Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Requiem de Mozart - Lacrimosa - Karl Böhm - Filarmónica de Viena

Morreu Maria José Nogueira Pinto

Maria José Nogueira Pinto morreu nesta quarta-feira, de cancro no pâncreas, aos 59 anos. Era deputada à Assembleia da República eleita como quinta candidata na lista pelo círculo de Lisboa do PSD.

Embora já gravemente debilitada pela doença, participou ainda na sessão parlamentar que elegeu a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, a 21 de Junho.

O corpo está em câmara ardente na capela de sua casa, ao cimo do Jardim do Campo Grande, no Lumiar, em Lisboa. Esta quarta-feira, às 22h, realiza-se uma missa de corpo presente. O cortejo fúnebre parte esta quinta-feira à tarde de Lisboa para a aldeia À-dos-Negros, em Óbidos, onde o funeral se realiza no cemitério local, às 18h. 

Nascida em Lisboa, a 23 de Março de 1952, Maria José Pinto da Cunha de Avillez Nogueira Pinto, era filha de Luís Maria de Avilez de Almeida de Melo e Castro e de Maria José de Melo Breyner Pinto da Cunha e irmã da jornalista Maria João Avillez e da especialista em moda e imagem Maria Assunção Avillez. Era casada, desde 1972, com o jurista Jaime Nogueira Pinto, que conheceu na Faculdade de Direito, e mãe de três filhos, um rapaz e duas raparigas.

Jurista de formação, Maria José Nogueira Pinto destacou-se na vida política como figura de Estado e dirigente partidária. Entrou para a política pela mão de Cavaco Silva, de quem foi uma entusiasta apoiante até ao fim, tendo integrado a comissão de honra da sua recandidatura a Presidente da República, na campanha eleitoral do final do ano passado, altura em que já sabia estar doente.
Foi em 1991 que Maria José Nogueira Pinto entra na política activa e logo pela porta da governação, como subsecretária de Estado da Cultura. Acaba por demitir-se em 1993, em ruptura com Pedro Santana Lopes, então secretário de Estado e por causa do conhecido “Caso da Pala do Sporting”, em que se sente desautorizada.

Isto porque, depois de ela ter interditado o Estádio de Alvalade para servir de palco a concertos musicais, por insegurança da estrutura, nomeadamente da “pala” de uma bancada, Santana entra em acordo com o Clube. O Sporting compromete-se a fazer obra e os espectáculos são autorizados. 

Logo então se percebe que Maria José Nogueira Pinto não teme a ruptura política, preza a sua autonomia e não se submete a directivas partidárias com que não concorda. Regressa à vida civil como Consultora da Fundação Gulbenkian (1993-95) e transitando depois para presidente da Fundação para a Saúde. O regresso a uma área de actuação que conhecera entre 1988 e 1991, ao presidir à administração da Maternidade Alfredo da Costa.

Passados três anos, nas legislativas de Outubro de 1995, é eleita deputada independente por Lisboa nas listas do CDS, então já liderado por Manuel Monteiro. Faz parte de um grupo de personalidades que inovam e refundam o partido.

Polémica sobre o aborto

É neste mandato parlamentar, que cumpre até 1999, que se distingue na vida parlamentar e política, sobretudo nos dois últimos anos, em que lidera a bancada do CDS. O seu estilo culto e contundente, a sua agilidade política e a forma educada mas desassombrada como dirigia o grupo parlamentar e se relacionava com os outros partidos, marcaram então os trabalhos parlamentares. Destacou-se então o protagonismo com que desempenhava o cargo e as relações que desenvolvia com todos, desde o presidente da Assembleia, António de Almeida Santos, ao líder parlamentar do PCP, Octávio Teixeira.

Foi nesse mandato parlamentar que se jogou o seu maior protagonismo político. E aconteceu em torno das discussões sobre a despenalização do aborto e nomeadamente no contexto da campanha do primeiro referendo, realizado em 1998. Foi Maria José Nogueira Pinto a primeira subscritora de um projecto lei que acabou por chumbar, mas que condicionou todo o debate posterior: o projecto de lei que propunha o reconhecimento pelo Estado da Entidade Jurídica do Embrião.

