Uma proposta de oração, pessoal e familiar, para cada dia.
2º Dia do Estado de Emergência.
Meditação:
Pode-se amar demais a Deus?
“Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças” (Mc 12, 28-34).
Pode-se amar 'demais' a Deus? Não, porque mesmo quem o fizer com todo o seu coração, com toda a sua alma, com todo o seu entendimento e com todas as suas forças, não faz mais do que cumprir com a sua obrigação, que a todos foi imposta neste primeiro mandamento da Lei de Deus.
Se é verdade que não se pode amar ‘demais’ a Deus, também é verdade que se pode não saber amar a Deus como Ele quer e deve ser amado. Por isso, a este primeiro mandamento, que nos obriga a amá-Lo na oração e pela entrega de tudo o que somos e fazemos, Jesus acrescentou um segundo, que mais não é do que um seu necessário desenvolvimento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.
Não é verdadeiro o amor a Deus que não se traduza em caridade com o próximo, nem pode haver verdadeira caridade com o próximo sem amor a Deus.
Queres saber quanto amas a Deus? É fácil: basta saberes quanto amas o teu próximo. Se queres amar mais a Deus, procura sobretudo viver melhor a caridade com aqueles que tens mais perto de ti, porque é sobretudo neles que Deus quer ser amado. É também para amar mais e melhor o próximo que precisas de rezar: a oração faz-nos ser como Jesus, para podermos amar os outros como Ele nos ama.
Santo Rosário:
Intenções para os mistérios dolorosos:
1º - A oração de Jesus no horto. Peçamos a Jesus que nenhum cristão se sinta só na adversidade, como Jesus, quando rezava no horto das Oliveiras. Nestas dez Avé-Marias, rezemos a Nosso Senhor, por intercessão de Maria, pelos que estão mais sós.
2º - A flagelação de Jesus. Sofrendo no seu corpo as vergastadas dos soldados, Jesus quis dar um sentido redentor ao sofrimento humano. Que todos os doentes cristãos sejam confortados com a certeza de que não é em vão o seu sofrimento, se unido à paixão e morte de Cristo Nosso Senhor.
3º - A coroação de espinhos. Como é fácil rir e troçar de quem nem sequer se pode defender! Que Jesus nos ensine a nunca desprezar ninguém, nem sequer por pensamento, para que a misericórdia que tivermos com os outros, a tenha também Deus connosco, quando nos tiver que julgar.
4º - Jesus com a cruz às costas. A Nosso Senhor, a caminho do calvário, não lhe faltou a piedade de uma Verónica, nem o braço forte de um Cireneu. Agradeçamos a oração dos nossos irmãos na fé e o serviço que prestam tantos voluntários que, com risco da própria vida, se dispõem generosamente a ajudar desinteressadamente quem mais precisa.
5º - Jesus morre na Cruz. As vítimas mortais desta epidemia já não podem ser auxiliadas pelos profissionais da saúde. Mas as nossas orações, em seu sufrágio, podem apressar a sua chegada ao Céu, se porventura ainda necessitarem de purificação.
Para ler, meditar e partilhar! Obrigado e até amanhã, se Deus quiser.
Com amizade,
P. Gonçalo Portocarrero de Almada