Declaração prévia: o signatário fez a educação pré escolar (infantil) e o ensino primária em alemão na Escola Alemã de Lisboa.
No raciocínio dos detratores da Alemanha tudo o que de negativo sucede na Grécia é culpa dos alemães que tudo impuseram para espoliar e humilhar o povo grego, se há fome, falta de medicamentos, etc., etc., etc. os alemães personificados na Chanceler Merkel seriam os culpados.
A recente privatização dos aeroportos na Grécia foi ganha por uma empresa alemã, não conhecendo o detalhe da decisão nem as propostas concorrentes, nada me permite dizer que Tsipras cedeu aos interesses germânicos e que portanto não estamos perante um caso de colonialismo económico.
Pouco se falou por enquanto, mas os alemães numa demonstração inequívoca de povo que planeia e não improvisa abriu as suas fronteiras a todos os refugiados oriundos da Síria, portanto sem limite falando-se em cerca de 800.000 pessoas. Entre os diferentes países de origens, a Alemanha escolheu o país com maiores níveis de escolaridade e aonde o islamismo não é vivido de uma forma radical, a pobreza sim tem crescido exponencialmente devido à guerra ocupando a Síria a 173ª posição em 187 países segundo dados da ONU de março de 2015.
Quando o resto da Europa acordar da sua habitual letargia, irá cair o Carmo e a Trindade, porque os alemães escolheram a parte que melhor integração poderá ter na sociedade, esquecendo-se que a dar respostas concretas à gravíssima crise humanitária é uma prioridade absoluta, mas entretanto vão discutindo quem paga, quem subsidia e depois se verá, quanta hipocrisia.
Os chavões anti germânicos proliferam, ganham muito e trabalham menos horas, omitindo-se que são muito mais produtivos, a Sra. Merkel vingou-se do Syriza impondo ao povo grego condições draconianas, quando na verdade foram os países Bálticos, a Eslováquia e a Finlândia que os não queriam ajudar e outros “piropos” que são fruto de ignorância e má fé.
Ajudar a Grécia é um risco, mas tinha que ser tentado, se vai funcionar não sei e até poderei ter dúvidas, mas reconhecer o papel da Alemanha para se encontrar uma solução e os esforços envidados pela Chanceler para convencer a opinião publica alemão é de elementar justiça.
Resumindo, a Alemanha está na linha frente da ajuda ao fluxo migratório assim como esteve na aprovação do 3º resgate económico-financeiro à Grécia, no fundo fez e faz jus às suas raízes cristãs e correspondeu afirmativamente aos apelos do Santo Padre com atos concretos.
JPR
P.S. – Há 22 anos que tenho como sócia uma organização alemã e nunca me vi confrontado com qualquer forma de arrogância ou tentativa de imposição de alguma medida, já o mesmo não posso dizer de um outro sócio , também europeu, de nacionalidade diferente.
P.S. – Há 22 anos que tenho como sócia uma organização alemã e nunca me vi confrontado com qualquer forma de arrogância ou tentativa de imposição de alguma medida, já o mesmo não posso dizer de um outro sócio , também europeu, de nacionalidade diferente.