças, foi amor à primeira vista. Acabara de assistir à Missa dominical e, cumprindo uma antiga rotina, fora tomar a bica do costume no café da praxe, ali mesmo no centro comercial, a meio caminho entre a sua casa e a igreja paroquial.
Na homilia, por sinal, o Padre Sérgio tinha falado da Quaresma, aconselhando a prática da mortificação cristã, nomeadamente o jejum na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa, e a abstinência todas as sextas-feiras. Incomodara-a aquela abordagem, que lhe pareceu anacrónica e até um pouco disparatada: que tem Deus a ver com a ementa do almoço ou do jantar?! Que relação há entre o bem da alma e a qualidade do menu?! Na realidade, parecia-lhe tão improcedente o convite à penitência como lhe resultaria despropositado que, por absurdo, o seu médico lhe receitasse duas Avé Marias antes de cada refeição!
O namoro com aquele trapo de estimação não durou muito pois, com medo de que qualquer eventual cliente se lhe antecipasse, Luísa foi logo no dia seguinte à boutique comprar aquelas calças que a tinham fascinado. É verdade que o preço não era convidativo, mas era um investimento – desculpou-se – pois, decerto, mais tarde seriam ainda mais caras. Voltou para casa tão satisfeita consigo mesmo que nem reparou no mendigo que lhe estendera a mão, numa atitude de humilde súplica, e que, ao contrário de outras vezes, não teve a esmola costumeira, nem outra resposta do que a indiferença da sua precipitação.
Chegar a casa e experimentar a compra foi tudo um: desembrulhou com cuidado o presente que magnanimamente se concedera, retirou as etiquetas e vestiu finalmente as calças. O tecido era macio e parecia de boa qualidade, a altura era a ideal e a cor não podia ser mais o seu género. Mas, quando tentou abotoar as calças, não o conseguiu. Repetiu a operação uma e outra vez, contraindo-se o mais que podia, mas a verdade é que a cintura estava muito apertada e, por mais que se esforçasse, o botão fugia à respectiva casa com uma teimosia tão irritante que Luísa impacientou-se. A diferença era apenas de 1,5 centímetros, mas era o suficiente para que as calças não lhe servissem e, como na loja não havia nenhum número maior, resignou-se à rigorosa dieta que se impunha: para grandes males, grandes remédios!
Foram dias a fio de sacrifícios, alimentando-se apenas de sopas, frutas, legumes e iogurtes magros, mas cada milímetro a menos pesava uma tonelada de dolorosas privações, que Luísa padecia estoicamente, por amor às calças.
Foi num dia de chuva que, ao atravessar a rua apressadamente, Luísa foi colhida por um táxi a grande velocidade. A brutalidade do choque, que a projectou a vários metros de distância, teve o efeito imediato de lhe produzir um sério traumatismo craniano, que a induziu num estado comatoso. Era confusa a sua percepção: sentia dores, mas parecia-lhe que não eram dela, embora fossem do seu organismo. Notou vagamente a azáfama dos populares, polícias, maqueiros, enfermeiros e médicos à sua volta, mas o torpor do seu corpo desfeito foi progressivamente alienando-a de tudo o que a rodeava e que lhe parecia cada vez mais longínquo. O seu último pensamento foi para as suas calças novas, que estreava.
Depois, viu-se definitivamente desprendida da sua materialidade e atraída pela misteriosa luz de um outro mundo. Mas quando se dispôs a cruzar o limiar da eternidade, Luísa não o conseguiu: por 1,5 centímetros a sua alma não coube na porta estreita que conduz à Vida.
Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada
Na homilia, por sinal, o Padre Sérgio tinha falado da Quaresma, aconselhando a prática da mortificação cristã, nomeadamente o jejum na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa, e a abstinência todas as sextas-feiras. Incomodara-a aquela abordagem, que lhe pareceu anacrónica e até um pouco disparatada: que tem Deus a ver com a ementa do almoço ou do jantar?! Que relação há entre o bem da alma e a qualidade do menu?! Na realidade, parecia-lhe tão improcedente o convite à penitência como lhe resultaria despropositado que, por absurdo, o seu médico lhe receitasse duas Avé Marias antes de cada refeição!
