Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Abrir as portas

"As crises escondem oportunidades", tem sido repetido vezes sem conta nos últimos dois anos.

O recente volume de notícias sobre a existência de abusos sexuais de menores por parte de membros da Igreja, sobretudo sacerdotes, pode ser considerada uma crise que, no entanto, é também uma grande oportunidade.

Em primeiro lugar, ninguém está mais interessado no apuramento da verdade sobre possíveis abusos por parte de membros do clero do que a própria Igreja. Por isso, todas as denúncias que se provem ser verdadeiras não são um mal, mas sim um bem, porque vão permitir proteger os mais fracos. No entanto, nas notícias que têm vindo a público, parece que os jornalistas não se preocupam com as vítimas. Preocupam-se, sim, com o celibato, com o interesse em descobrir se os Bispos esconderam casos que conheciam ou quantos são as denúncias que envolvem sacerdotes (sem qualquer preocupação sobre se as denúncias são verdadeiras ou falsas, se houve condenação de alguém, ou se os processos de denúncia foram arquivados).

Em segundo lugar, como escreve Massimo Introvigne, "o problema não é o celibato (...). No mesmo período em que uma centena de sacerdotes católicos eram condenados por abusos sexuais de menores, o número de professores de educação física e de treinadores de equipas desportivas jovens, também quase todos casados, considerados culpados do mesmo delito nos tribunais americanos atingia os seis mil. Os exemplos podem multiplicar-se, e não só nos Estados Unidos. E o principal dado a ter em conta, de acordo com os relatórios periódicos do governo americano, é o de que dois terços dos abusos sexuais a menores não são feitos por estranhos, ou por educadores – incluindo os sacerdotes católicos e os pastores protestantes –, mas por membros da família: padrastos, tios, primos, irmãos e pelos próprios pais." O problema, portanto, não é o celibato, mas sim a falta dele, já que a tendência para os abusos de menores é muito maior em quem tem vida sexual activa do que em quem é celibatário.

Em terceiro lugar, continuando com Massimo Introvigne, "80% dos pedófilos são homossexuais, são homens que abusam de outros homens. E – voltando a citar Philip Jenkins – 90% dos sacerdotes católicos condenados por abusos sexuais de menores e pedofilia são homossexuais. Se a Igreja Católica tem efectivamente um problema, não é o do celibato, mas o de uma certa tolerância da homossexualidade nos seminários, que teve particular incidência nos anos 70, a época em que foi ordenada a grande maioria dos sacerdotes que foram posteriormente condenados por abusos."

A atitude do Papa Bento XVI acabará por produzir frutos: "existe uma vontade real de erradicar o problema [da pedofilia do seio da Igreja]. Dói, como quando se cura uma infecção, mas o resultado só pode ser positivo. Para as pessoas sérias, essa é a notícia".

(Fonte: blogue recomendado ‘Ubi caritas’ AQUI)

Purga purificadora

Quando rebentaram os escândalos de pedofilia na Igreja dos EUA – situação gravíssima que afectou milhares de católicos, feridos e escandalizados pelo comportamento de alguns pastores – o normal (e até compreensível) seria esperar um fenómeno de afastamento por parte dos fiéis.

Alguns terão saído, mas impressiona-me a consistência dos que ficaram.
Bento XVI visitou os EUA pouco tempo depois destes escândalos e o testemunho de fé daqueles católicos que o acolheram é um exemplo para todos, especialmente agora, que somos assolados por novos escândalos do mesmo género.

Tal como aconteceu com os católicos norte-americanos, também nós somos chamados a verificar as razões da nossa esperança e a aprofundar a certeza da nossa pertença a Cristo.

Neste dia de São José, peçamos-lhe que esta espécie de purga tão dolorosa a que assistimos purifique a Igreja do que não presta e que deixe vir ao de cima o extraordinário manancial de santidade e misericórdia que a definem, apesar dos seus pecados

Aura Miguel

(Fonte: site Rádio Renascença)

"There be Dragons" em cujo enredo aparece a figura de S. Josemaría Escrivá e a estrear este ano já tem página na internet (vídeo em espanhol)

Jovens portugueses querem «marcar presença e fazer a diferença» na visita de Bento XVI

Jovens portugueses querem «marcar presença e fazer a diferença» na visita de Bento XVI

E escreveram-lhe uma carta

Os jovens portugueses escreveram uma carta a Bento XVI. Hoje (Dia 19 de Março), dois jovens - Inês Sequeira e Tomás Líbano Monteiro – entregam a carta ao Núncio Apostólico em Portugal, D. Rino Passigato, que a remeterá para o Papa.

