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O evento conclusivo do dia foi a celebração da Missa no Vale de Cedron entre o Monte das Oliveiras e a Cidade Santa de Jerusalém.
Cerca de 3 mil fiéis celebram esta tarde uma Missa com Bento XVI, no Getsémani, onde, segundo os Evangelhos, Jesus passou as suas últimas horas rezando antes de ser preso.
Um dos pontos altos da manhã desta terça feira foi a visita junto do Muro das Lamentações Este é o único vestígio do antigo templo erigido por Herodes o Grande no lugar do primitivo Templo de Jerusalém. Foi destruído por Tito no ano de 70. A Praça do Muro das Lamentações é visitada por milhões de judeus, que oferecem orações e bilhetes contendo desejos profundos que são inseridos entre as fendas das pedras. Bento XVI, fez um gesto semelhante. Recolheu-se em oração silenciosa e colocou entre as fendas do muro um bilhete com uma oração:
Bento XVI está esta terça-feira em Jerusalém, com uma agenda recheada de simbolismo nesta peregrinação de paz.
São já milhares os peregrinos que rumam a Fátima, para mais uma peregrinação aniversária de Maio. Todo o cuidado é pouco nas estradas, quer para quem caminha, quer para quem conduz.O Papa alertou esta Segunda-feira para o risco de a globalização e as novas tecnologias se tornarem um “instrumento de fragmentação crescente do conhecimento humano”.
Num encontro com os promotores do diálogo inter-religioso, que concluiu o primeiro dia de Bento XVI em Jerusalém, o Papa falou em especial da Internet e seus inúmeros portais.
Esta época de acesso imediato à informação e de tendências sociais que geram uma espécie de monocultura, disse, "oferece uma esplêndida oportunidade para pessoas de diferentes religiões de viver juntas em profundo respeito, estima e apreço, encorajando-se reciprocamente nos caminhos de Deus".
Neste cenário, o Papa apresentou o contributo que a religião pode dar às culturas do mundo, para que possa proclamar com clareza o que os fiéis de todas as religiões têm em comum.
Unidade, afirmou Bento XVI, que não depende da uniformidade: apesar de as diferenças no diálogo inter-religioso poderem parecer barreiras, elas não devem obscurecer o sentido comum de reverência e de respeito universal pelo absoluto e pela verdade, que leva os fiéis a estabelecerem relações uns com os outros.
Uma cultura, advertiu o Papa, não deve ser definida pelos limites do tempo ou do espaço, mas deve ser plasmada pelos princípios e pelas acções que provêm da fé: "Juntos podemos proclamar que Deus existe e que pode ser conhecido, que a terra é a sua criação, que nós somos as suas criaturas, e que ele chama cada homem e mulher a um estilo de vida que respeite o seu desígnio para o mundo."
Hoje a voz de Deus é ouvida menos claramente. Mas este "vazio" não é um vazio de silêncio. Pelo contrário, é um ruído de pretensões egoísticas, de promessas vazias e de falsas esperanças, que frequentemente invadem o espaço no qual Deus nos busca. Os fiéis, então, podem criar espaços, oásis de paz e de reflexão profunda, em que se possa ouvir novamente a voz de Deus.
(Com a Rádio Vaticano)
Internacional Agência Ecclesia 11/05/2009 18:44 1934 Caracteres 193 Bento XVI - Terra Santa
(Fonte: site Agência Ecclesia)