Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Reflexão no Ano Jubilar da Misericórdia

[i] 
Próximos do próximo

Desta vez vou “meter-me” neste trecho de São Mateus personificando a figura do Rei.

Tenho por hábito – assim me ensinou o Rei meu Pai – acudir às necessidades dos meus súbditos e, por vezes, vou algo mais além do que seria aconselhável ou, até, prudente.

Aconteceu exactamente com um homem que, sei, possuía razoáveis meios de fortuna mas que por motivos que não averiguei se viu numa situação muito delicada.

Veio à minha presença várias vezes com pedidos de ajuda que nunca lhe neguei. Concedi-lhe sempre o que me pedia.

Acontece que ontem mesmo, o meu administrador veio ter comigo para me expor um problema que me deixou… atónito.
Começou por dizer-me que o erário real estava francamente desfalcado e que os empréstimos que vinha fazendo não poderiam continuar no mesmo ritmo e, sobretudo, montantes, sob pena de correr risco de forte recessão.
Concretamente referiu-me o tal servo de que falava cuja dívida atingia a enormidade de dez mil talentos!
Rapidamente fiz as ”contas”: Dez mil talentos, uns sessenta milhões de denários!
Sendo um denário o salário diário de um trabalhador…

Tive de reconhecer que me excedera e de algum modo não fora justo para com os outros meus súbditos entregando a um o que poderia ter repartido por muitos.

Mandei chamar o homem e, sem mais, disse-lhe que era tempo de me devolver o que lhe emprestara.
A reacção foi surpreendente: disse-me pura e simplesmente que não tinha como pagar-me.
Perguntei-lhe o que fizera com tanto dinheiro que lhe emprestara para reconstruir a sua vida, mas… não me deu resposta.

Ao meu ouvido o administrador dizia-me que este súbdito não era muito boa pessoa, descurava os seus deveres até para com a família e, tudo isto porque tinha o terrível vício da avareza. No fim e ao cabo o dinheiro que eu lhe dava graciosamente servia para empresta-lo a outros cobrando juros elevadíssimos, praticando uma usura miserável com o que não era de facto seu.

Fiquei naturalmente indignado e lavrei uma sentença que, em suma, decretava que se vendesse quanto tinha, se apreendessem todos os seus bens, se necessário vendessem a mulher e os filhos até reunir a quantia em dívida.

Mas o desgraçado – não posso chamar-lhe outra coisa – lavado em lágrimas e gemendo pediu-me encarecidamente que lhe desse um pouco mais de tempo, que conseguiria resolver a sua vida e reunir o necessário para satisfazer a dívida.

Tive pena do pobre homem, é verdade! Senti uma enorme pena de uma pessoa que, não obstante a sua má conduta, talvez merecesse que lhe concedesse o que me pedia.

Mas eu tinha bem a noção da enormidade da dívida e que nunca lhe seria possível devolver-me o que lhe emprestara.

Assim, para acabar com o assunto e na esperança que realmente se corrigisse, perdoei-lhe toda a dívida e mandei-o embora em paz.

Confesso que fiquei muito contente com a minha decisão, afinal de que me serve ser Rei se não posso fazer o que quero com o que é meu?

(ama, reflexões no Ano Jubilar da Misericórdia – 5)


[i] Mt 18,21-35

21 Então, aproximando-se d'Ele Pedro, disse: «Senhor, até quantas vezes poderá pecar meu irmão contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?». 22 Jesus respondeu-lhe: «Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23 «Por isso, o Reino dos Céus é comparável a um rei que quis fazer as contas com os seus servos. 24 Tendo começado a fazer as contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. 25 Como não tivesse com que pagar, o seu senhor mandou que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo o que tinha, e se saldasse a dívida. 26 Porém, o servo, lançando-se-lhe aos pés, suplicou-lhe: “Tem paciência comigo, eu te pagarei tudo”. 27 E o senhor, compadecido daquele servo, deixou-o ir livre e perdoou-lhe a dívida. 28 «Mas este servo, tendo saído, encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários e, lançando-lhe a mão, sufocava-o dizendo: “Paga o que me deves”. 29 O companheiro, lançando-se-lhe aos pés, suplicou-lhe: “Tem paciência comigo, eu te pagarei”. 30 Porém ele recusou e foi mandá-lo meter na prisão, até pagar a dívida. 31 «Os outros servos seus companheiros, vendo isto, ficaram muito contristados e foram referir ao seu senhor tudo o que tinha acontecido. 32 Então o senhor chamou-o e disse-lhe: “Servo mau, eu perdoei-te a dívida toda, porque me suplicaste. 33 Não devias tu também compadecer-te do teu companheiro, como eu me compadeci de ti?”. 34 E o seu senhor, irado, entregou-o aos guardas, até que pagasse toda a dívida. 35 «Assim também vos fará Meu Pai celestial, se cada um não perdoar do íntimo do seu coração ao seu irmão»

Nota: Este trecho do Evangelho escrito por São Mateus também poderia ser o Evangelho “oficial” do Ano Jubilar da Misericórdia.

