“que formosos são os pés dos que anunciam boas novas!” (Rom 10, 15)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!
Esta curta explicação tem como principal destinatário um jovem que ontem abordou uma das minhas irmãs em Fátima manifestando estranheza por não ver o Sacrário, pois meu caro jovem amigo passo a transcrever o texto explicativo de um desdobrável editado pelo Santuário de Fátima:
“Havendo vários Sacrários neste complexo e prevendo-se que este templo venha a ser muito visitado, não há um Sacrário, uma apenas uma Capela da Sagrada Reserva Eucarística por trás da zona do altar”.
Em 12 de Outubro de 2007 aquando da Dedicação da Igreja, em cerimónia presidida pelo enviado especial do Santo Padre, Cardeal Tarcisio Bertone, houve um momento não visível aos presentes em que este se dirigiu à referida Capela para a consagrar.
Espero que te tenha sido de alguma forma esclarecedor e envio-te um abraço e incentivo-te a manter esse vivo interesse sobre tudo o que não entendas ou não estejas momentaneamente a vislumbrar, faz como Santo Agostinho disse «Creio para compreender e compreendo para crer melhor» (Sermão 43, 7, 9)
Ao meio-dia, dirigindo-se aos largos milhares de fiéis e turistas congregados na Praça de São Pedro, antes do canto do Regina Coeli, Bento XVI comentou de novo o sentido do Pentecostes.
“O Espírito Santo, que com o Pai e o Filho criou o universo, que guiou a história do povo de Israel e falou por meio dos profetas, que na plenitude dos tempos cooperou na nossa redenção, no Pentecostes desceu sobre a Igreja nascente, tornando-a missionária e enviando-a a anunciar a todos os povos a vitória do amor divino sobre o pecado e sobre a morte”.
“O Espírito Santo é a alma da Igreja. Sem Ele, a que é que se reduziria a Igreja? Seria certamente um grande movimento histórico, uma complexa e sólida instituição social, porventura uma espécie de agência humanitária. E é assim que de facto a concebem os que a consideram fora de uma perspectiva de fé.
Na realidade, porém, na sua autêntica natureza e também na sua mais autêntica presença histórica, a Igreja é incessantemente plasmada e guiada pelo Espírito do seu Senhor. É um corpo vivo, cuja vitalidade é precisamente fruto do invisível Espírito divino”.
O Papa recordou que este ano, caindo a 31 de Maio, a celebração do Pentecostes coincide com “a bela festa mariana da Visitação”. Depois de ter concebido por obra e graça do Espírito Santo, é o mesmo Espírito de amor que a leva a ir em ajuda da prima Isabel.
“A jovem Maria, que leva no seio Jesus e, esquecendo-se de si, acorre em ajuda do próximo, é um estupendo ícone da Igreja, na perene juventude do Espírito, da Igreja missionária do Verbo incarnado, chamada a levá-lo ao mundo e a testemunhá-lo especialmente no serviço da caridade. Invoquemos, portanto, a intercessão de Maria Santíssima, para que obtenha para a Igreja do nosso tempo a graça de ser potentemente reforçada pelo Espírito Santo”.
“Sintam, de modo particular, a presença reconfortante do Paráclito as comunidades eclesiais que sofrem perseguição pelo nome de Cristo, para que, participando nos seus sofrimentos, recebam em abundância o Espírito da glória” – concluiu o Papa.
Vídeo em espanhol Neste domingo de Pentecostes, Bento XVI presidiu, de manhã, na basílica de São Pedro, a uma Missa em que, para além do coro da Capela Sistina, actuou também o Coro da catedral de Colónia e a orquestra de câmara desta cidade alemã, que – com quatro solistas, por ocasião do bicentenário da morte de Joseph Haydn – executaram a última das Missas compostas por este músico alemão.
Comentando, na homilia, o texto dos Actos dos Apóstolos que apresenta a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos sob forma de línguas de fogo, Bento XVI recordou que tal correspondia ao que Jesus tinha anunciado antes, ao dizer “Vim lançar fogo sobre a terra, e quanto desejaria que estivesse já aceso”. Ora – observou o Papa – “o verdadeiro fogo, o Espírito Santo, foi Cristo que o trouxe à terra. Ele não o roubou aos deuses, como fez Prometeu, segundo o mito grego, mas fez-se mediador do dom de Deus obtendo-o para nós com o maior acto de amor da história: a sua morte na cruz”.
