Obrigado, Perdão Ajuda-me
sábado, 25 de agosto de 2012
A rainha que serve
Uma rainha ao serviço da humanidade, que caminha ao nosso lado todos os dias, que nos ama, nos ouve e intercede por nós. Bento XVI explicou assim, aos fiéis presentes na manhã de quarta-feira 22 de Agosto em Castel Gandolfo para a audiência geral, o sentido da realeza da Virgem Maria.
Estimados irmãos e irmãs
Celebra-se hoje a memória litúrgica da Bem-Aventurada Virgem Maria invocada com o título: "Rainha". É uma festa de instituição recente, embora sejam antigas a sua origem e devoção: com efeito, foi estabelecida pelo Venerável Pio XII em 1954, no encerramento do Ano Mariano, fixando a sua data em 31 de Maio (cf. Carta encíclica Ad caeli Reginam, 11 de Outubro de 1954: AAS, 46 [1954], 625-640). Nesta circunstância, o Papa disse que Maria é Rainha mais do que qualquer outra criatura em virtude da elevação da sua alma e da excelência dos dons recebidos. Ela não cessa de conceder todos os tesouros do seu amor e dos seus desvelos à humanidade (cf. Discurso em honra de Maria Rainha, 1 de Novembro de 1954). Pois bem, após a reforma pós-conciliar do calendário litúrgico, foi inserida oito dias depois da solenidade da Assunção para ressaltar o vínculo entre a realeza de Maria e a sua glorificação em alma e corpo ao lado do seu Filho. Na Constituição sobre a Igreja, do Concílio Vaticano II, lemos assim: "Maria foi elevada à glória celeste e exaltada por Deus como Rainha do universo, para assim se conformar mais plenamente com o seu Filho" (cf. Lumen gentium, 59).
Estimados irmãos e irmãs
Celebra-se hoje a memória litúrgica da Bem-Aventurada Virgem Maria invocada com o título: "Rainha". É uma festa de instituição recente, embora sejam antigas a sua origem e devoção: com efeito, foi estabelecida pelo Venerável Pio XII em 1954, no encerramento do Ano Mariano, fixando a sua data em 31 de Maio (cf. Carta encíclica Ad caeli Reginam, 11 de Outubro de 1954: AAS, 46 [1954], 625-640). Nesta circunstância, o Papa disse que Maria é Rainha mais do que qualquer outra criatura em virtude da elevação da sua alma e da excelência dos dons recebidos. Ela não cessa de conceder todos os tesouros do seu amor e dos seus desvelos à humanidade (cf. Discurso em honra de Maria Rainha, 1 de Novembro de 1954). Pois bem, após a reforma pós-conciliar do calendário litúrgico, foi inserida oito dias depois da solenidade da Assunção para ressaltar o vínculo entre a realeza de Maria e a sua glorificação em alma e corpo ao lado do seu Filho. Na Constituição sobre a Igreja, do Concílio Vaticano II, lemos assim: "Maria foi elevada à glória celeste e exaltada por Deus como Rainha do universo, para assim se conformar mais plenamente com o seu Filho" (cf. Lumen gentium, 59).
Esta é a raiz da festa de hoje: Maria é Rainha porque foi associada de modo único ao seu Filho, tanto no caminho terreno como na glória do Céu. O grande santo da Síria, Efrém o Sírio, acerca da realeza de Maria, afirma que deriva da sua maternidade: Ela é Mãe do Senhor, do Rei dos reis (cf. Is 9, 1-6) e indica-nos Jesus como nossa vida, salvação e esperança. O Servo de Deus Paulo VI recordava na sua Exortação apostólica Marialis cultus: "Na Virgem Maria, de facto, tudo é relativo a Cristo e dependente d'Ele: foi em vista d'Ele que Deus Pai, desde toda a eternidade, a escolheu como Mãe toda santa e a plenificou com dons do Espírito a ninguém mais concedidos" (n. 25).
