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sábado, 5 de abril de 2014
EM VIAS DE EXTINÇÃO
Quase todas as notícias nacionais têm que ver com a situação económica e financeira do país. Os políticos parecem ter confundido o Orçamento Geral do Estado com a Constituição e reduzido a própria sociedade a um mercado, onde tudo se compra e vende.
É verdade que não se governa um país, nem uma casa, sem ter em atenção esses índices, que são indispensáveis para a boa governaç...ão doméstica e nacional. Mas uma família sã é mais do que uma despensa farta, como o bem comum, a que deve tender o exercício do poder político, também não se limita ao imprescindível acerto das contas públicas. Mesmo que, em país ou casa sem pão, todos ralhem e ninguém tenha razão.
Portugal corre sérios riscos de extinção. Não por causa da delicada situação económica e financeira que atravessa, mas por falta de população. A taxa de natalidade do nosso país é das mais baixas da Europa, muito inferior ao mínimo necessário para garantir a reposição das gerações e a sustentabilidade dos serviços de saúde, pensões e de segurança social.
Contudo, o Estado subsidia generosamente a interrupção voluntária da gravidez e aposta, suicidariamente, numa política anti-natalista e contrária à família. Em Portugal prevalece, em termos práticos, a cultura da morte: apoia-se mais o aborto do que a vida, prefere-se a contracepção à natalidade.
Assim sendo, não estranha que se fechem as maternidades e, depois, as escolas. Mais tarde, as universidades ficarão desertas e, por fim, o país. A questão já não é prever a evolução da economia nacional nos próximos anos, mas saber se, por este andar, Portugal não será, em breve, terra de ninguém.
Gonçalo Portocarrero de Almada
jornal i - 5 abril 2014
http://www.ionline.pt/
ilustração de Carlos Ribeiro
«Eu sou a Ressurreição e a Vida»
Santo Efrém (c. 306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja
Comentário do Evangelho concordante, 17, 7-10
Comentário do Evangelho concordante, 17, 7-10
Quando perguntou: «Onde o pusestes?», as lágrimas vieram aos olhos de Nosso Senhor. As suas lágrimas eram como a chuva, Lázaro como a semente e o sepulcro como a terra. Ele clamou com voz retumbante, a morte tremeu à sua voz, Lázaro germinou como a semente e, tendo saído, adorou o Senhor que o tinha ressuscitado.
Jesus […] devolveu a vida a Lázaro e morreu em seu lugar, pois quando o tirou do sepulcro e tomou lugar à sua mesa, foi Ele próprio amortalhado simbolicamente, com o óleo que Maria derramou sobre a sua cabeça (cf Mt 26,7). A força da morte, que tinha triunfado durante quatro dias, foi esmagada […] para que a morte soubesse que era fácil ao Senhor vencê-la ao terceiro dia […]; a sua promessa é verdadeira: Ele prometera ressuscitar pessoalmente ao terceiro dia (cf Mt 16,21) […]. O Senhor devolveu, portanto, a alegria a Maria e a Marta ao arrasar o inferno para mostrar que Ele próprio não seria retido pela morte para sempre. […] Agora, quando se disser que é impossível ressuscitar da morte ao terceiro dia, bastará que se olhe para aquele que ressuscitou ao quarto dia. […]
«Tirai a pedra». Então aquele que ressuscitou um morto e lhe deu a vida não poderia ter aberto o sepulcro e virado a pedra? Ele, que disse aos seus discípulos: «Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: “Muda-te daqui para acolá”, e ele há-de mudar-se» (Mt 17,20), não teria podido deslocar a pedra que fechava a entrada do sepulcro? Claro que Ele também poderia ter tirado a pedra com a sua palavra, Ele, cuja voz, quando suspenso da cruz, fendeu as pedras e os sepulcros (cf. Mt 27,51-52). Mas, como era amigo de Lázaro, disse: «Abri para que vos sintais atingidos pelo cheiro da podridão e desligai-o, vós que o haveis envolto no seu sudário, para que possais reconhecer aquele que amortalhastes.»