“Se queremos que o Pentecostes não se reduza a um simples rito ou a uma comemoração, por muito sugestiva que seja, mas seja isso sim um evento actual de salvação, temos que nos predispor, em religiosa expectativa do dom de Deus, mediante a escuta humilde e silenciosa da Sua Palavra. Para que o Pentecostes se renove no nosso tempo, será porventura necessário (sem nada tirar à liberdade de Deus!) que a Igreja esteja menos ofegante com as actividades, e mais dedicada à oração”.
“Isto mesmo no-lo ensina a Mãe da Igreja, Maria Santíssima, Esposa do Espírito Santo” – sublinhou o Papa. A própria Visitação à sua prima Isabel (que a Igreja recorda neste última dia de Maio) foi também uma espécie de pequeno Pentecostes, que suscitou a alegria e o louvor dos corações de Isabel e de Maria, uma estéril e a outra virgem, ambas mães por intercessão divina. Ocasião para Bento XVI evocar a elevada expressão musical desta Missa.
“A música e o canto que acompanham esta nossa liturgia, ajudam-nos, também eles, a sermos concordes na oração. Exprimo pois vivo reconhecimento ao coro da Catedral e à orquestra de câmara de Colónia. Para esta liturgia, no bicentenário da morte de Joseph Haydn, escolheu-se de facto, muito oportunamente, a sua Harmoniemesse, a última das “Messe” compostas pelo grande músico, uma sublime sinfonia para a glória de Deus”.
Voltando ao texto dos Actos dos Apóstolos, o Papa fez notar que ali se utilizam duas grandes imagens: para além do fogo, a tempestade, vista no mundo antigo como sinal da potência divina. Aqui faz pensar no ar, que distingue o nosso planeta dos outros astros e nos permite viver.
“O que é o ar para a vida biológica, é-o o Espírito Santo para a vida espiritual; e como existe a poluição atmosférico, que envenena o ambiente e os seus seres vivos, assim também existe uma poluição do coração e do espírito, que mortifica e envenena a existência espiritual. Assim como não nos podemos habituar aos venenos do ar – e é por isso que o empenho ecológico representa hoje uma prioridade – o mesmo se deveria fazer no que diz respeito ao espírito”.
Bento XVI referiu “tantos produtos que poluem a mente e o coração… - por exemplo imagens que oferecem em espectáculo o prazer, a violência e o desprezo pelo homem” – e a que as pessoas se habituam facilmente… E contudo “intoxica o espírito, sobretudo das novas gerações, acabando por condicionar a sua liberdade”.
“A metáfora do vento impetuoso de Pentecostes faz pensar como é precioso respirar ar puro, tanto com os pulmões – o ar físico, como com o coração – o ar espiritual, o ar saudável do espírito que é o amor!”.
Voltando à imagem do fogo, o Papa citou de novo “a figura mitológica de Prometeu, que – observou – evoca um aspecto característico do homem moderno”, que tende a afirmar-se a si mesmo como deus e a querer transformar o mundo excluindo-O. As potencialidades colocadas nas mãos do homem de hoje contêm enormes riscos, como o mostra a energia atómica, usada para fins bélicos…
“Nas mãos de um homem assim, o fogo e as suas enormes potencialidades tornam-se perigosos: podem voltar-se contra a vida e contra a própria humanidade, como infelizmente demonstra a história. Permanecem como perene advertência as tragédias de Hiroshima e Nagasaki, onde a energia atómica, usada para fins bélicas, acabou por semear morte em proporções inauditas”.
A verdadeira energia que dinamiza o mundo – sublinhou o Papa – é “o fogo” que Jesus trouxe à terra – o seu Espírito Santo:
“A Sagrada Escritura revela-nos que a energia capaz de mover o mundo não é uma força anónima e cega, mas sim a acção do espírito de Deus que planeava sobre as águas no início da criação. E Jesus Cristo trouxe à terra não a força vital, que já aí habitava, mas o Espírito Santo, isto é o amor de Deus renova a face da terra, purificando-a do mal e libertando-a do domínio da morte. Este fogo – puro, essencial, pessoal, o fogo do amor – desceu sobre os Apóstolos reunidos em oração com Maria no Cenáculo, para fazer da Igreja o prolongamento da obra renovadora de Cristo”.
