Obrigado, Perdão Ajuda-me
terça-feira, 7 de outubro de 2014
SÍNODO EXTRAORDINÁRIO SOBRE A FAMÍLIA
Ganhei este hábito de tentar todas as semanas colocar um texto neste espaço da net.
Desde ontem que tento encontrar inspiração para escrever e … nada!
Apenas me vem à mente e ao coração o Sínodo Extraordinário sobre a Família, que está a decorrer no Vaticano. E tem toda a razão de ser!
Este Sínodo é de uma imensa importância, dada a situação em que hoje em dia vive a família, em todos os campos, mas sobretudo na sua desagregação, (muitas vezes provocada por leis civis iníquas), que em vez de a protegerem como a célula mais importante da sociedade, a fragmentam e destroem.
É necessária também a reflexão profunda sobre o Sacramento do Matrimónio, em que para além de tanto para analisar, é, quanto a mim, imprescindível perceber o que fazer para dar aos católicos a verdadeira noção do que é o Sacramento, (desde a mais tenra idade), por forma a que o mesmo não seja visto e celebrado como uma mera tradição “popular” ou uma festa mais “bonita”.
Que aqueles que querem celebrar o Matrimónio saibam claramente o que é o Sacramento e o que a Igreja quer que assumam ao celebrarem as suas núpcias na Igreja.
Para além de todas e tantas vertentes que hoje em dia tocam a família há também a problemática sobre os divorciados e recasados e o seu acesso aos sacramentos.
Sobre isso não me pronuncio e espero pacientemente por aquilo que a Igreja nos há-de dizer, sabendo de antemão que o meu coração aceitará de bom grado tudo o que for decidido.
No pouco que posso fazer, ou que todos podemos fazer, está com certeza a oração por este Sínodo, pedindo que o Espírito Santo ilumine os homens, para que façam a vontade de Deus.
Pedindo a intercessão de Maria, esposa e Mãe, e de José, seu esposo, Pai adoptivo de Nosso Senhor Jesus Cristo.
E para isso, nada haverá melhor que todos os dias, de manhã ao acordar e de noite ao deitar, rezar a oração que o Papa Francisco compôs para este Sínodo.
ORAÇÃO À SAGRADA FAMÍLIA PELO SÍNODO
Jesus, Maria e José
em vós nós contemplamos o esplendor do verdadeiro amor, a vós dirigimo-nos com confiança.
Sagrada Família de Nazaré,
faz também das nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas.
Sagrada Família de Nazaré,
nunca mais nas famílias se vivam experiências de violência, fechamento e divisão: quem quer que tenha sido ferido ou escandalizado receba depressa consolação e cura.
Sagrada Família de Nazaré,
o próximo Sínodo dos Bispos possa despertar de novo em todos a consciência da índole sagrada e inviolável da família, a sua beleza no desígnio de Deus.
Jesus, Maria e José
escutai, atendei a nossa súplica.
Marinha Grande, 7 de Outubro de 2014
Joaquim Mexia Alves
Rezar é relembrar
(...) relembrar da nossa vida não é muito comum entre nós. Esquecemos as coisas, vivemos o momento e depois esquecemos a história. E cada um de nós tem uma história: uma história de graça, uma história de pecado, uma história de caminho, tantas coisas... E faz bem rezar com a nossa história.
(...)
Relembrarmos a nossa vida é dar glória a Deus. S. Paulo tinha vaidade só de duas coisas: dos seus pecados e da graça de Deus. Esta é a memória que nós somos convidados por Jesus a fazer.
(...)
Relembrar a nossa escolha, aquela que Deus fez sobre nós. Relembrar o nosso caminho de aliança. Esta aliança foi respeitada, ou não? Somos pecadores e recordamo-lo, lembrarmo-nos da promessa que faz Deus e que nunca desilude, que é a nossa esperança. Esta é a verdadeira oração.
Papa Francisco - excertos homilia Casa de Santa Marta 07.10.2014
Obrigado, perdão, ajuda-me mais
Na Missa do dia 27 de setembro, leu-se a carta que o Santo Padre me tinha dirigido para a ocasião da beatificação. O Papa Francisco comenta aquela jaculatória que D. Álvaro repetia com frequência: Obrigado, perdão, ajuda-me mais. Comovemo-nos ao ouvir estas palavras naquela solene cerimónia. São as mesmas que agora vos proponho como lema para os próximos meses – uma expressão concreta da nossa gratidão a Deus –, e que nos oferecem um caminho para a conversa mais profunda que Deus agora nos pede a cada um e a cada uma.
