Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Vitral na Sagrada Família em Barcelona dedicado ao Santuário de Torreciudad irradiado a partir da Virgem do Pilar em tons de azul celeste


‘Coisas que, para um jornalista, são notícia’ por Brad Phillips (agradecimento ‘É o Carteiro’)

4. Os extremos e os superlativos: os jornalistas adoram extremos e superlativos: o primeiro, o último, o melhor, o pior, o maior, o mais pequeno. Se há algum extremo ou superlativo na sua história, chame a atenção para esse facto, e é provável que ela venha a ser notícia.

(Fonte: ‘Mr. Media Training’ AQUI)
«A fim de que se abra um caminho para o âmago da Palavra bíblica enquanto Palavra de Deus, esta mesma Palavra deve ser antes anunciada para o exterior.»

(Bento XVI - Encontro com o mundo da cultura no Collège des Bernardins em Paris a 12.09.2008)

Responde São Josemaría - O ambiente na Espanha nos anos 40-70 contribuiu para o crescimento do Opus Dei?

Em poucos lugares encontramos menos facilidades do que em Espanha. É o país - custa-me dizê-lo, pois amo profundamente a minha pátria - em que deu mais trabalho e sofrimento fazer enraizar a Obra. Mal tinha nascido, logo encontrou a oposição dos inimigos da liberdade individual, e de pessoas tão aferradas às ideias tradicionais que não podiam compreender a vida dos sócios do Opus Dei: cidadãos vulgares, que se esforçam por viver plenamente a sua vocação cristã sem deixar o mundo.

Também as obras de apostolado da própria Obra não encontraram especiais facilidades em Espanha. Governos de países onde a maioria dos cidadãos não é católica ajudaram, com muito maior generosidade do que o Estado espanhol, as actividades docentes e beneficentes promovidas por membros da Obra. O auxílio que esses governos concedem ou possam conceder às obras próprias do Opus Dei, como é habitual com outras obras semelhantes, não significa privilégio, mas simplesmente o reconhecimento da função social que desempenham, poupando dinheiro ao Tesouro público.

Na sua expansão internacional, o espírito do Opus Dei encontrou imediato eco e profundo acolhimento em todos os países. Se encontrou obstáculos, foi exactamente por causa de falsidades vindas de Espanha e inventadas por espanhóis, por alguns sectores bem concretos da sociedade espanhola. Em primeiro lugar, a organização internacional de que há pouco lhe falei; mas isso parece certo que é coisa do passado, e eu não guardo rancor a ninguém. Depois, algumas pessoas que não compreendem o pluralismo, que adoptam atitudes de grupo, quando não caem em mentalidade estreita ou totalitária e que se servem do nome católico para fazer política. Alguns desses, não percebo porquê - talvez por falsos motivos humanos -, parecem achar um gosto especial em atacar o Opus Dei, e, como dispõem de grandes meios económicos, - o dinheiro dos contribuintes espanhóis -, os seus ataques podem ser publicados por certa imprensa.

Vejo bem que está à espera de me ouvir citar nomes concretos de pessoas e instituições... Não lhos vou dar, e espero que compreenda a razão. Nem a minha missão nem a da Obra são políticas: o meu ofício é rezar. E não quero dizer nada que possa interpretar-se sequer como uma intervenção em política. Mais ainda, é-me doloroso falar destas coisas. Estive calado durante quase quarenta anos, e, se agora digo alguma coisa, é porque tenho obrigação de denunciar como absolutamente falsas as interpretações torcidas que algumas pessoas pretendem dar de uma actividade que é exclusivamente espiritual. Por isso, se bem que até agora me tenha calado, daqui em diante falarei, e, se for necessário, cada vez com maior clareza.

