Obrigado, Perdão Ajuda-me
sábado, 7 de junho de 2014
OH, VEM, ESPÍRITO SANTO
Em frente do sacrário, coloco-me de joelhos, junto as mãos, baixo a cabeça, fecho os olhos e penso: Que vou eu dizer a Deus?
Deixo-me estar assim durante um tempo e … nada!
O cérebro não me dá uma ideia, uma frase, um pensamento, nada, rigorosamente nada!
Em silêncio, penso como é possível não ter nada para dizer a Deus.
Algo dentro de mim me diz para começar tudo de novo, ou seja, não me preocupar tanto com a pose em que estou, abandonar-me ao momento, não procurar pensamentos mais ou menos profundos, deixar que o coração fale as palavras que dele querem brotar.
Mansamente, serenamente, os meus lábios abrem-se e de dentro do coração surgem as primeiras palavras: Oh Jesus, eu amo-te!
Parece que se abriu a comporta de um rio e a frase torna-se repetitiva, quase um respirar, compassado, sincopado, repetindo: Oh Jesus, eu amo-te!
À minha volta deixam de estar coisas, deixa de se perceber qualquer movimento, tudo parece concentrar-se agora, apenas e só nesta frase: Oh Jesus, eu amo-te!
Sinto-me envolvido numa imensa paz, abandonado ao cântico mais suave, despojado de tudo, até de mim mesmo, e repito sem cessar: Oh Jesus, eu amo-te!
De dentro de mim vem essa certeza inabalável que me diz ao coração, a todo o meu ser: Que precisas tu de dizer mais a Deus, se não, oh Jesus, eu amo-te!
Parece que uma brisa suave, um tépido calor, um esvoaçar de asas de pomba, um silêncio envolvente, um abraço de amor, me enche e preenche tanto, que eu apenas abro o coração e a boca, e clamo: Obrigado, Espírito Santo!
Marinha Grande, 7 de Junho de 2014
Joaquim Mexia Alves
O Evangelho do Domingo de Pentecostes dia 8 de junho de 2014
Chegada a tarde daquele mesmo dia, que era o primeiro da semana, e estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam juntos, por medo dos judeus, foi Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se muito ao ver o Senhor. Ele disse-lhes novamente: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também vos envio a vós». Tendo dito esta palavras, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos».
Jo 20, 19-23
As nossas limitações ajudam-nos a servi-Lo
Todos temos consciência de que, mesmo esforçando-nos com sinceridade por seguir os passos do Senhor, experimentamos quotidianamente as nossas limitações. O estado de saúde ou de doença, as contrariedades do dia, as naturais preocupações – que não nos devem tirar a paz – pelas pessoas que amamos, pelas necessidades da Igreja e da sociedade, são matéria-prima para fazermos atos de esperança. S. Josemaria aconselhava a renovarmos em cada manhã com um sérviam decidido – quero servir-Te, Senhor! – o propósito de não ceder, de não cair na preguiça ou na apatia, de enfrentar as tarefas com mais esperança, com mais otimismo, com a certeza de que, se saímos vencidos nalguma luta, podemos superar essa queda com um ato de amor sincero[4].
A vida de um discípulo de Cristo não consiste numa negação contínua nem em reprimir o desejo de felicidade que tem no coração. Mais ainda, como escreveu o Papa Bento XVI: «precisamos das esperanças (…) que, dia após dia, nos mantêm a caminho» [5]. Assim se exprimia ele numa Encíclica, reconhecendo que, «na sucessão dos dias, o ser humano tem muitas esperanças – menores ou maiores –, diferentes segundo os períodos da sua vida» [6], que o ajudam a marcar metas, a não afrouxar no seu peregrinar terreno. Muitas vezes os planos humanos ocupam tudo e não dão lugar a outras esperanças. Acontece sobretudo aos jovens e aos que começam a abrir caminho na sua atividade profissional, que talvez possam experimentar uma espécie de miragem enganadora. Mas quando essas aspirações fracassam ou não se realizam como se tinha imaginado, comentava Bento XVI, «percebe-se claramente que isso, na realidade, não era tudo. Torna-se evidente que o homem precisa de uma esperança que vá mais além. Percebe-se claramente que só se pode contentar com algo de infinito, algo que será sempre mais do que aquilo que ele alguma vez poderá alcançar (…). Esta grande esperança só pode ser Deus, que abraça o universo e nos pode propor e dar aquilo que, sozinhos, não podemos conseguir» [7].
[4]. S. Josemaria, Amigos de Deus, n. 217.
[5]. Bento XVI, Encíclica Spe salvi, 30-XI-2007, n. 31.
[6]. Bento XVI, Encíclica Spe salvi, 30-XI-2007, n. 30.
