Obrigado, Perdão Ajuda-me
sexta-feira, 23 de abril de 2010
As consequências para a Igreja das migrações na Europa
Analisar as múltiplas causas e consequências dos fluxos migratórios na Europa para o trabalho da Igreja: esta é a finalidade do VIII Congresso Europeu sobre Migrações do Conselho das Conferências Episcopais da Europa, que se realizará em Málaga (Espanha), de 27 de Abril a 1 de Maio.
Cerca de cem delegados das Conferências Episcopais da Europa, representando bispos, directores nacionais para a pastoral dos migrantes, agentes pastorais e representantes da sociedade civil e do mundo político reflectirão sobre o tema “A Europa das pessoas em movimento. Superar os medos. Traçar perspectivas”.
Padre Duarte da Cunha: “A finalidade do congresso sobre a imigração que o CCEE está organizando é olhar para os migrantes e ao movimento das pessoas na Europa não somente como um problema e como algo que gera medo, mas também e sobretudo, como um recurso, como uma ajuda, como algo positivo que pode oferecer grande esperança à Europa”.
Os participantes analisarão os desafios que o fenómeno migratório representa para as famílias, as paróquias e a sociedade.
Padre Duarte da Cunha: “Veremos como é a integração no âmbito familiar e, portanto, com todos os desafios na comunidade onde chegam as pessoas, mas também na sociedade em geral. Portanto, do menor ao maior âmbito social, veremos como a pessoa possa ser auxiliada e como a Igreja tem uma responsabilidade ao integrar essas pessoas”.
Assim se superam os medos de uma Europa sempre mais atenta ao fenómeno migratório.
(Fonte: H2O News)
Senhor Cardeal, tem de ser agora
"Sempre que o Papa viaja fora de Itália, eu também viajo com ele no avião, juntamente com outros jornalistas! Assim, o balanço neste momento é de 65 viagens com o Papa: 51 com João Paulo II e 14 com Bento XVI." Conheça as histórias de Aura Miguel sobre o Papa Bento XVI.
Grande parte da minha vida tem sido – literalmente – uma vida “atrás do Papa”. Há 24 anos que a minha tarefa é seguir os passos do Sucessor de Pedro, como jornalista da Rádio Renascença. Isso implica ir a Roma muitas vezes, cruzar-me com o Papa e os seus mais directos colaboradores com alguma frequência, ler todos os seus discursos, homilias, encíclicas, etc. e viajar com o Santo Padre.
Sempre que o Papa viaja fora de Itália, eu também viajo com ele no avião, juntamente com outros jornalistas! Assim, o balanço neste momento é de 65 viagens com o Papa: 51 com João Paulo II e 14 com Bento XVI (neste último caso, tantas quantas as que ele fez fora de Itália, até Abril de 2010).
Para viajar com o Papa, é preciso ter uma acreditação permanente junto da Sala de Imprensa da Santa Sé – os jornalistas que têm esta acreditação são os chamados “vaticanistas”. Na prática, não somos mais de 200... mas a bordo do avião só vão uns 60 a 70 jornalistas do mundo inteiro. E são apenas os vaticanistas que podem integrar a comitiva do Papa nas viagens que ele faz (com algumas excepções pontuais).
Há sempre mais homens que mulheres a bordo (mesmo contando com as hospedeiras…) e eu sou a única portuguesa que integra o voo papal.
É neste contexto que há sempre muitas coisas para contar... algumas delas já relatadas por escrito (1).
Bento XVI retomou o hábito que João Paulo II tinha de se encontrar connosco dentro do avião, para responder a algumas questões… Na primeira vez que lhe pude fazer uma pergunta, apresentei-me:
- Santo Padre, sou jornalista da Rádio Renascença, Portugal…
E ele, interrompeu-me, para dizer:
- Já nos conhecemos há muito!...
Conheci pessoalmente o cardeal Ratzinger em 1996, quando ele veio a Fátima.
Fui esperá-lo ao aeroporto com uma certa ansiedade, porque lhe tinha pedido uma entrevista para esse mesmo dia mas, apesar da resposta ter sido positiva, não me tinham dito nem a hora, nem o sítio. A agravar os meus nervos estava o facto da Rádio Renascença já estar a anunciar para o dia seguinte de manhã, essa mesma entrevista (que ainda não estava feita...) (2)
O cardeal chegou à sala VIP, sorridente, acompanhado por uma pequena comitiva, entre os quais, Mons. Amândio Tomás, então reitor do Colégio Português. Era através dele que eu tinha metido uma “cunha” para conseguir a entrevista ao cardeal. Fui ter com ele e recordei-lhe o pedido. Mons. Tomás respondeu, porém, com a sua habitual descontracção:
- Sim, sim, o cardeal disse-me que fala consigo. Mas agora vamos para Fátima!
