Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 31 de maio de 2020

Bendita és tu, entre todas as mulheres!

Olha para a Virgem Santíssima, e observa como vive a virtude da lealdade: quando Isabel precisa d'Ela, diz o Evangelho que vai "cum festinatione", com pressa, com alegria. Aprende! (Sulco, 371)

Agora, menino amigo, espero que já saibas desembaraçar-te. Acompanha, alegremente, José e Santa Maria... e ficarás a par das tradições da Casa de David.

Ouvirás falar de Isabel e de Zacarias, enternecer-te-ás com o amor puríssimo de José e baterá com mais força o teu coração, cada vez que pronunciarem o nome do Menino que há-de nascer em Belém...

Caminhamos, apressadamente, em direcção às montanhas, até uma aldeia da tribo de Judá (Lc I, 39).

Chegamos. – É a casa onde vai nascer João Baptista. – Isabel aclama, agradecida, a Mãe do Redentor: Bendita és tu, entre todas as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre! – A que devo eu tamanho bem, que venha visitar-me a Mãe do meu Senhor? (Lc I, 42 e 43).

O Baptista, ainda por nascer, estremece... (Lc I, 41)... A humildade de Maria verte-se no Magnificat... E tu e eu, que somos – que éramos – uns soberbos, prometemos ser humildes. (Santo Rosário, 2º mistério gozoso)

São Josemaría Escrivá 

Vinde, ó Deus santificador, eterno e omnipotente

Sê alma de Eucaristia! - Se o centro dos teus pensamentos e esperanças está no Sacrário, filho, que abundantes os frutos de santidade e de apostolado! (Forja, 835)

Falava de corrente trinitária de amor pelos homens. E onde poderá alguém aperceber-se melhor dela do que na Missa? Toda a Trindade actua no santo sacrifício do altar. Por isso agrada-me tanto repetir na colecta, na secreta e na oração depois da comunhão aquelas palavras finais: Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, - dirigimo-nos ao Pai - que conVosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus por todos os séculos dos séculos. Ámen.

Na Santa Missa, a oração ao Pai é constante. O sacerdote é um representante do Sacerdote eterno, Jesus Cristo, que é ao mesmo tempo a Vítima. E a acção do Espírito Santo não é menos inefável nem menos certa. Pela virtude do Espírito Santo, escreve S. João Damasceno, dá-se a conversão do pão no Corpo de Cristo.

Esta ação do Espírito Santo exprime-se claramente, quando o sacerdote invoca a bênção divina sobre a oferenda: Vinde, ó Deus santificador, eterno e omnipotente, e abençoai este sacrifício preparado para o vosso santo nome, o holocausto que dará ao Nome santíssimo de Deus a glória que lhe é devida. A santificação, que imploramos, é atribuída ao Paráclito, que o Pai e o Filho nos enviam. Reconhecemos também essa presença ativa do Espírito Santo no sacrifício quando dizemos, pouco antes da comunhão: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, que, por vontade do Pai, com a cooperação do Espírito Santo, com a vossa morte destes a vida ao mundo... (Cristo que passa, 85)

São Josemaria Escrivá

Dóceis ao Espírito Santo

É Jesus Nosso Senhor que o quer: é preciso segui-lo de perto. Não há outro caminho. Esta é a obra do Espírito Santo em cada alma - na tua - e tens de ser dócil, para não pôr obstáculos ao teu Deus. (Forja, 860)

Para pôr em prática, ainda que seja de um modo muito genérico, um estilo de vida que nos anime a conviver com o Espírito Santo - e, ao mesmo tempo com o Pai e o Filho - numa verdadeira intimidade com o Paráclito, devemos firmar-nos em três realidades fundamentais: docilidade - digo-o mais uma vez - vida de oração, união com a Cruz.

Em primeiro lugar, docilidade - porque é o Espírito Santo que, com as suas inspirações, vai dando tom sobrenatural aos nossos pensamentos, desejos e obras. É Ele que nos impele a aderir à doutrina de Cristo e a assimilá-la em profundidade; que nos dá luz para tomar consciência da nossa vocação pessoal e força para realizar tudo o que Deus espera de nós. Se formos dóceis ao Espírito Santo, a imagem de Cristo ir-se-á formando, cada vez mais nítida, em nós e assim nos iremos aproximando cada vez mais de Deus Pai. Os que são conduzidos pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.