O namoro com aquele trapo de estimação não durou muito pois, com medo de que qualquer eventual cliente se lhe antecipasse, Luísa foi logo no dia seguinte à boutique comprar aquelas calças que a tinham fascinado. É verdade que o preço não era convidativo, mas era um investimento – desculpou-se – pois, decerto, mais tarde seriam ainda mais caras. Voltou para casa tão satisfeita consigo mesmo que nem reparou no mendigo que lhe estendera a mão, numa atitude de humilde súplica, e que, ao contrário de outras vezes, não teve a esmola costumeira, nem outra resposta do que a indiferença da sua precipitação.
Chegar a casa e experimentar a compra foi tudo um: desembrulhou com cuidado o presente que magnanimamente se concedera, retirou as etiquetas e vestiu finalmente as calças. O tecido era macio e parecia de boa qualidade, a altura era a ideal e a cor não podia ser mais o seu género. Mas, quando tentou abotoar as calças, não o conseguiu. Repetiu a operação uma e outra vez, contraindo-se o mais que podia, mas a verdade é que a cintura estava muito apertada e, por mais que se esforçasse, o botão fugia à respectiva casa com uma teimosia tão irritante que Luísa impacientou-se. A diferença era apenas de 1,5 centímetros, mas era o suficiente para que as calças não lhe servissem e, como na loja não havia nenhum número maior, resignou-se à rigorosa dieta que se impunha: para grandes males, grandes remédios!
Foram dias a fio de sacrifícios, alimentando-se apenas de sopas, frutas, legumes e iogurtes magros, mas cada milímetro a menos pesava uma tonelada de dolorosas privações, que Luísa padecia estoicamente, por amor às calças.
Foi num dia de chuva que, ao atravessar a rua apressadamente, Luísa foi colhida por um táxi a grande velocidade. A brutalidade do choque, que a projectou a vários metros de distância, teve o efeito imediato de lhe produzir um sério traumatismo craniano, que a induziu num estado comatoso. Era confusa a sua percepção: sentia dores, mas parecia-lhe que não eram dela, embora fossem do seu organismo. Notou vagamente a azáfama dos populares, polícias, maqueiros, enfermeiros e médicos à sua volta, mas o torpor do seu corpo desfeito foi progressivamente alienando-a de tudo o que a rodeava e que lhe parecia cada vez mais longínquo. O seu último pensamento foi para as suas calças novas, que estreava.
Depois, viu-se definitivamente desprendida da sua materialidade e atraída pela misteriosa luz de um outro mundo. Mas quando se dispôs a cruzar o limiar da eternidade, Luísa não o conseguiu: por 1,5 centímetros a sua alma não coube na porta estreita que conduz à Vida.
Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada
Cobardia e insegurança
«Ceder o lugar ao inimigo, ou calar quando de todas as partes se levanta incessante clamor para oprimir a verdade, é próprio, ou de homem cobarde, ou de quem duvida estar em posse das verdades que professa. Uma e outra coisa é vergonhosa e injuriosa para Deus; uma e outra coisa contrária à salvação do indivíduo e da sociedade: isso aproveita unicamente aos inimigos do homem cristão, porque a cobardia dos bons fomenta a audácia dos maus»
(Sapientiae christianae, nº 18 – Leão XIII)
(Sapientiae christianae, nº 18 – Leão XIII)
Os seres humanos enquanto terra fecunda para a palavra de Deus
«… pode mesmo dizer-se que no Evangelho apenas se expõe como os seres humanos se podem tornar terra fecunda para a palavra de Deus. E podem-no na medida em que, por assim dizer, apresentam os elementos orgânicos nos quais a vida pode crescer e amadurecer. Fazem-no na medida em que eles próprios vivem a partir desse meio orgânico, deixando-se invadir por essa palavra e tornando-se eles próprios palavra, transferindo a sua vida para a oração e, assim, para Deus».