Foram eles e fui eu também, para Fátima, logo de seguida. Mas, quando lá cheguei, estavam a jantar. Arranjei um esquema, com tudo pronto numa salinha – gravador preparado, luzes acesas... – para quando eles saíssem, não se perder tempo com a logística. E pus-me à espreita.
Quando saíram da sala de jantar, avancei para o cardeal. Mons. Tomás apresentou-me ao Prefeito da Doutrina da Fé e eu pedi-lhe a tão desejada entrevista. Ratzinger respondeu:
- Depois, depois...
Depois?! Não pode ser, já não há tempo – pensei eu ainda perfilada diante dele.
- Sr. Cardeal, tem de ser agora!, disse-lhe sem pensar bem com quem estava a falar.
Ratzinger olhou-me com firmeza e autoridade e respondeu:
- Primeiro, vou ao Santuário rezar a Nossa Senhora!
Fiquei gelada e caí em mim.
- Com certeza, eminência!, respondi horrorizada com a perspectiva da minha insistência o ter irritado.
Resolvi, então, seguir o pequeno grupo até à Capelinha das Aparições. O cardeal ficou lá alguns minutos, concentrado a rezar e eu – tipo sombra – sempre perto deles. Quanto mais tempo passava, mais nervosa eu ficava, pois certamente começava a tornar-se tarde para os ritmos de vida austera do cardeal, (agravados pela diferença horária entre Itália e Portugal). Por isso, ali na Capelinha, aproveitei também para “meter uma cunha” a Nossa Senhora.
No regresso à Casa das Dores, onde estava alojado juntamente com o seu grupo, o cardeal foi conversando serenamente com o reitor do Colégio Português. O coração batia-me descompassado... eu já não aguentava mais: Se ele entrar e for direito aos elevadores, será a minha desgraça – pensava eu, em pânico – por isso, arrisquei tudo. Então, a uns dez passos do elevador, interrompi a conversa:
- Senhor cardeal, agora, vamos seguir sempre em frente, para uma salinha onde está o gravador...!
Silêncio.
O cardeal vira-se para Mons. Tomás e diz-lhe:
– Esta jornalista parece ser bastante insistente, não acha?
Riram-se os dois e, para meu alívio, seguiram em frente, em direcção à salinha. (3)
Desta sua visita a Portugal tenho ainda outro episódio para contar. O Padre Luís Kondor, grande entusiasta e apóstolo de Fátima e amigo pessoal do cardeal Raztinger, juntou-se à pequena comitiva.(4) Como sempre acontecia quando um cardeal vinha a Fátima, o Pe. Kondor organizava uma ida ao Carmelo de Coimbra, para um encontro com a Irmã Lúcia. Foi o que aconteceu também com o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
No dia 14 de Outubro lá foram todos para Coimbra; e eu também, como jornalista, claro. Quando saíram do Carmelo, a visita a Coimbra incluía também uma breve passagem pela Biblioteca da Universidade. Foi então que, antes de entrar para o carro, o Pe. Kondor veio ter comigo e convidou-me para almoçar com eles nesse dia, no hotel do Buçaco.
Foi inesquecível. Éramos dez pessoas, sentadas à volta de uma mesa redonda. Ratzinger, sempre bem disposto, observava mais do que falava. Mons. Clemens (5), na altura seu secretário, gostava de fazer-nos rir com as suas histórias e o próprio cardeal também alinhou na conversa com uma anedota hilariante que envolvia um católico, um judeu e um muçulmano que chegavam ao céu e falavam com São Pedro... Ainda hoje me arrependo por não ter escrito a divertida história contada pelo “guardião da fé”.
Comeu pouco e não repetiu. Não me lembro se bebeu vinho. O que reparei, sim, foi nos doces que pediu. O criado de mesa trouxe um carrinho com várias especialidades portuguesas e ele escolheu os doces mais fortes, do tipo conventual. No final do almoço, perguntei a Mons. Clemens se o cardeal gostaria de receber daqueles doces em Roma. O secretário respondeu logo que sim. Então, por duas ou três vezes, nos anos seguintes, passei eu própria a levar-lhe uns docinhos de ovos portugueses, que entreguei sempre a Mons. Clemens, no Palácio do Santo Ofício.
Ser vaticanista com este Papa é uma nova aventura.
