Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 13 de abril de 2020

"Triunfou da morte"

Cristo ressuscitado, glorioso, despojou-se de tudo o que era terreno, para que os homens seus irmãos pensem no que hão-de despojar-se. (Forja, 526)

Cristo vive. Esta é a grande verdade que enche de conteúdo a nossa fé. Jesus, que morreu na cruz, ressuscitou; triunfou da morte, do poder das trevas, da dor e da angústia. Não temais - foi com esta invocação que um anjo saudou as mulheres que iam ao sepulcro. Não temais. Procurais Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Ressuscitou; não está aqui (Mc XVI,6). Haec est dies quam fecit Dominus, exultemus et laetemur in ea - este é o dia que o Senhor fez; alegremo-nos (Sl CXVII, 24).

O tempo pascal é tempo de alegria, de uma alegria que não se limita a esta época do ano litúrgico, mas mora sempre no coração dos cristãos. Porque Cristo vive. Cristo não é uma figura que passou, que existiu em certo tempo e que se foi embora, deixando-nos uma recordação e um exemplo maravilhosos.

Não. Cristo vive. Jesus é Emanuel: Deus connosco. A sua Ressurreição revela-nos que Deus não abandona os seus. Pode a mulher esquecer o fruto do seu seio e não se compadecer do filho das suas entranhas? Pois ainda que ela se esquecesse, eu não me esquecerei de ti (Is XLIX, 14-15), havia-nos Ele prometido. E cumpriu a promessa. Deus continua a ter as suas delícias entre os filhos dos homens (Cfr. Prov. VIII, 20-21). (Cristo que passa, 102)

São Josemaria Escrivá

Segui-lo-​ás em tudo​ o que te ​pedir

Se de verdade desejas que o teu coração reaja de um modo seguro, aconselho-te que te metas numa Chaga de Nosso Senhor: assim terás intimidade com Ele, pegar-te-ás a Ele, sentirás palpitar o seu Coração... e segui-lo-ás em tudo o que te pedir. (Forja, 755)

Quem cultiva uma teologia incerta e uma moral relaxada, sem freios; quem pratica, a seu capricho, uma liturgia duvidosa, com uma disciplina de hippies e um governo irresponsável, não é de admirar que propague contra os que só falam de Jesus Cristo invejas, suspeitas, acusações falsas, ofensas, maus tratos, humilhações, intrigas e vexames de todo o género.

Quando admiramos e amamos deveras a Santíssima Humanidade de Jesus, descobrimos, uma a uma, as suas Chagas. E nesses tempos de expiação passiva, penosos, fortes, de lágrimas doces e amargas que procuramos esconder, sentiremos necessidade de nos meter dentro de cada uma daquelas Feridas Santíssimas: para nos purificarmos, para nos enchermos de alegria com esse Sangue redentor, para nos fortalecermos. Recorreremos a elas como as pombas que, no dizer da Escritura, se escondem nos buracos das rochas na hora da tempestade. Escondemo-nos nesse refúgio, para encontrar a intimidade de Cristo: e veremos que o seu modo de conversar é aprazível e o seu rosto formoso, porque os que sabem que a sua voz é suave e grata, são os que receberam a graça do Evangelho, que os faz dizer: Tu tens palavras de vida eterna. 

Não pensemos que, nesta senda da contemplação, as paixões se calam definitivamente. Enganar-nos-íamos se supuséssemos que a ânsia de procurar Cristo, a realidade do seu encontro e do seu convívio e a doçura do seu amor nos tornavam pessoas impecáveis. Embora não lhes falte experiência disso, deixem-me, no entanto, recordá-lo. O inimigo de Deus e do homem, Satanás, não se dá por vencido, não descansa. E assedia-nos, mesmo quando a alma arde inflamada no amor de Deus. Sabe que nessa altura a queda é mais difícil, mas que – se conseguir que a criatura ofenda o seu Senhor, ainda que seja em pouco – poderá lançar naquela consciência a grave tentação do desespero. (Amigos de Deus, 301–303)

São Josemaría Escrivá

ESTADO DE EMERGÊNCIA CRISTÃ

Uma proposta diária de oração pessoal e familiar.

26º Dia. Segunda-feira da oitava da Páscoa, 13 de Abril de 2020.

Meditação da Palavra de Deus (Mt 28, 8-15)

Não temais!

“Disse-lhes então Jesus: ‘Não temais. Ide avisar os meus irmãos que partam para a Galileia. Lá Me verão”.

