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sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Papa visita santuário católico na antiga RDA, questiona egoísmo da «vida moderna» e recorda resistência ao comunismo e ao regime nazi
Bento XVI criticou hoje o que denominou como “forma de refinado egoísmo” nas sociedades atuais, apelando a uma “a atitude do dom”.
“Não é a auto-realização que opera o verdadeiro desenvolvimento da pessoa – um dado que hoje é proposto como modelo da vida moderna, mas que pode facilmente mudar-se numa forma de refinado egoísmo –, mas sim a atitude do dom de si”, disse, na celebração de vésperas que decorreu na ‘Wallfahrtskapelle’ de Etzelsbach, um local católico de peregrinação dedicado à Virgem Maria, na antiga Alemanha Oriental.
Bento XVI chegou ao local em automóvel, após um voo de 45 minutos em helicóptero, desde Erfurt, capital da Turíngia, região oriental situada cerca de 230 quilómetros a sul de Berlim, até à localidade de Eichsfeld.
Na sua homilia, o Papa destacou a resistência católica a “duas ímpias ditaduras que se propuseram tirar aos homens a sua fé tradicional”, numa alusão ao regimes nazi e ao comunismo que se lhe seguiu na República Democrática da Alemanha.
“A gente de Eichsfeld estava segura de encontrar aqui, no santuário de Etzelsbach, uma porta aberta e um lugar de paz interior”, recordou.
Bento XVI deixou um discurso particularmente dirigido para o mundo católico, sublinhando a devoção à Virgem Maria, “uma mãe que experimentou o maior sofrimento de todos”.
“No decorrer dos séculos, quantas pessoas foram em peregrinação a Maria, para encontrar – como aqui em Etzelsbach, diante da imagem de Nossa Senhora das Dores – consolação e conforto”, indicou.
O santuário mariano de Etzelsbach, numa zona rural, alberga desde o século XVI uma imagem da Virgem venerada como miraculosa.
“A nossa confiança na eficaz intercessão da Mãe de Deus e a nossa gratidão pela ajuda incessantemente experimentada encerram em si mesmas, de algum modo, o impulso para levar a reflexão mais além das necessidades de momento”, apontou Bento XVI.
O Papa dedicou parte da sua homilia à imagem que representa Maria com o corpo morto de Jesus nos braços, após a crucificação (conhecida como ‘Pietá’).
“Uma particularidade da imagem miraculosa de Etzelsbach é a posição do Crucificado”, observou, que neste caso não está “com a cabeça virada para a esquerda”, mas esconde a ferida no lado com que habitualmente é representado Jesus, “porque o cadáver está virado para o outro lado”.
“Parece-me que, em tal representação, se esconde um profundo significado, que só se desvenda numa atenta contemplação: na imagem miraculosa de Etzelsbach, os corações de Jesus e da sua Mãe estão voltados um para o outro; estão junto um do outro”, indicou Bento XVI.
Citando o tema desta viagem à Alemanha - terceira do pontificado e primeira com estatuto de visita de Estado -, «Onde há Deus, há futuro», o Papa disse que é “possível plasmar o presente de forma tal que corresponda sempre mais à Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo”.
Rádio Vaticano
“Não é a auto-realização que opera o verdadeiro desenvolvimento da pessoa – um dado que hoje é proposto como modelo da vida moderna, mas que pode facilmente mudar-se numa forma de refinado egoísmo –, mas sim a atitude do dom de si”, disse, na celebração de vésperas que decorreu na ‘Wallfahrtskapelle’ de Etzelsbach, um local católico de peregrinação dedicado à Virgem Maria, na antiga Alemanha Oriental.
Bento XVI chegou ao local em automóvel, após um voo de 45 minutos em helicóptero, desde Erfurt, capital da Turíngia, região oriental situada cerca de 230 quilómetros a sul de Berlim, até à localidade de Eichsfeld.
Na sua homilia, o Papa destacou a resistência católica a “duas ímpias ditaduras que se propuseram tirar aos homens a sua fé tradicional”, numa alusão ao regimes nazi e ao comunismo que se lhe seguiu na República Democrática da Alemanha.
“A gente de Eichsfeld estava segura de encontrar aqui, no santuário de Etzelsbach, uma porta aberta e um lugar de paz interior”, recordou.
Bento XVI deixou um discurso particularmente dirigido para o mundo católico, sublinhando a devoção à Virgem Maria, “uma mãe que experimentou o maior sofrimento de todos”.
“No decorrer dos séculos, quantas pessoas foram em peregrinação a Maria, para encontrar – como aqui em Etzelsbach, diante da imagem de Nossa Senhora das Dores – consolação e conforto”, indicou.
O santuário mariano de Etzelsbach, numa zona rural, alberga desde o século XVI uma imagem da Virgem venerada como miraculosa.
“A nossa confiança na eficaz intercessão da Mãe de Deus e a nossa gratidão pela ajuda incessantemente experimentada encerram em si mesmas, de algum modo, o impulso para levar a reflexão mais além das necessidades de momento”, apontou Bento XVI.
O Papa dedicou parte da sua homilia à imagem que representa Maria com o corpo morto de Jesus nos braços, após a crucificação (conhecida como ‘Pietá’).
