Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Dialogar

“Mesmo na prisão, há a possibilidade de rezar, de dialogar com Aquele que nos salva”

(Audiência em 12/III/2008 – Bento XVI)

São Paulo - II

Juventude e formação judaico-helenística

Nasceu em Tarso na Cilícia, cidade comercial e com alto nível cultural, onde passou a meninice e para onde voltou várias vezes mesmo depois da sua conversão. Era da tribo de Benjamim e ardoroso fariseu. Nas suas Epístolas chamava-se Paulo (Paulos), mas parece que antes da sua conversão preferia chamar-se Saulo (Shaúl): ter dois nomes, grego ou latino e hebraico, foi corrente entre os Judeus daqueles tempos moradores nos domínios do Império Romano. Em Actos é chamado Saulo até Act 13,9; a partir desse passo é chamado de Paulo. Em Tarso deve ter recebido educação normal de um filho de família remediada nas províncias helénicas do Império Romano. No seu epistolário mostra dominar o grego koiné como língua nativa, falada e escrita: tem grande facilidade de linguagem e expressão, mas não se preocupa com empregar expressões académicas. Desde jovem deve ter sido muito afeiçoado às provas atléticas, pois são frequentes as comparações e a linguagem atléticas para ilustrar a doutrina espiritual. Deve ter adquirido uma ampla cultura geral literária, filosófica e das religiões do mundo pagão. Mas não mostra interesse algum pelas descrições de paisagem e monumentos, que tantas vezes teve ocasião de contemplar.
Juntamente com essa formação que podemos chamar de helenística e humanística, sendo ainda jovem foi para Jerusalém, provavelmente para se formar como rabino; frequentou a escola de Gamaliel, é um dos famosos rabinos do seu tempo, e seguiu com paixão as doutrinas dos Fariseus. Provavelmente na sinagoga de Tarso tinha-se iniciado no conhecimento da língua sagrada hebraica, que dominou com perfeição na sua estada em Jerusalém, assim como o dialecto aramaico palestinense. Como era costume entre os rabinos, São Paulo exerceu um ofício: fabricante de tendas de campanha, skenopoiós, termo que pode designar também alguns dos ofícios subsidiários de tal artesanato, como correeiro ou tecelão de lonas.
Durante os seus estudos rabínicos em Jerusalém, provavelmente pouco depois da morte de Nosso Senhor, mostra-se decidido perseguidor dos Cristãos e toma a iniciativa de estender tal perseguição entre os bairros Judeus de Damasco.

(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – Introdução às Cartas de São Paulo – Vida de São Paulo – pág. 425-427) Continua