No documento, os jovens realçam que “queremos marcar presença e fazer a diferença! Queremos mostrar a verdadeira força que temos”. E acrescenta: “Nós acreditamos! Que na sua visita a Portugal, a Terra de Nossa Senhora, traz uma mensagem para cada pessoa, em especial para cada jovem”.

Ontem, os jovens universitários celebraram o sacramento da confissão, na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa, seguido de Missa, presidida por D. Carlos Azevedo, coordenador geral da viagem de Bento XVI a Portugal.

No final da Eucaristia foi lida a carta dirigida a Bento XVI. Depois da leitura, os jovens fizeram uma caminhada até à reitoria da universidade de Lisboa (Alameda das Universidades) e fizeram uma cruz viva com velas.

Bento XVI visita o nosso país de 11 a 14 de Maio e os jovens comprometem-se “a ser a esperança de que a sociedade tantas vezes sente falta e a ser uma fonte de luz no mundo actual” – lê-se na Carta.

Carta dos Jovens Portugueses a Bento XVI

Santo Padre,

Neste dia de S. José, queremos felicitar Sua Santidade e expressar-lhe o quanto ansiamos pela sua visita a Portugal, em Maio.

Seguindo o exemplo do seu onomástico, é para todos nós uma imagem viva de Deus na Terra. Exemplo de fé, exemplo de amor e Cristo, exemplo de alegria e força em Deus. Exemplo de um pai que olha por todos nós e intercede por cada um de maneira especial junto de Cristo.

Nós acreditamos! Que, através de Sua Santidade, Deus revela a missão que tem desenhada para a sua Igreja. Esta missão de levar Cristo a todo o Mundo!

Nós acreditamos! Que na sua visita a Portugal, a Terra de Nossa Senhora, traz uma mensagem para cada pessoa, em especial para cada jovem. Mensagem essa que nos confia uma missão. A missão de sermos, tal como os pastorinhos de Fátima, verdadeiros portadores da bondade e alegria de Deus e Nossa Senhora! Estamos dispostos a tomar parte nesta missão evangelizadora do Santo Padre.

Nós acreditamos! Que essa é a nossa missão! Tanto em Lisboa, como em Fátima, como no Porto, queremos marcar presença e fazer a diferença! Queremos mostrar a verdadeira força que temos. Esta grande alegria que nos fará incendiar corações com a palavra de Cristo! Todos juntos, queremos ser verdadeiramente como um só. Comprometemo-nos a ser a esperança de que a sociedade tantas vezes sente falta e a ser uma fonte de luz no mundo actual. Queremos trazer Cristo diariamente ao mundo através da nossa simplicidade e alegria, mas também e principalmente pela nossa radicalidade e originalidade. Aceitamos o desafio que Sua Santidade nos lançou. De agarrarmos o futuro com as nossas suas mãos e pôr a render os nossos dons. Dons esses, que acreditamos que nos darão ainda mais fé e esperança para enfrentar o nosso caminho e com os quais acreditamos poder mudar o mundo.

Nós acreditamos! Que com as nossas orações esta visita será ainda mais importante e marcante. Comprometemo-nos portanto a rezar por Sua Santidade e a prepararmos os nossos corações para a sua passagem por Portugal, País especialmente escolhido por Maria.

Esperamos com a consciência e a certeza de que Nossa Senhora reza e espera também contente por este encontro!

Pelos Jovens de Portugal,
Inês Sequeira e Tomás Líbano Monteiro


(Fonte: site Agência Ecclesia)

31º dia da Quaresma – Dia de S. José – Dia do Pai

Evangelho segundo S. Mateus 1,16.18-21.24.

Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo.
Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo.
José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente.
Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo.
Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.»
Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa.


Hoje é dia do pai!
É um pouco o meu dia também, porque sou pai e avô.

Desde há uns dias que meditava neste tema do dia do pai, pedindo ao Espírito Santo que me ajudasse a discernir o que seria necessário eu meditar, partilhando.