A questão não era tanto a de saber se um feto podia tirar bilhete de identidade, como foi ironizado à época, mas a de lançar o debate sobre quando começa a vida humana. Ou seja, dar argumentos morais e culturais aos defensores do “não” à despenalização. Por isso, Maria José Nogueira Pinto foi vista então como uma das grandes vencedoras da vitória do “não” no referendo. Ruptura com o CDS

Mas se o sucesso parlamentar foi marcante, o mesmo não aconteceu no CDS, a que aderiu em 1996. Quando Manuel Monteiro sai, em 1998, Maria José Nogueira Pinto disputa a liderança com Paulo Portas, num congresso em que começou por garantir que até ganhava “ao Rato Mickey” e que acabou por perder, depois de acesos debates e rupturas, como a que teve com Lobo Xavier, a quem disse do palco do Congresso a famosa e ainda hoje enigmática frase: “Você sabe que eu sei que você sabe que eu sei…”

A eleição de Paulo Portas como líder leva ao seu afastamento do CDS. Com novo Governo de maioria do PSD e do CDS, liderado por Durão Barroso, Maria José Nogueira Pinto volta aos cargos públicos na área social, em 2002, indo dirigir a Misericórdia de Lisboa, de que fora adjunta da Mesa e Provedora interina entre 1986-88. Um mandato que faz, também aqui de forma destacada, criando projectos inovadores no acompanhamento de idosos e no acolhimento de crianças.

O seu rompimento definitivo com o CDS virá mais tarde. Em 2005 aceita deixar a Misericórdia para se candidatar pelo CDS à Câmara de Lisboa. É eleita vereadora ficando responsável pela Habitação Social.

Mas mais uma vez a sua relação com Paulo Portas atravessou-se na sua relação com o CDS. O regresso de Portas à liderança do CDS leva à ruptura. O clima de agressividade que a ruptura atingiu, leva-a mesmo a acusar o deputado do CDS, Hélder Amaral, de a ter agredido fisicamente. Depois diria que provavelmente entendeu mal o gesto que olhou como agressão como um simples agarrar de braço que então a magoou.

A ruptura com o CDS aproxima-a de novo do PSD. Em 2009, é convidada pela então líder, Manuela Ferreira Leite, para se candidatar pelo PSD em Lisboa. Maria José Nogueira Pinto volta ao Parlamento e logo de início volta a marcar com o seu estilo assertivo e contundente, de quem não teme afrontar adversários. Num famoso debate na Comissão de Saúde vira-se para o deputado do PS, Ricardo Gonçalves, acusando-o de “palhaço” e de “deputado inimputável”.

Reeleita pelo PSD no passado dia 5 de Junho, cumpriu, enquanto conseguiu o seu mandato.

(Fonte: ‘Público’)

A Palavra de Deus permanece - O resto passará e ser-nos-á tirado

Durante o Angelus de domingo 18 de Julho de 2010 Bento XVI falou das férias como tempo de escuta

A Palavra de Deus é eterna e dá sentido ao nosso agir quotidiano: "o resto passará e ser-nos-á tirado". Dirigindo-se aos fiéis reunidos em Castelgandolfo para o Angelus de domingo 18 de Julho, Bento XVI recordou a importância de aproveitar o momento das férias para ouvir a Palavra de Deus.

Queridos irmãos e irmãs!

Já estamos a meio do Verão, pelo menos no hemisfério boreal. Este é o período no qual as escolas estão fechadas e se concentra a maior parte das férias. Também as actividades pastorais das paróquias são reduzidas, e eu próprio suspendi durante um período as audiências. Este é portanto um momento favorável para dar o primeiro lugar ao que efectivamente é mais importante na vida, ou seja, a escuta da Palavra do Senhor. Recorda-no-lo também o Evangelho deste domingo, com o célebre episódio da visita de Jesus à casa de Marta e Maria, narrado por São Lucas (10, 38-42).

