Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 17 de abril de 2022

"Regina Coeli" (oração do meio dia no Tempo Pascal)

V. Rainha do Céu, alegrai-vos, Aleluia!
R. Porque Aquele que merecestes trazer em Vosso ventre, Aleluia!

V. Ressuscitou como disse, Aleluia!
R. Rogai por nós a Deus, Aleluia!

V. Alegrai-vos e exultai, ó Virgem Maria, Aleluia!
R. Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, Aleluia!

Oremos.
Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a Ressurreição do vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, concedei-nos, Vos suplicamos, a graça de alcançarmos pela proteção da Virgem Maria, Sua Mãe, a glória da vida eterna. Pelo mesmo Cristo Nosso Senhor. Amen.

Páscoa Feliz // Felice Pasqua // Schöne Ostern // Feliz Pascua // Happy Easter‏


Jesus não está no sepulcro, é o Ressuscitado! Ele é o Vivente, Aquele que renova sempre o seu corpo, que é a Igreja, e fá-lo caminhar atraindo-o a Si.

Papa Francisco – Audiência Geral 23 abril 2014

Gesù non è nel sepolcro, è il Risorto! Lui è il Vivente, Colui che sempre rinnova il suo corpo che è la Chiesa e lo fa camminare attirandolo verso di Lui.

Papa Francesco – Udienza Generale 23 aprile 2014

Jesus ist nicht im Grab, er ist der Auferstandene! Er ist der Lebende – derjenige, der stets seinen Leib, die Kirche, erneuert und ihn zum Gehen veranlasst, indem er ihn zu sich zieht. 

Papst Franzikus – Generalaudienz 23. April 2014

Jesús no está en el sepulcro, es el Resucitado. Él es el Viviente, Aquel que siempre renueva su cuerpo que es la Iglesia y le hace caminar atrayéndolo hacia Él.

Papa Francisco – Audiencia General 23 abril 2014

Jesus is not in the sepulchre, he is Risen! He is the Living One, the One who always renews his body, which is the Church, and enables it to walk by drawing it towards Him.

Pope Francis – General Audience 23 April 2014

A NOSSA RESSURREIÇÃO

Porque não havemos de pensar na nossa ressurreição, se vamos ressuscitar? Como será? S. Paulo não estranha a pergunta; e até lhe responde: seremos tão diferentes como é a planta do seu germe (cf. 1 Cor 35-53). Tão diferentes como o homem é do seu feto. Os mesmos, mas desenvolvidos até à perfeição definitiva; e mais do que isso: glorificados. A partir daqui a imaginação já é totalmente incapaz de seguir a Revelação, sabendo nós embora, pela fé, que seremos dotados de tão altas capacidades como é superior o espírito à matéria. 
Sabemos, porém, que não mudará a nossa natureza nem a nossa identidade. Nem sequer o nome, que «é nome de eternidade»; assim o diz o Catecismo (2159). Cada homem é ele mesmo para sempre, distinto de todos os demais e com nome individual; senão, como poderia amar e ser amado?

A pergunta sobre a nossa ressurreição não é fútil; é inevitável. E ao mesmo tempo excessivamente ambiciosa. Mas desistir dela, não podemos. Quem não sonhará com o seu futuro?

E que será da Terra, dos astros, do mundo, da matéria, dos animais, das plantas? Se o corpo ressuscita, por certo a matéria não será aniquilada, como o não foram o Santíssimo Corpo de Jesus nem o Imaculado Corpo de Maria. Temos confirmação expressa na Sagrada Escritura: haverá «um novo Céu e uma nova Terra», garante-nos S. Pedro (2 Ped 3, 13). Aliás, o homem é corpo e alma. Sem corpo, a alma, que tudo recebeu - conhecimentos e paixões – através dos sentidos, se agora é feliz no Céu, é-o também pela esperança da sua futura integridade, a reunião definitiva com o seu corpo. Ou somos capazes sequer de desejar, por toda a eternidade, uma pura felicidade espiritual? Nesse caso, seríamos mesmo «nós»? Quando no Credo confessamos crer na «ressurreição da carne», queremos dizer «do homem inteiro».