Se João Paulo II fascinava o mundo com o seu carisma e jeito para falar às multidões e despertar para Deus, este é acutilante: desfaz as ambiguidades e confusões com uma clareza e lucidez impressionantes. A força da sua palavra e pensamento aponta o caminho e provoca a inteligência. Bento XVI é o Papa das razões. Não é por acaso que as suas três encíclicas aprofundam as razões do amor, da fé e da esperança. (6)
Quando, em 2005, foi eleito Papa, alguns consideraram que ele não viajaria tanto como João Paulo II, tendo em conta a sua idade e aspecto frágil. Mas, afinal, Bento XVI já realizou diversas viagens fora de Itália, percorreu quatro continentes (só falta a Ásia) e tem agendadas, para 2010, várias visitas pastorais – todas elas para a Europa.
No ano em que visita Portugal, vale a pena traçar – sem pretensões exaustivas, nem de síntese – algumas preocupações que Bento XVI tem manifestado nos últimos tempos e em viagens pastorais, sobretudo na Europa. Uma Europa “cansada da fé” onde Portugal se inclui e que, por isso mesmo, explica, no meu entender, a prioridade do Papa em centrar todas as suas viagens pastorais deste ano no Velho Continente.
Abril 2010
[introdução do livro "As razões de Bento XVI", da autoria da jornalista da Renascença Aura Miguel]
(1) “O segredo que conduz o Papa” (Principia, 2000) e “Porque viajas tanto?” (Lucerna, 2003)
(2) O spot chamava a atenção para o programa de informação de fim-de-semana, “Cartas na Mesa”
(3) A entrevista exclusiva foi transmitida na íntegra no referido programa da RR, no dia 12 de Outubro de 1996. Mas alguns excertos foram antecipados nessa mesma noite da entrevista, a 11 de Outubro, no programa de Informação da RR, “Edição Especial”.
(4) O Padre Luís Kondor (1928 - 2009) foi Director do Secretariado dos Pastorinhos e o Vice-postulador da causa de beatificação de Francisco e Jacinta Marto.
(5) Mons. Joseph Clemens, actualmente é bispo, secretário do Conselho Pontifício para os Leigos.
(6) Deus caritas est (2005), Spe Salvi (2007) e Caritas in Veritate (2009)
(Fonte: site Rádio Renascença)
Grande parte da minha vida tem sido – literalmente – uma vida “atrás do Papa”. Há 24 anos que a minha tarefa é seguir os passos do Sucessor de Pedro, como jornalista da Rádio Renascença. Isso implica ir a Roma muitas vezes, cruzar-me com o Papa e os seus mais directos colaboradores com alguma frequência, ler todos os seus discursos, homilias, encíclicas, etc. e viajar com o Santo Padre.
Sempre que o Papa viaja fora de Itália, eu também viajo com ele no avião, juntamente com outros jornalistas! Assim, o balanço neste momento é de 65 viagens com o Papa: 51 com João Paulo II e 14 com Bento XVI (neste último caso, tantas quantas as que ele fez fora de Itália, até Abril de 2010).
Para viajar com o Papa, é preciso ter uma acreditação permanente junto da Sala de Imprensa da Santa Sé – os jornalistas que têm esta acreditação são os chamados “vaticanistas”. Na prática, não somos mais de 200... mas a bordo do avião só vão uns 60 a 70 jornalistas do mundo inteiro. E são apenas os vaticanistas que podem integrar a comitiva do Papa nas viagens que ele faz (com algumas excepções pontuais).
Há sempre mais homens que mulheres a bordo (mesmo contando com as hospedeiras…) e eu sou a única portuguesa que integra o voo papal.
É neste contexto que há sempre muitas coisas para contar... algumas delas já relatadas por escrito (1).
Bento XVI retomou o hábito que João Paulo II tinha de se encontrar connosco dentro do avião, para responder a algumas questões… Na primeira vez que lhe pude fazer uma pergunta, apresentei-me:
- Santo Padre, sou jornalista da Rádio Renascença, Portugal…
E ele, interrompeu-me, para dizer:
- Já nos conhecemos há muito!...
Conheci pessoalmente o cardeal Ratzinger em 1996, quando ele veio a Fátima.
Fui esperá-lo ao aeroporto com uma certa ansiedade, porque lhe tinha pedido uma entrevista para esse mesmo dia mas, apesar da resposta ter sido positiva, não me tinham dito nem a hora, nem o sítio. A agravar os meus nervos estava o facto da Rádio Renascença já estar a anunciar para o dia seguinte de manhã, essa mesma entrevista (que ainda não estava feita...) (2)
O cardeal chegou à sala VIP, sorridente, acompanhado por uma pequena comitiva, entre os quais, Mons. Amândio Tomás, então reitor do Colégio Português. Era através dele que eu tinha metido uma “cunha” para conseguir a entrevista ao cardeal. Fui ter com ele e recordei-lhe o pedido. Mons. Tomás respondeu, porém, com a sua habitual descontracção:
- Sim, sim, o cardeal disse-me que fala consigo. Mas agora vamos para Fátima!