Marta e Maria são duas irmãs; têm também um irmão, Lázaro, que contudo neste caso não comparece. Jesus passa pela sua aldeia e diz o texto Marta hospeda (cf. 10, 38). Este pormenor dá a entender que, das duas, Marta é a mais idosa, a que governa a casa. De facto, depois de Jesus ter entrado, Maria senta-se aos seus pés e ouve-o, enquanto Marta andava atarefada com muitos serviços, certamente devidos ao Hóspede extraordinário. Parece que vemos a cena: uma irmã que anda toda atarefada, e a outra como que raptada pela presença do Mestre e das suas palavras. Um pouco depois Marta, evidentemente ressentida, não resiste mais e protesta, sentindo-se até no direito de criticar Jesus: "Senhor, não se Te dá que a minha irmã me deixe só a servir? Diz-lhe, pois, que me venha ajudar". Marta pretenderia até ensinar o Mestre! Mas Jesus, com grande calma, responde: "Marta, Marta e este nome repetido exprime afecto andas inquieta e perturbada com muitas coisas; mas uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada" (10, 41-42). A palavra de Cristo é claríssima: nenhum desprezo pela vida activa, nem muito menos pela generosa hospitalidade; mas uma chamada clara ao facto de que a única coisa deveras necessária é outra; ouvir a Palavra do Senhor; e o Senhor naquele momento está ali, presente na Pessoa de Jesus! Tudo o resto passará e ser-nos-á tirado, mas a Palavra de Deus é eterna e dá sentido ao nosso agir quotidiano.

Queridos amigos, como dizia, esta página do Evangelho adapta-se como nunca ao tempo das férias, porque recorda o facto de que a pessoa humana deve trabalhar, comprometer-se nas ocupações domésticas e profissionais, mas antes de tudo precisa de Deus, que é a luz interior de Amor e de Verdade. Sem amor, até as actividades mais importantes perdem valor, e não dão alegria. Sem um significado profundo, todo o nosso fazer reduz-se a um activismo estéril e desorganizado. E quem nos dá o Amor e a Verdade, a não ser Jesus Cristo? Portanto, aprendamos a ajudar-nos uns aos outros, a colaborar, mas antes ainda a escolher juntos a parte melhor, que é e será sempre o nosso maior bem.

(© L'Osservatore Romano - 24 de Julho de 2010)

Oração pelo descanso, durante as merecidíssimas férias, de Bento XVI

Ó Imaculada Rainha e Mãe da Igreja,
que sempre protegeste com o Teu manto os Romanos Pontífices,
nós de coração cheio de amor pelo Vosso Filho Jesus Cristo Nosso Senhor,
vos rogamos que por Vossa intercessão protejais e concedeis o merecido repouso
ao nosso amadíssimo sucessor de Pedro e Vigário do Vosso Filho na terra, Bento,
no período de férias que ora inicia.

Querida Mãe,
Ajudai vos suplicamos, o Santo Padre a carregar o peso da enormíssima responsabilidade que recai sobre os seu ombros, para que nos continue a guiar na firmeza da Fé e no amor à Santíssima Trindade e à Igreja fundada pela Sua Segunda Pessoa, Aquele que imaculada e carinhosamente trouxeste no Vosso ventre.

Assim seja!


JPR

DEUS NUNCA FAZ FÉRIAS DE NÓS

Ali sentado, de frente para o mar, iniciava as suas férias.

Olhou para o alto e disse baixinho:
- Senhor, agora estou de férias e por isso vou também abrandar o meu ritmo de oração diária.
Sabes, levanto-me mais tarde, vou para a praia, quero estar assim sem pensar em nada, sem me preocupar com nada.
Perdoa-me, mas eu sei que Tu me entendes.

Deixou-se ficar assim e passado um pouco estranhou não sentir no coração aquela sensação de resposta de Deus, que sempre sentia mais ou menos “visível” quando a Ele se dirigia em oração.

