Uma proposta diária de oração pessoal e familiar.
26º Dia. Segunda-feira da oitava da Páscoa, 13 de Abril de 2020.
Meditação da Palavra de Deus (Mt 28, 8-15)
“Disse-lhes então Jesus: ‘Não temais. Ide avisar os meus irmãos que partam para a Galileia. Lá Me verão”.
O Senhor tinha dito: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque todo aquele que pede, recebe; o que busca, encontra; e ao que bate, se lhe abrirá” (Lc 11, 9-10).
É verdade que aquelas santas mulheres supunham que Jesus ainda se encontrava no sepulcro, o que parece indicar que ainda não acreditavam na sua ressurreição, não obstante as três vezes que o Senhor anunciara que, ao terceiro dia, ressuscitaria. Mas Jesus, da mesma forma como perdoou a tripla negação de Pedro e os pecados do bom ladrão, também releva a falta de fé destas mulheres, porque sabe que O procuram por amor. Elas, ao contrário da quase totalidade dos seus apóstolos e discípulos, tinham permanecido a Seu lado, na hora da sua morte na Cruz.
Em tempos de fake news, eis um boato com mais de dois mil anos: os “guardas foram à cidade participar aos príncipes dos sacerdotes tudo o que tinha acontecido. Estes reuniram-se com os anciãos e, depois de terem deliberado, deram aos soldados uma soma avultada de dinheiro, com esta recomendação: ‘Dizei: Os discípulos vieram de noite roubá-lO, enquanto nós estávamos a dormir’. Se isto chegar aos ouvidos do governador, nós o convenceremos e faremos que vos deixem em paz’. Eles receberam o dinheiro e fizeram como lhes tinham ensinado. Foi este o boato que se divulgou entre os judeus, até ao dia de hoje.”
Diz a sabedoria popular que a mentira tem perna curta, ou que é mais fácil apanhar um mentiroso do que um coxo. Com efeito, como advertiu Santo Agostinho: “Astúcia miserável! Apresentas testemunhas adormecidas?! Verdadeiramente estás a dormir tu mesmo ao imaginar semelhante explicação” (Enarrationes in Psalmos, 63, 15).
Até ao final dos tempos, a mentira, arma principal do inimigo de Deus por antonomásia, que Jesus chamou mentiroso e pai da mentira (Jo 8, 44), se oporá à verdade, que é o próprio Cristo Nosso Senhor. Seguindo o conselho do apóstolo Paulo, saibamos sempre dizer a verdade com caridade (cf. Ef 4, 15).
Intenções para os mistérios gozosos do Santo Rosário de Nossa Senhora:
1º - A anunciação do Anjo a Nossa Senhora. O Anjo não temeu que Maria não aceitasse a sua mensagem. Que todos os ministros da Igreja proclamem, sem medo nem respeitos humanos, a Boa Nova do Evangelho!
2º - A visitação de Nossa Senhora a sua prima Santa Isabel. Maria, ao receber a revelação da vinda tão esperada do Messias, foi, com pressa, anunciá-la a sua prima. Que todos os cristãos anunciem Cristo, com a sua vida e palavra, aos seus familiares e amigos!
3º - O nascimento de Jesus em Belém. Diz São João, no prólogo do seu Evangelho, que “o Verbo veio para o que era seu e os seus não O receberam” (Jo 1, 11). Rezemos por todos os que se opõem à verdade que é Cristo Nosso Senhor.
4º - A apresentação de Jesus no templo e a purificação de Nossa Senhora. Simeão não teve medo de anunciar que Cristo seria “sinal de contradição” e que uma espada trespassaria o coração de sua Mãe. Saibamos corrigir o nosso próximo, quando o exija a caridade e a sua salvação eterna.
5º - O Menino Jesus perdido e achado no templo. Aqueles anciãos estavam maravilhados com a sabedoria de Jesus adolescente. Que todos os cristãos procuremos melhorar a nossa formação doutrinal, para que em todos cresça o conhecimento e amor a Deus.
Para ler, meditar e partilhar! Obrigado e até amanhã, se Deus quiser!
Com amizade,
P. Gonçalo Portocarrero de Almada