Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 20 de agosto de 2017

São Josemaría nesta data em 1938

Anota nos seus Apontamentos íntimos: “Vejo-me tão miserável que muitas vezes espreito para dentro do oratório, para dizer a Jesus: «não te fies em mim… eu sim, confio em ti, Jesus… Abandono-me nos teus braços: aí deixo o que tenho, as minhas misérias!» Se não fizesse assim, com o turbilhão de coisas que trago dentro de mim, creio que ficaria louco. Abandonar-me em Jesus Cristo, com todas as minhas misérias. E o que Ele quiser, em cada instante, fiat! Monstra te esse matrem.

Bom Domingo do Senhor!

Mais uma vez o Senhor no Evangelho de hoje nos faz sentir a sua infinita bondade (Mt 15, 21-28) tenhamos fé como a da cananeia e não hesitemos em usar a oração de súplica.

Obrigado Senhor pela Tua bondade e misericórdia!

Senhor, eu quero ver!

Da escuridão saiu um grito lancinante:
- Senhor, eu quero ver!

Então uma voz perguntou:
- Para que queres tu ver?

Respondeu o “grito”:
- Quero ver para que tudo tenha sentido.
Olho para a natureza, mas não consigo ver a totalidade da sua beleza. Trabalho exaustivamente, mas não consigo entender para quê. Ganho dinheiro e mais dinheiro, mas não me sinto mais tranquilo e seguro do meu futuro. Dou aos meus tudo o que me pedem, mas não os vejo mais felizes. Tenho amigos e mais amigos, mas não sinto os seus corações. Leio, estudo, informo-me, mas não me sinto mais sábio por isso, nem me sinto conhecedor da vida. Trato da minha saúde, da minha forma física, mas não vejo a finalidade de tanto esforço. Vivo intensamente, mas temo a morte.
Por isso Senhor estou cego, porque não vejo o sentido da vida.

Respondeu-lhe a voz:
- Mas acreditas tu que Eu te posso dar a capacidade de veres?

O “grito” respondeu:
- Falam-me de Ti e dizem-me que Tu tudo podes. Leio-Te, estudo-Te, mas falta-me algo, porque não consigo compreender. Mas sinto que me podes dar essa compreensão. Tudo o mais já experimentei, e nada me faz ver aquilo que eu não consigo ver. Acredito Senhor, quero acreditar, que só Tu me podes fazer ver o que agora ainda não vejo.

A voz ergueu-se firme, terna, cheia de compaixão e disse:
- A tua fé te salvou!
Abre os olhos e vê agora o que para ti estava preparado. Mergulha no Meu coração e sente-te amado. Vês agora que sempre exististe em Mim? Vês agora que a tua vida tem sentido, porque é vida da Minha Vida? Vês agora que só em Mim deves encontrar razão para tudo que fazes? Vês agora que todo o teu esforço deve começar e acabar em Mim? Vês agora que todo o teu trabalho tem sentido se não for apenas para ti, mas para todos que Eu amo e assim sendo tu deves amar também? Vês agora que só em Mim encontras futuro e futuro que não acaba? Vês agora que a natureza é bela porque Eu a criei para ti? Vês agora que mais do que ler e estudar apenas para conhecimento, o deves fazer vivendo-Me no que lês e estudas? Vês agora que só em Mim encontras a plenitude da vida?

Do “grito” saiu um grito de alegria:
- Vejo agora Senhor que já não sou um "grito" informe, porque Tu me deste a ver a minha humanidade que em Ti se faz vida eterna!

Era o sétimo dia, e então Deus descansou e fez festa com os Seus filhos!

Monte Real, 23 de Outubro de 2007

Joaquim Mexia Alves AQUI

«Mulher, grande é a tua fé!»

Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano
Sermão 9

«Senhor, Filho de David, tem misericórdia de mim!» É um apelo de uma força imensa. [...] É um gemido que vem como que de uma profundeza sem fim. Ele ultrapassa em muito a natureza e é o próprio Espírito Santo que deve proferir em nós esse gemido (Rom 8, 26). [...] Mas Jesus diz-lhe: «Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel». [...] Ora, que faz ela assim acossada? [...] Penetra ainda mais profundamente no abismo. Prostrando-se e humilhando-se, mantém a confiança e diz: «É verdade, Senhor, mas até os cachorros comem as migalhas que caem da mesa dos seus donos.»

Ah! Se também pudésseis penetrar assim tão verdadeiramente no fundo da verdade, não através de comentários sábios, palavras complexas ou mesmo dos sentidos, mas no fundo de vós mesmos! Nem Deus nem qualquer criatura conseguiria desprezar-vos, aniquilar-vos, se permanecêsseis na verdade, na humildade confiante. Poderiam sujeitar-vos a afrontas, ao desprezo e a recusas grosseiras, que vós iríeis perseverar, iríeis insistir, animados por uma total confiança, e iríeis aumentar sempre o vosso zelo. É disto que tudo depende, e aquele que chega a este ponto é bem sucedido. Apenas estes caminhos conduzem, na verdade e sem qualquer estação intermédia, a Deus. Mas permanecer assim nesta grande humildade, com perseverança, com uma segurança total e verdadeira como esta pobre mulher o fez, são poucos os que conseguem.