Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

19 Jan 16h - Porto - Lançamento "Reacção em cadeia" Elina Morais Neves - Centro Cultural Carvalhosa


Não abandonem a palavra de Deus para seguir a da moda

Na homilia desta sexta-feira na Missa na Capela da Casa de Santa Marta o Papa Francisco partindo do Primeiro Livro de Samuel refletiu sobre a passagem em que os Chefes do Povo pedem a Samuel, já de idade avançada, de estabelecer para eles um novo rei, pretendendo, de facto, auto-governarem-se. Naquele momento – segundo o Papa Francisco – o povo rejeitou Deus, não só não ouve a Palavra mas rejeita o próprio Deus. E o Santo Padre sublinha a frase reveladora deste distanciamento proferida pelos anciãos de Israel: ‘queremos um Deus Juiz para sermos iguais aos outros povos’. Assim, rejeitam o Deus do Amor, rejeitam a eleição e procuram o caminho da mundanidade, como também hoje acontece com muitos cristãos – afirmou o Papa Francisco:
“A normalidade da vida exige do cristão fidelidade à sua eleição e a não vendê-la para andar em direção a uma uniformidade mundana. Esta é a tentação do povo e também a nossa. Tantas vezes, esquecemos a Palavra de Deus, aquilo que nos diz o Senhor e pegamos a palavra que está mais na moda? Mesmo aquela da telenovela está na moda, podemos pegar nela, é mais divertida!”

“A tentação vem e endurece o coração e quando o coração é duro, quando o coração não é aberto, a Palavra de Deus não pode entrar. Jesus dizia àqueles de Emaús: ‘Homens sem inteligência e lentos de coração!’ Tinham coração duro, não podiam perceber a Palavra de Deus. E a mundanidade amolece o coração, mas mal: nunca é uma coisa boa o coração mole! O bom é o coração aberto à Palavra de Deus, que a recebe. Como a Nossa Senhora, que meditava todas as coisas no seu coração, diz o Evangelho. Receber a palavra para não nos distanciarmos da eleição.

O Papa Francisco concluiu a sua homilia pedindo ao Senhor que nos dê docilidade espiritual para termos o nosso coração aberto à Palavra de Deus para superarmos os nossos egoísmos:“Peçamos a graça de superá-los e peçamos a graça da docilidade espiritual, ou seja, de abrir o coração à Palavra de Deus e não fazer como fizeram aqueles nossos irmãos, que fecharam o coração porque se afastaram de Deus e há muito tempo não sentiam e não percebiam a Palavra de Deus. O Senhor nos dê a graça de um coração aberto para receber a Palavra de Deus e para meditá-la sempre. E dali tomar o verdadeiro caminho.” (RS)

Fonte: 'news.va')

Vídeo da ocasião em italiano

"Evangelii Gaudium" (52)

A unidade prevalece sobre o conflito
226. O conflito não pode ser ignorado ou dissimulado; deve ser aceitado. Mas, se ficamos encurralados nele, perdemos a perspectiva, os horizontes reduzem-se e a própria realidade fica fragmentada. Quando paramos na conjuntura conflitual, perdemos o sentido da unidade profunda da realidade.

227. Perante o conflito, alguns limitam-se a olhá-lo e passam adiante como se nada fosse, lavam-se as mãos para poder continuar com a sua vida. Outros entram de tal maneira no conflito que ficam prisioneiros, perdem o horizonte, projectam nas instituições as suas próprias confusões e insatisfações e, assim, a unidade torna-se impossível. Mas há uma terceira forma, a mais adequada, de enfrentar o conflito: é aceitar suportar o conflito, resolvê-lo e transformá-lo no elo de ligação de um novo processo. «Felizes os pacificadores» (Mt 5, 9)!

228. Deste modo, torna-se possível desenvolver uma comunhão nas diferenças, que pode ser facilitada só por pessoas magnânimas que têm a coragem de ultrapassar a superfície conflitual e consideram os outros na sua dignidade mais profunda. Por isso, é necessário postular um princípio que é indispensável para construir a amizade social: a unidade é superior ao conflito. A solidariedade, entendida no seu sentido mais profundo e desafiador, torna-se assim um estilo de construção da história, um âmbito vital onde os conflitos, as tensões e os opostos podem alcançar uma unidade multifacetada que gera nova vida. Não é apostar no sincretismo ou na absorção de um no outro, mas na resolução num plano superior que conserva em si as preciosas potencialidades das polaridades em contraste.