Passado um pouco mais de tempo, começou mesmo a ficar preocupado, pois parecia-lhe que a presença constante de Deus a seu lado, que ele sentia mesmo “sem sentir”, ou seja, uma presença inexplicável, mas segura, continuava a não se fazer presente.

Baixou a cabeça e baixinho perguntou:
- Senhor, Tu estás aí?

Nada!
Nem sequer uma leve sensação de presença se sentiu no seu ser, no seu coração.

Voltou a perguntar, num tom já um pouco mais alto:
- Senhor, Tu estás aí, não estás?

Nada, rigorosamente nada!
Começou a ficar angustiado! Aquilo nunca lhe tinha acontecido!

Sem se preocupar se alguém o ouvia, gritou:
- Senhor, responde-me! Estás aí, não estás?

Ouviu então uma voz no seu coração que lhe dizia:
- Chamaste? Passa-se alguma coisa?

Aliviado respondeu:
- Não, Senhor, não se passa nada! É que fiquei preocupado, pois chamava por Ti e Tu não me respondias! Senti-me tão sozinho!

Ouviu então a resposta com a ternura a que estava habituado:
- Ah, estavas preocupado, desculpa.
É que como decidiste fazer férias de Mim, Eu achei que também era bom fazer umas férias de Ti e dedicar-me um pouco mais aos outros, por isso não te ouvi chamar!

Graças a Deus, que Deus nunca faz férias de nós, se não ficaríamos tão sós que a vida não teria sentido.
Não façamos nós também férias de Deus, mas aproveitemos as férias, para no descanso darmos graças a Deus e na contemplação da natureza, no lazer e nos divertimentos, encontrarmos Deus e com Ele partilharmos todos esses momentos.
Aproveitemos também as férias para estarmos mais com a família e sobretudo chamarmos Deus a estar ainda mais connosco, em família.
Obrigado, Senhor, porque nunca fazes férias de nós.

Nota:
Com este leve e simples texto inicio um período de semi-férias, em que a minha presença aqui poderá não ser tão assídua.
A todos umas boas férias sempre com Deus, para Deus e em Deus

Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/07/deus-nunca-faz-ferias-de-nos.html

O Papa vai transferir-se para Castelgandolfo. Suspensas as audiências gerais que retomarão a 3 de Agosto

Bento XVI prepara-se para deixar Roma, transferindo-se para Castelgandolfo onde vai passar um período de repouso. A transferência será na tarde desta quinta feira. Portanto a partir de hoje e durante o inteiro mês de Julho estão suspensas as audiências gerais das quartas feiras que retomarão no dia 3 de Agosto próximo. O Papa presidirá regularmente aos domingos a recitação do Angelus no Palácio Apostólico de Castelgandolfo

(Fonte: Rádio Vaticano)

Portugal deve sair da «armadilha» das agências de notação financeira, diz Manuela Silva. Economista critica austeridade imposta em nome de uma «moral hipócrita»

A economista Manuela Silva, uma das promotoras da denúncia apresentada na justiça portuguesa contra as três maiores agências de «rating», considera que estas instituições de notação financeira são uma “armadilha”.
Num comentário publicado no blogue «Areia dos dias», do grupo «Economia e Sociedade» da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), Manuela Silva sublinha que “as instituições financeiras e as suas guardas avançadas, as agências de rating, continuam a impor aos governos endividados o caminho estreito e sem saída da austeridade, sob a capa de uma moral hipócrita”.

Esta terça-feira, a Moody’s, uma das visadas pelo pedido de inquérito na Procuradoria-Geral da República (PGR), cortou a avaliação de Portugal para «Ba2», uma classificação equivalente a «lixo», sublinhando o risco de o país não conseguir cumprir as metas orçamentais do acordo com a ‘troika’ [Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional].

Para Manuela Silva “há que sair desta ‘armadilha’ o mais depressa possível, começando por questionar a própria dívida, a sua natureza, legitimidade (e, em alguns casos, ilegalidade) e sustentabilidade”.