E as horas passavam e não me vinha ao coração, nem à mente, nada de muito bonito e profundo, (julgava eu), para meditar, para partilhar.
Pensava já recorrer a textos antigos, e lê-los, meditando-os no presente, quando recebi um mail de uma amiga de fé, a Malu, que me contava o que abaixo transcrevo, mesmo sem lhe pedir licença!

«Aqui há uns tempos, um amigo meu, andou a fazer um trabalho religioso e escrito, e precisou fazer alguma pesquisa. Então andou a perguntar a amigos e na rua também, sobre quem era Deus. Muita resposta filosófica recebeu...
Depois alegrou-se quando uma criança lhe respondeu prontamente:
- Deus...? Ora, Deus é meu Pai!!
Ele gravou as conversas e depois apagou muitas e esta deu-me a ouvir.
Ele ainda testou o miúdo e perguntou-lhe: E então quem é o teu pai - tu não tens pai? Mas a criança não se ficou e disse que sim, que tinha, mas que esse também era filho do Pai.
É claro que houve risota aí e sai nova pergunta: "Espera aí, então tu és irmão do teu pai?"
- Ah, pois sou! E você também é porque Jesus é nosso irmão, não sabia?!»

Bonito e profundo?
Que há de mais bonito e profundo que a simplicidade do amor na boca de uma criança?

Como, perante este episódio, é tão fácil interpretar as palavras de Jesus:

«e disse: «Em verdade vos digo: Se não voltardes a ser como as criancinhas, não podereis entrar no Reino do Céu.» Mt 18,3
«Respondeu Jesus: «Sim. Nunca lestes:
Da boca dos pequeninos
e das crianças de peito
fizeste sair o louvor perfeito?» Mt 21,16

E agora?
Podia escrever tantas coisas, fazer tantas reflexões e meditações, mas não está já tudo dito?
Não está já tudo dito na simplicidade que toca o coração de Deus?
Não são estas palavras simples de uma criança a melhor meditação para cada um de nós sobre o Pai de amor que nos criou?
Porque complicamos nós o que é tão simples?

Deixo-me ficar assim a ler estas palavras de criança e peço ao Senhor que nos/me conceda o dom de ser criança na Verdade, para que a nossa/minha fé seja simples e inabalável, e sobretudo para que todos nós possamos sentir esta filiação divina, com este amor puro e simples de criança, que nos faz irmãos e discípulos de Jesus Cristo, templos do Espírito Santo, filhos do Pai Nosso, que está no Céu.

Joaquim Mexia Alves
http://www.queeaverdade.blogspot.com/

S. Josemaría nesta data em 1963

Festa de São José. “São José é realmente Pai e Senhor, protegendo e acompanhando no seu caminho terreno aqueles que o veneram, como protegeu e acompanhou Jesus enquanto crescia e se fazia homem. Ganhando intimidade com ele descobre-se que o Santo Patriarca é, além disso, Mestre da vida interior, porque nos ensina a conhecer Jesus, a conviver com Ele, a tomar consciência de que fazemos parte da família de Deus. E S. José dá-nos essas lições sendo, como foi, um homem corrente, um pai de família, um trabalhador que ganhava a vida com o esforço das suas mãos”, diz na homilia que hoje prega.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

MENSAGENS PERIGOSAS PARA A JUVENTUDE

Relatório pede que esta seja defendida

As imagens sexuais e as mensagens dos media incentivando um comportamento promíscuo são uma ameaça para os jovens, afirma um relatório publicado pelo Ministério do Interior do Reino Unido.

O Ministério encarregou uma psicóloga independente, Dr. Linda Papadopoulos, de examinar o impacto de uma cultura invadida pelo sexo, no contexto dos esforços do governo britânico para reduzir a violência contra as mulheres.

“Mudar as atitudes irá levar muito tempo, mas isso é essencial, se quisermos deter a violência contra as mulheres e jovens”, comentou o Ministro do Interior, Alan Johnson, em comunicado de imprensa, dia 26 de Fevereiro.

Tanto o governo do Partido Trabalhista como a oposição do Partido Conservador estão preocupados com o impacto da cultura contemporânea sobre os jovens. Antes da publicação do relatório, o líder dos conservadores, David Cameron, disse que estava a favor de restringir a publicidade irresponsável dirigida às crianças, relatou a BBC dia 26 de Fevereiro.