229. Este critério evangélico recorda-nos que Cristo tudo unificou em Si: céu e terra, Deus e homem, tempo e eternidade, carne e espírito, pessoa e sociedade. O sinal distintivo desta unidade e reconciliação de tudo n’Ele é a paz. Cristo «é a nossa paz» (Ef 2, 14). O anúncio do Evangelho começa sempre com a saudação de paz; e a paz coroa e cimenta em cada momento as relações entre os discípulos. A paz é possível, porque o Senhor venceu o mundo e sua permanente conflitualidade, «pacificando pelo sangue da sua cruz» (Col 1, 20). Entretanto, se examinarmos a fundo estes textos bíblicos, descobriremos que o primeiro âmbito onde somos chamados a conquistar esta pacificação nas diferenças é a própria interioridade, a própria vida sempre ameaçada pela dispersão dialéctica. Com corações despedaçados em milhares de fragmentos, será difícil construir uma verdadeira paz social.

230. O anúncio de paz não é a proclamação duma paz negociada, mas a convicção de que a unidade do Espírito harmoniza todas as diversidades. Supera qualquer conflito numa nova e promissora síntese. A diversidade é bela, quando aceita entrar constantemente num processo de reconciliação até selar uma espécie de pacto cultural que faça surgir uma «diversidade reconciliada», como justamente ensinaram os Bispos da República Democrática do Congo: «A diversidade das nossas etnias é uma riqueza. (…) Só com a unidade, a conversão dos corações e a reconciliação é que poderemos fazer avançar o nosso país».

O legado de uma menina falecida que está comovendo o mundo

Os pais de Taylor Smith acharam consolo depois da morte de sua menina numa carta que ela escreveu em abril do ano passado para ser lida por ela mesma dentro de dez anos. O caso deu a volta ao mundo nas últimas horas mas, poucos órgãos de informação têm reparado na profunda mensagem de amor e confiança em Deus.

Taylor tinha 12 anos e morreu por uma pneumonia no dia 5 de janeiro passado. Uns dias depois deste trágico facto, seus pais encontraram um envelope no seu quarto com esta indicação: “Confidencial. Somente para os olhos de Taylor Smith a menos que se diga o contrário. Não abrir até 13-4-23”.

Na nota, Taylor propõe-se a concluir seus estudos e a emendar os erros e atrasos nos estudos académicos que possa ter feito. “Felicitações por concluir o ensino médio! Se não o fez, regresse e siga tentando. Consiga este diploma!”. Além disso, recorda seu desejo de ser advogada e pergunta-se “Se estivermos na universidade, O que estamos estudando?”.

Taylor evoca na carta a primeira viagem de missões que realizou e interpela-se a si mesmo sobre sua fé. “Falando nisso, como está sua relação com Deus? Você tem rezado, adorado, lido a Bíblia, ou ido servir ao Senhor recentemente? Se não, levanta-te e faça-o AGORA!”.

“Não me importa em que ponto de nossa vida estejamos agora, faça-o! Ele (Jesus) foi burlado, golpeado, torturado e crucificado por ti. Um homem sem pecado, que nunca fez nada mal a você nem a outra pessoa alguma”, escreveu para seu “futuro eu” a menina.

Seus pais, Tim e Ellen sofrem a dor da morte de sua filha, mas sabem que “era a hora de Deus” para a pequena Taylor.

“Ele a amava mais do que ninguém podia amá-la, tanto como para dizer ´Vem comigo´. Muitos se perguntarão por que é tão fácil para um pai que perdeu a sua filha dizer algo assim em vez de acusar Deus ou odiá-lo, mas o único que posso dizer é que é fácil para mim confiar em Deus agora porque minha menina confiava nele”, disse Tim à imprensa local.

Falando a vários orgãos de imprensa sobre o comovedor caso de Taylor, Tim assegurou que “agora estou ainda mais decidido a descobrir a vontade de Deus, porque agora que vejo um brilho do que é a vontade de Deus, agora que vê quanta gente está sendo transformada pelo que está havendo, sei que que a vida de uma única pessoa mudasse, Taylor teria dito que valeu a pena".

"Ela é um perfeito exemplo do que é amar Deus e amar os outros. Ela ensinou-me como Deus ama, não via nada do exterior, ela só olhava no interior e no que era o melhor para os outros”.

"A esperança que Taylor compartilhou na sua carta é o que ela teria querido compartilhar com o mundo. Assim, como seu pai, sinto que é o mínimo que posso fazer para honrá-la, compartilhar sua carta com o mundo para que o amor de Deus e a esperança encontrada em Jesus, a mesma esperança que ela encontrou, estenda-se a vós”, assegurou.

(Fonte: 'ACI Digital' com adaptação)

«Que devo eu fazer para alcançar a vida eterna?»