(Joseph Ratzinger in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)
(Joseph Ratzinger in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)
Através do Baptismo fundimo-nos com o Senhor
«Sepultemo-nos com Cristo pelo Baptismo, para com Ele ressuscitarmos; desçamos com Ele, para com Ele sermos elevados; tornemos a subir com Ele, para n'Ele sermos glorificados»
(Oratio 40, 9 - São Gregório Nazianzeno)
(Oratio 40, 9 - São Gregório Nazianzeno)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1952
“A tradição cristã descreve os Anjos da Guarda como grandes amigos, colocados por Deus junto de cada homem para o acompanharem nos seus caminhos. E por isso estimula-nos a ganhar intimidade com eles e a recorrer a eles”, diz àqueles que o escutam nesta mesma data.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
«Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão»
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilia sobre a traição de Judas, 6; PG 49, 390
Escuta o que diz o Senhor: «Se fores, portanto, apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; depois, volta para apresentar a tua oferta.» Perguntarás : «Deixarei a oferta e o sacrifício diante do altar?» E Ele responde : «Com certeza, porque o sacrifício é oferecido precisamente para viveres em paz com o teu irmão.» Assim, pois, se o objectivo do sacrifício é a paz com o teu próximo, e tu não salvaguardas a paz, de nada serve participares no sacrifício, nem sequer com a tua presença. A primeira coisa que tens a fazer é restabelecer a paz, essa paz pela qual, repito, é oferecido o sacrifício. Então tirarás bom proveito deste.
Porque o Filho do Homem veio ao mundo reconciliar a humanidade com Seu Pai. Como diz Paulo, «Agora, Deus reconciliou todas as coisas Consigo» (Col 1, 22), «levando em Si próprio a morte à inimizade» (Ef 2, 16). É por isso que Aquele que veio trazer a paz nos proclama bem-aventurados se seguirmos o Seu exemplo, e nos dá o Seu nome como herança: «Bem-aventurados os obreiros da paz, porque serão chamados filhos de Deus» (Mt 5, 9). Portanto, realiza tu, na medida das possibilidades da natureza humana, aquilo que fez Cristo, o Filho de Deus. Faz reinar a paz entre os outros como ela reina em tua casa. Não é verdade que Cristo dá o nome de filhos de Deus aos amigos da paz? É por isso que a única disposição que quer de nós quando vamos apresentar um sacrifício é que estejamos reconciliados com os nossos irmãos, mostrando-nos assim que a caridade é a maior de todas as virtudes.
Homilia sobre a traição de Judas, 6; PG 49, 390
Escuta o que diz o Senhor: «Se fores, portanto, apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; depois, volta para apresentar a tua oferta.» Perguntarás : «Deixarei a oferta e o sacrifício diante do altar?» E Ele responde : «Com certeza, porque o sacrifício é oferecido precisamente para viveres em paz com o teu irmão.» Assim, pois, se o objectivo do sacrifício é a paz com o teu próximo, e tu não salvaguardas a paz, de nada serve participares no sacrifício, nem sequer com a tua presença. A primeira coisa que tens a fazer é restabelecer a paz, essa paz pela qual, repito, é oferecido o sacrifício. Então tirarás bom proveito deste.
Porque o Filho do Homem veio ao mundo reconciliar a humanidade com Seu Pai. Como diz Paulo, «Agora, Deus reconciliou todas as coisas Consigo» (Col 1, 22), «levando em Si próprio a morte à inimizade» (Ef 2, 16). É por isso que Aquele que veio trazer a paz nos proclama bem-aventurados se seguirmos o Seu exemplo, e nos dá o Seu nome como herança: «Bem-aventurados os obreiros da paz, porque serão chamados filhos de Deus» (Mt 5, 9). Portanto, realiza tu, na medida das possibilidades da natureza humana, aquilo que fez Cristo, o Filho de Deus. Faz reinar a paz entre os outros como ela reina em tua casa. Não é verdade que Cristo dá o nome de filhos de Deus aos amigos da paz? É por isso que a única disposição que quer de nós quando vamos apresentar um sacrifício é que estejamos reconciliados com os nossos irmãos, mostrando-nos assim que a caridade é a maior de todas as virtudes.
