Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 26 de dezembro de 2021

Hino à Sagrada Família (Breviário)

Venturosa luz celeste,
Dos homens suma esperança:
Eis o Salvador do mundo
Nascendo simples criança.
Maria, cheia de graça,
Ao casto seio O sustenta:
Sorrindo, o Verbo divino
Do seu leite Se alimenta.
Glorioso patriarca,
Sois guarda do Filho Eterno:
Escutais da sua boca
O doce nome paterno.
Eis a Família Sagrada
Entre todas escolhida:
Nasceu em humilde casa
A fonte da eterna vida.
No meio de vós floresce
O Sol da graça divina:
Sois das famílias humanas
Um clarão que as ilumina.
Glória ao Pai omnipotente
E ao Espírito que nos guia;
Glória a Jesus que obedece
A José e a Maria
O lux beáta caélitum
et summa spes mortálium,
Iesu, cui doméstica
arrísit orto cáritas;
María, dives grátia,
o sola quae casto potes
fovére Iesum péctore,
cum lacte donans óscula;
Tuque ex vetústis pátribus
delécte custos Vírginis,
dulci patris quem nómine
divína Proles ínvocat:
De stirpe Iesse nóbili
nati in salútem géntium,
audíte nos, qui súpplices
ex corde vota fúndimus.
Qua vestra sedes flóruit
virtútis omnis grátia,
hanc detur in domésticis
reférre posse móribus.
Iesu, tuis oboédiens
qui factus es paréntibus,
cum Patre summo ac Spíritu
semper tibi sit glória. Amen.


Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José

A liturgia desta festa propõe-nos a família de Jesus como exemplo e modelo das nossas comunidades familiares… Como a família de Jesus – diz-nos a liturgia deste dia – as nossas famílias devem viver numa atenção constante aos desafios de Deus e às necessidades dos irmãos.

O Evangelho põe-nos diante da Sagrada Família de Nazaré apresentando Jesus no Templo de Jerusalém. A cena mostra uma família que escuta a Palavra de Deus, que procura concretizá-la na vida e que consagra a Deus a vida dos seus membros. Nas figuras de Ana e Simeão, Lucas propõe-nos também o exemplo de dois anciãos de olhos postos no futuro, capazes de perceber os sinais de Deus e de testemunhar a presença libertadora de Deus no meio dos homens.

A segunda leitura sublinha a dimensão do amor que deve brotar dos gestos dos que vivem “em Cristo” e aceitaram ser “Homem Novo”. Esse amor deve atingir, de forma muito especial, todos os que connosco partilham o espaço familiar e deve traduzir-se em determinadas atitudes de compreensão, de bondade, de respeito, de partilha, de serviço.

A primeira leitura apresenta, de forma muito prática, algumas atitudes que os filhos devem ter para com os pais… É uma forma de concretizar esse amor de que fala a segunda leitura.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Do presépio à cruz

Bento XVI 
Angelus de 26/12/2006


No dia após a solenidade do Natal, celebramos a festa de Santo Estêvão, diácono e primeiro mártir. À primeira vista a proximidade […] com o nascimento do Redentor pode-nos surpreender, porque é tocante o contraste entre a paz e a alegria de Belém e o drama de Estêvão. […] Na realidade, o aparente desacordo é superado se considerarmos mais profundamente o mistério do Natal. O Menino Jesus, deitado na gruta, é o Filho único de Deus que Se fez homem. Ele salvará a humanidade morrendo na cruz. Agora vemo-Lo envolvido em panos no presépio; depois da sua crucificação será novamente envolvido por faixas e colocado no sepulcro. Não é por acaso que a iconografia natalícia representava, por vezes, o Menino divino colocado num pequeno sarcófago, para indicar que o Redentor nasce para morrer, nasce para dar a vida em resgate por todos (Mc 10,45).

Santo Estêvão foi o primeiro que seguiu os passos de Cristo com o martírio; morreu, como o divino Mestre, perdoando e rezando pelos seus algozes (At 7, 60). Nos primeiros quatro séculos do cristianismo, todos os santos venerados pela Igreja eram mártires. Trata-se de uma multidão inumerável, a que a liturgia chama «o cândido exército dos mártires». […] A sua morte não incutia receio nem tristeza, mas entusiasmo espiritual, que suscitava sempre novos cristãos. Para os crentes, o dia da morte, e ainda mais o dia do martírio, não é o fim de tudo, mas a «passagem» para a vida imortal, o dia do nascimento definitivo, em latim «dies natalis». Compreende-se então o vínculo que existe entre o «dies natalis» de Cristo e o «dies natalis» de Santo Estêvão. Se Jesus não tivesse nascido na terra, os homens não teriam podido nascer no Céu. Precisamente porque Cristo nasceu, nós podemos «renascer»!

Santo Estêvão ofereceu a vida ao Menino Jesus, como quem Lhe oferece ouro

Bem perto do Salvador recém-nascido, encontramos Santo Estêvão. O que foi que valeu este lugar de honra àquele que foi o primeiro a prestar ao Crucificado o testemunho do sangue? Em seu ardor juvenil, ele realizou aquilo que o Senhor declarou ao entrar neste mundo: «Deste-Me um corpo. Eis-Me aqui, para fazer a Tua vontade» (Heb 10, 5-7). Ele praticou a obediência perfeita, que mergulha as suas raízes no amor e se exterioriza no amor.

Seguiu os passos do Senhor naquilo que é mais difícil, por natureza e para o coração humano, naquilo que parece mesmo ser impossível; tal como o próprio Salvador, cumpriu o mandamento do amor aos inimigos. O Menino que está na manjedoura, que veio cumprir a vontade de Seu Pai até à morte na cruz, vê em espírito, diante de Si, todos aqueles que hão de segui-Lo por esse caminho. Ele ama este jovem, que será o primeiro a ser colocado junto ao trono do Pai, com a palma na mão. Aquela mãozinha aponta-no-lo como modelo, como se dissesse: Vede o ouro que espero de vós.

Santa Teresa-Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, co padroeira da Europa
Meditação para o dia 6 de Janeiro de 1941