“Uma particularidade da imagem miraculosa de Etzelsbach é a posição do Crucificado”, observou, que neste caso não está “com a cabeça virada para a esquerda”, mas esconde a ferida no lado com que habitualmente é representado Jesus, “porque o cadáver está virado para o outro lado”.
“Parece-me que, em tal representação, se esconde um profundo significado, que só se desvenda numa atenta contemplação: na imagem miraculosa de Etzelsbach, os corações de Jesus e da sua Mãe estão voltados um para o outro; estão junto um do outro”, indicou Bento XVI.
Citando o tema desta viagem à Alemanha - terceira do pontificado e primeira com estatuto de visita de Estado -, «Onde há Deus, há futuro», o Papa disse que é “possível plasmar o presente de forma tal que corresponda sempre mais à Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo”.
Rádio Vaticano
Opção de vida ou de morte
A decisão de permanecer ou não na Igreja é, disse ontem Bento XVI, uma questão de vida ou de morte.
Alguns olham para a Igreja apenas exteriormente, como se fosse uma multinacional. Outros consideram-na com certos interesses, como se fosse uma associação desportiva ou cultural e quando esses interesses não se realizam, criticam-na.
Seria bom, disse ontem o Papa, em Berlim, que os descontentes se interrogassem sobre o que significa pertencer à Igreja. É que pertencer verdadeiramente significa permanecer em Cristo, mesmo quando isso custa, quando é difícil e até contrário aos nossos planos. Porque na Igreja haverá sempre peixes bons e maus, haverá trigo e joio, misturados, mas Cristo é a garantia de vida e ele nunca nos abandona, garantiu Bento XVI.
A nós, compete optar se queremos permanecer nele ou não. O Papa recordou ainda como Cristo é a videira e nós os ramos. Fora dela, os ramos secam e morrem. É mesmo uma opção de vida ou de morte.
Seria bom, disse ontem o Papa, em Berlim, que os descontentes se interrogassem sobre o que significa pertencer à Igreja. É que pertencer verdadeiramente significa permanecer em Cristo, mesmo quando isso custa, quando é difícil e até contrário aos nossos planos. Porque na Igreja haverá sempre peixes bons e maus, haverá trigo e joio, misturados, mas Cristo é a garantia de vida e ele nunca nos abandona, garantiu Bento XVI.
A nós, compete optar se queremos permanecer nele ou não. O Papa recordou ainda como Cristo é a videira e nós os ramos. Fora dela, os ramos secam e morrem. É mesmo uma opção de vida ou de morte.
Aura Miguel
“Nosso Senhor cruzou-se no nosso caminho”
A entrega é o primeiro passo de uma corrida de sacrifício, de alegria, de amor, de união com Deus. E, assim, toda a vida se enche de uma bendita loucura, que faz encontrar felicidade onde a lógica humana não vê senão negação, padecimento, dor. (Sulco, 2)
Como a Nosso Senhor, também a mim me agrada muito falar de barcas e de redes, para todos tirarmos propósitos firmes e concretos dessas cenas evangélicas. S. Lucas conta-nos que uns pescadores lavavam e remendavam as redes à beira do lago de Genesaré. Jesus aproxima-se de uma daquelas naves atracadas na margem e sobe a uma delas, a de Simão. Com que naturalidade se mete o Mestre na vida de cada um de nós para nos complicar a vida, como se repete por aí em tom de queixa. Nosso Senhor cruzou-se convosco e comigo no nosso caminho, para nos complicar a existência, delicadamente, amorosamente.
Depois de pregar da barca de Pedro, dirige-se aos pescadores: duc in altum, et laxate retia vestra in capturam, remai para o mar alto e lançai as redes! Fiados na palavra de Cristo, obedecem e obtêm aquela pesca prodigiosa. Olhando para Pedro que, como Tiago e João, estava pasmado, Nosso Senhor explica-lhe: não tenhas medo; desta hora em diante serás pescador de homens. E, trazidas as barcas para terra, deixando tudo, seguiram-no. (Amigos de Deus, 21)
Excerto do discurso de Bento XVI no encontro ecuménico na Igreja do Convento dos Agostinianos, Erfurt-Alemanha
«Nas vésperas da vinda do Papa, falou-se diversas vezes de um dom ecuménico do hóspede que se esperava desta visita. Não é preciso especificar os dons mencionados em tal contexto. A propósito, quero dizer que isto constitui um equívoco político da fé e do ecumenismo. Quando um Chefe de Estado visita um país amigo, geralmente a sua vinda é antecedida por contatos das devidas instâncias que preparam a estipulação de um ou mesmo vários acordos entre os dois Estados: ponderando vantagens e desvantagens chega-se a um compromisso que, em última análise, aparece vantajoso para ambas as partes, de tal modo que depois o tratado pode ser assinado. Mas a fé dos cristãos não se baseia numa ponderação das nossas vantagens e desvantagens. Uma fé construída por nós próprios não tem valor. A fé não é algo que nós esquadrinhamos ou concordamos. É o fundamento sobre o qual vivemos. A unidade não cresce através da ponderação de vantagens e desvantagens, mas só graças a uma penetração cada vez mais profunda na fé mediante o pensamento e a vida.»