Para que esta vida tenha êxito, eu tenho por meio dela de ir ao encontro da vida eterna, tenho de reflectir no facto de que Deus pensou para mim uma tarefa no mundo e que um dia me há-de perguntar o que fiz da minha vida. Hoje muitos afirmam que o pensamento da vida eterna impede os homens de fazer o que está certo neste mundo. Mas o oposto é que é verdade. Se perdermos de vista o critério de Deus, o critério da eternidade, como linha de orientação não fica senão o egoísmo.

(Joseph Ratzinger - 'Olhar para Cristo' excerto Homilia sobre Lucas 10, 25-37 – I)

Jesus Cristo o Todo

«Ao dar-nos, como nos deu, o seu Filho, que é a sua Palavra – e não tem outra – (Deus) disse-nos tudo ao mesmo tempo e de uma só vez nesta Palavra única e já nada mais tem para dizer. [...] Porque o que antes disse parcialmente pelos profetas, revelou-o totalmente, dando-nos o Todo que é o seu Filho. E por isso, quem agora quisesse consultar a Deus ou pedir-Lhe alguma visão ou revelação, não só cometeria um disparate, mas faria agravo a Deus, por não pôr os olhos totalmente em Cristo e buscar fora d'Ele outra realidade ou novidade».

(São João da Cruz - Subida del monte Carmelo 2, 22, 3-5)

«A fé cristã não pode aceitar “revelações” que pretendam ultrapassar ou corrigir a Revelação de que Cristo é a plenitude. É o caso de certas religiões não-cristãs, e também de certas seitas recentes, fundadas sobre tais «revelações».

(Catecismo da Igreja Católica § 67)

Vendo Jesus a fé daqueles homens, disse ao paralítico: «Filho, os teus pecados estão perdoados.»

Papa Francisco 
Encíclica «Lumen fidei / A luz da fé», § 57 (trad. © Libreria Editrice Vaticana)


O sofrimento recorda-nos que o serviço da fé ao bem comum é sempre serviço de esperança que nos faz olhar em frente, sabendo que só a partir de Deus, do futuro que vem de Jesus ressuscitado, pode a nossa sociedade encontrar alicerces sólidos e duradouros. Neste sentido, a fé está unida à esperança, porque, embora a nossa morada aqui na terra se vá destruindo, há uma habitação eterna que Deus já inaugurou em Cristo, no seu corpo (cf 2 Cor 4,16ss). Assim, o dinamismo de fé, da esperança e da caridade (cf. 1Tes 1,3; 1 Cor 13,13) faz-nos abraçar as preocupações de todos os homens, no nosso caminho rumo àquela cidade, «cujo arquitecto e construtor é o próprio Deus» (Heb 11,10), porque «a esperança não engana» (Rm 5,5).

Unida à fé e à caridade, a esperança projecta-nos para um futuro certo, que se coloca numa perspectiva diferente relativamente às propostas ilusórias dos ídolos do mundo, mas que dá novo impulso e nova força à vida de todos os dias. Não deixemos que nos roubem a esperança, nem permitamos que esta seja anulada por soluções e propostas imediatas que nos bloqueiam no caminho, que «fragmentam» o tempo transformando-o em momentos. O tempo é sempre superior aos momentos, iluminando-os e transformando-os em elos de uma cadeia, de um processo; o espaço cristaliza os processos, ao passo que o tempo projecta para o futuro e impele a caminhar na esperança.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 17 de janeiro de 2014

Passados alguns dias, Jesus entrou outra vez em Cafarnaum, e soube-se que Ele estava em casa. Juntou-se muita gente, de modo que não se cabia, nem mesmo à porta. E Ele pregava-lhes a Palavra. Nisto chegaram alguns conduzindo um paralítico que era transportado por quatro homens. Como não pudessem levá-lo junto d'Ele por causa da multidão, descobriram o tecto na parte debaixo da qual estava Jesus e, tendo feito uma abertura, desceram o leito em que jazia o paralítico. Vendo Jesus a fé daqueles homens, disse ao paralítico: «Filho, são-te perdoados os pecados». Estavam ali sentados alguns escribas que diziam nos seus corações: «Como é que Ele fala assim? Ele blasfema. Quem pode perdoar pecados senão Deus?». Jesus, conhecendo logo no Seu espírito que eles pensavam desta maneira dentro de si, disse-lhes: «Porque pensais isto nos vossos corações? O que é mais fácil dizer ao paralítico: “São-te perdoados os pecados” ou dizer: “Levanta-te, toma o teu leito e anda”? Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder de perdoar os pecados, - disse ao paralítico -: Eu te ordeno: Levanta-te, toma o teu leito e vai para a tua casa». Imediatamente ele se levantou e, tomando o leito, retirou-se à vista de todos, de maneira que se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: «Nunca vimos coisa semelhante».

Mc 2, 1-12