No mesmo relatório - chamado “Sexualization of Young People: Review” (Sexualização dos jovens: Análise) - Papadopoulos explicava que a sua pesquisa fazia parte de uma consulta que visa aumentar a consciência sobre o problema da violência contra as mulheres. Investigava em particular a questão de se saber se há uma ligação entre a sexualização da cultura e a violência.
“As mulheres são veneradas - e recompensadas - por seus atributos físicos, e tanto as jovens como os rapazes são pressionados a imitar estereótipos dos respectivos géneros cada vez mais novos”, comenta o relatório.

O relatório define a sexualização como “imposição da sexualidade adulta às crianças e jovens antes que estas sejam capazes de lidar com isso, mental, emocional e fisicamente”.

Crianças como adultos, adultos como crianças

O uso de imagens sexuais nos media não é precisamente um fenómeno recente. Há bem pouco tempo, nos últimos anos em particular, houve um aumento de seu volume sem precedentes. Além disso, os rapazes são apresentados cada vez mais como se fossem adultos, enquanto que as meninas são infantilizadas”.

“Isso mistura as linhas entre maturidade e imaturidade sexual e, na prática, legitima a noção de que as crianças podem ser tratadas como objectos sexuais”, afirma o texto.

Ao tratar de crianças, uma das preocupações destacadas no relatório é que, em idade jovem, as capacidades cognitivas necessárias para fazer frente a essas imagens persuasivas dos media não se desenvolveram. Junto com essa falta de capacidade para lidar com tais imagens, a capacidade de difusão de uma cultura sexualizada resulta que as crianças estejam frequentemente expostas à materiais que não são apropriados para sua idade.

O relatório observa que um dos temas dominantes nos programas populares é que as meninas devem apresentar-se como sexualmente desejáveis, se quiserem ser populares entre os rapazes. Isso está presente até mesmo para crianças mais novas, que são incentivadas a se vestir de forma que chamem atenção por seus atributos sexuais ainda que não possuam.

Muitas bonecas, por exemplo, são apresentadas de uma forma notoriamente sexualizada. Objectos como caixas de lápis e outros artigos de escola para crianças ostentam logótipo da Playboy. Roupa íntima com enchimento é comercializada e vendida para crianças até os oito anos.

E assim, a mensagem predominante para os meninos é que devem ser sexualmente dominantes e tratar o corpo feminino como objecto.

Televisão, filmes, músicas, junto com os meios impressos, todos apresentam aos jovens essa mensagem com conteúdos com excessivamente sexuais, observou o relatório.

Transtorno adolescente

Posto que as crianças recebem contínuos apelos a adequarem-se a tais imagens, um dos resultados que pode ocorrer é o descontentamento com o próprio corpo e uma baixa auto-estima que, por sua vez, pode provocar depressão e transtornos alimentares. Junto a esses transtornos como a anorexia, as mulheres jovens recorrem em grande parte à cirurgia plástica, sob pressão de se transformar em uma imagem idealizada.

As crianças e adolescentes também se encontram nos media com uma grande quantidade de conteúdo que é explicitamente sexual ou pornográfico, acrescentou Papadopoulos. A facilidade do acesso à internet, junto com o material enviado por correio electrónico e os telefones celulares, resulta na difícil restrição desses conteúdos aos pequenos.

De facto, observa o relatório, a indústria do sexo está liberalizada e tornou-se parte da cultura quotidiana. Os anúncios publicitários tornaram-se rotina na televisão, com conteúdos de casas nocturnas, salas de conversa e canais de sexo na TV.

“O facto de que as celebridades são habitualmente apresentadas como realizadas e cobiçadas pela sua atracão sexual e a sua aparência - com pouca referência à inteligência ou às suas capacidades - lança uma poderosa mensagem para as jovens sobre que é o que vale a pena, e é o que elas devem ter como objectivo”, diz o relatório.

Os pesquisadores comprovaram, ao examinar o conteúdo das páginas da web dos jovens, que muitos adolescentes colocam imagens sexualmente explícitas de si próprios, e entre seus amigos a linguagem depreciativa e humilhante é comum, afirma o relatório.

A sexualização das jovens também está contribuindo para um mercado de imagens de abusos pedófilos, relata o estudo. Muitas meninas jovens se apresentam de forma provocadora e abertamente sexual para a visualização de outros jovens através de redes sociais ou por telemóveis.

“Os próprios jovens estão produzindo e trocando o que não é nada mais que ‘pornografia infantil’ - um facto confirmado pelo crescente número de adolescentes que estão sendo condenados pela posse desse material”, comentava o estudo.