Bento XVI no encontro ecuménico, em Erfurt: A tarefa ecuménica fundamental é crer de modo mais profundo e vivo
O que é necessário para o ecumenismo é, antes de mais que, sob a pressão da secularização, não venhamos a perder, quase sem dar por isso, as grandes coisas que temos em comum, que por si mesmas nos tornam cristãos: sublinhou-o Bento XVI, em Erfurt, no encontro ecuménico que teve lugar esta sexta feira no ex-convento agostiniano onde viveu Martinho Lutero.
Evocando precisamente a figura do “reformador” protestante, o Papa lembrou que “o que constituiu a paixão profunda e a mola da sua vida e de todo o seu itinerário” foi a questão sobre Deus”, que estava por detrás de toda a sua investigação teológica e da sua luta interior.
“Para ele (Lutero), a teologia não era mera questão académica, mas a luta interior consigo mesmo, que, no fim de contas, era uma luta a propósito de Deus e com Deus.
Como posso ter um Deus misericordioso? O facto que esta pergunta tenha sido a força motriz de todo o seu caminho, não cessa de me maravilhar. Com efeito, quem se preocupa hoje com isto, mesmo entre os cristãos? Que significa a questão de Deus na nossa vida, no nosso anúncio?”
Uma questão fundamental, para cada um e para o mundo, num mundo devastado pela corrupção de grande e de pequenos e por uma crescente predisposição à violência, tantas vezes disfarçada sob uma aparente religiosidade. O mal não é algo de insignificante – recordou o Papa, mas não seria forte se nós colocássemos verdadeiramente Deus no centro da nossa vida.
“Esta pergunta que desinquietava Martinho Lutero – Qual é a posição de Deus a meu respeito, como apareço a seus olhos? – deve tornar-se de novo, certamente numa forma diversa, também a nossa pergunta. Penso que este constitui o primeiro apelo que deveremos escutar no encontro com Martinho Lutero.”
“Depois – prosseguiu o Papa - é importante também isto: Deus, o único Deus, o Criador do céu e da terra, é algo de diverso duma hipótese filosófica sobre a origem do universo. Este Deus tem um rosto e falou-nos. No homem Jesus Cristo, Ele tornou-Se um de nós, verdadeiro Deus e, simultaneamente, verdadeiro homem.
“O pensamento de Lutero, a sua espiritualidade inteira era totalmente cristocêntrica. Para Lutero, o critério hermenêutico decisivo na interpretação da Sagrada Escritura era «aquilo que promove Cristo». Mas isto pressupõe que Cristo seja o centro da nossa espiritualidade e que o amor por Ele, o viver juntamente com Ele, oriente a nossa vida.”
Bento XVI insistiu no risco de, sob a pressão da secularização, se perder de vista as “grandes coisas que temos em comum, que por si mesmas nos tornam cristãos e que nos ficaram como dom e tarefa. Há que viver a fé no mundo de hoje, de modo novo mas sempre integral.
“Esta constitui uma tarefa ecuménica central. Nisto deveríamos ajudar-nos mutuamente: a crer de modo mais profundo e vivo. Não serão as tácticas a salvar-nos, a salvar o cristianismo, mas uma fé repensada e vivida de modo novo, através da qual Cristo, e com Ele o Deus vivo, entre neste nosso mundo.
Tal como os mártires do período nazi nos aproximaram uns dos outros e suscitaram a primeira grande abertura ecuménica, assim também hoje a fé, vivida a partir do íntimo de nós mesmos, num mundo secularizado, é a força ecuménica mais poderosa que nos reúne, guiando-nos para a unidade no único Senhor.”
Rádio Vaticano
Evocando precisamente a figura do “reformador” protestante, o Papa lembrou que “o que constituiu a paixão profunda e a mola da sua vida e de todo o seu itinerário” foi a questão sobre Deus”, que estava por detrás de toda a sua investigação teológica e da sua luta interior.
“Para ele (Lutero), a teologia não era mera questão académica, mas a luta interior consigo mesmo, que, no fim de contas, era uma luta a propósito de Deus e com Deus.
Como posso ter um Deus misericordioso? O facto que esta pergunta tenha sido a força motriz de todo o seu caminho, não cessa de me maravilhar. Com efeito, quem se preocupa hoje com isto, mesmo entre os cristãos? Que significa a questão de Deus na nossa vida, no nosso anúncio?”
Uma questão fundamental, para cada um e para o mundo, num mundo devastado pela corrupção de grande e de pequenos e por uma crescente predisposição à violência, tantas vezes disfarçada sob uma aparente religiosidade. O mal não é algo de insignificante – recordou o Papa, mas não seria forte se nós colocássemos verdadeiramente Deus no centro da nossa vida.
“Esta pergunta que desinquietava Martinho Lutero – Qual é a posição de Deus a meu respeito, como apareço a seus olhos? – deve tornar-se de novo, certamente numa forma diversa, também a nossa pergunta. Penso que este constitui o primeiro apelo que deveremos escutar no encontro com Martinho Lutero.”
“Depois – prosseguiu o Papa - é importante também isto: Deus, o único Deus, o Criador do céu e da terra, é algo de diverso duma hipótese filosófica sobre a origem do universo. Este Deus tem um rosto e falou-nos. No homem Jesus Cristo, Ele tornou-Se um de nós, verdadeiro Deus e, simultaneamente, verdadeiro homem.
