Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Carta aos que não crêem

O jornal italiano "La Repubblica" publicou nesta quarta-feira uma longa carta do Papa Francisco na qual ele escreve aos que não crêem e lhes assegura que "Deus perdoa a quem obedece à sua própria consciência".

A carta de quatro páginas é uma resposta ao fundador do jornal, Eugenio Scalfari, que em vários artigos dirigia ao Pontífice algumas perguntas em nome daquele que como ele "não acreditam e não buscam a Deus".

“Devemos levar em consideração – e isso é algo fundamental - que a misericórdia de Deus não tem limites se nos dirigimos a Ele com o coração sincero e arrependido, a questão para quem não crê em Deus está em obedecer a sua própria consciência", responde assim Papa Francisco à pergunta de Scalfari sobre se o Deus dos cristãos perdoa a quem não crê. “O pecado, também para quem não tem fé, existe quando se vai contra a consciência”.

"Escutar e obedecer (à consciência) - explica Jorge Bergoglio - significa decidir diante do que se percebe como bem ou como mal. E sobre essa decisão está a bondade ou a maldade das nossas ações".

Sobre o tema da fé e laicidade que lhe havia proposto Scalfari, o Papa Francisco assegura que "chegou a hora de um diálogo aberto e sem preconceitos que reabra as portas para um sério e fecundo encontro".

O papa argentino responde a outros temas apresentados por Scalfari como se "é pecado ou um erro" crer que não existe "um absoluto" e sobre isso expressa que tão pouco para quem crê se possa falar de "verdade absoluta", pois "a verdade, segundo a fé cristã, é o amor de Deus por nós Jesus Cristo e portanto a verdade é uma relação".

"Cada um recebe a verdade e a expressa a partir de si mesmo, de sua historia, de sua cultura e da situação em que vive", acrescenta. Sobre si "com o desaparecimento do homem da terra, desaparecerá também o "pensamento capaz de pensar em Deus", Francisco responde que "a grandeza do homem é poder pensar em Deus", porém que "Deus não depende de nosso pensamento" e quando terminará a vida do homem sobre a terra "o homem não terminará de existir e, em um modo que não sabemos, tão pouco o universo criado com ele".

O Papa explica que "sem a Igreja" nunca teria encontrado Jesus e acrescenta que "o imenso dom da fé está conservado em recipientes de argila da nossa humanidade".

Bergoglio também fez referência aos "irmãos judeus" a quem assegura "eles conservaram sua fé em Deus e por isso nunca lhes será suficientemente agradecidos como Igreja e como humanidade".

O Papa Francisco termina sua carta assegurando que "a Igreja, apesar de toda sua lentidão, das infidelidades, dos erros e dos pecados que possa ter cometido, e que pode, todavia, cometer através daqueles que a compõem, não tem outro sentido que o de viver e dar testemunho de Jesus”. (SP)

(Fonte: 'news.va')


Eis o texto integral em italiano

O que faz uma mãe?

Foi uma Praça de São Pedro repleta de dezenas de milhares de peregrinos que acolheu nesta manhã o Papa Francisco para a audiência geral desta quarta-feira. O Santo Padre retomou as catequeses sobre a Igreja neste Ano da Fé. Começou por dizer que de entre as imagens que o Concílio Vaticano II escolheu para nos fazer perceber melhor a natureza da Igreja está aquela da Mãe: a Igreja é nossa Mãe na Fé. É esta uma das imagens mais usadas pelos Pais da Igreja nos primeiros séculos e, segundo o Papa Francisco, talvez possa ser útil também para nós. E, assim,o Santo Padre partiu da realidade da maternidade e perguntou: “o que faz uma mãe?”

“Em primeiro lugar, uma mãe gera a vida. Assim também faz a Igreja, que no batismo nos gera como filhos de Deus, nos gera na fé.” Ensina-nos a dizer “eu creio”, porque um cristão não é uma ilha e não é gerado em “laboratório”, pois a fé é um dom de Deus que nos é dado na Igreja e através da Igreja. E a Igreja dá-nos a vida na Fé no Batismo.

Foi neste momento que o Papa Francisco se dirigiu à multidão, perguntando quantos cristãos se lembravam da data do Batismo, recordando que esta é a data em que a “Igreja nos gerou”. E deu “uma tarefa” aos fiéis presentes, que, ao voltarem para casa, procurassem saber a data do próprio Batismo, para recordá-la no coração e festejá-la.

Além de dar a vida, uma mãe também nutre os seus filhos, dá-lhes educação e corrige-os. “Uma boa mãe ajuda os filhos a saírem de si mesmos, a não permanecerem comodamente sob as asas maternas, como uma ninhada de pintainhos sob as asas da galinha.”

“A Igreja, como boa mãe, faz a mesma coisa: acompanha o nosso crescimento, transmitindo a Palavra de Deus e administrando os sacramentos. Nutre-nos com a Eucaristia, oferece-nos o perdão de Deus e ampara-nos nos momentos de doença.”

Por último, o Papa Francisco lembrou que, ainda que a Igreja forme os cristãos, Ela também é formada por eles. “Ela não é diferente de nós mesmos, mas é vista como a totalidade dos fiéis: eu, tu, ele, nós somos parte da Igreja. “Às vezes – diz o Papa Francisco - , ouço: acredito em Deus, mas não na Igreja. Não acredito naquele padre. Mas a Igreja não são só os padres.”

Desta forma, o Papa Francisco reforçou a ideia da Igreja que somos: Todos iguais através do batismo! Desta forma, alguém que diz acreditar em Deus mas não acredita na Igreja... não acredita em si próprio, porque todos somos Igreja.