Se nos deixarmos guiar por esse princípio de vida, presente em nós, que é o Espírito Santo, a nossa vitalidade espiritual irá crescendo e abandonar-nos-emos nas mãos do nosso Pai Deus, com a mesma espontaneidade e confiança com que um menino se lança nos braços do pai. Se não vos tornardes como meninos, não entrareis no Reino dos Céus, disse o Senhor. É este o antigo e sempre atual caminho da infância espiritual, que não é sentimentalismo nem falta de maturidade humana, mas sim maioridade sobrenatural, que nos leva a aprofundar as maravilhas do amor divino, reconhecer a nossa pequenez e a identificar plenamente a nossa vontade com a de Deus. (Cristo que passa, 135)

São Josemaria Escrivá

MISTÉRIOS DO EVANGELHO Décimo sexto Mistério

Realeza de Jesus
«Perguntou-lhe Pilatos: «És Tu o rei dos Judeus?» Jesus respondeu-lhe: Tu o dizes.» (Mt 15, 2)
O profeta Natán, em nome de Deus, promete a David que o Messias esperado desde os tempos mais antigos será seu descendente. E reinará para sempre, não só sobre Israel, mas sobre todos os povos.
Na Bíblia aplica-se frequentemente a David o título de «ungido do senhor»; ele será o tipo por excelência de rei ungido no qual se cumprirá plenamente a promessa divina: o Messias, que será filho de David e rei de Israel, cujo reino não terá fim. (Cfr. Iniciação à cristolgia, Jesus Cristo Nosso Salvador)

(AMA, 2019)

Mistérios considerados:

Seguir Jesus

Perfeição

A Família de Jesus Cristo

Instituição do Sacramento do perdão

Escolha do Colégio apostólico ou dos Doze

Mansidão de Jesus

Jesus não faz acepção de pessoas

Não tenhais medo

Cura de enfermos

Jesus e a Lei

O olhar de Jesus

Desprendimento
Choro de Jesus
Desprendimento de Jesus
Humilhação de Jesus
Realeza de Jesus

‘consummati in unum’

A efusão do Espírito Santo, na medida em que nos cristifica, leva-nos a reconhecer como filhos de Deus. O Paráclito, que é caridade, ensina-nos a fundir com essa virtude toda a vida. Por isso, feitos uma só coisa com Cristo, consummati in unum, podemos ser entre os homens o que Santo Agostinho afirma da Eucaristia: sinal de unidade, vínculo de Amor.

(S. Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 87)

Bom Domingo do Senhor!

No Evangelho de hoje (Jo 20, 19-23) o Senhor, na sua infinita misericórdia, através do Espírito Santo conferiu aos apóstolos o dom de perdoar os pecados, saibamos pois nós ser dignos dela e fujamos a qualquer tentação de não acreditar Nele, como fez Tomé, que precisou de ver para crer.

Glória e gratidão a Jesus Cristo Nosso Senhor pelos séculos dos séculos!

Pedir um novo Pentecostes

Ajuda-me a pedir um novo Pentecostes, que abrase outra vez a Terra. (Sulco, 213)

O Senhor tinha dito: Rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito, outro Consolador, para que permaneça convosco eternamente (Jo XIV, 16).

Reunidos todos os Discípulos num mesmo lugar, de repente, sobreveio do céu um ruído, como que de vento impetuoso, que invadiu toda a casa, onde se encontravam. - Ao mesmo tempo, umas línguas de fogo repartiram se e pousaram sobre cada um deles (At II, 1-3).

Cheios do Espírito Santo, os Apóstolos estavam como bêbados (At II, 13).

E Pedro, rodeado pelos outros onze, levantou a voz e falou. - Ouvimo-lo pessoas de cem países. - Cada um o escuta na sua língua. - Tu e eu, na nossa. - Fala nos de Cristo Jesus e do Espírito Santo e do Pai.

Não o apedrejam, nem o metem na cadeia; convertem se e são baptizados três mil dos que o ouviram.