“O pensamento de Lutero, a sua espiritualidade inteira era totalmente cristocêntrica. Para Lutero, o critério hermenêutico decisivo na interpretação da Sagrada Escritura era «aquilo que promove Cristo». Mas isto pressupõe que Cristo seja o centro da nossa espiritualidade e que o amor por Ele, o viver juntamente com Ele, oriente a nossa vida.”
Bento XVI insistiu no risco de, sob a pressão da secularização, se perder de vista as “grandes coisas que temos em comum, que por si mesmas nos tornam cristãos e que nos ficaram como dom e tarefa. Há que viver a fé no mundo de hoje, de modo novo mas sempre integral.
“Esta constitui uma tarefa ecuménica central. Nisto deveríamos ajudar-nos mutuamente: a crer de modo mais profundo e vivo. Não serão as tácticas a salvar-nos, a salvar o cristianismo, mas uma fé repensada e vivida de modo novo, através da qual Cristo, e com Ele o Deus vivo, entre neste nosso mundo.
Tal como os mártires do período nazi nos aproximaram uns dos outros e suscitaram a primeira grande abertura ecuménica, assim também hoje a fé, vivida a partir do íntimo de nós mesmos, num mundo secularizado, é a força ecuménica mais poderosa que nos reúne, guiando-nos para a unidade no único Senhor.”
Rádio Vaticano
Bento XVI pede união dos cristãos face à «secularização»
Papa confessou-se emocionado ao visitar o convento que foi «casa» de Martinho Lutero e apresentou reflexão sobre a questão de Deus e do mal
Bento XVI visitou hoje o antigo convento dos Agostinhos em Erfurt, Alemanha, onde viveu Martinho Lutero (1483-1546), antes de promover a reforma que o levou à separação de Roma, pedindo a união dos cristãos face à “secularização”.
“O mais necessário para o ecumenismo é, sobretudo, que pressionados pela secularização, não venhamos a perder quase inadvertidamente as grandes coisas que temos em comum, aquelas que por si só nos fazem cristãos”, afirmou.
O Papa falava no encontro com os representantes do Conselho da Igreja Evangélica Alemã (EKD), comitiva liderada pelo presidente do organismo, o pastor Nikolaus Schneider, confessando tratar-se de um “momento emocionante”.
“Foi um erro da idade confessional ter visto, em primeiro lugar, aquilo que nos separa e não ter percebido de modo essencial o que temos em comum”, admitiu.
Aos cristãos, indicou Bento XVI, compete enfrentar conjuntamente o “contexto do mundo secularizado” e a “ausência de Deus” nesta sociedade, sem pretender “ser modernos adulterando a fé”.
“Naturalmente, a fé tem de ser novamente pensada e, sobretudo, vivida hoje de um modo novo, para que se torne algo que pertença ao presente, mas para isso não ajuda a sua adulteração”, alertou.
Para o Papa, não são as “táticas” que podem “salvar o cristianismo”, mas sim “uma fé pensada e vivida de modo novo, mediante a qual Cristo, e como ele Deus vivo, entre no mundo”.
“Como os mártires da era nazi propiciaram a nossa aproximação recíproca, suscitando a primeira abertura ecuménica, do mesmo modo, hoje, a fé vivida a partir do íntimo de nós mesmos, num mundo secularizado, será a força ecuménica mais poderosa que nos congregará”, referiu.
Bento XVI apontou também para os riscos de uma “nova forma de cristianismo” que escapa às “Igrejas confessionais históricas”, um fenómeno mundial que considera marcado por “escassa densidade institucional, pouca bagagem intelectual e menos ainda dogmática” e “pouca estabilidade”.
Em Erfurt, cidade da Alemanha oriental, o Papa destacou o facto deste encontro ecuménico decorrer num “lugar histórico”, onde Lutero “estudou teologia” contra a vontade do seu pai e foi ordenado sacerdote, em 1507.
“Para ele a teologia não era uma questão académica, mas uma luta interior consigo mesmo e, por isso, tornava-se uma luta sobre Deus e com Deus”, disse.
Bento XVI partiu de uma pergunta do próprio Lutero - «Como posso ter um Deus misericordioso?» - para uma reflexão sobre o significado da “questão de Deus” e do mal.
“Porventura não se destrói o mundo por causa da corrupção dos grandes, mas também dos pequenos, que só pensam no seu próprio benefício?”, questionou, falando ainda do “poder da droga, da “ânsia de vida e de dinheiro”, da violência mascarada de religiosidade e da “avidez do prazer”.
“Se fosse mais vivo em nós o amor de Deus e, a partir dele, o amor pelo próximo, pelas criaturas, pelos homens, poderiam a fome e a pobreza devastar regiões inteiras do mundo?”, perguntou ainda.
A partir do pensamento de Lutero, o Papa disse que “Deus, o único Deus, o Criador do céu e da terra, é algo diferente de uma hipótese filosófica sobre a origem do cosmos”.
No final do encontro, Bento XVI reuniu-se a sós com os representantes do EKD, antes de presidir, juntamente com Nikolaus Schneider, a uma celebração ecuménica na igreja do convento dos Agostinhos.