Mas, voltando ao tema central da sua pergunta: se, também em Espanha, muitas pessoas de todas as classes sociais têm procurado seguir Cristo com a ajuda do Opus Dei e de acordo com o seu espírito, a explicação para isso não se pode ir buscar ao ambiente ou a outros motivos extrínsecos. A prova do que afirmo está em que aqueles que tão levianamente o pretendem vêem diminuir os seus próprios grupos; e as causas exteriores são as mesmas para todos. Humanamente falando, talvez seja também porque esses formam grupo, e nós não tiramos a liberdade pessoal a ninguém.

Se o Opus Dei está bem desenvolvido em Espanha - como também em algumas outras nações -, pode ser condição disso o facto de a nossa tarefa espiritual aí se haver iniciado há 40 anos, e, como lhe expliquei antes, a guerra civil espanhola e, em seguida, a guerra mundial tornarem necessário o adiamento do início da Obra noutros países. Quero declarar, no entanto, que desde há alguns anos, os espanhóis são uma minoria no Opus Dei.

Não pense, repito, que não amo a minha pátria, ou que não me alegro profundamente com o trabalho que a Obra nela realiza; mas é triste que haja quem propague equívocos acerca do Opus Dei e acerca de Espanha.
Temas actuais do cristianismo, 33

(Fonte: site ‘São Josemaría Escrivá’ AQUI)

Amar a Cristo...

Senhor Jesus, hoje e sempre ofereço-vos as minhas dificuldades físicas e espirituais, pois sei que me encostando no Teu peito como fez João me sinto mais seguro e firme para tudo suportar com amor e fé.

Obrigado por estares sempre aí pronto para me abraçar... ai como eu ambiciono pelo dia de Te ver a face!

JPR

O Opus Dei e a reportagem da revista "Sábado"


Comunicado de 24 de Fevereiro de 2012

Na sequência do artigo “A fortuna escondida do Opus Dei em Portugal” publicado ontem pela revista Sábado.

2012/02/24

O Opus Dei é, pela quinta vez, tema de capa na revista “Sábado”, desta vez sob o título “A fortuna escondida do Opus Dei em Portugal”. A esse propósito, esclarecemos:

Sobre os aspectos económicos do Opus Dei

1.    O Opus Dei é uma instituição da Igreja Católica que difunde a mensagem de que o trabalho e as circunstâncias habituais são ocasião para o encontro com Deus, o serviço aos outros e o melhoramento da sociedade. 

2.    Ao fazê-lo, utiliza instalações materiais que são fruto do esforço de muitas pessoas que ao longo de muitos anos deram a sua ajuda. Essas instalações não são propriedade do Opus Dei; são propriedade de instituições de direito civil comum constituídas por pessoas, a maioria do Opus Dei, que se associam para colaborar com aquela acção formativa.

3.    Ou seja: os donativos dados aos apostolados do Opus Dei são para essas instituições, que os tornam seus e aplicam às finalidades definidas pelos doadores.

4.    Assim, a responsabilidade pertence aos leigos que constituem essas instituições, e é a eles que compete gerir os bens económicos. A sua afectação aos projectos de colaboração com o Opus Dei é uma opção desses responsáveis, em coordenação mútua.

5.    Essas instituições existem para conservar os bens adequando-os à vontade dos doadores; não para procurar e distribuir lucros. Os bens servem muitas pessoas; não são para apropriação e benefício pessoal.

6.    Não é demais recordar: o Concílio Vaticano II revalorizou as iniciativas civis dos cristãos leigos; caminho que, além do mais, não sobrecarrega as estruturas eclesiais.

7.    Quando se afirma que o Opus Dei não tem bens, não se diz uma frase bonita, embora juridicamente inatacável. Retrata-se a sua actuação, que leva os leigos a assumir a sua responsabilidade e liberdade como cidadãos e como cristãos, em todos os âmbitos, em concreto, no referente aos aspectos económicos.

8.    As instituições que cedem as instalações materiais estão sujeitas às leis civis comuns. Sem que se lhes apliquem as vantagens legais, mesmo fiscais, eventualmente ainda reservadas a instituições e bens eclesiásticos.

