Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 22 de dezembro de 2019

O amor manifesta-se com factos

Vai até Belém, aproxima-te do Menino, baila com Ele, diz-lhe muitas coisas vibrantes, aperta-o contra o coração... Não estou a falar de infantilidades: falo de amor! E o amor manifesta-se com factos: na intimidade da tua alma, bem o podes abraçar! (Forja, 345)

É preciso ver o Menino, nosso Amor, no seu berço. Olhar para Ele, sabendo que estamos perante um mistério. Precisamos de aceitar o mistério pela fé, aprofundar o seu conteúdo. Para isso necessitamos das disposições humildes da alma cristã: não pretender reduzir a grandeza de Deus aos nossos pobres conceitos, às nossas explicações humanas, mas compreender que esse mistério, na sua obscuridade, é uma luz que guia a vida dos homens.

Ao falar diante do presépio sempre procurei ver Cristo Nosso Senhor desta maneira, envolto em paninhos sobre a palha da manjedoura, e, enquanto ainda menino e não diz nada, vê-Lo já como doutor, como mestre. Preciso de considerá-Lo assim, porque tenho de aprender d'Ele. E para aprender d'Ele é necessário conhecer a sua vida: ler o Santo Evangelho, meditar no sentido divino do caminho terreno de Jesus.

Na verdade, temos de reproduzir na nossa, a vida de Cristo, conhecendo Cristo à força de ler a Sagrada Escritura e de a meditar, à força de fazer oração, como agora estamos fazendo diante do presépio.

É preciso entender as lições que nos dá Jesus já desde menino, desde recém-nascido, desde que os seus olhos se abriram para esta bendita terra dos homens. Jesus, crescendo e vivendo como um de nós, revela-nos que a existência humana, a vida corrente e ordinária, tem um sentido divino. (Cristo que passa, 13–14)

São Josemaría Escrivá

Bom Domingo do Senhor!

Imitemos o Santo Patriarca José e atentos como ele fez ao escutar com total confiança o Anjo do Senhor (Mt 1, 18-24) façamos sempre o que ele nos pede mesmo quando momentaneamente não o entendemos.

Louvado seja Deus sempre pelos nossos atos e orações através da Virgem Santa Maria, os Seus Anjos e Santos!

O silêncio de José

«O silêncio de José não é sinal de um vazio interior, mas pelo contrário, da plenitude da fé que tem no seu coração e guia toda a sua acção. Um silêncio graças ao qual José, em uníssono com Maria, guarda a Palavra de Deus, conhecida através da Sagrada Escritura, confrontando-a a cada momento com a vida de Jesus; um silêncio feito de oração constante em que bendiz o Senhor, adora a sua vontade e manifesta uma confiança sem reservas na providência. Não será exagero pensar que terá com o seu "pai" José que Jesus aprendeu - em termos humanos - aquela sólida interioridade que constitui pressuposto da justiça autêntica... Deixemo-nos contagiar pelo silêncio de José! Precisamos tanto dele, neste mundo muitas vezes excessivamente ruidoso, onde não é possível o recolhimento para escutar a voz de Deus!»

(Bento XVI - Angelus 18.12.2005)

«E hão-de chamá-Lo Emanuel»

Santo Aelredo de Rielvaux (1110-1167), monge cisterciense 
Sermão 9, da Anunciação do Senhor


«Emanuel, que que quer dizer: “Deus connosco”.» Sim, Deus connosco! Até aqui era Deus acima de nós, Deus diante de nós, mas hoje Ele é «Emanuel». Hoje, Ele é Deus connosco na nossa natureza e connosco na sua graça; connosco na nossa fraqueza e connosco na sua bondade; connosco na nossa miséria e connosco na sua misericórdia; connosco por amor, connosco por laços de família, connosco por ternura, connosco por compaixão.

Deus connosco! Vós, filhos de Adão, não pudestes subir ao céu para encontrar Deus (Dt 30,12), mas Ele desceu do céu para ser Emanuel, Deus connosco; veio para nossa casa para ser Emanuel, Deus connosco, e nós esquecemo-nos de ir ter com Deus para estar com Ele. «Até quando, ó homens, sereis duros de coração? Porque amais a vaidade e procurais a mentira?» (Sl 4,3) Eis que chegou a Palavra viva e verdadeira: «Porque amais a vaidade?» Eis que chegou a Verdade: «Porque procurais a mentira?» Eis que chegou Deus connosco.

E como poderia Ele estar ainda mais comigo? Pequeno como eu, fraco, nu e pobre como eu, em tudo como eu, tomando do que é meu e dando-me do que é seu, a mim que jazia como morto, sem voz e sem sentidos, nem sequer a luz dos meus olhos. E eis que hoje desceu do céu este Homem tão grande, este «profeta poderoso em palavras e em obras» (Lc 24,19), que colocou o seu rosto sobre o meu, a sua boca sobre a minha, as suas mãos nas minhas mãos (2Rs 4,34) e Se fez Emanuel, Deus connosco!