De facto, a parábola proferida por Jesus Cristo, põe-nos perante um autêntico quadro ou, melhor, perante um filme que se desenrola aos nossos olhos prendendo-nos a atenção e excitando os nossos sentidos.

São Josemaria recomendou: aconselho-te a que, na tua oração, intervenhas nas passagens do Evangelho, como um personagem mais[i]

É isso mesmo que me proponho fazer.

Sob o Título: “Próximos do próximo (sugerido por um bom amigo) vou tentar personificar alguns dos personagens da parábola e, também, introduzir-me nela como observador directo.

Reflexão no Ano Jubilar da Misericórdia

[i] 
Próximos do próximo

Desta vez vou “meter-me” neste trecho de São Mateus personificando a figura do Rei.

Tenho por hábito – assim me ensinou o Rei meu Pai – acudir às necessidades dos meus súbditos e, por vezes, vou algo mais além do que seria aconselhável ou, até, prudente.

Aconteceu exactamente com um homem que, sei, possuía razoáveis meios de fortuna mas que por motivos que não averiguei se viu numa situação muito delicada.

Veio à minha presença várias vezes com pedidos de ajuda que nunca lhe neguei. Concedi-lhe sempre o que me pedia.

Acontece que ontem mesmo, o meu administrador veio ter comigo para me expor um problema que me deixou… atónito.
Começou por dizer-me que o erário real estava francamente desfalcado e que os empréstimos que vinha fazendo não poderiam continuar no mesmo ritmo e, sobretudo, montantes, sob pena de correr risco de forte recessão.
Concretamente referiu-me o tal servo de que falava cuja dívida atingia a enormidade de dez mil talentos!
Rapidamente fiz as ”contas”: Dez mil talentos, uns sessenta milhões de denários!
Sendo um denário o salário diário de um trabalhador…

Tive de reconhecer que me excedera e de algum modo não fora justo para com os outros meus súbditos entregando a um o que poderia ter repartido por muitos.

Mandei chamar o homem e, sem mais, disse-lhe que era tempo de me devolver o que lhe emprestara.
A reacção foi surpreendente: disse-me pura e simplesmente que não tinha como pagar-me.
Perguntei-lhe o que fizera com tanto dinheiro que lhe emprestara para reconstruir a sua vida, mas… não me deu resposta.

Ao meu ouvido o administrador dizia-me que este súbdito não era muito boa pessoa, descurava os seus deveres até para com a família e, tudo isto porque tinha o terrível vício da avareza. No fim e ao cabo o dinheiro que eu lhe dava graciosamente servia para empresta-lo a outros cobrando juros elevadíssimos, praticando uma usura miserável com o que não era de facto seu.

Fiquei naturalmente indignado e lavrei uma sentença que, em suma, decretava que se vendesse quanto tinha, se apreendessem todos os seus bens, se necessário vendessem a mulher e os filhos até reunir a quantia em dívida.

Mas o desgraçado – não posso chamar-lhe outra coisa – lavado em lágrimas e gemendo pediu-me encarecidamente que lhe desse um pouco mais de tempo, que conseguiria resolver a sua vida e reunir o necessário para satisfazer a dívida.

Tive pena do pobre homem, é verdade! Senti uma enorme pena de uma pessoa que, não obstante a sua má conduta, talvez merecesse que lhe concedesse o que me pedia.

Mas eu tinha bem a noção da enormidade da dívida e que nunca lhe seria possível devolver-me o que lhe emprestara.

Assim, para acabar com o assunto e na esperança que realmente se corrigisse, perdoei-lhe toda a dívida e mandei-o embora em paz.

Confesso que fiquei muito contente com a minha decisão, afinal de que me serve ser Rei se não posso fazer o que quero com o que é meu?