Sobre a reportagem da revista “Sábado”.

9.    A "Sábado" permitiu-nos a seu tempo expor tudo o que acabámos de dizer. E estamos gratos. Mas não aceitou como boa essa explicação. 

10. O Gabinete de Imprensa tentou esclarecer as dúvidas sobre esta instituição da Igreja, deu a informação possível e remeteu para as instituições com quem a prelatura colabora as questões que só a elas compete esclarecer. 

11. Perdida a explicação essencial das coisas torna-se pouco importante responder exaustivamente à reportagem, não isenta de inexactidões, confusões e ambiguidades. A consulta do site 
www.opusdei.pt permite aceder a informação abundante sobre o que é e qual a finalidade desta instituição da Igreja. 

12. Infelizmente, nem sempre a imagem pública da Igreja Católica, e do Opus Dei, está próxima da realidade. Cabe aos comunicadores da Igreja facilitar esse encontro. Nem sempre com êxito, como neste caso. Porém, não desistimos. Mantemos o desejo de trabalhar em conjunto com os profissionais dos media. 

Pedro Gil

Director do gabinete de imprensa do Opus Dei
press@opusdei.pt

Imitação de Cristo, 1, 10, 2

Mas ai! Muitas vezes é em vão e sem proveito, pois essa consolação exterior é muito prejudicial à consolação interior e divina. Cumpre, portanto, vigiar e orar, para que não passe o tempo ociosamente. Se for lícito e oportuno falar, seja de coisas edificantes. O mau costume e o descuido do nosso progresso espiritual concorrem muito para o desenfreamento de nossa língua. Ajudam muito, porém, ao aproveitamento espiritual os devotos colóquios sobre coisas espirituais, mormente quando se associam em Deus pessoas que pensam e sentem do mesmo modo.

Não há razão para que a Igreja e o Estado choquem

Não é verdade que haja oposição entre ser bom católico e servir fielmente a sociedade civil. Como não há razão para que a Igreja e o Estado choquem no exercício legítimo das respectivas autoridades, em cumprimento da missão que Deus lhes confiou. Mentem (isso mesmo: mentem!) os que afirmam o contrário. São os mesmos que, em aras de uma falsa liberdade, quereriam "amavelmente" que os católicos voltassem às catacumbas. (Sulco, 301)

Tendes de difundir por toda a parte uma verdadeira mentalidade laical, que há-de levar os cristãos a três consequências:

– a serem suficientemente honrados para arcarem com a sua responsabilidade pessoal;
– a serem suficientemente cristãos para respeitarem os seus irmãos na fé que proponham – em matérias discutíveis – soluções diversas das suas
– e a serem suficientemente católicos para não se servirem da Igreja, nossa Mãe, misturando-a com partidarismos humanos.

Vê-se claramente que, neste terreno como em todos, não poderíeis realizar o programa de viver santamente a vida diária se não gozásseis de toda a liberdade que vos é reconhecida – simultaneamente – pela Igreja e pela vossa dignidade de homens e de mulheres criados à imagem de Deus. A liberdade pessoal é essencial para a vida cristã. Mas não vos esqueçais, meus filhos, de que falo sempre de uma liberdade responsável.

Interpretai, portanto, as minhas palavras como o que são: um chamamento a exercerdes – diariamente!, não apenas em situações de emergência – os vossos direitos; e a cumprirdes nobremente as vossas obrigações como cidadãos – na vida política, na vida económica, na vida universitária, na vida profissional –, assumindo com coragem todas as consequências das vossas decisões, arcando com a independência pessoal que vos corresponde. E essa mentalidade laical cristã permitir-vos-á fugir de toda a intolerância, de todo o fanatismo. Di-lo-ei de um modo positivo: far-vos-á conviver em paz com todos os vossos concidadãos e fomentar também a convivência nos diversos sectores da vida social. (Temas Actuais do Cristianismo, 117)

São Josemaría Escrivá

Trigo e cizânia


Nas últimas semanas, a imprensa tem revelado algumas facetas menos dignas, com intrigas e jogos de poder entre cardeais. O problema é tão velho que até os primeiros apóstolos ouviram ralhar de Jesus porque discutiam entre eles quem teria o melhor lugar.