Sexualização e violência

Ao tratar a questão da relação entre sexualização e violência contra as mulheres, o relatório citava investigações que mostram que os adultos que viram imagens de mulheres como objectos sexuais tendem a aceitar mais a violência.

“As evidências reunidas sugerem um contexto claro entre o consumo de imagens sexualmente explícitas, uma tendência a ver mulheres como objectos, e a aceitação de atitudes e comportamentos agressivos como norma”, dizia o relatório.

Papadoupoulos também se referiu a uma recente pesquisa que mostrava que para muitos jovens a violência dentro das relações é algo comum. No grupo de idade entre 13 e 17 anos, uma de cada três jovens adolescentes havia sido submetida a actos não consentidos durante uma relação, e uma de cada quatro havia sofrido violência física.

Os investigadores citados no relatório também sugeriram que, para incentivar os espectadores masculinos a perceber as mulheres como objectos sexuais, a publicidade promove uma mentalidade em que as mulheres são vistas como subordinadas e, portanto, esse é o motivo de sofrerem violência sexual.

“A repetida apresentação dos homens como dominantes e agressivos e das mulheres como subordinadas está sem dúvida perpetuando a violência contra as mulheres”, refere o estudo.

Rebelião

O relatório conclui apelando às pessoas que se dêem conta de que a sexualização é um tema de profunda importância, com graves consequências para os indivíduos, famílias e sociedade. Estudos semelhantes nos Estados Unidos e Austrália chegaram às mesmas conclusões. Ao mesmo tempo, pede que se pesquise esse fenómeno. O relatório terminava com uma lista de 36 recomendações específicas sobre como tratar a sexualização.

Além dos relatórios como o recentemente publicado pelo Ministério do Interior britânico, a oposição à sexualização da cultura contemporânea cresce entre as pessoas comuns.

Um exemplo disso vem da Austrália, com o website Collective Shout, que fornece uma plataforma interactiva para indivíduos e grupos para actuar contra as empresas e os meios de comunicação que apresentam as mulheres como objectos e a sexualização de jovens para vender produtos e serviços.

No final, talvez, a solução desses problemas como a degradação da sexualidade não consista em estabelecer mais regulamentos governamentais. O que é preciso de verdade é uma mudança básica da opinião pública que seja resultado de uma revolta contra a exploração das mulheres, uma revolta que surja de pessoas conhecidas, cansadas de ver como a dignidade humana está sendo degradada.

Por Padre John Flynn, L.C.

(Fonte: ‘Zenit’ em português com edição e adaptação de JPR)

S. José

Hoje, comemoramos o grande patrono da Igreja Universal, São José. Ninguém ignora que São José é o esposo de Nossa Senhora e pai adoptivo de Jesus. A Bíblia não fala muito dele. No entanto, o amor cristão faz de cada palavra do Evangelho de São Mateus um ensinamento novo para a vida. Eis alguns factos que sempre recordamos: A ordem dada a São José, de receber Maria como esposa. É o fim do Antigo Testamento e o começo do Novo. Ele é o patriarca, o grande pai. A fuga para o Egipto e a volta lembram a história de todo o povo de Israel - o Êxodo. Portanto, São José é o amigo do povo, dos pobres, dos pequeninos, dos perseguidos e dos sofredores. Da Bíblia, recebeu ele o título maior que ela costuma dar a alguém: Justo. São José era um homem "justo". Tanto a Idade Média quanto os tempos modernos lembraram muito São José como modelo para o lar e, também, para o operário. A simplicidade e a fidelidade fizeram de São José o protector escolhido para Maria e para o próprio Jesus, bem como para todos nós.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

S. Josemaría fala de S. José (vídeo em espanhol)

Temas para reflexão

MEDITAÇÃO:

Se alguma vez nos perdermos ou nos atrasarmos, por nossa culpa, no seguimento de Jesus, a Virgem também sairá para nos procurar e não descansará até nos encontrar. E quando nos empenhamos na busca e retorno daqueles que voltaram as costas a seu Filho, Ela irá à frente e assinalará o caminho que devemos seguir. E depois levar-nos-á pela mão, como fez com Jesus no regresso a Nazaré, para que nos voltemos a perder. Maria é certamente a nossa segurança. (Cfr. Francisco Fernández CARVAJAL, Vida de Jesus, Ed. J.A. Marques, Braga, pgs 136)