Tu e eu, depois de ajudarmos os Apóstolos na administração dos baptismos, louvamos a Deus Pai por Seu Filho, Jesus, e sentimo-nos também ébrios do Espírito Santo. (Santo Rosário, 3º mistério glorioso)

Por isso, a Tradição cristã resumiu a atitude que devemos adoptar para com o Espírito Santo num só conceito: docilidade. Sermos sensíveis àquilo que o Espírito divino promove à nossa volta e em nós mesmos: aos carismas que distribui, aos movimentos e instituições que suscita, aos efeitos e decisões que faz nascer nos nossos corações... O Espírito Santo realiza no Mundo as obras de Deus. Como diz o hino litúrgico, é dador das graças, luz dos corações, hóspede da alma, descanso no trabalho, consolo no pranto. Sem a sua ajuda nada há no homem que seja inocente e valioso, pois é Ele que lava o que está sujo, que cura o que está doente, que aquece o que está frio, que corrige o extraviado, que conduz os homens ao porto da salvação e do gozo eterno. (Cristo que passa, 130)

Vale a pena jogar a vida, entregar-se por inteiro, para corresponder ao amor e à confiança que Deus deposita em nós. Vale a pena, acima de tudo, que nos decidamos a tomar a sério a nossa fé cristã. Quando recitamos o Credo, professamos crer em Deus Pai Todo-Poderoso, em seu Filho Jesus Cristo que morreu e foi ressuscitado, no Espírito Santo, Senhor que dá a vida. Confessamos que a Igreja una, santa, católica e apostólica, é o corpo de Cristo, animado pelo Espírito Santo. Alegramo-nos com a remissão dos nossos pecados e com a esperança da futura ressurreição. Mas, essas verdades penetrarão até ao fundo do coração ou ficarão apenas nos lábios? A mensagem divina de vitória, alegria e paz do Pentecostes deve ser o fundamento inquebrantável do modo de pensar, de reagir e de viver de todo o cristão. (Cristo que passa, 129)

A maravilha do Pentecostes é a consagração de todos os caminhos; nunca pode entender-se como monopólio nem estima de um só em detrimento de outros.

Pentecostes é infinita variedade de línguas, de métodos, de formas de encontro com Deus; não uniformidade violenta. (Sulco, 226)

É o Espírito Santo que, com as suas inspirações, vai dando tom sobrenatural aos nossos pensamentos, desejos e obras. É Ele que nos impele a aderir à doutrina de Cristo e a assimilá-la em profundidade; que nos dá luz para tomar consciência da nossa vocação pessoal e força para realizar tudo o que Deus espera de nós. Se formos dóceis ao Espírito Santo, a imagem de Cristo ir-se-á formando, cada vez mais nítida, em nós e assim nos iremos aproximando cada vez mais de Deus Pai. Os que são conduzidos pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.

Se nos deixarmos guiar por esse princípio de vida, presente em nós, que é o Espírito Santo, a nossa vitalidade espiritual irá crescendo e abandonar-nos-emos nas mãos do nosso Pai Deus, com a mesma espontaneidade e confiança com que um menino se lança nos braços do pai. Se não vos tornardes como meninos, não entrareis no Reino dos Céus, disse o Senhor. É este o antigo e sempre atual caminho da infância espiritual, que não é sentimentalismo nem falta de maturidade humana, mas sim maioridade sobrenatural, que nos leva a aprofundar as maravilhas do amor divino, reconhecer a nossa pequenez e a identificar plenamente a nossa vontade com a de Deus. (Cristo que passa, 135)

São Josemaria Escrivá

Santo Rosário - Quinto Mistério Glorioso

Coroação de Nossa Senhora Rainha dos Anjos e dos Santos

Qualquer tentativa de descrever este momento ficará sempre muitíssimo aquém da realidade!

Como seria o “ar de espanto” dos “habitantes” do Céu ao contemplar a magnificência da soleníssima festa celeste.

A humilde mulher de Nazaré da Galileia revestida da mais alta dignidade que se pode supor: Rainha dos Céus e da Terra, dos Anjos e Santos, na maior e mais elevada posição da hierarquia celeste logo a seguir à Santíssima Trindade!

E, no entanto, continua a apresentar-se aos homens como sempre foi: humilde e simples.

Assim apareceu aos Pastorinhos em Fátima – “Uma Senhora vestida de branco” [1] - ou em Lourdes como em muitos outros locais da terra e a diferentes pessoas.

Nós também a coroamos Rainha de Portugal e muitos outros títulos semelhantes lhe têm sido atribuídos ao longo dos séculos.

De facto, nós cristãos, temos uma linhagem de altíssimo calibre!

Um dia, no Céu, poderemos extasiar-nos ante esse resplendor e pasmar com a beleza, a dignidade, a maravilha de tão extraordinária Senhora.

Mas, eu, pobre de mim, não me considero príncipe – como é comum aos filhos de Reis – preferindo, antes, considerar-me filho.

Quero, desejo do mais fundo da minha alma, que ela seja a Rainha do meu coração, mas quero e desejo ainda mais que seja a minha Queridíssima Mãe do Céu!