O Senhor tinha dito: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque todo aquele que pede, recebe; o que busca, encontra; e ao que bate, se lhe abrirá” (Lc 11, 9-10).

É verdade que aquelas santas mulheres supunham que Jesus ainda se encontrava no sepulcro, o que parece indicar que ainda não acreditavam na sua ressurreição, não obstante as três vezes que o Senhor anunciara que, ao terceiro dia, ressuscitaria. Mas Jesus, da mesma forma como perdoou a tripla negação de Pedro e os pecados do bom ladrão, também releva a falta de fé destas mulheres, porque sabe que O procuram por amor. Elas, ao contrário da quase totalidade dos seus apóstolos e discípulos, tinham permanecido a Seu lado, na hora da sua morte na Cruz.

Em tempos de fake news, eis um boato com mais de dois mil anos: os “guardas foram à cidade participar aos príncipes dos sacerdotes tudo o que tinha acontecido. Estes reuniram-se com os anciãos e, depois de terem deliberado, deram aos soldados uma soma avultada de dinheiro, com esta recomendação: ‘Dizei: Os discípulos vieram de noite roubá-lO, enquanto nós estávamos a dormir’. Se isto chegar aos ouvidos do governador, nós o convenceremos e faremos que vos deixem em paz’. Eles receberam o dinheiro e fizeram como lhes tinham ensinado. Foi este o boato que se divulgou entre os judeus, até ao dia de hoje.”

Diz a sabedoria popular que a mentira tem perna curta, ou que é mais fácil apanhar um mentiroso do que um coxo. Com efeito, como advertiu Santo Agostinho: “Astúcia miserável! Apresentas testemunhas adormecidas?! Verdadeiramente estás a dormir tu mesmo ao imaginar semelhante explicação” (Enarrationes in Psalmos, 63, 15).

Até ao final dos tempos, a mentira, arma principal do inimigo de Deus por antonomásia, que Jesus chamou mentiroso e pai da mentira (Jo 8, 44), se oporá à verdade, que é o próprio Cristo Nosso Senhor. Seguindo o conselho do apóstolo Paulo, saibamos sempre dizer a verdade com caridade (cf. Ef 4, 15).

Intenções para os mistérios gozosos do Santo Rosário de Nossa Senhora:

1º - A anunciação do Anjo a Nossa Senhora. O Anjo não temeu que Maria não aceitasse a sua mensagem. Que todos os ministros da Igreja proclamem, sem medo nem respeitos humanos, a Boa Nova do Evangelho!
2º - A visitação de Nossa Senhora a sua prima Santa Isabel. Maria, ao receber a revelação da vinda tão esperada do Messias, foi, com pressa, anunciá-la a sua prima. Que todos os cristãos anunciem Cristo, com a sua vida e palavra, aos seus familiares e amigos!
3º - O nascimento de Jesus em Belém. Diz São João, no prólogo do seu Evangelho, que “o Verbo veio para o que era seu e os seus não O receberam” (Jo 1, 11). Rezemos por todos os que se opõem à verdade que é Cristo Nosso Senhor.
4º - A apresentação de Jesus no templo e a purificação de Nossa Senhora. Simeão não teve medo de anunciar que Cristo seria “sinal de contradição” e que uma espada trespassaria o coração de sua Mãe. Saibamos corrigir o nosso próximo, quando o exija a caridade e a sua salvação eterna.
5º - O Menino Jesus perdido e achado no templo. Aqueles anciãos estavam maravilhados com a sabedoria de Jesus adolescente. Que todos os cristãos procuremos melhorar a nossa formação doutrinal, para que em todos cresça o conhecimento e amor a Deus.

Para ler, meditar e partilhar! Obrigado e até amanhã, se Deus quiser!

Com amizade,
P. Gonçalo Portocarrero de Almada

As bem-aventuranças… Felizes os não-felizes

«Na sua estrutura linguística e especulativa elas são paradoxos. Escolhemos somente uma para que o paradoxo surja em toda a sua drasticidade, “Bem-aventurados que sofrem” (Mt 5,4). Para sublinhar o paradoxo podemos traduzi-la assim: Bem-aventurados os que não são arrebatados pela felicidade. Nas bem-aventuranças o termo “bem-aventurado” não tem semanticamente nada a ver com palavras como “feliz” ou “bem”. De facto, aquele que sofre não se sente “bem”. “Felizes os não-felizes”, assim seria necessário traduzir para fazer sobressair todo o paradoxo».

(Joseph Ratzinger - “Olhar para Cristo”)