Mas agora perguntemo-nos: o que quer dizer Maria Rainha? É só um título unido a outros, a coroa, um ornamento com outros? O que quer dizer? O que é esta realeza? Como já se indicou, é uma consequência do seu estar unida ao Filho, do seu estar no Céu, isto é, em comunhão com Deus; Ela participa na responsabilidade de Deus pelo mundo e no amor de Deus pelo mundo. Existe uma ideia vulgar, comum, de rei ou rainha: seria uma pessoa com poder e riquezas. Mas este não é o tipo de realeza de Jesus e de Maria. Pensemos no Senhor: a realeza, o ser rei de Cristo está imbuído de humildade, serviço e amor: é sobretudo servir, ajudar e amar. Recordemos que Jesus foi proclamado rei na cruz com esta inscrição redigida por Pilatos: "rei dos judeus" (cf. Mc 15, 26). Naquele momento na cruz mostra-se que Ele é rei; e como é rei? Sofrendo connosco, por nós, amando até ao fim, e assim governa e cria verdade, amor e justiça. Ou pensemos também noutro momento: na última Ceia inclina-se para lavar os pés aos seus. Portanto, a realeza de Jesus nada tem a ver com a dos poderosos da terra. É um rei que serve os seus servidores; assim demonstrou durante toda a sua vida. E o mesmo é válido para Maria: é rainha ao serviço de Deus e da humanidade, é rainha do amor que vive o dom de si a Deus para entrar no desígnio da salvação do homem. Ao anjo, responde: Eis-me, sou a serva do Senhor (cf. Lc 1, 38), e no Magnificat canta: Deus considerou a humildade da sua serva (cf. Lc 1, 48). Ela auxilia-nos. É rainha precisamente amando-nos, ajudando-nos em todas as nossas necessidades; é a nossa irmã e serva humilde. E assim já chegamos ao ponto: como exerce Maria esta realeza de serviço e amor? Velando sobre nós, seus filhos: os filhos que se dirigem a Ela na oração, para lhe agradecer ou para lhe pedir a sua tutela maternal e a sua ajuda celestial, talvez depois de se ter extraviado pelo caminho, oprimidos pela dor ou angústia, pelas vicissitudes tristes e difíceis da vida. Na serenidade ou na escuridão da existência, dirijamo-nos a Maria confiando-nos à sua intercessão continua, porque do Filho nos possa alcançar toda a graça e misericórdia necessárias para o nosso peregrinar ao longo das sendas do mundo. Àquele que rege o mundo e tem nas suas mãos o destino do universo dirijamo-nos confiantes, por meio da Virgem Maria. Ela, desde há séculos, é invocada como Rainha celeste dos Céus; oito vezes, depois da recitação do santo Rosário, é implorada nas ladainhas lauretanas como Rainha dos Anjos, dos Patriarcas, dos Profetas, dos Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores, das Virgens, de todos os Santos e das Famílias. O ritmo destas antigas invocações e preces diárias, como a Salve Regina, ajuda-nos a compreender que a Virgem Santa, como nossa Mãe ao lado do Filho Jesus na glória do Céu, está sempre connosco, no curso quotidiano da nossa vida.
Portanto, Rainha é título de confiança, alegria e amor. E sabemos que Aquela que tem nas suas mãos em parte o destino do mundo é boa, que nos ama e nos ajuda nas nossas dificuldades.
Portanto, Rainha é título de confiança, alegria e amor. E sabemos que Aquela que tem nas suas mãos em parte o destino do mundo é boa, que nos ama e nos ajuda nas nossas dificuldades.
Caros amigos, a devoção a Nossa Senhora é um elemento importante da vida espiritual. Na nossa oração não cessemos de nos dirigir com confiança a Ela. Maria não deixará de interceder por nós junto do seu Filho. Olhando para Ele, imitemos a fé, a disponibilidade completa ao desígnio de amor de Deus, o acolhimento generoso de Jesus. Aprendamos a viver de Maria. Maria é a Rainha do céu próxima de Deus, mas é também a Mãe que está perto de cada um de nós, que nos ama e ouve a nossa voz. Obrigado pela atenção!
Enfim, ao saudar os grupos de fiéis presentes, o Papa pronunciou em português estas palavras.
Amados peregrinos de língua portuguesa, uma cordial saudação de boas-vindas para todos. Hoje, a Igreja celebra Nossa Senhora Rainha dos Céus e da terra que, a exemplo de Seu Filho Jesus, Senhor do Universo, manifesta a sua realeza através da humildade, do serviço e do amor. Na vossa oração, não deixeis de dirigir-vos a Ela com confiança. Possa a Virgem Maria velar por cada um de vós. E que Deus vos abençoe.
