Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 20 de setembro de 2014

Programa de Metodologia de Estudo 2014/2015 - APCD Lisboa


«Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos»

Fra. Agustí BOADAS Llavat OFM (Barcelona, Espanha)

Hoje, a Palavra de Deus nos convida a perceber que a "lógica" divina vai muito além da lógica meramente humana. Enquanto nós homens calculamos («Pensando que iam receber mais»: Mt 20,10), Deus ?que é Pai entranhável? simplesmente, ama («Ou estás com inveja porque estou sendo bom?»: Mt 20,15).) E a medida do Amor é não ter medida: «Amo porque amo, amo para amar» (São Bernardo).

Mas isso não torna a justiça inútil: «Eu pagarei o que for justo» (Mt 20,4). Deus não é arbitrário e quer nos tratar como filhos inteligentes: por isso é lógico que tenha ?acordos? connosco. De fato, em outros momentos, os ensinamentos de Jesus deixam claro que quem recebe mais também será mais exigido (lembremos da parábola dos talentos). Enfim, Deus é justo, mas a caridade não se desentende da justiça, mas sim, a supera. (cf. 1Cor 13,5).

Um ditado popular afirma que «a justiça por justiça é a pior das injustiças». Felizmente para nós, a justiça de Deus - repitamos, transbordante de seu Amor - supera nossos esquemas. Se unicamente se tratasse de estrita justiça, nós, então, estaríamos pendentes de redenção. Além disso, não teríamos nenhuma esperança de redenção. Em justiça estrita não mereceríamos nenhuma redenção: simplesmente, ficaríamos despossuídos daquilo que se nos tinha dado no momento da criação e que rejeitamos no momento do pecado original. Examinemo-nos, portanto, como agimos nos julgamentos, comparações e cálculos quando tratamos os demais.

Além disso, se falarmos de santidade, temos que partir da base de que tudo é graça. A mostra mais clara é o caso de Dimas, o bom ladrão. Inclusive a possibilidade de merecer diante de Deus, é também uma graça (algo que nos é concedido gratuitamente). Deus é o amo, nosso «proprietário que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha» (Mt 20,1). A vinha (quer dizer, a vida, o céu...) é dele; nós somos convidados, e não de qualquer maneira: é uma honra poder trabalhar aí e, assim ?ganhar? o céu.

(Fonte: Evangeli.net)

O Evangelho de Domingo dia 21 de setembro de 2014

«O Reino dos Céus é semelhante a um pai de família que, ao romper da manhã, saiu a contratar operários para a sua vinha. Tendo ajustado com os operários um denário por dia, mandou-os para a sua vinha. Tendo saído cerca da terceira hora, viu outros, que estavam na praça ociosos, e disse-lhes: “Ide vós também para a minha vinha, e dar-vos-ei o que for justo”. Eles foram. Saiu outra vez cerca da hora sexta e da nona, e fez o mesmo. Cerca da undécima, saiu, e encontrou outros que estavam sem fazer nada, e disse-lhes: “Porque estais aqui todo o dia sem trabalhar?”. Eles responderam: “Porque ninguém nos contratou”. Ele disse-lhes: “Ide vós também para a minha vinha”. «No fim da tarde, o senhor da vinha disse ao seu feitor: “Chama os operários e paga-lhes o salário, começando pelos últimos até aos primeiros”. Tendo chegado os que tinham ido à hora undécima, recebeu cada qual um denário. Chegando também os primeiros, julgaram que haviam de receber mais; porém, tam eles receberam um denário cada um. Mas, ao receberem, murmuravam contra o pai de família, dizendo: “Estes últimos trabalharam somente uma hora, e os igualaste connosco, que suportamos o peso do dia e o calor”. Porém, ele, respondendo a um deles, disse: “Amigo, eu não te faço injustiça. Não ajustaste comigo um denário? Toma o que é teu, e vai-te. Eu quero dar também a este último tanto como a ti. Ou não me é lícito fazer dos meus bens o que quero? Porventura o teu olho é mau porque eu sou bom?”. Assim os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos».

Mt 20, 1-16

«Não sereis vós a falar, mas o Espírito do vosso Pai é que falará por vós»

São Vicente de Paulo (1581-1660), presbítero, fundador de comunidades religiosas 
Conversa de 21/03/1659

Nosso Senhor Jesus Cristo pede-nos a simplicidade duma pomba, que consiste em dizer as coisas com simplesmente, tal como as pensamos, sem reflexões inúteis, e agir com franqueza, sem disfarces nem artifícios, olhando só para Deus; para isso, cada um de nós esforçar-se-á por fazer tudo nesse mesmo espírito de simplicidade, lembrando-se de que Deus gosta de Se comunicar aos simples e de lhes revelar os Seus segredos, que esconde aos sábios e aos entendidos do mundo (Mt 11,25). Mas, ao mesmo tempo que Jesus nos recomenda a simplicidade das pombas, manda-nos ser prudentes como as serpentes, o que é uma virtude que nos faz falar e agir com descrição. [...]