Se folhearmos os livros de História, encontramos tristes episódios, nada edificantes, atribuídos a membros da Igreja. Santa Catarina de Sena, co-padroeira da Europa, constatou, no seu tempo, que “a corte do Santo Padre tão depressa parece um ninho de anjos como um ninho de víboras”. 

Ao ser informado de que Napoleão queria destruir a Igreja, o então secretário de Estado do Papa Pio VII terá comentado: “Não vai conseguir, porque nem nós próprios conseguimos destruí-la”. 

Pois é assim mesmo, e será sempre: a Igreja é um como um campo, onde nasce bom trigo, mas também cizânia. 

Parafraseando o próprio Papa Bento XVI, a Igreja é como "uma rede onde convivem peixes bons e peixes maus”, ao ponto de os maiores ataques contra ela própria virem de dentro e não de fora. 

Mas é também um lugar de santidade, onde há pastores que dão a vida por Cristo, com amor e limpidez, com uma sabedoria fiel e corajosa, que roça o martírio. 

Ratzinger é um destes pastores, que não foge com medo diante dos lobos, como de modo clarividente intuiu (no início do seu pontificado) que viria a acontecer.

Aura Miguel in RR online

Bento XVI passará estar presente no ‘Twitter’


Ainda em fase inicial, excertos do Angelus e da Mensagem para a Quaresma com um máximo de 140 caracteres passarão a ser publicados no Twitter informou o Arcebispo Claudio Maria Celli, Presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais à Rádio Vaticano.

Recorde-se, que ainda ontem o Santo Padre dirigindo-se ao clero de Roma afirmou «Um grande problema para a Igreja atual é o analfabetismo religioso», por esta via a Santa Sé ambiciona chegar aos mais jovens e àqueles menos disponíveis para leituras mais longas e meditadas.

A título de curiosidade e confessamos que com alguma satisfação, guiados e graças ao Senhor, o Spe Deus desde há poucas semanas iniciou a edição de textos, e.g.: Mensagem para a Quaresma de 2012, textos diários de São Josemaría, etc., que decompomos em curtas frases para publicar no Facebook, sendo que a adesão em ‘Gosto’ e 'Comentários' é muito encorajadora.

JPR

Libertar-se da tirania da procriação? (agradecimento 'É o Carteiro')


Longe do mundo ideal das imagens estereotipadas, veiculadas pelos media, das mulheres hiperlibertadas que saboreiam exultantes a sua vida profissional, na vida real vamos encontrando demasiadas mulheres que, apesar do seu rotundo êxito profissional, se sentem frustradas e insatisfeitas, cansadas de imitar os modos de fazer masculinos, atadas a papéis que não lhes pertencem e que não encaixam na sua essência mais profunda.

Mulheres que apostaram em cumprir as suas funções "exactamente como um homem" e a quem a natureza, rejeitada e reprimida, quer agora facturar sob a forma de depressão, ansiedade e infelicidade.

Esta ideologia, que penetrou com enorme força nas mais elevadas instâncias políticas, provocou o desprestígio e mesmo o menosprezo das mulheres que trabalham em casa ou que cuidam dos filhos, estigmatizadas por serem consideradas pouco atraentes ou interessantes e improdutivas para a sociedade.

Tudo ao contrário daquilo que diz respeito às mulheres que renunciam à maternidade ou ao cuidado personalizado dos filhos desde os primeiros dias de vida, as quais aparecem na opinião pública como heroínas, autênticas mulheres modernas, que longe de se escravizarem
"desperdiçando o tempo" na atenção aos filhos, se entregam plenamente à sua profissão, pela qual sacrificam tudo, gesto
que as liberta e converte em paradigmas da emancipação feminina.