Enfim, ao saudar os grupos de fiéis presentes, o Papa pronunciou em português estas palavras.
Amados peregrinos de língua portuguesa, uma cordial saudação de boas-vindas para todos. Hoje, a Igreja celebra Nossa Senhora Rainha dos Céus e da terra que, a exemplo de Seu Filho Jesus, Senhor do Universo, manifesta a sua realeza através da humildade, do serviço e do amor. Na vossa oração, não deixeis de dirigir-vos a Ela com confiança. Possa a Virgem Maria velar por cada um de vós. E que Deus vos abençoe.
(© L'Osservatore Romano - 25 de Agosto de 2012)
Amar a Cristo...
Mestre e amigo Jesus, a Casa do Pai, que também é Tua e nossa, por Vossa infinita bondade, é tantas vezes desrespeitada e frequentemente, por mero laxismo espiritual, é-o por aqueles que deveriam ser os seus mais fiéis guardiões.
Ajuda-nos a com amor, paciência e muita caridade a procurar corrigir aqueles que transformam a Tua Casa em local menos digno e respeitador da devida devoção a Deus Pai, a Ti e ao Divino Espírito Santo, que sois um só Deus na Santíssima Trindade.
No interior dos Templos a Vós dedicados, não se deverão realizar espectáculos, que ainda que inofensivos são próprios de outros espaços e jamais junto do Teu Sacrário devido à perturbação que criam e ao subverter completamente o espírito para que foram criados.
«Lembraram-se então os seus discípulos do que está escrito: O zelo da Tua casa me consome (Sl 68,10).» (Jo 2,17)
«E não consentia que ninguém transportasse nenhum objecto pelo templo; e os ensinava dizendo: «Porventura não está escrito: “A minha casa será chamada casa de oração por todas as gentes”?» (Mc 11, 16-17)
JPR
Imitação de Cristo, 3, 7, 1 - Como se há de ocultar a graça sob a guarda da humildade
Jesus: Filho, muito útil e seguro te é encobrir a graça da devoção, sem te desvanceceres ou te preocupares muito com ela; convindo antes desprezar-te a ti mesmo e temer que não sejas digno da graça recebida. Importa não estares muito apegado a tais sentimentos, que bem depressa podem mudar-se nos contrários. Com a graça presente, pondera quão miserável e pobre és sem ela. O progresso na vida espiritual não consiste tanto em teres a graça da consolação, mas em suporta-lhe com humildade, abnegação e paciência a privação, de sorte que então não afrouxes no exercício da oração, nem deixes de todo as demais boas obras que costumas praticar. Antes faz tudo de boa vontade, como melhor puderes e entenderes, nem te descuides totalmente de ti por causa das securas e ansiedades espirituais.
Se te faltar afã apostólico, tornar-te-ás insípido
Como quer o Mestre, tu tens de ser – bem metido neste mundo, que nos coube em sorte, e em todas as actividades dos homens – sal e luz. Luz, que ilumina as inteligências e os corações; sal, que dá sabor e preserva da corrupção. Por isso, se te faltar afã apostólico, tornar-te-ás insípido e inútil, defraudarás os outros e a tua vida será um absurdo. (Forja, 22)
Muitos, com ar de autojustificação, perguntam-se: Eu, porque é que me vou meter na vida dos outros?
– Porque tens obrigação, por seres cristão, de te meteres na vida dos outros, para os servires!
Porque Cristo se meteu na tua vida e na minha! (Forja, 24)
Se fores outro Cristo, se te comportares como filho de Deus, onde estiveres queimarás: Cristo abrasa, não deixa indiferentes os corações. (Forja, 25)
São Josemaría Escrivá
Muitos, com ar de autojustificação, perguntam-se: Eu, porque é que me vou meter na vida dos outros?
– Porque tens obrigação, por seres cristão, de te meteres na vida dos outros, para os servires!
Porque Cristo se meteu na tua vida e na minha! (Forja, 24)
Se fores outro Cristo, se te comportares como filho de Deus, onde estiveres queimarás: Cristo abrasa, não deixa indiferentes os corações. (Forja, 25)
São Josemaría Escrivá
«Também vós quereis ir embora?»