Foram eles e fui eu também, para Fátima, logo de seguida. Mas, quando lá cheguei, estavam a jantar. Arranjei um esquema, com tudo pronto numa salinha – gravador preparado, luzes acesas... – para quando eles saíssem, não se perder tempo com a logística. E pus-me à espreita.
Quando saíram da sala de jantar, avancei para o cardeal. Mons. Tomás apresentou-me ao Prefeito da Doutrina da Fé e eu pedi-lhe a tão desejada entrevista. Ratzinger respondeu:
- Depois, depois...
Depois?! Não pode ser, já não há tempo – pensei eu ainda perfilada diante dele.
- Sr. Cardeal, tem de ser agora!, disse-lhe sem pensar bem com quem estava a falar.
Ratzinger olhou-me com firmeza e autoridade e respondeu:
- Primeiro, vou ao Santuário rezar a Nossa Senhora!
Fiquei gelada e caí em mim.
- Com certeza, eminência!, respondi horrorizada com a perspectiva da minha insistência o ter irritado.
Resolvi, então, seguir o pequeno grupo até à Capelinha das Aparições. O cardeal ficou lá alguns minutos, concentrado a rezar e eu – tipo sombra – sempre perto deles. Quanto mais tempo passava, mais nervosa eu ficava, pois certamente começava a tornar-se tarde para os ritmos de vida austera do cardeal, (agravados pela diferença horária entre Itália e Portugal). Por isso, ali na Capelinha, aproveitei também para “meter uma cunha” a Nossa Senhora.
No regresso à Casa das Dores, onde estava alojado juntamente com o seu grupo, o cardeal foi conversando serenamente com o reitor do Colégio Português. O coração batia-me descompassado... eu já não aguentava mais: Se ele entrar e for direito aos elevadores, será a minha desgraça – pensava eu, em pânico – por isso, arrisquei tudo. Então, a uns dez passos do elevador, interrompi a conversa:
- Senhor cardeal, agora, vamos seguir sempre em frente, para uma salinha onde está o gravador...!
Silêncio.
O cardeal vira-se para Mons. Tomás e diz-lhe:
– Esta jornalista parece ser bastante insistente, não acha?
Riram-se os dois e, para meu alívio, seguiram em frente, em direcção à salinha. (3)
Desta sua visita a Portugal tenho ainda outro episódio para contar. O Padre Luís Kondor, grande entusiasta e apóstolo de Fátima e amigo pessoal do cardeal Raztinger, juntou-se à pequena comitiva.(4) Como sempre acontecia quando um cardeal vinha a Fátima, o Pe. Kondor organizava uma ida ao Carmelo de Coimbra, para um encontro com a Irmã Lúcia. Foi o que aconteceu também com o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
No dia 14 de Outubro lá foram todos para Coimbra; e eu também, como jornalista, claro. Quando saíram do Carmelo, a visita a Coimbra incluía também uma breve passagem pela Biblioteca da Universidade. Foi então que, antes de entrar para o carro, o Pe. Kondor veio ter comigo e convidou-me para almoçar com eles nesse dia, no hotel do Buçaco.
Foi inesquecível. Éramos dez pessoas, sentadas à volta de uma mesa redonda. Ratzinger, sempre bem disposto, observava mais do que falava. Mons. Clemens (5), na altura seu secretário, gostava de fazer-nos rir com as suas histórias e o próprio cardeal também alinhou na conversa com uma anedota hilariante que envolvia um católico, um judeu e um muçulmano que chegavam ao céu e falavam com São Pedro... Ainda hoje me arrependo por não ter escrito a divertida história contada pelo “guardião da fé”.
Comeu pouco e não repetiu. Não me lembro se bebeu vinho. O que reparei, sim, foi nos doces que pediu. O criado de mesa trouxe um carrinho com várias especialidades portuguesas e ele escolheu os doces mais fortes, do tipo conventual. No final do almoço, perguntei a Mons. Clemens se o cardeal gostaria de receber daqueles doces em Roma. O secretário respondeu logo que sim. Então, por duas ou três vezes, nos anos seguintes, passei eu própria a levar-lhe uns docinhos de ovos portugueses, que entreguei sempre a Mons. Clemens, no Palácio do Santo Ofício.
Ser vaticanista com este Papa é uma nova aventura.