Quando disse aos apóstolos que os enviava como ovelhas para o meio dos lobos, Nosso Senhor disse-lhes que tinham de ser simultaneamente prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Depois acrescentou: «Tende cuidado com os homens: hão-de entregar-vos aos tribunais [...]  por Minha causa. [...] Mas, quando vos entregarem, não vos preocupeis com o que haveis de dizer». Fala em primeiro lugar da prudência e depois da simplicidade; a primeira é para irem como ovelhas para o meio dos lobos, onde corriam o risco de ser maltratados. «Sede, pois prudentes» diz-lhes, «estai atentos e, no entanto, sede simples». «Tende cuidado com os homens»: cuidai de vós segundo a prudência; mas, se fordes levados à presença dos juízes, não vos preocupeis com o que haveis de dizer. É isto a simplicidade. Vede como Nosso Senhor une as duas virtudes de forma que as pratiquemos nas mesmas ocasiões; recomenda-nos que as usemos igualmente e faz-nos ver que a prudência e a simplicidade ligam bem uma com a outra, quando são bem entendidas.

Falar de Deus


«... a primeira condição para falar de Deus é falar com Deus»

(Bento XVI à Conf. Episcopal Italiana em 24.05.2012)

«Deu fruto centuplicado»

São Basílio (c. 330-379), monge e bispo de Cesareia, na Capadócia, doutor da Igreja 
Homilia 6, sobre as riquezas; PG 31, 262ss


Tu és o servidor do Deus santo, um gestor para benefício dos teus companheiros de serviço. Não penses que todos os bens que possuis se destinam ao teu consumo. […] Imita a terra, homem: dá frutos como ela; não sejas mais duro que a matéria inanimada. A terra não amadurece os seus frutos para usufruir deles, mas para te ser útil. E és tu que recolhes os frutos da tua generosidade, porque a recompensa pelas boas acções recai sobre aqueles que as praticam. Se deste de comer ao faminto, aquilo que deste volta para ti com juros.

Assim como o grão lançado à terra dá frutos para o semeador, também o pão estendido ao faminto te dará, mais tarde, um lucro imenso. Assim pois, o tempo das colheitas na terra é tempo para semeares no alto: «Fazei sementeiras de justiça» (Os 10,12). Porque te preocupas? Para quê essa inquietação e essa pressa em encerrar o teu tesouro dentro da argamassa e dos tijolos? «O bom nome é mais desejável que as muitas riquezas» (Pr 22,1).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 20 de setembro de 2014

Tendo-se juntado uma grande multidão de povo e, tendo ido ter com Ele de diversas cidades, disse Jesus esta parábola: «Saiu o semeador a semear a sua semente; ao semeá-la, uma parte caiu ao longo do caminho; foi calcada e as aves do céu comeram-na. Outra parte caiu sobre pedregulho; quando nasceu, secou, porque não tinha humidade. A outra parte caiu entre espinhos; logo os espinhos, que nasceram com ela, a sufocaram. Outra parte caiu em terra boa; depois de nascer, deu fruto centuplicado». Dito isto, exclamou: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça!». Os Seus discípulos perguntaram-Lhe o que significava esta parábola. Ele respondeu-lhes: «A vós é concedido conhecer o mistério do reino de Deus, mas aos outros ele é anunciado por parábolas; para que “vendo não vejam, e ouvindo não entendam”. Eis o sentido da parábola: A semente é a palavra de Deus. Os que estão ao longo do caminho, são aqueles que a ouvem, mas depois vem o demónio e tira a palavra do seu coração para que não se salvem crendo. Os que estão sobre pedregulho, são os que, quando a ouvem, recebem com gosto a palavra, mas não têm raízes; por algum tempo acreditam, mas no tempo da tentação voltam atrás. A que caiu entre espinhos, representa aqueles que ouviram a palavra, porém, indo por diante, ficam sufocados pelos cuidados, pelas riquezas e pelos prazeres desta vida, e não dão fruto. Enfim, a que caiu em terra boa, representa aqueles que, ouvindo a palavra com o coração recto e bom, a conservam e dão fruto com a sua perseverança.

Lc 8, 4-15