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja
Homilia 25 sobre São João, 14-16
Homilia 25 sobre São João, 14-16
«Meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão que vem do Céu, pois o pão de Deus é o que desce do Céu e dá a vida ao mundo» (Jo 6,32-33). [...] Vós desejais este pão do céu, ele está à vossa frente e não o comeis. «Eu já vos disse: Vós vedes-Me e não Me acreditais» (Jo 6,36). «Que importa se alguns deles não creram? Acaso a sua incredulidade destruirá a fidelidade de Deus?» (Rm 3,3) Vede então: «Tudo o que o Pai Me dá virá a Mim e não repelirei aquele que vem a Mim» (Jo 6,37). Que interioridade é esta de onde não se sai? Um grande recolhimento, um doce segredo. Um segredo que não cansa, liberto da amargura dos maus pensamentos, isento do tormento das tentações e das dores. Não será num segredo destes que entrará aquele servo fiel que ouve dizer: « Entra no gozo do teu senhor» (Mt 25,21)?
«Não repelirei aquele que vem a Mim, porque desci do Céu não para fazer a Minha vontade mas a d'Aquele que Me enviou» (Jo 6,38). Mistério profundo! [...] Sim, para curar a causa de todos os males, isto é a soberba, o Filho de Deus desceu e fez-Se humilde. Por que és arrogante, ó homem? Deus fez-Se humilde por tua causa. Talvez te envergonhes por imitar a humildade de um homem; imita então a humildade de Deus. [...] Deus fez-Se homem; tu, ó homem, reconhece que és homem: toda a tua humildade consiste em conheceres-te. E é porque Deus ensina a humildade que disse: «Desci do Céu para fazer a vontade d'Aquele que Me enviou. [...] Desci do Céu humilde, para ensinar a humildade como mestre de humildade. Aquele que vem a Mim tornar-se-á membro do Meu Corpo; aquele que vem a Mim tornar-se-á humilde. [...] Não fará a sua vontade, mas a de Deus; por isso não será repelido como quando era arrogante» (cf Gn 3,24).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho de Domingo dia 26 de agosto de 2012
Muitos dos Seus discípulos ouvindo isto, disseram: «Dura é esta linguagem! Quem a pode ouvir?». Jesus, conhecendo em Si mesmo que os Seus discípulos murmuravam por isto, disse-lhes: «Isto escandaliza-vos? Que será quando virdes subir o Filho do Homem para onde estava antes? É o Espírito que vivifica; a carne para nada aproveita. As palavras que Eu vos disse são espírito e vida. Mas há alguns de vós que não crêem». Com efeito Jesus sabia desde o princípio quais eram os que não acreditavam, e quem havia de O entregar. Depois acrescentou: «Por isso Eu vos disse que ninguém pode vir a Mim se não lhe for concedido por Meu Pai». Desde então muitos dos Seus discípulos retiraram-se e já não andavam com Ele. Por isso Jesus disse aos doze: «Também vós quereis retirar-vos?». Simão Pedro respondeu-Lhe: «Senhor, para quem havemos nós de ir? Tu tens palavras de vida eterna. E nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus».
Jo 6, 60-69
Jo 6, 60-69
Paradoxos da comunicação digital – por Francisco J. Pérez-Latre, Prof. agregado da Fac. de Comuni. da Univ. de Navarra
Temos acesso a um excessivo número de dados, mas frequentemente, falta-nos o contexto e a possibilidade de interpretação
Muitos recordar-se-ão do ano de 2010 como o ano do Facebook, Wikileaks e iPad2. A empresa de Mark Zuckerberg, considerado em 2010, o homem do ano pela Revista Time, estava avaliada, em Janeiro de 2011, em 50.000 milhões de dólares, ultrapassava os 600 milhões de utilizadores e crescia a um ritmo de 700.000 de utilizadores ...por dia. Apenas a Alemanha, a China e a Rússia ofereciam uma certa resistência a esta onda universal. Todos os meses surgem 3.000 milhões de fotos associados aos perfis do Facebook. Actualmente, o Facebook ultrapassa já os 700 milhões de utilizadores. São valores que, independentemente do futuro da empresa lhe garantem, inequivocamente, um lugar na história da comunicação.
O medo da Verdade
Muitas vezes prefere-se viver só o momento passageiro, na ilusão de que este traga uma felicidade duradoura. Prefere-se viver com superficialidade, por que parece que a vida é mais fácil assim, sem pensar. Tem-se medo de procurar a Verdade. Ou é porventura o receio de que a Verdade nos encontre, tome conta de nós e nos transforme a vida, como aconteceu com Santo Agostinho.