Se João Paulo II fascinava o mundo com o seu carisma e jeito para falar às multidões e despertar para Deus, este é acutilante: desfaz as ambiguidades e confusões com uma clareza e lucidez impressionantes. A força da sua palavra e pensamento aponta o caminho e provoca a inteligência. Bento XVI é o Papa das razões. Não é por acaso que as suas três encíclicas aprofundam as razões do amor, da fé e da esperança. (6)
Quando, em 2005, foi eleito Papa, alguns consideraram que ele não viajaria tanto como João Paulo II, tendo em conta a sua idade e aspecto frágil. Mas, afinal, Bento XVI já realizou diversas viagens fora de Itália, percorreu quatro continentes (só falta a Ásia) e tem agendadas, para 2010, várias visitas pastorais – todas elas para a Europa.
No ano em que visita Portugal, vale a pena traçar – sem pretensões exaustivas, nem de síntese – algumas preocupações que Bento XVI tem manifestado nos últimos tempos e em viagens pastorais, sobretudo na Europa. Uma Europa “cansada da fé” onde Portugal se inclui e que, por isso mesmo, explica, no meu entender, a prioridade do Papa em centrar todas as suas viagens pastorais deste ano no Velho Continente.
Abril 2010
[introdução do livro "As razões de Bento XVI", da autoria da jornalista da Renascença Aura Miguel]
(1) “O segredo que conduz o Papa” (Principia, 2000) e “Porque viajas tanto?” (Lucerna, 2003)
(2) O spot chamava a atenção para o programa de informação de fim-de-semana, “Cartas na Mesa”
(3) A entrevista exclusiva foi transmitida na íntegra no referido programa da RR, no dia 12 de Outubro de 1996. Mas alguns excertos foram antecipados nessa mesma noite da entrevista, a 11 de Outubro, no programa de Informação da RR, “Edição Especial”.
(4) O Padre Luís Kondor (1928 - 2009) foi Director do Secretariado dos Pastorinhos e o Vice-postulador da causa de beatificação de Francisco e Jacinta Marto.
(5) Mons. Joseph Clemens, actualmente é bispo, secretário do Conselho Pontifício para os Leigos.
(6) Deus caritas est (2005), Spe Salvi (2007) e Caritas in Veritate (2009)
(Fonte: site Rádio Renascença)
S. Josemaría nesta data em 1912
Faz a Primeira Comunhão: “Tinha eu dez anos. Quem me preparou foi um velho escolápio, homem piedoso, simples e bom. Foi ele que me ensinou a oração da comunhão espiritual”. Diz assim: “Eu quisera, Senhor, receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que vos recebeu a vossa Santíssima Mãe; com o espírito e o fervor dos Santos”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Carta aberta a Hans Küng, teólogo suíço do editor chefe do ‘L’Osservatore Romano’ na sua edição em italiano de hoje, 23 de Abril de 2010
Caro Hans,
Lendo a tua carta aos Bispos senti-me de acordo quando escreves: “Se hoje nesta ou naquela diocese ou comunidade os paroquianos abandonam a participação na Missa, se a acção pastoral é ineficaz, se falta a abertura para os problemas e os males do mundo, se a cooperação económica é reduzida ao mínimo, não se pode atribuir todas as culpas a Roma. Todos, dos bispos, aos padres e aos leigos, devem empenhar-se pela renovação da Igreja no seu próprio meio de vivência, seja ele pequeno ou grande”.
Nestas palavras encontro a consciência da complexidade dos problemas, tendo como ponto de partida o conceito plural de “renovação” da Igreja.
Na verdade, o renovamento foi nos últimos anos entendido de diversos modos, segundo as preferências pessoais e culturais, que vão desde o mudança da estrutura à conversão pessoal e comunitária.
Do que resta da tua carta, parece-me que o enfoque esteja colocado prevalentemente senão mesmo exclusivamente nas reformas “estruturais”. Ter-me-ia sido agradável encontrar nela uma alusão ao escândalo da Cruz, que permanece, mesmo depois de todos os outros escândalos terem sido eliminados, ou seja, à gravidade da sequela de Cristo, que é um escândalo permanente, do amor de Deus que se deve viver e difundir frequentemente em contracorrente, à necessidade da penitência e da humildade.
Será apenas uma acção de engenharia eclesiástica que resolve o problema do testemunho cristão?
E depois, porque não se presta homenagem, precisamente em nome da complexidade, a quem leva avante prioritariamente a renovação evangélica do coração, preferindo-a à renovação da estrutura?
Existe ainda uma questão de estilo, que nega a substância, isto é, um conhecimento erróneo do primado da caridade, ou da caridade na verdade: “… se não tiver caridade, sou como um bronze que soa", diz-nos Paulo na sua primeira epístola aos Coríntios (13,1).
A caridade é magnânime, benévola: torna-se necessário ler todo o hino à caridade, que é o programa da ecclesia patiens, da casta meretrix, capaz de renovar-se e de superar todas as tempestades, porque “aonde há caridade e amor, aí está Deus”.
