Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 3 de janeiro de 2015

«Caindo de joelhos, prostraram-se diante dele»

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja 
1º sermão para a  Epifania


O desígnio de Deus não foi apenas descer à terra, mas ser nela conhecido; não foi nascer, apenas, mas dar-Se a conhecer. De facto, é com vista a esse conhecimento que celebramos a Epifania, esse grande dia da sua manifestação. Hoje mesmo, de facto, os magos vieram do Oriente em busca do nascer do Sol da Justiça (Mal 3,20), Esse de Quem se diz: «Eis o homem, cujo nome é Oriente» (Za 6,12). Hoje adoraram o Menino nascido da Virgem, seguindo a direcção traçada por uma nova estrela. Temos pois aqui, irmãos, um grande motivo  de alegria, como aliás também nas palavras do apóstolo Paulo: «A bondade de Deus nosso Salvador e o seu amor pelos homens foram-nos manifestadas» (Tt 3,4). […]

Que fazeis, magos, que fazeis? Adorais um Menino de colo, envolto em faixas miseráveis, num pobre casebre? Será Ele Deus? Mas «Deus mora no seu templo santo, o Senhor tem o seu trono nos céus» (Sl 10,4), e vós, vós procurai-Lo assim num qualquer estábulo, uma criança de colo? Que fazeis? Porque ofereceis esse ouro? Será este o rei? Mas onde está a sua corte real, o seu trono, a multidão dos seus cortesãos? Acaso um estábulo é um palácio, acaso uma manjedoura é um trono, serão Maria e José membros da sua corte? Como podem os homens ser tolos a ponto de adorar uma simples criança, um ser desprezível, quer pela sua pouca idade, quer pela evidente pobreza de seus pais?

Loucos, sim, tornaram-se loucos, para serem sábios; o Espírito Santo ensinou-lhes primeiro o que o apóstolo Paulo mais tarde proclamou: «Aquele que quer ser sábio torne-se louco para ser sábio. Pois já que o mundo, por meio da sua sabedoria, não conseguiu reconhecer Deus na sua Sabedoria divina, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação» (1 Cor 1,21). […] Prostaram-se portanto diante daquela humilde criança, prestando-Lhe homenagem como a um rei, adorando-O como um Deus. Aquele que de longe os guiou através de uma estrela fez brilhar a sua luz no mais fundo dos seus corações.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 4 de janeiro de 2015 (Solenidade da Epifania do Senhor)

Tendo nascido Jesus em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que uns Magos vieram do Oriente a Jerusalém, dizendo: «Onde está o rei dos Judeus, que acaba de nascer? Porque nós vimos a Sua estrela no Oriente e viemos adorá-l'O». Ao ouvir isto, o rei Herodes turbou-se, e toda a Jerusalém com ele. E, convocando todos os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo, perguntou-lhes onde havia de nascer o Messias. Eles disseram-lhe: «Em Belém de Judá, porque assim foi escrito pelo profeta: “E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que apascentará Israel, Meu povo”». Então Herodes, tendo chamado secretamente os Magos, inquiriu deles cuidadosamente acerca do tempo em que lhes tinha aparecido a estrela; depois, enviando-os a Belém, disse: «Ide, informai-vos bem acerca do Menino, e, quando O encontrardes, comunicai-mo, a fim de que também eu O vá adorar». Tendo ouvido as palavras do rei, eles partiram; e eis que a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles, até que, chegando sobre o lugar onde estava o Menino, parou. Vendo novamente a estrela, ficaram possuídos de grandíssima alegria. Entraram na casa, viram o Menino com Maria, Sua mãe, e, prostrando-se, O adoraram; e, abrindo os seus tesouros ofereceram-Lhe presentes de ouro, incenso e mirra. Em seguida, avisados em sonhos por Deus para não tornarem a Herodes, voltaram para a sua terra por outro caminho.