OC
Agência Ecclesia
Bento XVI visitou hoje o antigo convento dos Agostinhos em Erfurt, Alemanha, onde viveu Martinho Lutero (1483-1546), antes de promover a reforma que o levou à separação de Roma, pedindo a união dos cristãos face à “secularização”.
“O mais necessário para o ecumenismo é, sobretudo, que pressionados pela secularização, não venhamos a perder quase inadvertidamente as grandes coisas que temos em comum, aquelas que por si só nos fazem cristãos”, afirmou.
O Papa falava no encontro com os representantes do Conselho da Igreja Evangélica Alemã (EKD), comitiva liderada pelo presidente do organismo, o pastor Nikolaus Schneider, confessando tratar-se de um “momento emocionante”.
“Foi um erro da idade confessional ter visto, em primeiro lugar, aquilo que nos separa e não ter percebido de modo essencial o que temos em comum”, admitiu.
Aos cristãos, indicou Bento XVI, compete enfrentar conjuntamente o “contexto do mundo secularizado” e a “ausência de Deus” nesta sociedade, sem pretender “ser modernos adulterando a fé”.
“Naturalmente, a fé tem de ser novamente pensada e, sobretudo, vivida hoje de um modo novo, para que se torne algo que pertença ao presente, mas para isso não ajuda a sua adulteração”, alertou.
Para o Papa, não são as “táticas” que podem “salvar o cristianismo”, mas sim “uma fé pensada e vivida de modo novo, mediante a qual Cristo, e como ele Deus vivo, entre no mundo”.
“Como os mártires da era nazi propiciaram a nossa aproximação recíproca, suscitando a primeira abertura ecuménica, do mesmo modo, hoje, a fé vivida a partir do íntimo de nós mesmos, num mundo secularizado, será a força ecuménica mais poderosa que nos congregará”, referiu.
Bento XVI apontou também para os riscos de uma “nova forma de cristianismo” que escapa às “Igrejas confessionais históricas”, um fenómeno mundial que considera marcado por “escassa densidade institucional, pouca bagagem intelectual e menos ainda dogmática” e “pouca estabilidade”.
Em Erfurt, cidade da Alemanha oriental, o Papa destacou o facto deste encontro ecuménico decorrer num “lugar histórico”, onde Lutero “estudou teologia” contra a vontade do seu pai e foi ordenado sacerdote, em 1507.
“Para ele a teologia não era uma questão académica, mas uma luta interior consigo mesmo e, por isso, tornava-se uma luta sobre Deus e com Deus”, disse.
Bento XVI partiu de uma pergunta do próprio Lutero - «Como posso ter um Deus misericordioso?» - para uma reflexão sobre o significado da “questão de Deus” e do mal.
“Porventura não se destrói o mundo por causa da corrupção dos grandes, mas também dos pequenos, que só pensam no seu próprio benefício?”, questionou, falando ainda do “poder da droga, da “ânsia de vida e de dinheiro”, da violência mascarada de religiosidade e da “avidez do prazer”.
“Se fosse mais vivo em nós o amor de Deus e, a partir dele, o amor pelo próximo, pelas criaturas, pelos homens, poderiam a fome e a pobreza devastar regiões inteiras do mundo?”, perguntou ainda.
A partir do pensamento de Lutero, o Papa disse que “Deus, o único Deus, o Criador do céu e da terra, é algo diferente de uma hipótese filosófica sobre a origem do cosmos”.
No final do encontro, Bento XVI reuniu-se a sós com os representantes do EKD, antes de presidir, juntamente com Nikolaus Schneider, a uma celebração ecuménica na igreja do convento dos Agostinhos.
OC
Agência Ecclesia
Arcebispo de Moscovo preside à peregrinação aniversária em Fátima nos dias 12 e 13 de Outubro de 2011
O arcebispo de Moscovo, Federação Russa, preside à peregrinação aniversária de Outubro de 2011, nos dias 12 e 13. O tema da peregrinação será “Senhor, eis-me aqui”.
Em breves declarações à Sala de Imprensa do Santuário de Fátima a partir de Moscovo, D. Paolo Pezzi fala desta sua viagem Fátima como uma descoberta.
“O convite para participar na peregrinação anual de Outubro ao Santuário de Fátima deixou-me grato, porque percebi neste convite uma possibilidade de descobrir por mim mesmo e pela nossa igreja na Rússia o convite à conversão para o bem do mundo”, afirmou.
D. Paolo Pezzi destaca ainda a pertinência da mensagem de Fátima, como a proposta acessível para o mundo.
“A mensagem é interessante na medida em que há alguém que a vive, que a encarna na sua vida. Por isso se torna tão actual, porque não é uma mensagem ideológica que talvez se contraponha a outra mensagem ideológica, mas uma proposta interessante, acessível ao outro através da minha experiência”, considera.
O Arcebispo de Moscovo revela que irá falar aos peregrinos da sua experiência pessoal sobre a “necessidade da conversão e a gratidão pela Igreja, o Templo do encontro de Deus com o homem que torna desejável a conversão”.