É necessária a veracidade, “porém, a maior delas é a caridade” (1 Cor 13,13), que reconhece generosamente o trabalho alheio, que não se opõe nem divide, que não aumenta as culpas, que reconhece que toda a profecia é imperfeita.
Talvez se a tua carta se tivesse inspirado um pouco mais no hino à caridade, tivesse resultado numa saudação mais cristãmente elegante ao antigo Colega, por ocasião dos seus aniversários e num contributo mais frutuoso à Igreja que sofre pelas fraquezas dos seus filhos.
Espero não haver incorrido em falta de caridade ao dizer-te isto, porque sem esta nada serei.
Desagradar-me-ia ser considerado um beato de Igreja que faz pias considerações sobre temas sérios, porque então haveria que distinguir entre os textos do Novo Testamento e aqueles destinados às pessoas pias e aqueles destinados às pessoas sérias.
Não me tendo na conta de pessoa particularmente pia ou séria (importante), apelo à compreensão da tua caridade. Sempre com estima pelo teu importante trabalho.
Pier Giordano Cabra
(© L'Osservatore Romano - 23 aprile 2010)
Nota de JPR: assumo a responsabilidade da tradução a partir do original em italiano e de alguma liberdade de adaptação procurando, no entanto, não desvirtuar o texto original que podeis ler AQUI , permitam-me que acrescente, que não possuo qualquer formação académica na área da tradução e se o faço, é por amor.
Obrigado pela vossa compreensão!
Lendo a tua carta aos Bispos senti-me de acordo quando escreves: “Se hoje nesta ou naquela diocese ou comunidade os paroquianos abandonam a participação na Missa, se a acção pastoral é ineficaz, se falta a abertura para os problemas e os males do mundo, se a cooperação económica é reduzida ao mínimo, não se pode atribuir todas as culpas a Roma. Todos, dos bispos, aos padres e aos leigos, devem empenhar-se pela renovação da Igreja no seu próprio meio de vivência, seja ele pequeno ou grande”.
Nestas palavras encontro a consciência da complexidade dos problemas, tendo como ponto de partida o conceito plural de “renovação” da Igreja.
Na verdade, o renovamento foi nos últimos anos entendido de diversos modos, segundo as preferências pessoais e culturais, que vão desde o mudança da estrutura à conversão pessoal e comunitária.
Do que resta da tua carta, parece-me que o enfoque esteja colocado prevalentemente senão mesmo exclusivamente nas reformas “estruturais”. Ter-me-ia sido agradável encontrar nela uma alusão ao escândalo da Cruz, que permanece, mesmo depois de todos os outros escândalos terem sido eliminados, ou seja, à gravidade da sequela de Cristo, que é um escândalo permanente, do amor de Deus que se deve viver e difundir frequentemente em contracorrente, à necessidade da penitência e da humildade.
Será apenas uma acção de engenharia eclesiástica que resolve o problema do testemunho cristão?
E depois, porque não se presta homenagem, precisamente em nome da complexidade, a quem leva avante prioritariamente a renovação evangélica do coração, preferindo-a à renovação da estrutura?
Existe ainda uma questão de estilo, que nega a substância, isto é, um conhecimento erróneo do primado da caridade, ou da caridade na verdade: “… se não tiver caridade, sou como um bronze que soa", diz-nos Paulo na sua primeira epístola aos Coríntios (13,1).
A caridade é magnânime, benévola: torna-se necessário ler todo o hino à caridade, que é o programa da ecclesia patiens, da casta meretrix, capaz de renovar-se e de superar todas as tempestades, porque “aonde há caridade e amor, aí está Deus”.
É necessária a veracidade, “porém, a maior delas é a caridade” (1 Cor 13,13), que reconhece generosamente o trabalho alheio, que não se opõe nem divide, que não aumenta as culpas, que reconhece que toda a profecia é imperfeita.
Talvez se a tua carta se tivesse inspirado um pouco mais no hino à caridade, tivesse resultado numa saudação mais cristãmente elegante ao antigo Colega, por ocasião dos seus aniversários e num contributo mais frutuoso à Igreja que sofre pelas fraquezas dos seus filhos.
Espero não haver incorrido em falta de caridade ao dizer-te isto, porque sem esta nada serei.
Desagradar-me-ia ser considerado um beato de Igreja que faz pias considerações sobre temas sérios, porque então haveria que distinguir entre os textos do Novo Testamento e aqueles destinados às pessoas pias e aqueles destinados às pessoas sérias.
Não me tendo na conta de pessoa particularmente pia ou séria (importante), apelo à compreensão da tua caridade. Sempre com estima pelo teu importante trabalho.