Na sociedade actual está profundamente enraizada a ideia de que trabalhar em casa e ser boa esposa e mãe, é um atentado contra a dignidade da mulher, coisa humilhante que a degrada, escraviza e impede de se desenvolver em plenitude.

E ainda que, para ser mulher moderna, é preciso previamente libertar-se do jugo da feminidade, em especial da maternidade, entendida como um sinal de repressão e subordinação: a tirania da procriação.
(Fonte: AQUI)

«eschaton»

«Quando o homem começa a olhar e a viver a partir de Deus, quando caminha em companhia de Jesus, passa a viver segundo novos critérios e então um pouco de eschaton, daquilo que há-de vir, está presente já agora.
A partir de Jesus, entra alegria na tribulação».

(“Jesus de Nazaré” – Joseph Ratzinger / Bento XVI)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1934

“Se vês claramente o teu caminho, segue-o. – Por que não repeles a cobardia que te detém?”, escreve nos seus apontamentos íntimos, nesta mesma data.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Como fortalecer o casamento num país

Um grupo de investigadores norte-americanos projectou um índice para medir com critérios precisos o estado de saúde do casamento num país. Trata-se de uma ideia simples, mas inovadora: assim como se utilizam variáveis para tomar o pulso à economia de um país, não se poderia proceder do mesmo modo em relação ao casamento?


The Marriage Index, promovido pelo Institute for American Values e pelo National Center of African American Marriages and Parentig, apresenta cinco indicadores que permitem fazer um retrato-robô do estado actual do casamento num país. Os autores analisam o que aconteceu nos Estados Unidos entre 1970 e 2008


Esses cinco indicadores são: a percentagem de adultos casados; a consciência de felicidade matrimonial; a percentagem de casamentos intactos; o número de nascimentos dentro do casamento; a percentagem de crianças que vivem com os pais casados.


Tal como acontece com os indicadores económicos, estes critérios também servem para fazer uma avaliação no tempo. Se comparamos os resultados de um ano com os dos anos anteriores, saberemos se a situação está a melhorar ou a piorar. Se está a piorar, logicamente perguntaremos: que podemos fazer para melhorar?


Os investigadores que se reuniram para estabelecer o índice procedem de diversas universidades e pertencem a diferentes tendências políticas. Não obstante, coincidem neste ponto: "o matrimónio é algo mais que uma simples relação privada entre dois adultos: é um bem social com sérias implicações no bem-estar dos filhos".


E mais à frente acrescentam: "Se o casamento consiste fundamentalmente em criar um vínculo entre adultos e filhos, qualquer índice que pretenda medir a saúde do casamento deve captar a força ou a debilidade deste vínculo".


Por isso, os critérios seleccionados - sobretudo, os dois últimos - referem-se, em última análise, à perspectiva do matrimónio como uma instituição social que une sexos e gerações.


Mesmo quando o índice tenta medir um dado tão pessoal como é o grau de satisfação dos cônjuges com o seu próprio casamento, os autores chamam a atenção para as repercussões que - para bem ou para mal - isso tem nos filhos: "Quando a relação matrimonial dos pais sofre, as crianças também irão sofrer".

«Então, hão-de jejuar.»

Bento XVI 
Mensagem para a Quaresma de 2009


No Novo Testamento, Jesus ressalta a razão profunda do jejum: [...] «Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Mt 4, 4). O verdadeiro jejum tem portanto como finalidade comer o «verdadeiro alimento», que é fazer a vontade do Pai (cf. Jo 4, 34). Portanto, se Adão desobedeceu ao mandamento do Senhor «de não comer o fruto da árvore da ciência do bem e do mal», com o jejum o crente deseja submeter-se humildemente a Deus, confiando na Sua bondade e misericórdia. [...]

