
O Santo Padre após o Angelus deslocou-se num ‘jeep’ militar aberto para visitar e almoçar na casa natal do Cardeal Tarcisio Bertone em Romano Canavese.
(Fonte: Apcom)
Nos últimos dias fui surpreendido com a avalanche de notícias sobre as implicações dos cuidados de prevenção contra o vírus H1N1 (Gripe A), nas assembleias litúrgicas e nos actos de culto católico. Compreende-se que a Comissão Nacional da Pastoral da Saúde queira colaborar, dando conselhos e orientações úteis para a colaboração dos cristãos no esforço nacional de prevenção. Mas não lhe compete alterar ritos nem dar normas de alterações das regras da Liturgia.
Neste contexto, como Bispo Diocesano, dou as seguintes orientações pastorais:
1. Devemos colaborar, no âmbito da nossa missão, com o esforço nacional de prevenção, sobretudo ajudando a criar uma mentalidade de cuidados específicos e de respeito pelos outros.
2. As orientações da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde que, como foi anunciado, vão ser enviadas às Paróquias, devem ser consideradas simples sugestões e não normas decididas pela autoridade eclesiástica.
3. No momento actual do processo, considero não haver ainda necessidade de alterar regras litúrgicas e modos de celebrar. A Liturgia se for celebrada com qualidade e rigor, garante, ela própria, os cuidados necessários. É o caso, por exemplo, da saudação da paz que se for feita com a qualidade litúrgica, não constitui, normalmente, um risco acrescido.
4. Na actual disciplina litúrgica, os fiéis podem optar por receber a sagrada comunhão na mão. Mas não podem ser forçados a fazê-lo. Se houver cuidado do ministro que distribui a comunhão e de quem a recebe, mais uma vez fazendo as coisas com dignidade, a comunhão pode ser distribuída na boca sem haver contacto físico.
5. Se as condições da "pandemia" se agravarem, poderemos estudar novas atitudes concretas, na instância canónica própria a quem compete decisões dessa natureza: o Bispo Diocesano, na sua Diocese, a Conferência Episcopal Portuguesa para todo o País, sempre em diálogo com o Santo Padre e os respectivos serviços da Santa Sé.
Lisboa, 17 de Julho de 2009
† JOSÉ, Cardeal-Patriarca
(Fonte: site Agência Ecclesia em http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?&id=74222 )

Na manhã deste Domingo, Bento XVI deixou a estância de Les Combes, onde está a passar férias, para se deslocar de helicóptero a Romano Canavese na diocese de Ivrea, terra natal do Cardeal Secretario de estado Tarcisio Bertone. Foi ali que pouco depois do meio-dia o Papa, recitou a oração mariana do Angelus depois de se ter referido á situação de dificuldade económica vivida por muitas famílias por causa da falta de trabalho. Bento XVI convidou a não desencorajar-se porque a Providencia ajuda sempre quem realiza o bem e se empenha a favor da justiça. Ajuda todos aqueles que não pensam apenas em si mesmo mas também em que se encontra em piores condições.
Celebra a santa Missa na Catedral de Santiago de Compostela, na cripta onde se veneram os restos mortais do Apóstolo. São Josemaria meditou com frequência na vida de São Tiago Apóstolo. Em Cristo que passa, escreve: “Também a nós nos chama e nos pergunta como a Tiago e João: Potestis bibere calicem quem ego bibiturus sum? (Mt XX, 22); estais dispostos a beber o cálice (este cálice da completa entrega ao cumprimento da vontade do Pai) que eu vou beber? Possumus! (Mt XX, 22). Sim, estamos dispostos! - é a resposta de João e Tiago... Vós e eu, estamos dispostos seriamente a cumprir, em tudo, a vontade do nosso Pai, Deus? Demos ao Senhor o nosso coração inteiro ou continuamos apegados a nós mesmos, aos nossos interesses, à nossa comodidade, ao nosso amor-próprio? Há em nós alguma coisa que não corresponda à nossa condição de cristãos e que nos impeça de nos purificarmos”.