A partir daí, acrescenta, o país deve “traçar novos rumos para um desenvolvimento humano que mobilize os recursos endógenos e os aplique em melhorar as condições e a qualidade de vida das pessoas e promover o bem-estar coletivo e a coesão social”.

Em Portugal, 11770 pessoas já subscreveram a petição «A Relevância das Agências de Rating e o Risco de Abuso de Posição Dominante», cujo texto da petição foi entregue, no último dia 11 de abril, na PGR com pedido de inquérito contra as agências de notação financeira Moody’s, Fitch e Standard & Poor's.

O rating constitui uma avaliação/opinião sobre a capacidade e vontade de uma entidade vir a cumprir de forma atempada e na íntegra determinadas responsabilidades

Manuela Silva, antiga presidente da CNJP, deixa ainda críticas às “medidas recentemente anunciadas pelo Governo de corte nos rendimentos de trabalho (eliminação de metade do subsídio de Natal, enquanto parte integrante da remuneração do trabalho)” e ao “previsto aumento do IVA (com incidência na redução do poder de compra)”.

Para a especialista, estas opções “vão, inevitavelmente, acelerar o caminho para a recessão económica e, por essa via, não só se traduzirão em agravamento do desemprego e em reduções cegas no nível de vida de indivíduos e famílias, como diminuirão as potenciais receitas do Estado”.

Sobre a mesma matéria, o jornalista Francisco Sarsfield Cabral, especialista em assuntos económicos e políticos, considera que o primeiro –ministro Pedro Passos Coelho “contrariou, é certo, uma anterior afirmação sua, a de que, se fosse precisa mais receita fiscal iria buscá-la aos impostos sobre o consumo”, mas deu “um sinal de determinação e de capacidade de reação rápida”.

Em texto publico na mais recente edição do semanário Agência ECCLESIA, intitulada «Mudar de Vida», este especialista destaca que “o programa do Governo revela algum cariz liberal na economia – algo de saudar, num país tão agarrado à sombra protetora do Estado e onde a promiscuidade entre política e negócios se banalizou”.

“O grande desafio deste Governo é, reduzindo o défice das contas do Estado para as metas a que o país se comprometeu, relançar o crescimento económico”, conclui Sarsfield Cabral.

(Fonte: Rádio Vaticano)

“A oração deve enraizar-se na alma”

A verdadeira oração, a que absorve todo o indivíduo, não a favorece tanto a solidão do deserto como o recolhimento interior. (Sulco, 460)

O caminho que conduz à santidade é o caminho da oração; e a oração deve enraizar-se a pouco e pouco na alma, como a pequena semente que se tornará mais tarde árvore frondosa.

Começamos com orações vocais, que muitos de nós repetimos desde crianças: são frases ardentes e simples, dirigidas a Deus e à Sua Mãe, que é nossa Mãe. De manhã e à tarde, não um dia, mas habitualmente, ainda renovo aquele oferecimento que os meus pais me ensinaram: Ó Senhora minha, ó minha mãe, eu me ofereço todo a Vós. E, em prova da minha devoção para convosco, Vos consagro neste dia os meus olhos, os meus ouvidos, a minha boca, o meu coração... Não será isto, de algum modo, um princípio de contemplação, uma demonstração evidente de confiante abandono? Que dizem aqueles que se querem, quando se encontram? Como se comportam? Sacrificam tudo o que são e tudo o que possuem pela pessoa que amam.