O feto não seria capaz de imaginar a vida fora do ventre materno, nem desejaria sair dele, tal como nos repugna a nós a morte; e, no entanto, aspiramos intensamente à paz que o mundo não dá (cf. Jo 14, 27). Aspiramos à felicidade autêntica e sabemos perfeitamente que não a conseguiremos aqui. Quem se contenta com o seu «sucesso na vida», mente. Mente a si mesmo. Chama felicidade a miúdas satisfações e a comparações ridículas com outros menos miseráveis, e projecta-se apenas na mera lembrança que dele retiverem os próximos defuntos. Vaidade pueril. Aqui só é feliz quem sabe, e porque sabe, que o vai ser; não quem se considera tal. Todas as bem-aventuranças o dizem: é bem-aventurado aquele que o há-de ser no Reino de Deus; não aquele que renuncia ao que o coração lhe pede e só anseia ficar por algum tempo na vaga memória de pobres mortais. Quem não espera a sua ressurreição não sabe porque vive nem para que vive.

H.A.
(Celebração Litúrgica 2 / 2018)


Nota 'Spe Deus': texto do Mons. Hugo de Azevedo publicado no seu mural do Facebook e imagem selecionada por este blogue

Sermão de Páscoa de São João Crisóstomo (Arcebispo de Constantinopla)

Ícona mostra S. João Crisóstomo a ser inspirado por S. Paulo
Que todo o homem pio e amante de Deus goze desta esplendorosa e bela festa! Que todo o servo fiel entre jubiloso no gáudio de seu Senhor!  Que aquele que se afadigou a jejuar goze agora o seu estipêndio! Que o que trabalhou desde a primeira hora receba agora o salário prometido! Que o que veio após a terceira festeje agradecido! Que o que chegou após a sexta em nada hesite: não sofrerá qualquer dano! Que o que tardou até à nona se aproxime, de nada duvidando! Que o que apenas chegou à undécima não tema pela tardança! É generoso o Patrão, e acolhe o último como o primeiro! Dá descanso ao obreiro da undécima como ao que laborou desde a primeira! Apieda-se do derradeiro e ocupa-se do primeiro: a este dá, àquele perdoa! Tanto recebe a obra como aceita o julgamento! Tanto honra a ação como aprova a intenção! Entrai portanto todos na graça de nosso Senhor! Primeiros e segundos, gozai de vosso salário! Ricos e pobres, cantai juntamente em coro! Observantes ou indolentes, honrai esta jornada! Que tenhais jejuado ou não, rejubilai no dia de hoje! Está repleta a mesa, deliciai-vos todos! O vitelo é pingue, ninguém sairá com fome. Inebriai-vos todos no beberete da fé! Gozai todos da riqueza da bondade. Ninguém chore sua pobreza, pois chegou a hora de em comum reinar. Que ninguém deplore as suas quedas, pois do sepulcro jorrou perdão. Que ninguém receie a morte, pois libertou-nos a morte do Salvador! Extinguiu-a Aquele que ela abraçara! Espoliou os Infernos O que aos Infernos desceu. Tornou-se-lhe amargo Aquele de quem provou a carne. Predissera-o Isaías ao clamar: "O Inferno, disse, encheu-se de amargor, quando lá em baixo se encontrou conTigo". Encheu-se de amargor pois foi abolido; encheu-se de amargor pois foi iludido; encheu-se de amargor pois foi morto; encheu-se de amargor, pois foi abatido; encheu-se de amargor pois foi aprisionado. Tomou um corpo e coube-lhe em sorte um Deus; tomou terra e achou céu; tomou o que via e caiu no que não via. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? onde está, inferno, o teu triunfo?". Ressurgiu Cristo, e tu és precipitado; ressurgiu Cristo e caíram os demónios; ressurgiu Cristo e alegram-se os anjos; ressurgiu Cristo e reina a vida; ressurgiu Cristo e nem mais um morto nos sepulcros. Ressurgiu dos mortos Cristo, primícias dos adormecidos: a Ele a glória e o poder nos séculos dos séculos. Amen

(Tradução de Luís Filipe Thomaz)

A Vida pôde mais do que a morte

Ressuscitou! - Jesus ressuscitou. Não está no sepulcro. A Vida pôde mais do que a morte.