A vinda solene do Espírito Santo

Três pontos importantíssimos para arrastar as almas para o Senhor: que te esqueças de ti, e penses só na glória do teu Pai, Deus; que submetas fielmente a tua vontade à Vontade do Céu, como te ensinou Jesus Cristo; que secundes docilmente as luzes do Espírito Santo. (Sulco, 793)

A vinda solene do Espírito Santo no dia de Pentecostes não foi um acontecimento isolado. Quase não há uma página dos Atos dos Apóstolos em que se não fale d'Ele e da ação pela qual guia, dirige e anima a vida e as obras da primitiva comunidade cristã. (...)

A força e o poder de Deus iluminam a face da Terra. O Espírito Santo continua a assistir à Igreja de Cristo, para que ela seja - sempre e em tudo - sinal erguido diante das nações, anunciando à Humanidade a benevolência e o amor de Deus. Por maiores que sejam as nossas limitações, nós, homens, podemos olhar com confiança para os Céus e sentir-nos cheios de alegria: Deus ama-nos e liberta-nos dos nossos pecados. A presença e a acção do Espírito Santo na Igreja são o penhor e a antecipação da felicidade eterna, dessa alegria e dessa paz que Deus nos prepara. (...)

A Tradição cristã resumiu a atitude que devemos adoptar para com o Espírito Santo num só conceito: docilidade. Sermos sensíveis àquilo que o Espírito divino promove à nossa volta e em nós mesmos: aos carismas que distribui, aos movimentos e instituições que suscita, aos efeitos e decisões que faz nascer nos nossos corações... O Espírito Santo realiza no Mundo as obras de Deus. Como diz o hino litúrgico, é dador das graças, luz dos corações, hóspede da alma, descanso no trabalho, consolo no pranto. Sem a sua ajuda nada há no homem que seja inocente e valioso, pois é Ele que lava o que está sujo, que cura o que está doente, que aquece o que está frio, que corrige o extraviado, que conduz os homens ao porto da salvação e do gozo eterno. (Cristo que passa, 127-130)

São Josemaria Escrivá

«Recebei o Espírito Santo»

São João Paulo II (1920-2005), papa
Encíclica «Dominum et vivificantem» §2

Os eventos pascais — a paixão, a morte e a ressurreição de Cristo — são também o tempo da nova vinda do Espírito Santo, como Paráclito e Espírito da verdade (Jo 14,16-17). Eles constituem o tempo do «novo princípio» da comunicação de Si mesmo da parte de Deus uno e trino à humanidade, no Espírito Santo, por obra de Cristo Redentor. Este novo princípio é a Redenção do mundo: «Com efeito, Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o Seu Filho unigénito». (Jo 3,16). Ao «dar» o Filho, no dom do Filho, já se exprime a essência mais profunda de Deus, o qual, sendo Amor, é uma fonte inexaurível de generosidade. No dom concedido pelo Filho completam-se a revelação e a prodigalidade do Amor eterno: o Espírito Santo, que nas profundezas imperscrutáveis da divindade é uma Pessoa-Dom, por obra do Filho, isto é, mediante o mistério pascal de Cristo, é dado de uma maneira nova aos Apóstolos e à Igreja e, por intermédio deles, à humanidade e ao mundo inteiro.

A expressão definitiva deste mistério surge no dia da Ressurreição. Neste dia, Jesus de Nazaré, «nascido da descendência de David segundo a carne» — como escreve o apóstolo São Paulo —, é «constituído Filho de Deus com todo o poder, segundo o Espírito de santificação, mediante a ressurreição dos mortos» (Rm 1,3-4).  Pode dizer-se, assim, que a «elevação» messiânica de Cristo no Espírito Santo atingiu o auge na Ressurreição, quando Ele Se revelou como Filho de Deus, «cheio de poder». E este poder, cujas fontes jorram da imperscrutável comunhão trinitária, manifesta-se, antes de mais nada, pelo duplo feito de Cristo Ressuscitado: realizar, por um lado, a promessa de Deus já expressa pela boca do Profeta: «Dar-vos-ei um coração novo. [...] Porei dentro de vós um espírito novo, o Meu espírito»; (Ez 36,26-27), e cumprir, por outro lado, a Sua própria promessa, feita aos Apóstolos com estas palavras: «Quando Eu for, vo-Lo enviarei» (Jo 16,7). É Ele: o Espírito da verdade, o Paráclito enviado por Cristo Ressuscitado para nos transformar e fazer de nós a própria imagem do Ressuscitado.