Porque Ele está connosco,
Enquanto o tempo é tempo,
Ninguém espere, para O encontrar,
O fim dos dias...
Abrindo os olhos,
Busquemos o seu rosto e a sua imagem.
Busquemo-l’O na vida, sempre oculto
No íntimo do mundo, como um fogo.
Porque Ele está connosco
Nesta hora de violência,
Pensemos que Ele vive, fala e sente
Em quem padece.
Alerta, ó almas!
Volvamos para Ele os nossos passos.
Sigamos os seus gestos com que acena
Aos homens, sobre a cruz das grandes dores.
Porque Ele está connosco
Nos dias de fraqueza,
Ninguém espere conservar o alento
Sem O chamar...
De mãos ao alto,
Gritemos para Ele a nossa angústia.
Prostremo-nos, orando, aos pés d’Aquele
Que apaga em nós as manchas do pecado.
Porque Ele está connosco,
Tal como na manhã
De Páscoa, não faltemos ao banquete
Do sangue derramado,
Comamos do seu pão,
Bebamos do seu cálice divino,
Sinal do seu amor até ao fim!
(Breviário)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
quarta-feira, 23 de janeiro de 2019
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Quando vêem a terra tremer,
As águas a chover,
E os ventos a rugirem,
Contra as casas,
Contra as árvores.
Onde está Deus?
Perguntam tantos
Quando desperta a dor,
Acontece a adversidade,
Os olhos se enchem de água,
E a morte traz a saudade.
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Quando nos batem e ofendem,
Nos pisam e humilham,
Mesmo que façamos o bem,
Mesmo sem olhar a quem.
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Quando predomina a guerra,
Os homens se dão à morte
E parece que sobre a terra,
Já não há sul, já não há norte.
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Quando a criança tem fome,
E aos olhos suplicantes,
Parece que nada responde,
Nem mesmo por um instante.
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Porque têm os olhos fechados,
O coração encarcerado,
Num peito que o aperta,
Os braços sempre cruzados,
Num pensamento encerrado.
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Temendo que Ele os ouvisse!
E Ele sempre presente,
Em todo e cada momento,
Em cada um,
Em toda a gente.
Vai-se dando e entregando,
Assim todo e só amor,
Na tempestade
E na bonança,
No vento forte
E na brisa,
Em cada momento de dor,
Em cada morte,
Dando vida.
Sendo batido e ofendido,
Espezinhado e humilhado,
Mas dando sempre a mão
Fazendo-se sempre alcançado.
Está na guerra,
Pela paz,
E ilumina e conduz,
Cada homem sobre a terra.
Está no coração das crianças,
Em cada olhar suplicante,
A todos abraça e conforta,
Sobretudo ao homem errante.
E para O ver e sentir,
É preciso pouca coisa:
Descruzar os braços e sorrir,
Libertar o pensamento,
Deixar o seu coração voar,
Nas asas do eterno amor,
Acolher cada irmã
Abraçar cada irmão,
E amar, amar, amar….
Monte Real, 21 de Janeiro de 2010
Joaquim Mexia Alves
www.queeaverdade.blogspot.com
Evangelho do dia 23 de janeiro de 2019
Novamente entrou Jesus na sinagoga, e encontrava-se lá um homem que tinha uma das mãos atrofiada. Observavam-n'O a ver se curaria em dia de sábado, para O acusarem. Jesus disse ao homem que tinha a mão atrofiada: «Vem para o meio». Depois disse-lhes: «É lícito em dia de sábado fazer bem ou fazer mal? Salvar a vida a uma pessoa ou tirá-la?». Eles, porém, calaram-se. Então olhando-os com indignação, contristado da cegueira de seus corações, disse ao homem: «Estende a tua mão». Ele estendeu-a, e a mão ficou curada. Mas os fariseus, retirando-se, reuniram-se logo em conselho com os herodianos contra Ele para ver como O haviam de matar.
Mc 3, 1-6
Subscrever:
Mensagens (Atom)