Quaresma: «tempo favorável» para a confissão e o perdão, antes de nos aproximarmos do altar do Senhor
São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo de Jerusalém e doutor da Igreja
Catequese para o baptismo, nº 1, §5
É agora o tempo da confissão. Confessa os teus pecados de palavra e de acção, os da noite e os do dia. Confessa-os neste «tempo favorável» e, no «dia da salvação» (Is 49,8; 2Co 6,2), recebe o tesouro celeste. [...] Deixa o presente e crê no futuro. Andaste tantos anos sem parares os teus trabalhos vãos aqui da terra, e não podes parar quarenta dias para te ocupares do teu próprio fim? «Parai! Reconhecei que Eu sou Deus», diz a Escritura (Sl 46,11). Renuncia ao chorrilho de palavras inúteis, não digas mal nem escutes o maldizente, mas dispõe-te desde já a rezar. Mostra, na ascese, o fervor do teu coração; purifica esse receptáculo, para receberes uma graça mais abundante. Porque a remissão dos pecados é dada de modo igual a todos, mas a participação no Espírito Santo é concedida segundo a medida da fé de cada um. Se não te esforçares, recolhes pouco; se te esforçares muito, grande será a tua recompensa. És tu próprio que estás em jogo; vela pelos teus interesses.
Se tens um agravo contra alguém, perdoa-lhe. Acabas de receber o perdão dos teus pecados; impõe-se, portanto, que também perdoes o pecador, senão como dirás ao Senhor: «perdoa-me os meus muitos pecados», se tu próprio não perdoares ao teu companheiro de trabalho algumas faltas que tenha cometido contra ti? (cf Mt 18,23ss).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Catequese para o baptismo, nº 1, §5
É agora o tempo da confissão. Confessa os teus pecados de palavra e de acção, os da noite e os do dia. Confessa-os neste «tempo favorável» e, no «dia da salvação» (Is 49,8; 2Co 6,2), recebe o tesouro celeste. [...] Deixa o presente e crê no futuro. Andaste tantos anos sem parares os teus trabalhos vãos aqui da terra, e não podes parar quarenta dias para te ocupares do teu próprio fim? «Parai! Reconhecei que Eu sou Deus», diz a Escritura (Sl 46,11). Renuncia ao chorrilho de palavras inúteis, não digas mal nem escutes o maldizente, mas dispõe-te desde já a rezar. Mostra, na ascese, o fervor do teu coração; purifica esse receptáculo, para receberes uma graça mais abundante. Porque a remissão dos pecados é dada de modo igual a todos, mas a participação no Espírito Santo é concedida segundo a medida da fé de cada um. Se não te esforçares, recolhes pouco; se te esforçares muito, grande será a tua recompensa. És tu próprio que estás em jogo; vela pelos teus interesses.
Se tens um agravo contra alguém, perdoa-lhe. Acabas de receber o perdão dos teus pecados; impõe-se, portanto, que também perdoes o pecador, senão como dirás ao Senhor: «perdoa-me os meus muitos pecados», se tu próprio não perdoares ao teu companheiro de trabalho algumas faltas que tenha cometido contra ti? (cf Mt 18,23ss).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 2 de Março de 2012
Porque Eu vos digo que, se a vossa justiça não superar a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos Céus. «Ouvistes que foi dito aos antigos: “Não matarás”, e quem matar será submetido ao juízo do tribunal. Porém, Eu digo-vos que todo aquele que se irar contra o seu irmão, será submetido ao juízo do tribunal. E quem chamar cretino a seu irmão será condenado pelo sinédrio. E quem lhe chamar louco será condenado ao fogo da Geena. Portanto, se estás para fazer a tua oferta diante do altar, e te lembrares ali que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem fazer a tua oferta. Concilia-te sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele no caminho, para que não suceda que esse adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao guarda, e sejas metido na prisão. Em verdade te digo: Não sairás de lá antes de ter pago o último centavo.
Mt 5, 20-26
Mt 5, 20-26
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