Nos nossos dias, a prática do jejum parece ter perdido um pouco do seu valor espiritual e ter adquirido antes, numa cultura marcada pela busca da satisfação material, o valor de uma medida terapêutica para a cura do próprio corpo. Jejuar sem dúvida é bom para o bem-estar, mas para os crentes é em primeiro lugar uma «terapia» para curar tudo o que os impede de se conformarem com a vontade de Deus. [...]

Com o jejum e com a oração permitimos que Ele venha saciar a fome mais profunda que vivemos no nosso íntimo: a fome e a sede de Deus. Ao mesmo tempo, o jejum ajuda-nos a tomar consciência da situação na qual vivem tantos irmãos nossos. Na sua Primeira Carta, São João admoesta: «Aquele que tiver bens deste mundo e vir o seu irmão sofrer necessidade, mas lhe fechar o seu coração, como estará nele o amor de Deus?» (3, 17). Jejuar voluntariamente ajuda-nos a cultivar o estilo do Bom Samaritano, que se inclina e socorre o irmão que sofre. Escolhendo livremente privar-nos de algo para ajudar os outros, mostramos concretamente que o próximo em dificuldade não nos é indiferente. Precisamente para manter viva esta atitude de acolhimento e de atenção para com os irmãos, encorajo as paróquias e todas as outras comunidades a intensificar na Quaresma a prática do jejum pessoal e comunitário, cultivando de igual modo a escuta da Palavra de Deus, a oração e a esmola. Foi este, desde o início o estilo da comunidade cristã.

"A Virgem Hoje", de S. Romano o Melodista

«Então, hão-de jejuar»

São Romano Melodista (? – c. 560), compositor de hinos 
Hino «Adão e Eva», 1-5 


Entrega-te, minha alma, ao arrependimento; une-te a Cristo pela razão e, gemendo, grita: Concede-me o perdão das minhas faltas, para que de Ti receba, Tu só que és bom (Mc 10,18), a absolvição e a vida eterna. [...] 


Moisés e Elias, essas torres de fogo, foram grandes nas suas obras. [...] Foram os primeiros de entre os profetas a falar livremente a Deus e a comprazer-se em d'Ele se aproximar para Lhe rezar e falar face a face (Ex 34,6; 1Rs 19,13), facto admirável e incrível, e, apesar disso, não deixaram de recorrer ao jejum, que os unia a Deus (Ex 34,28; 1Rs 19,8). Assim, tal como as obras, o jejum conduz à vida eterna. 


Pelo jejum são os demónios afastados como pela espada, porque lhe não suportam os benefícios: o que eles adoram são a folia e a embriaguez. Por isso, ao olharem o rosto do jejum, não podem tolerá-lo e fogem para bem longe, como nos ensina o Senhor nosso Deus: «estes demónios podem ser expulsos pelo jejum e pela oração» (Mc 9,28 Vulg.). É por isso que o jejum nos traz a vida eterna. [...] 


O jejum devolve aos que o seguem a habitação paterna donde Adão foi expulso. [...] Foi o próprio Deus, o amigo dos homens (Sb 7,14 Vulg.), que confiou o homem ao jejum como a uma mãe extremosa ou a um mestre, tendo-o proibido de provar apenas duma árvore (Gn 2,17). 


Tivesse o homem observado esse jejum e viveria para sempre com os anjos. Ao rejeitá-lo, causou para si a dor e a morte, a fereza dos espinhos e das silvas, e a angústia duma vida dolorosa (Gn 3,17ss.) Ora, se o jejum se revelou proveitoso no Paraíso, quanto mais o não será neste mundo para nos proporcionar a vida eterna! 


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 24 de Fevereiro de 2012

Então foram ter com Ele os discípulos de João e disseram-Lhe: «Qual é a razão por que nós e os fariseus jejuamos e os Teus discípulos não jejuam?». Jesus respondeu-lhes: «Porventura podem estar tristes os companheiros do esposo, enquanto o esposo está com eles? Mas virão dias em que lhes será tirado o esposo e então eles jejuarão.

Mt 9, 14-15