Apareceu a Sua Mãe Santíssima. - Apareceu a Maria de Magdala, que está louca de amor. - E a Pedro e aos demais Apóstolos. - E a ti e a mim, que somos Seus discípulos e mais loucos do que Madalena! Que coisas Lhe dissemos!

Que nunca morramos pelo pecado; que seja eterna a nossa ressurreição espiritual. - E, antes de terminar a dezena, beijaste as chagas dos Seus pés... e eu, mais atrevido, – por ser mais criança - pus os meus lábios no Seu lado aberto. (Santo Rosário, 11)

Cristo vive. Esta é a grande verdade que enche de conteúdo a nossa fé. Jesus, que morreu na cruz, ressuscitou; triunfou da morte, do poder das trevas, da dor e da angústia. Não temais - foi com esta invocação que um anjo saudou as mulheres que iam ao sepulcro. Não temais. Procurais Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Ressuscitou; não está aqui (Mc 16,6). (Cristo que passa, 102)

O dia do triunfo de Nosso Senhor, da sua Ressurreição, é definitivo. Onde estão os soldados que a autoridade tinha posto? Onde estão os selos que tinham colocado sobre a pedra de sepulcro? Onde estão os que condenaram o Mestre? Onde estão os que crucificaram Jesus?... Ante a sua vitória, produz-se a grande fuga dos pobres miseráveis.
Enche-te de esperança: Jesus Cristo vence sempre. (Forja, 660)

Jesus é Emanuel: Deus connosco. A sua Ressurreição revela-nos que Deus não abandona os seus. Pode a mulher esquecer o fruto do seu seio e não se compadecer do filho das suas entranhas? Pois ainda que ela se esquecesse, eu não me esquecerei de ti (Is XLIX, 14-15), havia-nos Ele prometido. E cumpriu a promessa. Deus continua a ter as suas delícias entre os filhos dos homens (Cfr. Prov. VIII, 20-21) (Cristo que passa, 102)

A tarefa não é fácil. Mas contamos com uma orientação clara, com uma realidade de que não devemos nem podemos prescindir: somos amados por Deus e deixaremos que o Espírito Santo actue em nós e nos purifique, para podermos abraçar-nos assim ao Filho de Deus na Cruz, ressuscitando depois com Ele, porque a alegria da Ressurreição está enraizada na Cruz. (Cristo que passa, 66)

São Josemaría Escrivá

Alegria suprema

Via Lucis - Fátima
Quanta alegria interior não sentimos por saber que Cristo ressuscitou verdadeiramente. Temos a sorte de conhecermos bem o que se passou sob o ponto de vista histórico, graças aos quatro Evangelhos, que narram este acontecimento de uma forma tão simples e veraz. Não há nada neles que seja artificial, difuso ou estranho. Com a mesma singeleza com que se conta o nascimento do Messias num presépio, assim se diz que Ele ressuscitou e apareceu aos apóstolos, a sua Mãe e a muitos discípulos, que depois transmitiram essa experiência inesquecível e sempre marcante na sua vida de fé.

Mais uma vez – como em todas as outras ocasiões – o Senhor Jesus cumpriu aquilo que havia prometido. Mesmo assim, os seus seguidores mais directos e privilegiados, os Apóstolos, têm dificuldade em aceitar tão extraordinária aparição. Sentem medo de errar e é o próprio Cristo que lhes tem de dizer que é Ele mesmo, O que os tinha ensinado, O que os amava de um modo tão forte e que lhes tinha afiançado que havia de ressuscitar ao fim de três dias, depois de ser tão maltratado e condenado à morte.

Às vezes somos teimosos como Tomé. O testemunho unânime dos outros não nos convence. Suspeitamos, apesar de tudo, que pode haver um erro, uma ilusão. Por isso, ou somos testemunhos directos do que nos anunciam, ou não cremos.