Jesus […] devolveu a vida a Lázaro e morreu em seu lugar, pois quando o tirou do sepulcro e tomou lugar à sua mesa, foi Ele próprio amortalhado simbolicamente, com o óleo que Maria derramou sobre a sua cabeça (cf Mt 26,7). A força da morte, que tinha triunfado durante quatro dias, foi esmagada […] para que a morte soubesse que era fácil ao Senhor vencê-la ao terceiro dia […]; a sua promessa é verdadeira: Ele prometera ressuscitar pessoalmente ao terceiro dia (cf Mt 16,21) […]. O Senhor devolveu, portanto, a alegria a Maria e a Marta ao arrasar o inferno para mostrar que Ele próprio não seria retido pela morte para sempre. […] Agora, quando se disser que é impossível ressuscitar da morte ao terceiro dia, bastará que se olhe para aquele que ressuscitou ao quarto dia. […]
«Tirai a pedra». Então aquele que ressuscitou um morto e lhe deu a vida não poderia ter aberto o sepulcro e virado a pedra? Ele, que disse aos seus discípulos: «Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: “Muda-te daqui para acolá”, e ele há-de mudar-se» (Mt 17,20), não teria podido deslocar a pedra que fechava a entrada do sepulcro? Claro que Ele também poderia ter tirado a pedra com a sua palavra, Ele, cuja voz, quando suspenso da cruz, fendeu as pedras e os sepulcros (cf. Mt 27,51-52). Mas, como era amigo de Lázaro, disse: «Abri para que vos sintais atingidos pelo cheiro da podridão e desligai-o, vós que o haveis envolto no seu sudário, para que possais reconhecer aquele que amortalhastes.»
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho de Domingo dia 6 de abril de 2014
Estava doente um homem, chamado Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de Marta, sua irmã. Maria era aquela que ungiu o Senhor com perfume e Lhe enxugou os pés com os seus cabelos, cujo irmão Lázaro estava doente. Mandaram, pois, suas irmãs dizer a Jesus: «Senhor, aquele que amas está doente». Ouvindo isto, Jesus disse: «Esta doença não é de morte, mas é para glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja glorificado por ela». Ora Jesus amava Marta, sua irmã Maria e Lázaro. Tendo, pois, ouvido que Lázaro estava doente, ficou ainda dois dias no lugar onde Se encontrava. Depois disto, disse aos Seus discípulos: «Voltemos para a Judeia». Os discípulos disseram-Lhe: «Mestre, ainda há pouco os judeus Te quiseram apedrejar, e Tu vais novamente para lá?». Jesus respondeu: «Não são doze as horas do dia? Aquele que caminhar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo;1porém, o que andar de noite tropeça, porque lhe falta a luz». Assim falou, e depois disse-lhes: «Nosso amigo Lázaro dorme; mas vou despertá-lo». Os Seus discípulos disseram-Lhe: «Senhor, se ele dorme, também se há-de levantar». Mas Jesus falava da sua morte; e eles julgavam que falava do repouso do sono. Jesus disse-lhes então claramente: «Lázaro morreu, e Eu, por vossa causa, estou contente por não ter estado lá, para que acrediteis; mas vamos ter com ele». Tomé, chamado Dídimo, disse então aos outros discípulos: «Vamos nós também, para morrer com Ele». Chegou Jesus, e encontrou-o já há quatro dias no sepulcro. Betânia distava de Jerusalém cerca de quinze estádios. Muitos judeus tinham ido ter com Marta e Maria, para as consolarem pela morte de seu irmão. Marta, pois, logo que ouviu que vinha Jesus, saiu-Lhe ao encontro; e Maria ficou sentada em casa. Marta disse então a Jesus: «Senhor, se estivesses cá, meu irmão não teria morrido. Mas também sei agora que tudo o que