[7]. Bento XVI, Encíclica Spe salvi, 30-XI-2007, nn. 30 e 31.
(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de junho de 2014)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
O Espírito Santo nosso ânimo e sustento
O Espírito Santo, que Jesus enviou ao mundo depois da Sua gloriosa Ascensão aos Céus, sustenta-nos e anima-nos. Considerámo-lo com alegria na recente Solenidade de Pentecostes, e confessamos a Sua existência e a Sua ação na Igreja cada vez que rezamos o Credo: Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos profetas [15].
Trata-se de uma verdade inacessível ao intelecto humano, revelada por Cristo aos Apóstolos, que nos mostra a grandeza e a perfeição de Deus. «O Pai não foi feito, nem gerado, nem criado por ninguém. O Filho procede do Pai; não foi feito, nem criado, mas gerado. O Espírito Santo não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procede do Pai e do Filho» [16]. O Catecismo da Igreja Católica sintetiza esta doutrina em breves palavras: «A unidade divina é trina» [17].
O Espírito Santo é o Amor das duas primeiras Pessoas: Amor incriado e infinito, Amor consubstancial, Amor eterno que procede da entrega mútua do Pai e do Filho: um mistério absolutamente sobrenatural, que conhecemos pela Revelação do próprio Jesus Cristo e que ajuda a entender a grandeza do dom de amar. Os Padres da Igreja e outros grandes teólogos guiados pelo Magistério, fundamentados nas palavras de Cristo, esforçaram-se por ilustrar de alguma forma – sempre no claro-escuro da fé – a divindade do Paráclito.
[15]. Missal Romano, Símbolo Niceno-Constantinopolitano.
[16]. Símbolo Quicúmque ou Atanasiano.
[17]. Catecismo da Igreja Católica, n. 254.
[16]. Símbolo Quicúmque ou Atanasiano.
[17]. Catecismo da Igreja Católica, n. 254.
(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de junho de 2013)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Dois apóstolos, duas vidas, uma Igreja
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (África do Norte) e Doutor da Igreja
A Igreja conhece duas vidas louvadas e recomendadas por Deus. Uma é na fé, a outra na visão; uma na peregrinação do tempo, a outra na morada da eternidade; uma no trabalho, a outra no repouso; uma no caminho, a outra na pátria; uma no esforço da acção, a outra na recompensa da contemplação. [...] A primeira é simbolizada pelo apóstolo Pedro, a segunda por João. [...] E não são só eles, mas toda a Igreja, Esposa de Cristo, que o realiza, ela que há-de ser libertada das provações deste mundo e permanecer na beatitude eterna.
Pedro e João simbolizaram, cada um, uma destas duas vidas. Mas ambos passaram juntos a primeira, no tempo, pela fé; e juntos desfrutarão a segunda, na eternidade, pela visão. Foi portanto para todos os santos unidos inseparavelmente ao corpo de Cristo, e a fim de os conduzir no meio das tempestades desta vida, que Pedro, o primeiro dos apóstolos, recebeu as chaves do reino dos céus, com o poder de reter ou absolver os pecados (Mt 16, 19). Foi também por todos os santos, e a fim de lhes dar acesso à profundidade serena da sua vida mais íntima, que Cristo deixou João repousar no Seu peito (Jo 13, 23.25). Pois o poder de reter ou absolver os pecados não pertence somente a Pedro, mas a toda a Igreja; e João não é o único a beber na fonte do peito do Senhor, o Verbo que desde o início é Deus junto de Deus (Jo 7, 38;1, 1), [...] mas o próprio Senhor dedica o Seu Evangelho a todos os homens do mundo inteiro, para que cada um o beba consoante a sua capacidade.
O Evangelho do dia 7 de junho de 2014
Pedro,
tendo-Se voltado, viu que o seguia aquele discípulo que Jesus amava, aquele
mesmo que na ceia estivera reclinado sobre o Seu peito e Lhe perguntara:
«Senhor, quem é que Te vai entregar?». Pedro, vendo-o, disse a Jesus:
«Senhor, e deste, que será?» Jesus disse-lhe: «Se quero que ele fique até
que Eu venha, que tens com isso? Tu, segue-Me». Correu então entre os irmãos
que aquele discípulo não morreria. Jesus, porém, não disse a Pedro: «Não
morrerá», mas: «Se quero que ele fique até que Eu venha, que tens com isso?». Este é aquele discípulo que dá testemunho destas coisas e que as escreveu, e
sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. Muitas outras coisas fez Jesus.
Se se escrevessem uma por uma, creio que nem todo o mundo poderia conter os
livros que seria preciso escrever.
Jo 21, 20-25
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