(Bento XVI - Audiência de 25.08.2010)
(Bento XVI - Audiência de 25.08.2010)
A ESCRITA ORANTE
Estava cansado!
A vida parecia que já não tinha nada para lhe dar!
Não lhe apetecia fazer nada e a única coisa que ainda lhe sabia bem, que ainda o entusiasmava de alguma maneira, era escrever.
Enquanto assim pensava, ia pedindo perdão a Deus por se sentir tão sem metas, tão indiferente a tudo e até a si próprio.
Sim, porque no seu íntimo ele sabia que isto era coisa passageira, era coisa que não condizia consigo e muito menos com a fé que vivia e queria viver.
A sua fé era uma fonte de esperança, de ânimo, de confiança, o que não podia estar mais em desacordo com aquilo que agora sentia.
Por isso mesmo decidiu pegar no papel, ou melhor no teclado do computador e escrever.
Escrever sem nenhum fim específico, deixando-se levar pelas palavras que ia escrevendo, ou melhor ainda, deixando que Deus lhe falasse através das palavras que fossem surgindo aos seus olhos e sobretudo ao seu coração.
Que coisa estranha, porque normalmente quando escrevia, tinha no seu pensamento um “esqueleto” daquilo que ia escrever, tinha sempre um princípio e um fim, e à medida que escrevia ia surgindo o “meio”.
Mas agora não, escrevia apenas aquilo que lhe ia surgindo á medida que escrevia!
O que iria afinal sair como texto, desta escrita sem principio, nem fim?
As palavras iam aparecendo na sua cabeça, até talvez mais rápidas que a sua capacidade de escrever.
Sentiu que algo o incitava a não parar de escrever e a continuar a alinhar as palavras na folha branca que lhe aparecia aos olhos, no computador.
O seu corpo que ao princípio estava dobrado, mole, quase num adormecimento, começou a endireitar-se na cadeira e agitar-se na necessidade de escrever.
Aquela má disposição, aquele cansaço inexplicável, aquela sensação de nada ter e nada querer, iam dando lugar a uma vontade de explicar o que se ia passando dentro de si naquele momento.
Escrevia e vinha-lhe ao pensamento uma pergunta que quase lhe apetecia fazer em voz alta:
Estás aí Senhor?
Curiosamente parecia-lhe que em vez de ouvir palavras, (ouvir no coração claro), apenas “ouvia” um Sorriso.
Mas que é isto de “ouvir” um Sorriso, pensou ele, quando leu as palavras que tinha escrito?
É que o Sorriso era uma presença, uma brisa suave que lhe passava no coração, e o fazia sentir como alguém, como pessoa, como parte importante de alguma coisa, mas que ele não sabia definir.
Fechou os olhos por um momento e parou de escrever!
No seu pensamento, no seu coração, em todo o seu ser apenas aparecia uma frase: filho de Deus!
Ele perguntou-se:
filho de Deus?
E então sentiu, mais do que ouviu:
Sim, filho de Deus! Tu és filho de Deus!
Ele pensou e respondeu:
Claro que sou filho de Deus, eu sei! E depois o que traz isso de novo agora?
Sentiu outra vez uma resposta:
Se és filho de Deus, tens uma família, a maior família que existe, que é a família dos filhos de Deus, que é a família de Deus.
Olha, que é a família do Reino de Deus!
Começou a sentir-se diferente, mais animado, mas mesmo assim perguntou:
E depois, o que há de novo em ser da família do Reino de Deus?
Então o Sorriso abriu-se e disse-lhe:
Não sabes tu que o Reino de Deus é sempre novo? Não sabes tu que o Reino de Deus não dispensa nenhum dos seus filhos? Não sabes tu que no Reino de Deus por muito que tenhas feito, tens sempre mais a fazer? Não sabes tu que aos olhos de Deus tu és o mais importante, tão mais importante como todos os outros são os mais importantes? Não sabes tu que Ele está sempre contigo, que Ele está sempre com todos?
Sim eu sei, respondeu, começando a compreender.
O Sorriso continuou:
Então se sabes como podes tu estar desanimado, ou a pensar que a vida já não tem nada para te dar? Já perguntaste a ti próprio o que tens tu para dar à vida? À tua e às dos outros com quem te cruzas? Como podes tu acreditar que Eu estou contigo e estares desanimado?