Dirigindo-se aos grupos presentes na Praça, o Papa saudou também os de língua portuguesa, de modo especial os brasileiros das Dioceses de Piracicaba, Serrinha e Colatina que se fizeram acompanhar pelos seus Bispos. (RS)

(Fonte: 'news.va. com adaptação de JPR)

Vídeo da ocasião em italiano

A “guerra” à guerra combate-se com a oração tudo indica que o Senhor nos ouviu e ao empenho e preces do Papa. Continuemos a rezar pela Paz!

https://twitter.com/jppreis

Amar o próximo

«É fácil amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado».

(Beata Madre Teresa de Calcutá)

«Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros; que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei. Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros»

(S. João 13, 34-35)

Rezar pelo próximo e a sua salvação

Como é importante a oração de uns pelos outros! Para além do desfecho histórico desta passagem, revela-se-nos aqui a grandeza da misericórdia divina. O Papa explica que, «com a sua oração, Abraão não invoca uma justiça meramente retributiva, mas uma intervenção de salvação que, tendo em consideração os inocentes, liberte da culpa inclusive os ímpios, perdoando-os». Também agora, como noutras épocas da história, o Senhor está disposto a converter os corações atendendo às súplicas dos seus amigos. Mas é preciso que cada uma e cada um reze mais, para que as almas voltem à amizade de Deus, e para que nós não nos afastemos. Como o nosso Padre (N, Spe Deus: S. Josemaría Escrivá) dizia, o problema é que «somos poucos a rezar e, os que rezamos, rezamos pouco».
(…)
Ele quer salvar os homens dos seus pecados, verdadeira causa de todos os males, mas respeita a liberdade das criaturas. Como no caso daquelas cidades pelas quais Abraão intercedeu, é necessária uma resposta mínima da parte dos homens: «para mudar o mal em bem, o ódio em amor e a vingança em perdão. Por isso, os justos devem estar dentro da cidade, e Abraão repete continuamente: “Talvez ali se encontrem...”». E o Papa sublinha que é«“ali” no interior da realidade doentia que deve existir aquele germe de bem que pode purificar e restituir a vida. É uma palavra dirigida também a nós: que nas nossas cidades se encontre o germe do bem; façamos tudo para que haja mais de dez justos, para fazer realmente viver e sobreviver as nossas cidades e para nos salvar desta amargura interior, que é a ausência de Deus».

Já não é a falta de um justo que pode impedir o efeito da misericórdia divina, porque esse justo existe: é Jesus, vencedor do pecado e da morte, que, no Céu, conserva a humanidade que assumiu,  e vive sempre para interceder por nós. Por isso, não hão-de faltar nunca os que, no meio do mundo, elevam constantemente as suas preces ao Céu, bem unidos a Jesus Cristo. E então, como afirma o Santo Padre, «a oração de cada homem encontrará a sua resposta, então cada uma das nossas intercessões será plenamente atendida»
(…)

D. Javier Echevarría Prelado do Opus Dei in carta do mês de Setembro de 2011

Gloria in Excelsis Deo - Cântico Mozarabic

«Felizes vós, os pobres»

São Leão Magno (?-c. 461), papa, doutor da Igreja 
Sermão 95; PL 54, 461


«Felizes os pobres de espírito porque é deles o reino dos céus» (Mt 5,3). Poderíamos perguntar-nos a que pobres quereria a Verdade referir-se se, ao dizer «Felizes os pobres», não tivesse acrescentado nada sobre o tipo de pobres de que falava. Pensar-se-ia então que, para merecer o Reino dos Céus, bastaria a indigência de que muitos sofrem devido a uma necessidade penosa e dura. Mas ao dizer: «Felizes os pobres de espírito», o Senhor mostra que o Reino dos Céus deve ser dado aos que são recomendados mais pela humildade da alma, do que pela penúria dos recursos.

No entanto, não podemos duvidar de que os pobres adquirem mais facilmente do que os ricos o bem que é esta humildade, pois a doçura é uma amiga da sua indigência, ao passo que o orgulho é o companheiro da opulência dos ricos. Porém, também se encontra entre muitos ricos esta disposição de alma que os leva a servirem-se da sua abundância, não para se encherem de orgulho, mas para praticarem a bondade, e que encaram como grande lucro o que gastaram para aliviar a miséria e a infelicidade dos outros. A todos os tipos e classes de homens é dada a oportunidade de participarem nesta virtude, porque podem ser simultaneamente iguais em intenção e desiguais em fortuna; e pouco importam as diferenças entre os recursos terrenos que encontramos entre os homens que são iguais em bens espirituais. Feliz esta pobreza que não está agrilhoada pelo amor das riquezas materiais; ela não deseja aumentar a sua fortuna neste mundo, antes aspira a tornar-se rica dos bens dos céus.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 11 de setembro de 2013

Levantando os olhos para os Seus discípulos, dizia: «Bem-aventurados vós os pobres, porque vosso é o reino de Deus. Bem-aventurados os que agora tendes fome, porque sereis saciados. Bem-aventurados os que agora chorais, porque haveis de rir. Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem, vos repelirem, vos carregarem de injúrias e rejeitarem o vosso nome como infame, por causa do Filho do Homem. Alegrai-vos nesse dia e exultai, porque será grande a vossa recompensa no céu. Era assim que os pais deles tratavam os profetas.  «Mas, ai de vós, os ricos, porque tendes já a vossa consolação. Ai de vós os que estais saciados, porque vireis a ter fome. Ai de vós os que agora rides, porque gemereis e chorareis. Ai de vós, quando todos os homens vos louvarem, porque assim faziam aos falsos profetas os pais deles.

Lc 6, 20-26