Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Consummati in unum

Aos que procuram a unidade, temos de colocá-los perante Cristo, que pede que estejamos consummati in unum, consumados na unidade. A fome de justiça deve conduzir-nos à fonte originária da concórdia entre os homens: ser e saber-se filhos do Pai, irmãos. (Cristo que passa, 157)

Pobre ecumenismo o que anda na boca de muitos católicos, que maltratam outros católicos! (Sulco, 643)

Uma vez disse ao Santo Padre João XXIII, movido pelo encanto afável e paterno do seu trato: “Santo Padre, na nossa Obra, todos os homens, católicos ou não, encontraram sempre um ambiente acolhedor: não aprendi o ecumenismo de Vossa Santidade”. Ele riu-se emocionado, porque sabia que, já desde 1950, a Santa Sé tinha autorizado o Opus Dei a receber como associados Cooperadores os não católicos e até os não cristãos.

São muitos, efectivamente – e entre eles contam-se pastores e até bispos das suas respectivas confissões –, os irmãos separados que se sentem atraídos pelo espírito do Opus Dei e colaboram nos nossos apostolados. E são cada vez mais frequentes – à medida que os contactos se intensificam – as manifestações de simpatia e de cordial entendimento, resultantes de os sócios do Opus Dei centrarem a sua espiritualidade no simples propósito de viver com sentido de responsabilidade os compromissos e exigências baptismais do cristão. O desejo de procurar a plenitude da vida cristã e de fazer apostolado, procurando a santificação do trabalho profissional; a vida imersa nas realidades seculares, respeitando a sua própria autonomia, mas tratando-as com espírito e amor de almas contemplativas; a primazia que na organização dos nossos trabalhos concedemos à pessoa, à acção do Espírito nas almas, ao respeito da dignidade e da liberdade que provêm da filiação divina do cristão. (Temas Actuais do Cristianismo, 22)

São Josemaría Escrivá

O DESCONFORTO de Hugo de Azevedo (Extraído do livro 'Poemas Imperfeitos')

Vento de Vncent Van Gogh
O desconforto do vento
o desconcerto do ar
o frio de fora a entrar
no guarda-vento do horto!
(Mas que estou eu a palrar
sem horto nem guarda-vento
só por o vento soprar
como é próprio deste tempo?)
É o desconforto do mar
é o frio vento da noite
é o lobo da noite a uivar
sobre mim como um açoite!
(Mas que estou eu a chorar
se o vento pára nos muros
e nem me chega a tocar
com os seus silvos escuros?)
É o desconforto dos outros
é o arrepio dos ramos
são animaizinhos mortos
é o tremerzinho dos canos
Coitado de quem, coitado
pela ventania vai
Tenho pena do coitado
como se fosse seu pai
Meu irmão que andas ao vento
gostava de estar contigo
Dava-te a minha amizade
que é sempre o melhor abrigo

Hugo de Azevedo