Até ao início da manhã de hoje, 90 grupos de peregrinos, de 21 países, anunciaram, junto do Serviço de Peregrinos (SEPE) do Santuário, a intenção de participar na peregrinação. Itália e Alemanha são os países mais representados, com 26 e 9 grupos inscritos, respectivamente.
O Arcebispo de Moscovo virá a Fátima acompanhado de um grupo de 40 peregrinos procedentes de Moscovo e de São Petersburgo.
“A devoção a Nossa Senhora de Fátima está viva no interior da comunidade católica. Para os russos é mais familiar a devoção a Nossa Senhora através dos ícones que caracterizaram a história do nosso país e que mostram a proximidade de Nossa Senhora à vida do povo, às dificuldades que se vivem”, destaca D. Paolo Pezzi.
Boletim Informativo do Santuário de Fátima 110/2011, de 23 de Setembro de 2011, 10:30
Segundo dia de viagem papal centrado no diálogo ecuménico
Vitrais Catedral de Erfurt |
Depois de um encontro com representantes da comunidade muçulmana na Nunciatura Apostólica [embaixada da Santa Sé], ainda na capital alemã, o Papa fez uma viagem de de 200 quilómetros, em avião, até Erfurt, capital da Turíngia, onde chegou com um ligeiro atraso em relação ao horário previsto pelo programa oficial do Vaticano.
Neste local, Bento XVI vai começar por visitar a catedral católica, reunindo, pelas 11h45 locais (menos uma em Lisboa), com representantes do Conselho da Igreja Evangélica Alemã (EKD) no antigo convento dos Agostinhos, onde viveu Martinho Lutero (1483-1546) antes de promover a reforma que o levou à separação de Roma.
Numa cerimónia ecuménica presidida pelo Papa e pelo responsável máximo da EKD, Nikolaus Schneider, vai ser lido um salmo da Bíblia, na tradução de Lutero.
“Ali rezaremos em conjunto, escutaremos a Palavra de Deus, pensaremos e falaremos em conjunto. Não esperamos nenhum evento sensacional: de facto, a verdadeira grandeza do evento consiste nisso mesmo, que nesse lugar possamos pensar em conjunto, escutar a Palavra de Deus e rezar; assim, estaremos intimamente próximos e manifestar-se-á um verdadeiro ecumenismo”, disse o Papa numa mensagem ao povo alemão, transmitida no sábado à noite pela televisão pública germânica ARD.
De tarde, Bento XVI seguirá rumo a Etzelsbach, num voo de 45 minutos, em helicóptero, para presidir à celebração de vésperas na Wallfahrtskapelle, um local católico de peregrinação dedicado à Virgem Maria, e regressar, de seguida, a Erfurt, cidade da antiga Alemanha comunista.
Na sua mensagem ao povo alemão, Joseph Ratzinger sublinhava o simbolismo da “pequena faixa de terra” de Etzelsbach, que “permaneceu católica através de todas as peripécias da história”.
O bispo local, D. Joachim Wanke, espera que o Papa ajude os cristãos [cerca de 20% da população] a “enfrentar com confiança uma situação política e espiritual em mudança”.
Em declarações à Rádio Vaticano, o prelado admite que “na antiga Alemanha de Leste falta a muitas pessoas, desde crianças, a ligação com a fé cristã”.
A diocese de Erfurt foi criada em 1994, quatro anos após a queda do Muro de Berlim, incluindo no seu território o pequeno santuário mariano de Etzelsbach, numa zona rural, onde se encontra desde o século XVI uma imagem da Virgem Maria venerada como miraculosa.
A terceira viagem de Bento XVI à Alemanha, 21ª ao estrangeiro (16ª na Europa) desde a sua eleição como Papa em 2005, prolonga-se até domingo e conta com passagens por Berlim, Erfurt e Friburgo, tendo como lema ‘Onde há Deus, há futuro’.
OC
Agência Ecclesia
Balanço do primeiro dia da visita do Papa à Alemanha
A enviada especial da Renascença Aura Miguel e o Padre Peter Stilwell fazem um balanço do primeiro dia da visita do Papa à Alemanha, que começou com Bento XVI a dizer que a religião precisa de liberdade e a liberdade precisa de Deus.
Nesta primeira jornada da viagem subordinada ao tema “Onde há Deus há futuro”, Bento XVI ligou a liberdade à religião, “como que a demonstrar que acreditar em Deus é um mais para a sociedade”, sublinha a jornalista Aura Miguel.
No balanço deste primeiro dia da visita do Papa, o vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa destaca o discurso de Bento XVI no Parlamento alemão.
O padre Peter Stilwell considera relevante que o Papa tenha questionado a legitimidade das maiorias, e que, no actual contexto de crise, tenha desafiado os políticos a repensarem a relação do poder com a justiça e o Direito.
Na missa a que presidiu no Estádio Olímpico de Berlim o Papa falou do significado da Igreja e da importância dos cristãos permanecerem fiéis à sua fé. Ainda a bordo do avião, a caminho da Alemanha, já tinha comentado a saída de muitos católicos da igreja alemã, indignados com o escândalo da pedofilia.
O padre Peter Stilwell considera importante que o Papa tenha insistido que os cristãos devem centrar-se no essencial, separando o "trigo do joio".
