Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

«Grandes sinais no céu»

São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo de Jerusalém, doutor da Igreja 
Catequeses baptismais, nº 15


O Senhor virá dos céus sobre as nuvens, Ele que para lá subiu sobre as nuvens (cf Act 1,9). Com efeito foi Ele que disse: «Verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens do céu, com grande poder e glória» (Mt 24,30). Mas qual será o verdadeiro sinal da sua vinda, para que as potências inimigas não ousem enganar-nos, simulando-a? «Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem» (Mt 24,30). O sinal verídico e próprio de Cristo é a cruz. O sinal de uma cruz luminosa precede o rei, designando Aquele que anteriormente foi crucificado a fim de que, ao vê-Lo, aqueles que antes O tinham trespassado com cravos e cercado de armadilhas batam no peito: «contemplarão aquele a quem trespassaram; chorarão por Ele como se chora um filho único e lamentá-lo-ão como se lamenta um primogénito» (cf Zac 12,10). […] E dirão: «Escondei-nos da face daquele que está sentado no trono e da cólera do Cordeiro» (cf Ap 6,16). E, cercados de exércitos de anjos, em nenhum lado encontrarão refúgio.

Para os inimigos da cruz, o temor será o sinal. Mas será a alegria para os seus amigos que creram na cruz ou a pregaram ou sofreram por ela. Quem, portanto, terá a felicidade de ser considerado dos amigos de Cristo? Ele não desdenhará dos seus servos, esse rei glorioso, rodeado e guardado por anjos e que Se senta no mesmo trono do Pai (cf Ap 3,21). Pois, para que os eleitos não sejam confundidos com os inimigos, «Ele enviará os seus anjos, com uma trombeta altissonante, para reunir os seus eleitos dos quatro ventos» (Mt 24,31). Ele, que não esqueceu Lot no seu isolamento (cf Gn 19,15; Lc 17,28), como poderia esquecer-Se da multidão dos justos? «Vinde, benditos de meu Pai» (Mt 25,34), dirá Ele àqueles que serão transportados em carros sobre as nuvens e que os anjos terão reunido.

Assumir plenamente a missão educativa

É evidente que, salvo raras excepções, todos os pais amam profundamente os seus filhos. É algo tão visceralmente inato na natureza humana que não é necessário “esforçar-se” por amar os filhos e desejar o melhor para eles.
No entanto, como tantas vezes presenciamos nos dias de hoje, parece que muitos pais não sabem amar os seus filhos de um modo correcto.
Dão aos filhos tudo aquilo que eles lhes pedem, confundindo amar com mimar. O seu coração paternal diz-lhes que amar inclui não deixar que lhes falte absolutamente nada. No entanto, confundem o necessário com o supérfluo.
O necessário não pode faltar. O supérfluo tem de faltar em muitas ocasiões. Se não, não há verdadeira e completa educação. Os filhos ficam caprichosos, mimados e nada preparados para a vida que os espera.
Convém não esquecer que os filhos não nascem educados, nem se educam a si mesmos. É aos pais que, através de um amor genuíno, corresponde o dever de os educar. De os preparar para a vida, ensinando-os a usar bem a sua liberdade.
Não se pode amar só com o coração. É preciso amar também com a cabeça, por muito estranha que pareça esta afirmação.
Como diz Pilar Guembe, os filhos necessitam de uns pais que os amem, que os protejam e cuidem, mas que também os eduquem e exijam. Não querem pais que deleguem essa responsabilidade na escola, no ambiente e muito menos na internet, mas que assumam plenamente a sua missão.
Não querem pais moles, passivos, que dizem sempre que sim. Necessitam de pais exigentes, activos e optimistas, que estão dispostos a esforçar-se por ajudar os filhos a aprenderem a ser independentes, com critério, sabendo administrar bem a vida que lhes foi confiada.
Pais que preferem enganar-se alguma vez a renunciar à sua insubstituível missão educativa.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria

"Que se deixem ajudar e guiar por um director de almas"

Ama e procura a ajuda de quem dirige a tua alma. Na direcção espiritual, põe a nu o teu coração, totalmente - apodrecido, se estiver apodrecido! -, com sinceridade, com vontade de te curares; se não, essa podridão não desaparecerá nunca.


Se recorreres a uma pessoa que só pode limpar a ferida superficialmente..., és um cobarde, porque no fundo vais ocultar a verdade, com prejuízo para ti próprio. (Forja, 128)


Tenho muita pena sempre que sei que um católico - um filho de Deus que, pelo Baptismo, é chamado a ser outro Cristo - tranquiliza a consciência com uma simples piedade formalista, com uma religiosidade que o leva a rezar de vez em quando (só se acha que lhe convém!); a assistir à Santa Missa nos dias de preceito - e nem sequer em todos -, ao passo que se preocupa pontualmente por acalmar o estômago, com refeições a horas fixas; a ceder na fé, a trocá-la por um prato de lentilhas, desde que não renuncie à sua posição... E depois, com descaramento ou com espalhafato, utiliza a etiqueta de cristão para subir. Não! Não nos conformemos com as etiquetas: quero que sejam cristãos de corpo inteiro, íntegros; e, para o conseguirem, têm que procurar decididamente o alimento espiritual adequado.