Pier Giordano Cabra
(© L'Osservatore Romano - 23 aprile 2010)
Nota de JPR: assumo a responsabilidade da tradução a partir do original em italiano e de alguma liberdade de adaptação procurando, no entanto, não desvirtuar o texto original que podeis ler AQUI , permitam-me que acrescente, que não possuo qualquer formação académica na área da tradução e se o faço, é por amor.
Obrigado pela vossa compreensão!
Saber abrir o caminho a Deus
«Mesmo para as pessoas crentes, totalmente abertas a Deus, as palavras divinas não são à primeira vista compreensíveis e esclarecedoras. Quem pede à mensagem cristã a compreensão imediata do que é banal, fecha o caminho a Deus. Onde não há humildade do mistério acolhido, a paciência que recebe em si, conserva e se deixa lentamente abrir ao que não se compreende, aí a semente da Palavra caiu sobre a pedra; não encontro a boa terra».
(Joseph Ratzinger in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)
(Joseph Ratzinger in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)
Temas para reflexão
MEDITAÇÃO:
Senhor, que eu saiba corresponder às graças recebidas e tantas são! Constantemente me manténs vivo, tão amiúde perdoas os meus pecados, sem descanso velas por mim apontando-me o caminho da salvação.
Senhor, que eu não me feche em mim mesmo, com os meus problemas por graves ou importantes que possam parecer, mas que me dê aos outros transmitindo aquilo que me deste e de que sou apenas um miserável intermediário.
Ponho nas Tuas mãos tudo quanto tenho, porque nada é verdadeiramente meu mas sim, pertença Tua.
Minha Mãe Imaculada, São José meu Pai e Senhor Anjo da minha Guarda, São Josemaria ajudai-me a ter bem presentes estes propósitos. Amém.
(AMA, acções de graças da Comunhão, 1999)
TEMA: Eucaristia verdadeira comida
A comida material primeiro converte-se no que a come e, em consequência, restaura as suas perdas e acrescenta as suas forças vitais. A comida espiritual, em troca, converte em si aquele que a come, e assim o efeito próprio deste Sacramento é a conversão do homem em Cristo, para que não viva ele mas sim Cristo nele; e, consequentemente, tem o duplo efeito de restaurar as perdas espirituais causadas por pecados e deficiências, e aumentar as forças das virtudes.
(S. Tomás D’AQUINO, Comentário ao livro IV das Sentenças, d. 12, q. 2, a. 11)
Doutrina: Evangelium Vitae, 44 b
"No Antigo Testamento, a esterilidade era temida como uma maldição, enquanto se considerava uma bênção a prole numerosa: «Os filhos são bênçãos do Senhor; os frutos do ventre, um mimo do Senhor». Para esta convicção, concorre certamente a consciência que Israel tem de ser o povo da Aliança, chamado a multiplicar-se segundo a promessa feita a Abraão: «Ergue os olhos para os céus e conta as estrelas, se fores capaz de as contar (...) será assim a tua descendência». Mas influi sobretudo a certeza de que a vida transmitida pelos pais tem a sua origem em Deus, como o atestam tantas páginas bíblicas que, com respeito e amor, falam da concepção, da moldagem da vida no ventre materno, do nascimento e da ligação íntima entre o momento inicial da existência e a acção de Deus Criador.
(JOÃO PAULO II, Evangelium Vitae, 44 b)
Agradecimento: António Mexia Alves
Senhor, que eu saiba corresponder às graças recebidas e tantas são! Constantemente me manténs vivo, tão amiúde perdoas os meus pecados, sem descanso velas por mim apontando-me o caminho da salvação.
Senhor, que eu não me feche em mim mesmo, com os meus problemas por graves ou importantes que possam parecer, mas que me dê aos outros transmitindo aquilo que me deste e de que sou apenas um miserável intermediário.
Ponho nas Tuas mãos tudo quanto tenho, porque nada é verdadeiramente meu mas sim, pertença Tua.
Minha Mãe Imaculada, São José meu Pai e Senhor Anjo da minha Guarda, São Josemaria ajudai-me a ter bem presentes estes propósitos. Amém.
(AMA, acções de graças da Comunhão, 1999)
TEMA: Eucaristia verdadeira comida
A comida material primeiro converte-se no que a come e, em consequência, restaura as suas perdas e acrescenta as suas forças vitais. A comida espiritual, em troca, converte em si aquele que a come, e assim o efeito próprio deste Sacramento é a conversão do homem em Cristo, para que não viva ele mas sim Cristo nele; e, consequentemente, tem o duplo efeito de restaurar as perdas espirituais causadas por pecados e deficiências, e aumentar as forças das virtudes.