pedires a Deus, Deus To concederá».2Jesus disse-lhe: «Teu irmão há de ressuscitar». Marta disse-Lhe: «Eu sei que há-de ressuscitar na ressurreição do último dia». Jesus disse-lhe: «Eu sou a ressurreição e a vida; aquele que crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em Mim, não morrerá eternamente. Crês isto?». Ela respondeu: «Sim, Senhor, eu creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que vieste a este mundo». Dito isto, retirou-se, e foi chamar em segredo sua irmã Maria, dizendo: «O Mestre está cá e chama-te». Ela, logo que ouviu isto, levantou-se rapidamente, e foi ter com Ele. Jesus ainda não tinha entrado na aldeia, mas estava ainda naquele lugar onde Marta saíra ao Seu encontro. Então os judeus, que estavam com ela em casa e a consolavam, vendo que Maria se tinha levantado tão depressa e tinha saído, seguiram-na, julgando que ia chorar ao sepulcro. Maria, porém, tendo chegado onde Jesus estava, logo que O viu, lançou-se aos Seus pés e disse-Lhe: «Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido». Jesus, vendo-a chorar, a ela e aos judeus que tinham ido com ela, comoveu-Se profundamente e emocionou-Se; depois perguntou: «Onde o pusestes?». Eles responderam: «Senhor, vem ver». Jesus chorou. Os judeus, por isso, disseram: «Vede como Ele o amava». Porém, alguns deles disseram: «Este, que abriu os olhos ao que era cego de nascença, não podia fazer que este não morresse?». Jesus, pois, novamente emocionado no Seu interior, foi ao sepulcro. Era este uma gruta com uma pedra colocada à entrada. Jesus disse: «Tirai a pedra». Marta, irmã do defunto, disse-Lhe: «Senhor, ele já cheira mal, porque está aí há quatro dias». Jesus disse-lhe: «Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?». Tiraram, pois, a pedra. Jesus, levantando os olhos ao céu, disse: «Pai, dou-Te graças por Me teres ouvido. Eu bem sabia que Me ouves sempre, mas falei assim por causa do povo que está em volta de Mim, para que acreditem que Tu Me enviaste». Tendo dito estas palavras, bradou em voz forte: «Lázaro, sai para fora!». E saiu o que estivera morto, ligado de pés e mãos, com as ataduras, e o seu rosto envolto num sudário. Jesus disse-lhes: «Desligai-o e deixai-o ir». Então, muitos dos judeus que tinham ido visitar Maria e Marta, vendo o que Jesus fizera, acreditaram n'Ele.
Jo 11, 1-45
Santidade
«A humildade é o primeiro passo para a santidade».
«A santidade não é algo reservado a algumas almas eleitas. Todos, sem excepção, estamos chamados à santidade».
(João Paulo II)
«A santidade não consiste em grandes ocupações. Consiste em lutar para que a tua vida não se apague no terreno sobrenatural; em que te deixes queimar até à última fibra, servindo a Deus no último lugar... ou no primeiro: onde Nosso Senhor te chamar».
(São Josemaría Escrivá - Forja 61)
«O segredo da santidade é a amizade com Cristo e a adesão fiel à sua vontade».
(Bento XVI - Discurso aos seminaristas em 19/VIII/2005)
«Nunca nenhum homem falou assim!»
São João da Cruz (1542-1591), carmelita descalço, doutor da Igreja
A Subida ao Carmelo, II, cap. 22
A Subida ao Carmelo, II, cap. 22
Deus poderia dizer-nos: «O meu Filho é toda a minha Palavra, toda a minha resposta; Ele é a visão plena e toda a revelação. Respondi-vos totalmente, disse-vos tudo e tudo vos manifestei, revelei-vos tudo dando-vo-lo por irmão, companheiro, mestre, herança e recompensa […]: “Este é o meu filho muito amado em quem pus todo o meu enlevo: escutai-o” (Mt 17,5) […].