TEMA: Confissão Quaresmal 3

Deus conhece os nossos pecados; não temos que lhos mostrar. A confissão não é para Ele, é para nós: para nos fazer tomar consciência da nossa culpabilidade. Nem sempre é possível enumerar todos os pecados, mas o essencial é não esconder voluntariamente nenhuma falta grave. (Georges CHEVROT, Jesus e a Samaritana, Éfeso, 1956, pg 162)

Doutrina: Evangelium Vitae 27

No Sermão da Montanha, Jesus exige dos discípulos uma justiça superior à dos escribas e fariseus, no campo do respeito pela vida: «Ouvistes que foi dito aos antigos: "Não matarás; aquele que matar está sujeito a ser condenado". Eu, porém, digo-vos: quem se irritar contra o seu irmão será réu perante o tribunal. (JOÃO PAULO II, Evangelium Vitae, 40 c)

FESTA: S. José

(…) o contexto mariano do Angelus convida a deter-se com veneração na figura do esposo da Santíssima Virgem Maria e Patrono da Igreja universal. Gosto de recordar que de São José era muito devoto também o amado João Paulo II, que lhe dedicou a Exortação Apostólica Redemptoris Custos - Custódio do Redentor - e com segurança experimentou sua assistência na hora da morte.
A figura deste grande Santo, ainda que permanecendo mais bem escondida, reveste-se na história da salvação de uma importância fundamental. Antes de tudo, ao pertencer à tribo de Judá, uniu Jesus à descendência davídica, de forma que, realizando as promessas sobre o Messias, o Filho da Virgem Maria pode chamar-se verdadeiramente «filho de David». O Evangelho de Mateus, de maneira especial, põe de relevo as profecias messiânicas que encontraram cumprimento mediante o papel de José: o nascimento de Jesus em Belém (2, 1-6); sua passagem pelo Egipto, onde a Sagrada Família se havia refugiado (2, 13-15); o sobrenome de «Nazareno» (2, 22-23). Em tudo isso, ele demonstrou, como sua esposa Maria, autêntico herdeiro da fé de Abraão: fé no Deus que guia os acontecimentos da história segundo seu misterioso plano salvífico. A sua grandeza, como a de Maria, ressalta ainda mais porque sua missão se desenvolveu na humildade e no anonimato da casa de Nazaré. Também, o próprio Deus, na Pessoa de seu Filho encarnado, elegeu este caminho e este estilo de vida na existência terrena.
Do exemplo de São José chega a todos um forte convite a desenvolver com fidelidade, simplicidade e modéstia a tarefa que a Providência nos designou. Penso antes de tudo nos pais e mães de família, e rogo para que saibam sempre apreciar a beleza de uma vida simples e de trabalho, cultivando com atenção a relação conjugal e cumprindo com entusiasmo a grande e não fácil missão educadora. Aos sacerdotes, que exercem a paternidade com respeito às comunidades eclesiais, obtenha São José amar a Igreja com afecto e plena dedicação, e sustente as pessoas consagradas em sua gozosa e fiel observância dos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência. Que proteja os trabalhadores de todo o mundo para que contribuam com suas distintas profissões ao progresso de toda a humanidade, e que ajude todo cristão a realizar com confiança e amor a vontade de Deus, cooperando assim ao cumprimento da obra da salvação.

Deixemo-nos “contaminar” pelo silêncio de São José

O silêncio de São José não manifesta um ”vazio interior” mas, pelo contrário, a plenitude da fé que traz no coração e que guia cada um dos seus pensamentos e cada uma das suas acções.
Deixemo-nos “contaminar” pelo silêncio de São José; temos muita necessidade dele, num mundo muitas vezes demasiado ruidoso, que não favorece o recolhimento e a escuta da voz de Deus. Proponho aos fiéis que estabeleçam uma espécie de «diálogo espiritual com São José, para que ele nos ajude a viver em plenitude este grande mistério da fé.
Um silêncio, graças ao qual, José em uníssono com Maria, conserva a palavra de Deus, descoberta através das Sagradas Escrituras, confrontando-a continuamente com os acontecimentos da vida de Jesus; um silêncio tecido de oração constante, de oração de louvor ao Senhor, de adoração da Sua santa vontade e de abandono sem reservas à Sua providência.
Não é exagerado pensar que foi do seu “pai” José que Jesus aprendeu, no plano humano, esta robusta interioridade, premissa da justiça autêntica, a “justiça superior” que um dia ensinará aos seus discípulos. (BENTO XVI, Angelus, 19 de Março de 2006)