Primeiro uma jaculatória, e depois outra e outra... Até que parece insuficiente esse fervor, porque as palavras se tornam pobres...: e abrem-se as portas à intimidade divina, com os olhos postos em Deus sem descanso e sem cansaço. Vivemos então como cativos, como prisioneiros. Enquanto realizamos com a maior perfeição possível, dentro dos nossos erros e limitações, as tarefas próprias da nossa condição e do nosso ofício, a alma anseia escapar-se. Vai até Deus como o ferro atraído pela força do íman. Começa-se a amar Jesus de forma mais eficaz, com um doce sobressalto. (Amigos de Deus, 295–296)

São Josemaría Escrivá

Última cartada

Nem as eleições, nem a mudança de executivo, nem a apresentação de um programa de Governo marcado pela determinação de não só cumprir mas ir mais além nos requisitos impostos pelo acordo assinado com a Troika, nem a impopularidade do imposto extraordinário sobre o rendimento. Nada, absolutamente nada evitou que a Moddys descesse, em quatro níveis, a notação de risco atribuída a Portugal para a temível designação de “lixo”.

É verdade que, de concreto, as medidas anunciadas passam sobretudo pelo novo aumento de carga fiscal enquanto os cortes de despesa se ficam ainda pelas intenções mas há muitos sinais de mudança simplesmente ignorados.

Não é novo. As agências de rating parecem insaciáveis. Já o tinham sido com a Grécia e com excepção do pequeno grupo de economistas que decidiu afrontá-las, em tribunal, acusando-as de agentes de especulação, a verdade é que assistimos à tragédia grega com indiferente passividade. Habituámo-nos à inevitabilidade de viver com elas.

O mundo global precisa destas agências que são uma espécie de sinaleiros a indicar aos investidores estrangeiros onde podem investir as respectivas poupanças ,onde devem ou não aplicá-las. A Moddys diz-lhes agora que fujam de Portugal quando mais do que nunca precisamos que venham, apostem e confiem em nós.

E fazem-no ignorando , por exemplo, que 80% dos deputados deram o seu aval ao programa de austeridade em curso. É grande aí a diferença com a Grécia. E essa é provavelmente a última cartada que podemos jogar.

Ajudam as declarações como as de Francisco Assis, ontem, aqui na Renascença. Caberá agora mais do que nunca ao Governo garantir que o PS é chamado a partilhar a responsabilidade da Governação. Há ainda duas empresas de rating por convencer, mas o tempo foge.

Graça Franco

Fonte: Rádio Renascença

Bach - Sleepers wake

São Thomas More foi executado nesta data em 1535

“Morro um fiel servo do Rei, mas de Deus primeiro”. Terão sido estas as últimas palavras de São Tomás More, antes de ser decapitado. A frase traduz, lealmente, a vida deste político, que chegou a ser o braço direito de Henrique VIII e que teria tido uma carreira ainda mais frutuosa, se tivesse fechado os ouvidos ao brado da sua própria consciência.

Nascido em 1478, More destacou-se como erudito homem de letras. Contra a tendência do seu tempo, defendeu que a capacidade intelectual das mulheres era igual à dos homens e deu às suas filhas uma educação rigorosa e rica.

Nomeado chanceler em 1529, foi-se tornando um colaborador cada vez mais próximo do rei. Quando começaram a chegar às ilhas britânicas ecos das revoltas de Lutero contra a Igreja, More redigiu fortes e firmes defesas da Igreja Católica, em nome de Henrique VIII, posições que valeram ao rei o título “Defensor da Fé”, atribuído pelo Papa.

A conhecida polémica resultante da recusa por parte de Roma de reconhecer a anulação do casamento de Henrique VIII com Catarina de Aragão e o consequente afastamento do trono Inglês do poder Papal traduziram-se numa tensão terrível entre duas instituições pelas quais More sentia uma tremenda fidelidade.

O amor à Igreja falou mais alto. More recusou colaborar com as medidas anti-católicas de Henrique VIII. Absteve-se de participar na cerimónia de coroação de Ana Bolena e o Rei decidiu agir judicialmente.

Apresentaram-se falsos testemunhos e os juízes, entre os quais o pai, um irmão e um tio de Bolena, condenaram-no por alta traição.