Portanto, se desejas escutar da minha boca uma palavra de consolação, olha para o meu Filho, que Me obedeceu e que, por amor, Se entregou à humilhação e à aflição, e verás o que Ele te responde. Se desejas que Eu te explique as coisas ocultas e os acontecimentos misteriosos, basta que fixes os teus olhos nele e nele encontrarás encerrados os mistérios mais profundos, a sabedoria e as maravilhas de Deus, como diz o meu apóstolo: Nele, que é o Filho de Deus, “estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento” (Col 2,3). Esses tesouros de sabedoria serão para ti mais sublimes, mais doces e mais úteis que tudo o que pudesses aprender noutros lados. Por isso é que o mesmo apóstolo se gloriava “de não saber outra coisa a não ser Jesus Cristo e Jesus Cristo crucificado” (1Cor 2,2). Se procuras ter visões ou revelações, sejam elas divinas, sejam corpóreas, olha também para Ele enquanto homem e encontrarás muito mais do que julgas possível, porque o apóstolo Paulo também disse: “é nele que habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Col 2,9).»
Por isso, não convém voltar a interrogar a Deus como antigamente e já nem é necessário que Ele fale […]: não há, nem nunca haverá, mais nenhuma verdade de fé a revelar.
Portanto, se desejas escutar da minha boca uma palavra de consolação, olha para o meu Filho, que Me obedeceu e que, por amor, Se entregou à humilhação e à aflição, e verás o que Ele te responde. Se desejas que Eu te explique as coisas ocultas e os acontecimentos misteriosos, basta que fixes os teus olhos nele e nele encontrarás encerrados os mistérios mais profundos, a sabedoria e as maravilhas de Deus, como diz o meu apóstolo: Nele, que é o Filho de Deus, “estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento” (Col 2,3). Esses tesouros de sabedoria serão para ti mais sublimes, mais doces e mais úteis que tudo o que pudesses aprender noutros lados. Por isso é que o mesmo apóstolo se gloriava “de não saber outra coisa a não ser Jesus Cristo e Jesus Cristo crucificado” (1Cor 2,2). Se procuras ter visões ou revelações, sejam elas divinas, sejam corpóreas, olha também para Ele enquanto homem e encontrarás muito mais do que julgas possível, porque o apóstolo Paulo também disse: “é nele que habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Col 2,9).»
Por isso, não convém voltar a interrogar a Deus como antigamente e já nem é necessário que Ele fale […]: não há, nem nunca haverá, mais nenhuma verdade de fé a revelar.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 5 de abril de 2014
Entretanto, alguns daquela multidão, tendo ouvido estas palavras, diziam: «Este é verdadeiramente o profeta». Outros diziam: «Este é o Messias». Alguns, porém, diziam: «Porventura é da Galileia que há-de vir o Messias? Não diz a Escritura: “Que o Messias há-de vir da descendência de David e da aldeia de Belém, donde era David”?». Houve, portanto, desacordo entre o povo acerca d'Ele. Alguns deles queriam prendê-l'O, mas nenhum pôs as mãos sobre Ele. Voltaram, pois, os guardas para os príncipes dos sacerdotes e fariseus, que lhes perguntaram: «Porque não O trouxestes preso?». Os guardas responderam: «Nunca homem algum falou como Este homem». Os fariseus replicaram: «Porventura, também vós fostes seduzidos? Houve, porventura, algum dentre os chefes do povo ou dos fariseus que acreditasse n'Ele? Quanto a esta plebe, que não conhece a Lei, é maldita». Nicodemos, que era um deles, o que tinha ido de noite ter com Jesus, disse-lhes: «A nossa Lei condena, porventura, algum homem antes de o ouvir e antes de se informar sobre o que ele fez?». Responderam: «És tu também galileu? Examina as Escrituras, e verás que da Galileia não sai nenhum profeta». E foi cada um para sua casa.
Jo 7, 40-53
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