(ama, reflexões no Ano Jubilar da Misericórdia – 5)




[i] Mt 18,21-35

21 Então, aproximando-se d'Ele Pedro, disse: «Senhor, até quantas vezes poderá pecar meu irmão contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?». 22 Jesus respondeu-lhe: «Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23 «Por isso, o Reino dos Céus é comparável a um rei que quis fazer as contas com os seus servos. 24 Tendo começado a fazer as contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. 25 Como não tivesse com que pagar, o seu senhor mandou que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo o que tinha, e se saldasse a dívida. 26 Porém, o servo, lançando-se-lhe aos pés, suplicou-lhe: “Tem paciência comigo, eu te pagarei tudo”. 27 E o senhor, compadecido daquele servo, deixou-o ir livre e perdoou-lhe a dívida. 28 «Mas este servo, tendo saído, encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários e, lançando-lhe a mão, sufocava-o dizendo: “Paga o que me deves”. 29 O companheiro, lançando-se-lhe aos pés, suplicou-lhe: “Tem paciência comigo, eu te pagarei”. 30 Porém ele recusou e foi mandá-lo meter na prisão, até pagar a dívida. 31 «Os outros servos seus companheiros, vendo isto, ficaram muito contristados e foram referir ao seu senhor tudo o que tinha acontecido. 32 Então o senhor chamou-o e disse-lhe: “Servo mau, eu perdoei-te a dívida toda, porque me suplicaste. 33 Não devias tu também compadecer-te do teu companheiro, como eu me compadeci de ti?”. 34 E o seu senhor, irado, entregou-o aos guardas, até que pagasse toda a dívida. 35 «Assim também vos fará Meu Pai celestial, se cada um não perdoar do íntimo do seu coração ao seu irmão»

Nota: Este trecho do Evangelho escrito por São Mateus também poderia ser o Evangelho “oficial” do Ano Jubilar da Misericórdia.

De facto, a parábola proferida por Jesus Cristo, põe-nos perante um autêntico quadro ou, melhor, perante um filme que se desenrola aos nossos olhos prendendo-nos a atenção e excitando os nossos sentidos.

São Josemaria recomendou: aconselho-te a que, na tua oração, intervenhas nas passagens do Evangelho, como um personagem mais[i]

É isso mesmo que me proponho fazer.

Sob o Título: “Próximos do próximo (sugerido por um bom amigo) vou tentar personificar alguns dos personagens da parábola e, também, introduzir-me nela como observador directo.

Joana d'Arc, "mulher forte", modelo de perfeita fidelidade à Igreja

Falo-vos hoje duma «mulher forte», que levou sem medo a luz do Evangelho às complexas vicissitudes da história: Santa Joana d’Arc. Desde a infância, mostra grande compaixão pelos pobres e atribulados no contexto duma guerra sem fim entre a França e a Inglaterra. A compaixão e o empenho dela em favor do seu povo intensificaram-se ainda mais com sua maturação mística, que teve lugar aos treze anos. Esta ligação entre experiência mística e missão política é um dos aspectos mais originais da santidade desta jovem. Tinha apenas dezanove anos quando – julgada por eclesiásticos, a quem faltava a caridade e a humildade para ver em Joana a acção de Deus – foi condenada como herética, em 1430. Vinte e cinco anos depois, sob a autoridade do Papa Calixto III, abre-se um processo de reabilitação que pôs em evidência a sua inocência e perfeita fidelidade à Igreja, sendo declarada santa pelo Papa Bento XV.

(Bento XVI - Audiência geral de 26 de janeiro de 2011)

O Evangelho do dia 30 de maio de 2016

E começou a falar-lhes por parábolas: «Um homem plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar, edificou uma torre e arrendou-a a uns vinhateiros, e ausentou-se daquele país. Chegado o tempo, enviou aos vinhateiros um servo para receber deles a sua parte dos frutos da vinha. Mas eles, apanhando-o, bateram-lhe, e mandaram-no embora de mãos vazias. Enviou-lhes de novo outro servo, e também a este o feriram na cabeça, e o carregaram de injúrias. Enviou de novo outro, e mataram-no. Assim fizeram a muitos outros, dos quais bateram nuns e mataram outros. «Tendo ainda um filho muito amado, também o enviou por último, dizendo: “Respeitarão o meu filho”. Porém, aqueles vinhateiros disseram uns para os outros: “Este é o herdeiro, vinde, matêmo-lo e será nossa a herança”. Pegaram nele, mataram-no, e lançaram-no fora da vinha. «Que fará, pois, o senhor da vinha? Virá, exterminará os vinhateiros e dará a vinha a outros. Vós nunca lestes este passo da Escritura: “A pedra que fora rejeitada pelos que edificavam, tornou-se pedra angular. Pelo Senhor foi feito isto, e é coisa maravilhosa aos nossos olhos”». Procuravam apoderar-se d'Ele, mas temeram o povo. Tinham compreendido bem que dissera esta parábola contra eles. E, deixando-O, retiraram-se.

Mc 12, 1-12