Quem sou Eu? Perguntou então o Sorriso!
Como num impulso, escreveu:
Tu és o Caminho, a Verdade e a Vida!
Então o Sorriso tomou conta de si!
Abriu-lhe a vontade de viver, trouxe-lhe o ânimo de testemunhar, colocou em si a importância do seu ser filho de Deus, e percebeu então, mais uma vez, que era muito, muito amado pelo Amor e que isso era mais importante do que tudo o resto.
Foi então que se me esgotaram as palavras que estou a escrever, porque a oração estava feita e tinha sido ouvida!
Monte Real, 24 de Agosto de 2010
Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/08/escrita-orante.html
A vida parecia que já não tinha nada para lhe dar!
Não lhe apetecia fazer nada e a única coisa que ainda lhe sabia bem, que ainda o entusiasmava de alguma maneira, era escrever.
Enquanto assim pensava, ia pedindo perdão a Deus por se sentir tão sem metas, tão indiferente a tudo e até a si próprio.
Sim, porque no seu íntimo ele sabia que isto era coisa passageira, era coisa que não condizia consigo e muito menos com a fé que vivia e queria viver.
A sua fé era uma fonte de esperança, de ânimo, de confiança, o que não podia estar mais em desacordo com aquilo que agora sentia.
Por isso mesmo decidiu pegar no papel, ou melhor no teclado do computador e escrever.
Escrever sem nenhum fim específico, deixando-se levar pelas palavras que ia escrevendo, ou melhor ainda, deixando que Deus lhe falasse através das palavras que fossem surgindo aos seus olhos e sobretudo ao seu coração.
Que coisa estranha, porque normalmente quando escrevia, tinha no seu pensamento um “esqueleto” daquilo que ia escrever, tinha sempre um princípio e um fim, e à medida que escrevia ia surgindo o “meio”.
Mas agora não, escrevia apenas aquilo que lhe ia surgindo á medida que escrevia!
O que iria afinal sair como texto, desta escrita sem principio, nem fim?
As palavras iam aparecendo na sua cabeça, até talvez mais rápidas que a sua capacidade de escrever.
Sentiu que algo o incitava a não parar de escrever e a continuar a alinhar as palavras na folha branca que lhe aparecia aos olhos, no computador.
O seu corpo que ao princípio estava dobrado, mole, quase num adormecimento, começou a endireitar-se na cadeira e agitar-se na necessidade de escrever.
Aquela má disposição, aquele cansaço inexplicável, aquela sensação de nada ter e nada querer, iam dando lugar a uma vontade de explicar o que se ia passando dentro de si naquele momento.
Escrevia e vinha-lhe ao pensamento uma pergunta que quase lhe apetecia fazer em voz alta:
Estás aí Senhor?
Curiosamente parecia-lhe que em vez de ouvir palavras, (ouvir no coração claro), apenas “ouvia” um Sorriso.
Mas que é isto de “ouvir” um Sorriso, pensou ele, quando leu as palavras que tinha escrito?
É que o Sorriso era uma presença, uma brisa suave que lhe passava no coração, e o fazia sentir como alguém, como pessoa, como parte importante de alguma coisa, mas que ele não sabia definir.
Fechou os olhos por um momento e parou de escrever!
No seu pensamento, no seu coração, em todo o seu ser apenas aparecia uma frase: filho de Deus!
Ele perguntou-se:
filho de Deus?
E então sentiu, mais do que ouviu:
Sim, filho de Deus! Tu és filho de Deus!
Ele pensou e respondeu:
Claro que sou filho de Deus, eu sei! E depois o que traz isso de novo agora?
Sentiu outra vez uma resposta:
Se és filho de Deus, tens uma família, a maior família que existe, que é a família dos filhos de Deus, que é a família de Deus.
Olha, que é a família do Reino de Deus!
Começou a sentir-se diferente, mais animado, mas mesmo assim perguntou:
E depois, o que há de novo em ser da família do Reino de Deus?
Então o Sorriso abriu-se e disse-lhe:
Não sabes tu que o Reino de Deus é sempre novo? Não sabes tu que o Reino de Deus não dispensa nenhum dos seus filhos? Não sabes tu que no Reino de Deus por muito que tenhas feito, tens sempre mais a fazer? Não sabes tu que aos olhos de Deus tu és o mais importante, tão mais importante como todos os outros são os mais importantes? Não sabes tu que Ele está sempre contigo, que Ele está sempre com todos?