A concluir, uma última anotação sobre o efeito do Espírito Santo nos discípulos de Jesus: “O Espírito de Deus, onde entra, expulsa o medo; faz-nos conhecer e sentir que estamos nas mãos de uma Omnipotência de amor: aconteça o que acontecer, o seu amor infinito não nos abandona. Demonstram-no o testemunho dos mártires, a coragem dos confessores da fé, o intrépido impulso dos missionários, a franqueza dos pregadores, o exemplo de todos os santos, alguns mesmo adolescentes e crianças. Demonstra-o a própria existência da Igreja que, apesar dos limites e das culpas dos homens, continua a atravessar o oceano da história, impulsionada pelo sopro de Deus e animada pelo seu fogo purificador”.
Conheço algumas pessoas que têm dificuldade em contextualizar o Mistério da Santíssima Trindade, incluindo alguns Sacerdotes, todos eles profundamente crentes, mas que não conseguem verbalizar a sua Fé a este respeito.
Dito isto, peço-vos antecipadamente desculpa pelo meu aventureirismo, sobretudo considerando a minha formação extremamente elementar e sem quaisquer estudos em teologia, ao propor-me compartilhar convosco a minha visão sobre a Santíssima Trindade e o Divino Espírito Santo em particular.
É-nos fácil entender que o Pai na Sua infinita bondade e para nossa salvação e melhor compreensão nos tenha enviado o Seu Filho, que na essência é Ele próprio feito homem, e que ao assumir a condição de humana, além da Divina que Lhe é inerente, nos permite na nossa simplicidade terrena ter uma forma de O “visualizar”.
Poder beijá-Lo no Presépio, colocá-Lo na palma da mão ou dar-Lhe colo, poder abraçá-Lo na Cruz, beijá-Lo, enfim, assumi-Lo como nosso Pai, Irmão, Mestre, Redentor, Salvador e Amor da nossa vida, dá-nos uma alegria física imediata pois vemo-Lo na representação em imagem ou ícone.
Ora, o Pai através de Jesus Cristo, Seu amadíssimo Filho, foi ainda mais bondoso ao anunciar-nos que nos enviaria o Seu Espírito. É certo que O não vemos, mas com profundo sentido de Fé sentimo-Lo permanentemente no nosso coração, nos mais pequenos actos da nossa vida, quando dizemos ao próximo que o amamos ou nos preocupamos com ele, é o Espírito Santo que está a actuar nosso coração e discernimento. Quando beijamos a Virgem Santíssima ou lhe fazemos uma pequena jaculatória, é o Espírito Santo, que amável e bondosamente nos guia, ou seja, não há momento algum da nossa vida em que Ele não esteja presente, mesmo quando pecamos Ele está dentro de nós, nós é que empedernidos e cedendo às tentações das trevas, Lhe fechamos a porta e tapamos os ouvidos. Mas também é Ele, que sempre misericordioso nos ajuda a arrepender e a confessar os nossos pecados, às vezes, se calhar demasiadas vezes, demoramos tempo a ouvi-Lo, mas a Sua bondade e paciência são inesgotáveis.
Reparem na alegria que sentimos, cada vez que no exame de consciência, nos apercebemos de algo que não havíamos descortinado anteriormente, mas que é merecedor do nosso arrependimento, pois é Deus Pai, conjuntamente com Deus Filho e Deus Espírito Santo, que são um só Deus que na forma deste último, actua sobre nós e nos encaminha.
Hoje, dia de Pentecostes, roguemos ao Senhor que o Divino Espírito Santo nos encha ainda mais com o seu amor e nos ensine a ser bons apóstolos, dignos das promessas de Cristo e bons exemplos de cristãos, a fim de que através das nossas acções possamos ser catalisadores e ajudemos ao despertar e à conversão dos que d’Ele andam arredados.
Visitação da Santíssima Virgem. Assim comenta este mistério do Rosário: “Caminhamos apressadamente em direcção às montanhas, até uma aldeia da tribo de Judá (Luc., I, 39). Chegamos. – É a casa onde vai nascer João Baptista. – Isabel aclama, agradecida, a Mãe do Redentor: Bendita és tu entre todas as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! – A que devo eu tamanho bem, que venha visitar-me a Mãe do meu Senhor? (Luc., I, 42 e 43). O Baptista, ainda por nascer, estremece… (Luc., I, 41). A humildade de Maria derrama-se no Magnificat… - E tu e eu, que somos – que éramos – uns soberbos, prometemos ser humildes”.
"Nós não temos necessidade alguma de políticos católicos, temos é que nos livrar deles, e o mais depressa possível. O que precisamos, isso sim é de Católicos fiéis que sejam políticos, e urgentemente. O Católico não é adjectivo, é substantivo, o político é que adjectiva o católico. O Católico está primeiro, é a base, a substância, o fundamento, a identidade que depois se desdobra coerentemente na política."