Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Obrigado, Padre

Seguir de perto os passos de Cristo

A nossa condição de filhos de Deus levar-nos-á – insisto – a ter espírito contemplativo no meio de todas as actividades humanas – luz, sal e levedura, pela oração, pela mortificação, pela cultura religiosa e profissional –, fazendo realidade este programa: quanto mais dentro do mundo estivermos, tanto mais temos de ser de Deus. (Forja, 740)

Não contemplamos o mundo com um olhar triste. Talvez involuntariamente, prestaram um fraco serviço à catequese os biógrafos de santos que queriam encontrar a todo o custo coisas extraordinárias nos servos de Deus, logo desde os primeiros vagidos. (…)

Agora, com o auxílio de Deus, aprendemos a descobrir ao longo dos dias (aparentemente sempre iguais) spatium verae penitentiae, tempo de verdadeira penitência; e nesses instantes fazemos propósitos de emendatio vitae, de melhorar a nossa vida. Este é o caminho para nos predispormos à graça e às inspirações do Espírito Santo na alma. E com essa graça – repito – vem o gaudium cum pace, a alegria, a paz e a perseverança no caminho. (Cristo que passa, 9)

São Josemaría Escrivá

Presença do Senhor da história

"Ao oferecer-te aquela História de Jesus, pus como dedicatória: «Que procures a Cristo. Que encontres a Cristo. Que ames a Cristo». São três etapas claríssimas. Tentaste, pelo menos, viver a primeira?" (Caminho, 382)

A história humana é e será sempre uma história de salvação e é isto o que a Igreja celebra no ano litúrgico. As festas e tempos não são aniversários, uma mera repetição de alguns momentos históricos da vida do Senhor; são a celebração da sua presença, a actualização da salvação que o Padre, por Jesus Cristo, nos comunica no Espírito Santo.

A Constituição sobre a Sagrada Liturgia do Concílio Vaticano II apresenta o ano litúrgico com estas palavras: «A santa mãe Igreja considera seu dever celebrar, em determinados dias do ano, a memória sagrada da obra de salvação do seu divino Esposo» (Sacrosanctum Concilium, 102). Cada ano litúrgico é, pois, uma nova oportunidade de graça e de presença do Senhor da história na nossa própria história quotidiana, nos acontecimentos - também nos mais insignificantes - de cada dia.

Aquele que é o mesmo, que era e que será, vem a nós no tempo, aqui e agora, para viver o presente, o de cada um, com os seus irmãos os homens.
O ano litúrgico está impregnado pela presença de salvação do Senhor para que em cada tempo litúrgico -com as suas características concretas- os cristãos possamos ser mais semelhantes a Ele, não só no sentido moral de imitação, de mudança de costumes e de melhoramento na conduta, mas de verdadeira identificação sacramental - imediata - com a vida de Cristo. Assim, a nossa vida diária converte-se num culto agradável ao Pai por acção do Espírito (cfr. Rm 12, 1-2).

Já a partir dos primeiros séculos, à celebração dos mistérios de Cristo, a Igreja uniu a celebração da Virgem e do dia da passagem para casa do Pai dos mártires e dos santos. Com a sua vida, souberam dar testemunho da vida de Cristo, especialmente da Paixão, Morte, Ressurreição e Ascensão gloriosa ao Céu. Por isso ao longo do ano litúrgico são apresentados aos fiéis cristãos como exemplo de amor a Deus.

«Frequentemente, o Senhor fala-nos do prémio que nos ganhou com a sua Morte e Ressurreição. Vou preparar um lugar para vós. Depois que Eu tiver ido e vos tiver preparado um lugar, virei novamente e tomar-vos-ei comigo para que, onde eu estou, estejais vós também (Cfr. Jo XIV, 2-3). O Céu é a meta do nosso caminho terreno. Jesus Cristo precedeu-nos e ali, na companhia da Virgem e de S. José -a quem tanto venero- dos Anjos e dos Santos, aguarda a nossa chegada.» (Amigos de Deus, 220).

São Josemaria Escrivá

Christus natus est nobis (Cristo nasceu para nós)

Nos dias que se aproximam, gentes de quase todo o mundo desejam entre si paz e felicidade. Façamos nosso, uma vez mais, o cântico que ressoou no primeiro Natal: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados [13]. Nessa altura foram os anjos que o entoaram, agora cabe-nos a nós, aos cristãos, cantá-lo com o bom exemplo e com as nossas palavras de misericórdia e de perdão, com o nosso apostolado constante.

Peçamos a Deus que a violência seja vencida com a força do amor, a todos os níveis da existência. Que os desejos de bondade e de amor que as pessoas trocam nestes dias atravessem realmente todos os ambientes da vida quotidiana. Uma súplica que enviamos ao Céu, recorrendo à mediação materna de Maria Santíssima, recorrendo também à intercessão de S. José, de S. Josemaria e de todos os santos. A eles e a todos vós peço que se unam à minha incessante oração pela Igreja e pelo Papa, pela Obra e por cada um dos seus fiéis e cooperadores, por todo o mundo.

Quero partilhar convosco a minha alegria quando, na catedral de Moscovo, celebrei uma Missa solene em honra do Bem-Aventurado Álvaro del Portillo. Outra manifestação de agradecimento à Santíssima Trindade, que se uniu às muitas Missas de ação de graças celebradas noutras cidades dos cinco continentes.

Quero terminar impulsionando-vos a saborear o Christus natus est nobis da liturgia: Cristo nasceu para nós. Quanto nos ama Deus, que quer que vivamos continuamente n'Ele! Pedi à Sagrada Família pelas minhas intenções.

[13]. Lc 2, 14.

D. Javier Echevarría na carta do mês de dezembro de 2014
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

Ladainha Lauretana - Ladainha de Nossa Senhora