Sim eu sei, respondeu, começando a compreender.
O Sorriso continuou:
Então se sabes como podes tu estar desanimado, ou a pensar que a vida já não tem nada para te dar? Já perguntaste a ti próprio o que tens tu para dar à vida? À tua e às dos outros com quem te cruzas? Como podes tu acreditar que Eu estou contigo e estares desanimado?
Quem sou Eu? Perguntou então o Sorriso!
Como num impulso, escreveu:
Tu és o Caminho, a Verdade e a Vida!
Então o Sorriso tomou conta de si!
Abriu-lhe a vontade de viver, trouxe-lhe o ânimo de testemunhar, colocou em si a importância do seu ser filho de Deus, e percebeu então, mais uma vez, que era muito, muito amado pelo Amor e que isso era mais importante do que tudo o resto.
Foi então que se me esgotaram as palavras que estou a escrever, porque a oração estava feita e tinha sido ouvida!
Monte Real, 24 de Agosto de 2010
Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/08/escrita-orante.html
O bom relacionamento com a natureza
Tal como as virtudes humanas são intercomunicantes, de modo que o enfraquecimento de uma põe em risco também as outras, assim também o sistema ecológico se rege sobre o respeito de um projecto que se refere tanto à sã convivência em sociedade como ao bom relacionamento com a natureza.
Caritas in veritate [IV – 51 (c)] – Bento XVI
Caritas in veritate [IV – 51 (c)] – Bento XVI
Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)
§ 1419. Tendo passado deste mundo para o Pai, Cristo deixou-nos na Eucaristia o penhor da glória junto d'Ele: a participação no santo sacrifício identifica-nos com o seu coração, sustenta as nossas forças ao longo da peregrinação desta vida, faz-nos desejar a vida eterna e desde já nos une à Igreja do céu, à Santíssima Virgem e a todos os santos.
«Ora, se Eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros» (Jo 13,14)
São Pascácio Radbert (?-c. 849), monge beneditino
Comentário sobre o Evangelho de Mateus 10,23
«Quem se humilhar será exaltado». Cristo não Se limitou a dizer aos Seus discípulos que não deixassem que lhes chamassem mestres e que não tomassem os primeiros lugares nos banquetes, nem nenhuma outra honra, como deu Ele próprio o exemplo e o modelo da humildade na Sua pessoa. Se é certo que o nome de mestre Lhe era dado, não por complacência, mas por direito natural, pois «por Ele tudo subsiste» (cf Col 1,17), pela Sua entrada na carne, comunicou-nos um ensinamento que nos conduziu a todos à verdadeira vida e, porque Ele é maior que nós, «reconciliou-nos com Deus» (Rm 5,10). Foi como se nos dissesse: Não ameis as honrarias, não desejeis que vos chamem mestres, do mesmo modo que «Eu não procuro a Minha glória; há Alguém que a procura e faz justiça» (Jo 8,50). Mantende os vossos olhos fixos em Mim porque «o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida para resgatar a multidão» (Mt 20,28).
Seguramente que, nesta passagem do Evangelho, o Senhor instrui, não apenas os Seus discípulos, mas também os chefes da Igrejas, prescrevendo a todos que não se deixem levar pela avidez na procura de honrarias. Pelo contrário, que «quem se quiser fazer grande» seja o primeiro a fazer-se como Ele, «servo de todos» (cf Mt 20,26-27).
Comentário sobre o Evangelho de Mateus 10,23
«Quem se humilhar será exaltado». Cristo não Se limitou a dizer aos Seus discípulos que não deixassem que lhes chamassem mestres e que não tomassem os primeiros lugares nos banquetes, nem nenhuma outra honra, como deu Ele próprio o exemplo e o modelo da humildade na Sua pessoa. Se é certo que o nome de mestre Lhe era dado, não por complacência, mas por direito natural, pois «por Ele tudo subsiste» (cf Col 1,17), pela Sua entrada na carne, comunicou-nos um ensinamento que nos conduziu a todos à verdadeira vida e, porque Ele é maior que nós, «reconciliou-nos com Deus» (Rm 5,10). Foi como se nos dissesse: Não ameis as honrarias, não desejeis que vos chamem mestres, do mesmo modo que «Eu não procuro a Minha glória; há Alguém que a procura e faz justiça» (Jo 8,50). Mantende os vossos olhos fixos em Mim porque «o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida para resgatar a multidão» (Mt 20,28).