E o paciente e grande Amigo Jesus, lá tem de lhe aparecer e o recriminar, à frente de todos os apóstolos, censurando-o com vigor: “Tomé, Tu acreditaste porque me viste; bem-aventurados os que acreditaram sem terem visto” (Jo 20, 29).

Se ao apóstolo temos de agradecer a sua confissão sobre a divindade de Cristo: “Meu Senhor e meu Deus!” (ibidem), a Jesus deveremos manifestar a nossa gratidão por sermos daqueles que O não viram mas acreditaram. A fé é uma virtude essencial e dela devemos viver, sabendo que Cristo é Deus feito homem, pelo que todas as suas palavras e acções, ao terem a marca da perfeição total da divindade, são mais credíveis do que os nossos juízos ou os juízos daqueles que se sentem na necessidade de pôr em causa a palavra de Deus, sem encontrarem jamais soluções alternativas, porque sempre pecam por imperfeição e por caducidade.

A Ressurreição não é apenas mais uma certeza de que o que Cristo diz é verdade. É a confirmação de que Ele é Senhor da vida e da morte. Esta, se O afectou, não O fez desaparecer. Serviu de teste ao seu poder omnipotente, capaz de realizar em Si mesmo – a sua divindade não o podia trair – a Ressurreição do seu Corpo, ao voltar a sua alma humana a animá-lo e a dar unidade a todos os seus membros.

Acreditemos em Cristo. Neste aspecto, devemos não proceder como os Apóstolos, pelo menos antes de O verem com os seus próprios olhos no meio deles, comendo e conversando com a afabilidade que O caracterizava e os enchia de gozo e de confiança.

Imitemos a Fé de Maria Santíssima, talvez a única criatura que nunca pôs em causa a Ressurreição do seu Filho tão amado. Maria é mestra de fé, pois é também mestra de oração. E foi nela e por ela que encontrou a fé de que necessitava para crer em Jesus e nas suas promessas. A oração, diálogo com Deus possível em todas as circunstâncias da nossa vida, é o instrumento da nossa intimidade com Deus. Sem oração, desconhecemos Deus e os seus desígnios. Mais: haverá uma distância constante entre nós e Ele, que nunca nos permitirá conhecê-Lo bem, nem amá-lo sobre todas as coisas.

Diz o povo sabiamente que “é a falar que a gente se entende”. Se não dialogamos com Deus assiduamente, se Ele não é para nós o ponto de referência de todos os aspectos da nossa vida, se não nos acompanha nas nossas tarefas profissionais, se não preside às nossas relações familiares e sociais, Deus e Jesus serão sempre seres distantes. Pior: seres mais ou menos desconhecidos, aos quais não prestaremos atenção nem entenderemos os seus projectos de Amor para connosco.

(Pe. Rui Rosas da Silva – Prior da Paróquia de Nossa Senhora da Porta Céu em Lisboa in Boletim Paroquial de Abril de 2010, seleção do título e imagem da responsabilidade do blogue)

Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor

A liturgia deste Domingo celebra a ressurreição e garante-nos que a vida em plenitude resulta de uma existência feita dom e serviço em favor dos irmãos. A ressurreição de Cristo é o exemplo concreto que confirma tudo isto.

A primeira leitura apresenta o exemplo de Cristo que "passou pelo mundo fazendo o bem" e que, por amor, se deu até à morte; por isso, Deus O ressuscitou. Os discípulos, testemunhas desta dinâmica, devem anunciar este "caminho" a todos os homens.

O Evangelho coloca-nos diante de duas atitudes face à ressurreição: a do discípulo obstinado, que se recusa a aceitá-la porque, na sua lógica, o amor total e a doação da vida não podem, nunca, ser geradores de vida nova; e a do discípulo ideal, que ama Jesus e que, por isso, entende o seu caminho e a sua proposta (a esse não o escandaliza nem o espanta que da cruz tenha nascido a vida plena, a vida verdadeira).

A segunda leitura convida os cristãos, revestidos de Cristo pelo batismo, a continuarem a sua caminhada de vida nova, até à transformação plena (que acontecerá quando, pela morte, tivermos ultrapassado a última barreira da nossa finitude)

(Fonte: Evangelho Quotidiano)