Maria José Nogueira Pinto, que, enquanto política católica, cultiva um grande interesse e admiração pela figura deste santo, explica que o processo de More tem três vertentes importantes:

“É uma questão de consciência, mas é também o sacrifício de uma amizade, porque Thomas More e o rei tinham uma relação quase filial. E é, finalmente, uma questão de Estado, porque Thomas More percebe o que se está a passar e as repercussões de tudo aquilo que, aliás, ainda hoje se manifesta, no campo religioso”.

Para Maria José Nogueira Pinto, More é uma referência muito actual, porque “na política, continua a haver a tentação do caminho mais fácil. Uma visão pragmática, no pior sentido da palavra. Thomas More representa o oposto disso, elevando o respeito pelas convicções e pela consciência”.

Os relatos que nos chegaram dos seus últimos momentos referem que More manteve sempre a sua dignidade e até uma boa dose de humor. Quando lhe ofereceram ajuda para subir ao cadafalso aceitou, agradecido, mas logo adiantou: “Eu depois desço sozinho”.

A sua firmeza na defesa da fé valeu-lhe a canonização na Igreja Católica em 1935, tendo sido nomeado mais recentemente padroeiro dos políticos.

Filipe d’Avillez

(Fonte: ‘Página 1’, grupo Renascença na sua edição de 06.07.2010)

Passo-a-rezar.net (clique no título para ouvir uma meditação, o Evangelho do dia e respectiva meditação e reflectir. Obrigado!)

¿Aborto en caso de violación? Abortion in cases of Rape? - JMJ Young Answers WYD (legendado em português)

S. Josemaría nesta data em 1974

No Chile, uma jornalista faz-lhe uma pergunta sobre a intimidade com o Espírito Santo, a quem São Josemaría chama com frequência o Grande Desconhecido: “Na tua profissão, o Grande Desconhecido actua como em todas as profissões. Tu sentes, como eu sinto, a vacilação, a dúvida: posso ir para a direita, para a esquerda; posso falar disto ou calar-me. Eu noto-o perfeitamente, neste preciso momento. E tu também, quando escreves ou quando fazes uma reportagem, não é verdade? Pois, deixa-te conduzir pelo Espírito Santo. Decide-te pelo mais árduo, sempre que seja bom e nobre. E então seguirás o impulso do Espírito Santo, e Ele te ajudará, e serás uma boa jornalista, e farás muito bem às pessoas”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

«Pelo caminho, proclamai que o Reino do Céu está perto»

A todos os depositários do poder temporal, que vos pede a Igreja neste momento? [...] Ela não vos pede senão a liberdade. A liberdade de crer e de pregar a sua fé, a liberdade de amar e servir o seu Deus, a liberdade de viver e de levar aos homens a sua mensagem de vida. Não tenhais medo: ela é à imagem do seu Senhor, cuja acção misteriosa não lesa as vossas prerrogativas, mas cura todo o ser humano da sua fatal caducidade, transfigura-o, enche-o de esperança, de verdade e de beleza.

Deixai que Cristo exerça a Sua acção purificadora na sociedade. Não O crucifiqueis de novo: seria sacrilégio, porque é Filho de Deus, e seria suicídio, porque é filho do Homem. E a nós, seus humildes ministros, deixai-nos propagar por toda a parte, sem entraves, a boa nova do Evangelho da paz, que meditámos neste Concílio. Os vossos povos serão os primeiros beneficiários, porque a Igreja forma para vós cidadãos leais, amigos da paz e do progresso.

Neste dia solene em que encerra o seu XXI Concílio Ecuménico, a Igreja oferece-vos, pela nossa voz, a sua amizade, os seus serviços, as suas energias espirituais e morais. Ela dirige a vós todos a sua mensagem de salvação e de bênção. Acolhei-a tal qual ela vo-la oferece, com coração alegre e sincero, e levai-a a todos os vossos povos!

Concílio Vaticano II
Mensagem aos governantes

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Do Evangelho de hoje

Os nomes dos doze apóstolos são: O primeiro Simão, chamado Pedro, depois André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu e Tadeu; Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que foi quem O entregou. (Mt 10, 2-4)