Seguramente que, nesta passagem do Evangelho, o Senhor instrui, não apenas os Seus discípulos, mas também os chefes da Igrejas, prescrevendo a todos que não se deixem levar pela avidez na procura de honrarias. Pelo contrário, que «quem se quiser fazer grande» seja o primeiro a fazer-se como Ele, «servo de todos» (cf Mt 20,26-27).
«O maior de entre vós será o vosso servo»
São Bento (480-547), monge, co-padroeiro da Europa
Regra monástica, cap. 7
Regra monástica, cap. 7
Irmãos, a Escritura divina proclama-nos que «quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado» e com isso quer mostrar-nos que toda a exaltação é uma forma de orgulho. Assim prova o salmista, que dele se acautela quando diz: «Senhor, o meu coração não é orgulhoso, nem os meus olhos são altivos; não corro atrás de grandezas ou de coisas superiores a mim» (Sl 130,1). [...] Daqui resulta, irmãos, que, se quisermos atingir o cume da suprema humildade e rapidamente chegar às alturas celestes aonde podemos subir pela humildade de vida terrena, temos de pôr de pé a escada que apareceu em sonhos a Jacob e trepar por ela com os nossos actos tal como ele viu «os anjos subir e descer» (Gn 28,12). Sem dúvida que este subir e este descer não têm para nós outro significado senão o de pela exaltação se descer e pela humildade se subir. Ora, aquela escada posta de pé mais não é do que a nossa vida neste mundo, que o Senhor levanta até ao céu sempre que se humilha o nosso coração. [...]
O primeiro degrau da humildade consiste em ter sempre presente no pensamento o temor de Deus e em nunca o esquecer, esforçando-nos por relembrar sempre tudo aquilo a que Deus mandou obedecer. [...] Para estar vigilante contra a malícia dos seus pensamentos, o irmão deveras humilde há-de repetir sem parar no seu coração: «Tenho sido sincero para com Deus e guardei-me do pecado» (Sl 17,24). E quanto a seguirmos a nossa vontade própria, a Escritura no-lo impede ao dizer-nos: «Refreia os teus apetites» (Sir 18,30). É por essa razão que, no Pai Nosso, pedimos a Deus que a Sua vontade se faça em nós. [...] «Os olhos do Senhor observam maus e bons; do céu o Senhor olha para os seres humanos, a ver se há alguém sensato, alguém que ainda procure a Deus» (Pr 15,3; Sl 13,2). [...]
Tendo subido todos os degraus da humildade, o monge depressa chegará ao amor de Deus, a esse amor que, tornado perfeito, afugenta todo o temor (1Jo 4,18); graças a ele, tudo aquilo que dantes cumpria a medo, agora levará a cabo sem custo algum, com toda a naturalidade e de modo habitual, [...] por amor a Cristo, por hábito do bem e gosto da virtude. Tudo isso o Senhor de aí em diante Se dignará manifestar no Seu operário pelo Espírito Santo.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 25 de agosto de 2012
Então, Jesus falou às multidões e aos Seus discípulos, dizendo: «Sobre a cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus. Observai, pois, e fazei tudo o que eles vos disserem, mas não imiteis as suas acções, porque dizem e não fazem. Atam cargas pesadas e impossíveis de levar, e as põem sobre os ombros dos outros homens, mas nem com um dedo as querem mover. Fazem todas as suas obras para serem vistos pelos homens. Trazem mais largas as filactérias, e mais compridas as franjas dos seus mantos. Gostam de ter os primeiros lugares nos banquetes, e as primeiras cadeiras nas sinagogas , das saudações na praça, e de serem chamados rabi pelos homens. Mas vós não vos façais chamar rabis, porque um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos. A ninguém chameis pai sobre a terra, porque um só é o vosso Pai, O que está nos céus. Nem façais que vos chamem mestres, porque um só é o vosso Mestre, Cristo. Quem entre vós for o maior, seja vosso servo. Aquele que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado.
Mt 23, 1-12
Mt 23, 1-12
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