(S. Tomás D’AQUINO, Comentário ao livro IV das Sentenças, d. 12, q. 2, a. 11)
Doutrina: Evangelium Vitae, 44 b
"No Antigo Testamento, a esterilidade era temida como uma maldição, enquanto se considerava uma bênção a prole numerosa: «Os filhos são bênçãos do Senhor; os frutos do ventre, um mimo do Senhor». Para esta convicção, concorre certamente a consciência que Israel tem de ser o povo da Aliança, chamado a multiplicar-se segundo a promessa feita a Abraão: «Ergue os olhos para os céus e conta as estrelas, se fores capaz de as contar (...) será assim a tua descendência». Mas influi sobretudo a certeza de que a vida transmitida pelos pais tem a sua origem em Deus, como o atestam tantas páginas bíblicas que, com respeito e amor, falam da concepção, da moldagem da vida no ventre materno, do nascimento e da ligação íntima entre o momento inicial da existência e a acção de Deus Criador.
(JOÃO PAULO II, Evangelium Vitae, 44 b)
Agradecimento: António Mexia Alves
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
São Padre Pio de Pietrelcina (1887-1968), capuchinho
Cartas do Padre Pio
«Quem realmente come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna»
- Padre, sinto-me tão indigno de comungar! Sou realmente indigno!
- É verdade que não somos dignos de semelhante dom; mas uma coisa é participar deste alimento em pecado grave, outra coisa é não sermos dignos dele. Nenhum de nós é digno dele; mas é Jesus que nos convida, é Ele que deseja que O recebamos. Sejamos, pois, humildes e recebamo-Lo com o coração cheio de amor.
- Padre, por que chora quando comunga?
- Se a Igreja proclama «Não desdenhou tomar o seio da Virgem» ao falar da encarnação do Verbo no seio da Imaculada, que dizer de nós, pecadores? Mas Cristo disse: «Se não comerdes mesmo a carne do Filho do Homem e não beberdes o Seu sangue, não tereis a vida em vós». Aproximemo-nos, pois, da mesa da comunhão com muito amor e com grande respeito. Que todo o nosso dia sirva, primeiro para nos prepararmos, depois para darmos graças por esse dom.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Cartas do Padre Pio
«Quem realmente come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna»
- Padre, sinto-me tão indigno de comungar! Sou realmente indigno!
- É verdade que não somos dignos de semelhante dom; mas uma coisa é participar deste alimento em pecado grave, outra coisa é não sermos dignos dele. Nenhum de nós é digno dele; mas é Jesus que nos convida, é Ele que deseja que O recebamos. Sejamos, pois, humildes e recebamo-Lo com o coração cheio de amor.
- Padre, por que chora quando comunga?
- Se a Igreja proclama «Não desdenhou tomar o seio da Virgem» ao falar da encarnação do Verbo no seio da Imaculada, que dizer de nós, pecadores? Mas Cristo disse: «Se não comerdes mesmo a carne do Filho do Homem e não beberdes o Seu sangue, não tereis a vida em vós». Aproximemo-nos, pois, da mesa da comunhão com muito amor e com grande respeito. Que todo o nosso dia sirva, primeiro para nos prepararmos, depois para darmos graças por esse dom.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 23 de Abril de 2010
São João 6,52-59
52 Disputavam, então, entre si os judeus: «Como pode Este dar-nos a comer a Sua carne?».53 Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o Seu sangue não tereis a vida em vós.54 Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia.55 Porque a Minha carne é verdadeiramente comida e o Meu sangue verdadeiramente bebida.56 Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue permanece em Mim e Eu nele.57 Assim como Me enviou o Pai que vive e Eu vivo pelo Pai, assim quem Me comer a Mim, esse mesmo também viverá por Mim.58 Este é o pão que desceu do céu. Não é como o pão que comeram os vossos pais, e morreram. Quem come deste pão viverá eternamente».59 Jesus disse estas coisas ensinando em Cafarnaum, na sinagoga.
52 Disputavam, então, entre si os judeus: «Como pode Este dar-nos a comer a Sua carne?».53 Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o Seu sangue não tereis a vida em vós.54 Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia.55 Porque a Minha carne é verdadeiramente comida e o Meu sangue verdadeiramente bebida.56 Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue permanece em Mim e Eu nele.57 Assim como Me enviou o Pai que vive e Eu vivo pelo Pai, assim quem Me comer a Mim, esse mesmo também viverá por Mim.58 Este é o pão que desceu do céu. Não é como o pão que comeram os vossos pais, e morreram. Quem come deste pão viverá eternamente».59 Jesus disse estas coisas ensinando em Cafarnaum, na sinagoga.
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