Vocês sabem por experiência pessoal - e têm-me ouvido repetir com frequência, para evitar desânimos - que a vida interior consiste em começar e recomeçar todos os dias; e notam no vosso coração, como eu noto no meu, que precisamos de lutar continuamente. Terão observado no vosso exame - a mim acontece-me o mesmo: desculpem que faça referências a mim próprio, mas enquanto falo convosco vou pensando com Nosso Senhor nas necessidades da minha alma - que sofrem repetidamente pequenos reveses, que às vezes parecem descomunais, porque revelam uma evidente falta de amor, de entrega, de espírito de sacrifício, de delicadeza. Fomentem as ânsias de reparação, com uma contrição sincera, mas não percam a paz.

(...) Agora insisto em que se deixem ajudar e guiar por um director de almas, a quem confiem todos os entusiasmos santos, os problemas diários que afectarem a vida interior, as derrotas que sofrerem e as vitórias. (Amigos de Deus, 13-15)

Descobrir no Catecismo razões de esperança e de otimismo sobrenatural

Lembro-me agora de tantos – mulheres e homens do Opus Dei, seus familiares, amigos e cooperadores – que estarão neste momento prestes a entregar a sua alma a Deus. Para todas e para todos, peço a graça de uma passagem santa, cheia de paz, em íntima identificação com Jesus Cristo. O Senhor ressuscitado é a esperança que nunca desanima, que não engana (cfr. Rm 5, 5) (…). Quantas vezes na nossa vida as esperanças se desvanecem, quantas vezes as expectativas que temos no coração não se realizam! A nossa esperança de cristãos é forte, certa e sólida, nesta Terra onde Deus nos chamou a caminhar, e está aberta à eternidade, porque se fundamenta em Deus, que é sempre fiel [6].

Proponho-vos que, ao longo deste mês dedicado aos fiéis defuntos, cada um leia e medite os pontos que o Catecismo da Igreja Católica dedica às verdades eternas. Descobri­reis razões de esperança e de otimismo sobrenatural, e um novo impulso na luta espiritual de cada dia. Até as visitas aos cemitérios, que nestes dias se repetem como uma piedosa tradição em muitos sítios, se podem converter em ocasiões para que aqueles que acompanhamos apostolicamente ponderem as verdades eternas e procurem cada vez mais este nosso Deus que nos acompanha e nos chama com ternura de Pai.

Com a morte, acaba-se o tempo de fazer boas obras e de alcançar méritos diante de Deus, e dá-se, imediatamente, o julgamento pessoal de cada um. Efetivamente, faz parte da fé da Igreja que «cada homem recebe na sua alma imortal a retribuição eterna, num juízo particular que põe a sua vida em referência a Cristo, quer através de uma purificação, quer para entrar imediatamente na felicidade do Céu, quer para se condenar imediatamente para sempre» [7].

[6]. Papa Francisco, Discurso na Audiência geral, 10-IV-2013.
[7]. Catecismo da Igreja Católica, n. 1010.

(D. Javier Echevarría na carta do mês de novembro de 2013)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

Bem-aventurada Isabel da Trindade, religiosa, †1906

Isabel da Trindade, cujo nome de batismo era Maria Isabel Catez, nasceu em Bourges, França, no dia 18 de julho de 1880. Índole ardente, sensível, apaixonada, sofreu fortemente as influências de S. Teresinha do Menino Jesus. Aos 21 anos, em 1901, entrou para o Carmelo de Dijon. Morreu aos 26 anos, após 5 anos de vida religiosa. Devotadíssima da Santíssima Trindade, afirmava que o Amor habita em nós, por isso o seu único exercício era mergulhar em seu íntimo e perder-se naqueles que lá se encontravam: Pai, Filho e Espírito Santo. "A felicidade da minha vida é a intimidade com os hóspedes da minha alma". Dizia que o amor que sentia era com um oceano no qual mergulhava e se perdia. Deus estava nela e ela em Deus, por isso tinha de amá-lo e deixar-se amar todo o tempo em todas as cosias: "Acordar no Amor; mover-se no Amor; adormecer-se no Amor; a alma na sua Alma; coração no seu Coração; olhos no seus olhos.."

cf. José Leite

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 8 de novembro de 2019

Disse também a Seus discípulos: «Um homem rico tinha um feitor, que foi acusado diante dele de ter dissipado os seus bens. Chamou-o, e disse-lhe: Que é isto que eu oiço dizer de ti? Dá conta da tua administração; não mais poderás ser meu feitor. Então o feitor disse consigo: Que farei, visto que o meu senhor me tira a administração? Cavar não posso, de mendigar tenho vergonha. Já sei o que hei-de fazer, para que, quando for removido da administração, haja quem me receba em sua casa. E, chamando cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor? Ele respondeu: Cem medidas de azeite. Então disse-lhe: Toma o teu recibo, senta-te e escreve depressa cinquenta. Depois disse a outro: Tu quanto deves? Ele respondeu: Cem medidas de trigo. Disse-lhe o feitor: Toma o teu recibo e escreve oitenta. E o senhor louvou o feitor desonesto, por ter procedido sagazmente. Porque os filhos deste mundo são mais hábeis no trato com os seus semelhantes que os filhos da luz».

Lc 16. 1-8