Agradecimento: António Mexia Alves

«Não temas receber Maria, tua esposa»

Dirigindo-Se a José por meio das palavras do anjo, Deus dirige-Se a ele como sendo esposo da Virgem de Nazaré. Simultaneamente, o que nela se realizou por obra do Espírito Santo manifesta a confirmação especial do vínculo esponsal que já antes existia entre José e Maria. O mensageiro diz claramente a José: «Não temas receber Maria, tua esposa.» Por conseguinte, o que tinha acontecido anteriormente - os seus esponsais com Maria - tinha sucedido por vontade de Deus e, portanto, devia ser conservado. Na sua maternidade divina, Maria há-de continuar a viver «como uma virgem, esposa de um esposo» (cf. Lc 1, 27).

Nas palavras da «anunciação» nocturna, José não escuta apenas a verdade divina acerca da inefável vocação da sua esposa, ouve também novamente a verdade acerca da sua própria vocação. Este homem «justo» que, segundo o espírito das mais nobres tradições do povo eleito, amava a Virgem de Nazaré e a Ela se encontrava ligado por amor esponsal, é novamente chamado por Deus para este amor.

«José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa»; «O que Ela concebeu é obra do Espírito Santo». À vista de tais expressões, não se imporá porventura concluir que também o seu amor de homem tinha sido regenerado pelo Espírito Santo? Não se deverá pensar que o amor de Deus, que foi derramado no coração humano pelo Espírito Santo (cf. Rom 5, 5), forma do modo mais perfeito todo o amor humano? Este amor de Deus forma também - e de maneira absolutamente singular - o amor esponsal dos cônjuges, aprofundando nele tudo o que tem de humanamente digno e belo e as características da exclusiva entrega, da aliança das pessoas e da comunhão autêntica, a exemplo do Mistério trinitário.


(Redemptoris Custos, 18-19 – João Paulo II)

Meditação de Francisco Fernández Carvajal

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São Bernardino de Siena (1380-1444), franciscano
Homilia sobre São José; OC 7, 16. 27-50 (a partir da trad. do breviário)

São José, guardião fiel dos mistérios da salvação

Quando a bondade divina escolhe alguém para uma graça singular, dá-lhe todos os carismas necessários, o que aumenta muito a sua beleza espiritual. Isto verificou-se totalmente com São José, pai legal de Nosso Senhor Jesus Cristo e verdadeiro esposo da Rainha do mundo e Soberana dos anjos. O Pai eterno escolheu-o para ser o guardião fiel dos Seus principais tesouros, quer dizer, de Seu Filho e de Sua esposa, função que ele desempenhou muito fielmente. Foi por isso que o Senhor disse: «Servo bom e fiel, entra no gozo do teu senhor» (Mt 25, 21).

Se comparares José com o resto da Igreja de Cristo, não é verdade que é um homem particularmente escolhido, pelo qual Cristo entrou no mundo de maneira regular e honrosa? Pois se toda a Santa Igreja é devedora para com a Virgem Maria porque foi a Ela que foi dado receber Cristo, após Ela, é a São José que deve um reconhecimento e um respeito sem paralelo.

Ele é, com efeito, o epílogo do Antigo Testamento: é nele que a dignidade dos patriarcas e dos profetas recebe o fruto prometido. Só ele possuiu realmente o que a bondade divina lhes tinha prometido. Certamente não podemos duvidar de que a intimidade e o respeito que, durante a Sua vida humana, Cristo deu a José, como um filho a seu pai, não lhe foram negados no céu, antes foram enriquecidos e completados. O Senhor também acrescentou: «Entra no gozo do teu senhor».

Lembra-te de nós, bem-aventurado José, intercede, pelo auxílio da tua oração, junto de teu Filho adoptivo; torna igualmente propícia a bem-aventurada Virgem, tua esposa, porque Ela é a mãe Daquele que, com o Pai e o Espírito Santo, vive e reina pelos séculos sem fim.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 19 de Março de 2010

São Mateus 1,16.18-21.24

Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo.
Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo.
José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente.
Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo.
Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.»
Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)