Para o vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa, não deixa de ser surpreendente que a missa desta tarde tenha reunido milhares de pessoas no estádio Olímpico de Berlim.
No encontro com a comunidade judaica de Berlim, ainda no edifício do Parlamento alemão, o Papa realçou os laços que unem judeus e cristãos, sublinha o padre Peter Stilwell.
Do programa para esta sexta-feira consta o encontro ecuménico no Mosteiro onde viveu Martinho Lutero, antes da reforma, o padre Peter Stilwell sublinha a importância simbólica deste encontro.
Rádio Renascença
«Quem dizem as multidões que eu sou?(...) E vós, quem dizeis que eu sou?»
Hoje, no Evangelho, há dois interrogantes que o mesmo Mestre formula a todos. O primeiro interrogante pede uma resposta estatística, aproximada: «Quem dizem as multidões que eu sou?» (Lc 9,18). Faz que giremos ao redor e contemplemos como resolvem a questão os outros: os vizinhos, os colegas de trabalho, os amigos, os familiares mais próximos... Olhamos o entorno e sentimo-nos mais ou menos responsáveis ou próximos - depende dos casos - de algumas dessas respostas que formulam quem têm relação connosco e com nosso âmbito, as pessoas... E a resposta diz-nos muito, informa-nos, situa-nos e faz que tomemos consciência daquilo que desejam, precisam, buscam os que vivem ao nosso lado. Ajuda-nos a sintonizar, a descobrir com o outro, um ponto de encontro para ir além...
Há uma segunda interrogação que pede por nós: «E vós, quem dizeis que eu sou?» (Lc 9,20). É uma questão fundamental que chama à porta, que mendiga a cada um de nós: uma adesão ou uma rejeição; uma veneração ou uma indiferença; caminhar com Ele e Nele ou finalizar numa aproximação de simples simpatia... Esta questão é delicada, é determinante porque nos afeta. Que dizem nossos lábios e nossas atitudes? Queremos ser fiéis àquele que é e dá sentido ao nosso ser? Há em nós uma sincera disposição a segui-Lo nos caminhos da vida? Estamos dispostos a acompanhá-lo à Jerusalém da cruz e da glória?
«É um caminho de cruz e ressurreição (...). A cruz é exaltação de Cristo. Disse-o Ele mesmo: Quando seja levantado, atrairei a todos para mim. (...) A cruz, pois, é glória e exaltação de Cristo» (Santo André de Creta). Dispostos para avançar para Jerusalém? Somente com Ele e Nele, verdade?
Rev. D. Pere OLIVA i March (Sant Feliu de Torelló, Barcelona, Espanha)
(Fonte: Evangeli.net)
Há uma segunda interrogação que pede por nós: «E vós, quem dizeis que eu sou?» (Lc 9,20). É uma questão fundamental que chama à porta, que mendiga a cada um de nós: uma adesão ou uma rejeição; uma veneração ou uma indiferença; caminhar com Ele e Nele ou finalizar numa aproximação de simples simpatia... Esta questão é delicada, é determinante porque nos afeta. Que dizem nossos lábios e nossas atitudes? Queremos ser fiéis àquele que é e dá sentido ao nosso ser? Há em nós uma sincera disposição a segui-Lo nos caminhos da vida? Estamos dispostos a acompanhá-lo à Jerusalém da cruz e da glória?
«É um caminho de cruz e ressurreição (...). A cruz é exaltação de Cristo. Disse-o Ele mesmo: Quando seja levantado, atrairei a todos para mim. (...) A cruz, pois, é glória e exaltação de Cristo» (Santo André de Creta). Dispostos para avançar para Jerusalém? Somente com Ele e Nele, verdade?
Rev. D. Pere OLIVA i March (Sant Feliu de Torelló, Barcelona, Espanha)
(Fonte: Evangeli.net)
Abastança
Nada têm e têm tudo os verdadeiros amantes de Deus, porque quando lhes faltam, os bens terrenos, comprazem-se em repetir: Meu Senhor, só Tu me bastas, e ficam com isso plenamente satisfeitos.
(Práticas do amor a Jesus Cristo, cap. 14 - Santo Afonso Maria de Ligório)
Nada te perturbe, / Nada te espante, / Tudo passa, / Deus não Se muda, / A paciência / Tudo alcança; / Quem tem a Deus / Nada lhe falta: / Só Deus basta.
(Poesias – Santa Teresa d’Ávila)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1942
Morre o Pe. José Miguel. No Inverno de 1917-1918, em Logronho, São Josemaría tinha sentido a chamada de Deus enquanto contemplava as pegadas na neve dos pés descalços deste religioso carmelita. Recordando aquele momento comentaria anos mais tarde: “Comecei a pressentir o Amor, a aperceber-me de que o coração me pedia alguma coisa de grande e que fosse amor”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)
§ 1666. O lar cristão é o lugar onde os filhos recebem o primeiro anúncio da fé. É por isso que a casa de família se chama, com razão, «Igreja doméstica», comunidade de graça e de oração, escola de virtudes humanas e de caridade cristã.