Mt 2, 1-12

«O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo»

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa 
As Bodas do Cordeiro, 14/09/1940


No Apocalipse, o apóstolo São João escreveu: «Eis o que eu vi: em frente do trono […] havia um Cordeiro, que se mantinha de pé e que estava como que imolado» (Ap 5,6). Enquanto contemplava esta visão, uma lembrança se mantinha bem viva nele: a do dia inesquecível em que, na margem do Jordão, João Baptista tinha designado Jesus como «o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo». […]

Mas porque tinha o Senhor escolhido o cordeiro como seu símbolo por excelência? Porque Se mostrava ainda sob esse aspecto no trono eterno da glória? Porque era inocente como um cordeiro e humilde como um cordeiro e porque tinha vindo para ser levado ao matadouro como um cordeiro (Is 53,7). Também isto tinha o Apóstolo São João contemplado quando o Senhor deixara que Lhe atassem as mãos no Jardim das Oliveiras e Se deixara pregar na cruz no Golgotha. No Golgotha, fora consumado o verdadeiro sacrifício da reconciliação. Os sacrifícios antigos tinham perdido a sua força e, tal como o antigo sacerdócio, acabaram logo que o Templo foi destruído. Tudo isto tinha sido vivenciado por São João. Esta foi a razão pela qual ele não estranhou ver o Cordeiro no trono. […]

Como o Cordeiro devia ser morto para ser elevado ao trono da glória, também para todos os que são escolhidos para «o banquete das bodas do Cordeiro» (Ap 19,9) o caminho para a glória passa pelo sofrimento e pela cruz. Os que querem unir-se ao Cordeiro devem deixar-se pregar com Ele na cruz. Todos os que são marcados com o sangue do Cordeiro (cf Ex 12,7) – todos os baptizados – são chamados a isso; mas nem todos entendem a chamada e nem todos O seguem.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo»

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja 
Homilias sobre o evangelho de João, nº 18


«Eis o Cordeiro de Deus», diz João Baptista. Jesus não fala: é João, o Percursor, quem diz tudo. Também entre nós aquele que se casa tem por costume agir assim: não diz nada à noiva, mas apresenta-se e mantém-se em silêncio. Há outros que o anunciam e o apresentam à esposa; quando ela aparece, não é o esposo que a toma, mas recebe-a das mãos de outro. Mas, depois de a ter recebido de outro, liga-se-lhe de tal modo, que ela já não se lembra daqueles que deixou para o seguir. Foi o que se passou com Jesus Cristo: Ele veio desposar a natureza humana, mas nada disse de Si mesmo: apresentou-Se apenas. Foi João, o amigo do Esposo (cf Jo 3,29), que colocou na Sua mão a mão da Esposa — por outras palavras, o coração dos homens, a quem persuadiu através da pregação. Então, Jesus Cristo recebeu-os e cumulou-os de tantos bens, que nunca mais voltaram para aquele que os tinha enviado. […]

João é o único a apresentá-Lo ao povo; uma vez que só ele estava presente nas núpcias com a Igreja, recebeu o título de «amigo do Esposo». Foi ele, na verdade, quem tudo fez; olhando para o Messias que passava, disse: «Eis o Cordeiro de Deus.» Mostrou assim que não era apenas com a voz, mas também com os olhos, que dava testemunho dele. João admirava o Filho de Deus e, ao contemplá-Lo, o seu coração vibrava de alegria. A princípio, não abriu a boca para pregar a respeito dele; limitou-se a admirá-Lo, espantado. Assim deu a conhecer o dom que Jesus trouxe ao mundo, de acordo com o sentido da palavra «cordeiro». João não disse: «tirará» ou «tirou» mas «É Aquele que tira o pecado do mundo»: não o faz apenas no momento da sua Paixão, mas sempre. Ofereceu-Se uma vez em sacrifício pelos pecados do mundo mas, através dessa oblação, purifica para sempre a consciência dos homens pecadores.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 3 de Janeiro de 2015

No dia seguinte João viu Jesus, que vinha ter com ele, e disse: «Eis o Cordeiro de Deus, eis O que tira o pecado do mundo. Este é Aquele de Quem eu disse: Depois de mim vem um homem que é superior a mim, porque era antes de mim, eu não O conhecia, mas vim baptizar em água, para Ele ser reconhecido em Israel». João deu este testemunho: «Vi o Espírito descer do céu em forma de pomba e repousou sobre Ele. Eu não O conhecia, mas O que me mandou baptizar em água, disse-me: Aquele sobre quem vires descer e repousar o Espírito, esse é O que baptiza no Espírito Santo. Eu O vi, e dei testemunho de que Ele é o Filho de Deus».

Jo 1, 29-34