São Pio de Petrelcina (Padre Pio)
Nasceu no dia 25 de Maio de 1887 em Pietrelcina, na arquidiocese de Benevento, filho de Grazio Forgione e de Maria Giuseppa de Nunzio. Foi baptizado no dia seguinte, recebendo o nome de Francisco. Recebeu o sacramento do Crisma e a Primeira Comunhão, quando tinha 12 anos.
Aos 16 anos, no dia 6 de Janeiro de 1903, entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone, tendo aí vestido o hábito franciscano no dia 22 do mesmo mês, e ficou a chamar-se Frei Pio. Depois da Ordenação Sacerdotal, recebida no dia 10 de Agosto de 1910 em Benevento, precisou de ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde. Em Setembro desse ano de 1916, foi mandado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até à morte.
Desde a juventude, a sua saúde não foi muito brilhante e, sobretudo nos últimos anos da sua vida, declinou rapidamente. A irmã morte levou-o, preparado e sereno, no dia 23 de Setembro de 1968; tinha ele 81 anos de idade. O seu funeral caracterizou-se por uma afluência absolutamente extraordinária de gente.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Aos 16 anos, no dia 6 de Janeiro de 1903, entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone, tendo aí vestido o hábito franciscano no dia 22 do mesmo mês, e ficou a chamar-se Frei Pio. Depois da Ordenação Sacerdotal, recebida no dia 10 de Agosto de 1910 em Benevento, precisou de ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde. Em Setembro desse ano de 1916, foi mandado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até à morte.
Desde a juventude, a sua saúde não foi muito brilhante e, sobretudo nos últimos anos da sua vida, declinou rapidamente. A irmã morte levou-o, preparado e sereno, no dia 23 de Setembro de 1968; tinha ele 81 anos de idade. O seu funeral caracterizou-se por uma afluência absolutamente extraordinária de gente.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
«Quem sou Eu para vós?»
É preciso reconhecer que um dos efeitos mais graves da secularização, há pouco mencionada, é ter relegado a fé cristã para a margem da existência, como se fosse inútil para a realização concreta da vida dos homens; a falência desta maneira de viver «como se Deus não existisse» está agora patente a todos. Hoje torna-se necessário redescobrir que É preciso reconhecer que um dos efeitos mais graves da secularização, há pouco mencionada, é ter relegado a fé cristã para a margem da existência, como se fosse inútil para a realização concreta da vida dos homens; a falência desta maneira de viver «como se Deus não existisse» está agora patente a todos. Hoje torna-se necessário redescobrir que Jesus Cristo não é uma simples convicção privada ou uma doutrina abstracta, mas uma Pessoa real cuja inserção na história é capaz de renovar a vida de todos.
Por isso, a Eucaristia, enquanto fonte e ápice da vida e missão da Igreja, deve traduzir-se em espiritualidade, em vida «segundo o Espírito» (Rm 8,4ss; cf Gal 5,16.25). É significativo que São Paulo, na passagem da Carta aos Romanos onde convida a viver o novo culto espiritual, apele ao mesmo tempo para a necessidade de mudar a própria forma de viver e pensar: «Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para saberdes discernir, segundo a vontade de Deus, o que é bom, o que Lhe é agradável, o que é perfeito» (12,2). Deste modo, o Apóstolo das Gentes põe em evidência a ligação entre o verdadeiro culto espiritual e a necessidade duma nova maneira de compreender a existência e orientar a vida. Constitui parte integrante da forma eucarística da vida cristã a renovação da mentalidade, pois «assim já não seremos crianças inconstantes, levadas ao sabor de todo o vento de doutrina» (Ef 4,14).
Bento XVI
Exortação Apostólica Sacramentum caritatis, 77 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Por isso, a Eucaristia, enquanto fonte e ápice da vida e missão da Igreja, deve traduzir-se em espiritualidade, em vida «segundo o Espírito» (Rm 8,4ss; cf Gal 5,16.25). É significativo que São Paulo, na passagem da Carta aos Romanos onde convida a viver o novo culto espiritual, apele ao mesmo tempo para a necessidade de mudar a própria forma de viver e pensar: «Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para saberdes discernir, segundo a vontade de Deus, o que é bom, o que Lhe é agradável, o que é perfeito» (12,2). Deste modo, o Apóstolo das Gentes põe em evidência a ligação entre o verdadeiro culto espiritual e a necessidade duma nova maneira de compreender a existência e orientar a vida. Constitui parte integrante da forma eucarística da vida cristã a renovação da mentalidade, pois «assim já não seremos crianças inconstantes, levadas ao sabor de todo o vento de doutrina» (Ef 4,14).
Bento XVI
Exortação Apostólica Sacramentum caritatis, 77 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 23 de Setembro de 2011
Aconteceu que, estando a orar só, se encontravam com Ele os Seus discípulos. Jesus interrogou-os: «Quem dizem as multidões que Eu sou?». Responderam e disseram: «Uns dizem que és João Baptista, outros que Elias, outros que ressuscitou um dos antigos profetas». Ele disse-lhes: «E vós quem dizeis que sou Eu?». Pedro, respondendo, disse: «O Cristo de Deus». Mas Ele, em tom severo, mandou que não o dissessem a ninguém, acrescentando: «É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, que seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas, que seja morto e ressuscite ao terceiro dia.
Lc 9. 18-22
Lc 9. 18-22
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