Obrigado! Nestes momentos, brota naturalmente da alma esta primeira exclamação. A nossa gratidão pelo que contemplámos dirige-se ao Rei dos séculos, ao imortal, invisível e único Deus, honra e glória pelos séculos dos séculos [6]. Obrigado, Trindade Santíssima, por este presente que fizeste à Igreja, ao Opus Dei e a toda a humanidade, ao propor como referência e como intercessor a amável figura deste Teu servo. As celebrações em Madrid durante estes dias e as que decorrem na Cidade Eterna e em inúmeros países, com as Missas de ação de graças e com as orações dos milhares de pessoas que vão rezar à Basílica de Santo Eugénio diante do corpo do novo Bem-Aventurado, fazemo¬ las nossas, com o espírito que S. Josemaria condensou, desde os começos da Obra, numas breves e intensas palavras: Deo omnis glória! Regnáre Christum vólumus! Omnes cum Petro ad Iesum per Maríam! Renovemos o desejo de dar a Deus toda a glória, lutando com decisão diária para implantar o reinado de Jesus Cristo na sociedade, bem unidos ao Papa, deixando-nos levar pela Virgem Santíssima, nossa Mãe, até Jesus.
Desejamos muito a sério a graça dos Céus para que este propósito se concretize em obras, porque, como também S. Josemaria lembrava, obras é que são amores, e não boas palavras [7]. Muitas vezes, apesar da boa vontade que pela bondade Deus nos anima, o nosso esforço de conversão é pequeno, pela nossa fraqueza. É então o momento, ao abrigo do que D. Álvaro nos dizia, de recorrermos ao perdão de Deus, sobretudo no exame de consciência ao fim de cada dia e cada vez que nos aproximamos do santo sacramento da Penitência: perdão, ajuda-me mais. Assim, até as lutas perdidas se converterão em batalhas ganhas, e a graça divina convida-nos a recomeçar o combate espiritual com novo impulso.
Consideremos umas palavras do Papa na sua mensagem sobre a beatifi¬cação. Obrigado, perdão, ajuda-me! Nestas palavras se expressa a tensão de uma existência centrada em Deus. De alguém que foi tocado pelo Amor maior e vive totalmente desse Amor. De alguém que, mesmo experimen¬tando as suas fraquezas e limites humanos, confia na misericórdia do Senhor e quer que todos os homens, seus irmãos, a experimentem também [8]. E o Santo Padre acrescenta ainda: o Bem-Aventurado Álvaro del Portillo envia¬ nos uma mensagem muito clara, diz-nos que nos fiemos no Senhor, Ele é nosso irmão, nosso amigo que nunca nos desilude e que está sempre ao nosso lado. Anima-nos a não ter medo de ir contra a corrente e de sofrer para anunciar o Evangelho. Mostra-nos, além disso, que na simplicidade e na quotidianidade da nossa vida, podemos encontrar um caminho seguro de santidade [9].
[6]. 1 Tm 1,17.
[7]. Cfr. S. Josemaria, Caminho, n. 933.
[8]. Papa Francisco, Carta ao Prelado do Opus Dei por ocasião da beatificação de Álvaro del Portillo, 26-VI-2014, festa litúrgica de S. Josemaria.
[9]. Ibid.
D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de outubro de 2014
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
«Tu tens palavras de vida eterna!»
Concílio Vaticano II
Constituição dogmática sobre a Revelação divina, «Dei Verbum», §§ 24-26
As Sagradas Escrituras contêm a palavra de Deus e, pelo facto de serem inspiradas, são verdadeiramente Palavra de Deus; por isso, o estudo destes sagrados livros deve ser como que a alma da sagrada teologia. Também o ministério da palavra, isto é, a pregação pastoral, a catequese, e toda a espécie de instrução cristã [...] com proveito se alimenta e santamente se revigora com a palavra da Escritura.
O sagrado Concílio exorta com ardor e insistência todos os fiéis [...] a que aprendam «a sublime ciência de Jesus Cristo» (Fil 3,8) com a leitura frequente das divinas Escrituras, porque «a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo» (São Jerónimo). Debrucem-se, pois, gostosamente sobre o texto sagrado, quer através da sagrada liturgia, rica de palavras divinas, quer pela leitura espiritual, quer por outros meios que se vão espalhando tão louvavelmente por toda a parte, com a aprovação e estímulo dos pastores da Igreja. Lembrem-se, porém, de que a leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada de oração, para que seja possível o diálogo entre Deus e o homem; porque «a Ele falamos quando rezamos, a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos» (Santo Ambrósio). [...]
Deste modo, pois, que com a leitura e o estudo dos livros sagrados «a palavra de Deus se difunda e resplandeça (2Tess 3,1), e o tesouro da revelação confiado à Igreja encha cada vez mais os corações dos homens. Assim como a vida da Igreja cresce com a assídua frequência do mistério eucarístico, assim também é lícito esperar um novo impulso de vida espiritual se fizermos crescer a veneração pela palavra de Deus, que «permanece para sempre» (Is 40,8; cf lPed 1,23-25).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Bíblia é «espantoso arquivo» de observação da condição humana
“A Bíblia é um espantoso arquivo de observação da condição humana nas suas riquezas e nas suas fraquezas, nos seus talentos e na sua espessura”, defendeu.
Para este responsável, a Sagrada Escritura é “tão legível” que é um best-seller há vários séculos, “uma obra que tem motivado o desenvolvimento da literatura ao longo dos tempos”.
O professor de Teologia admite que “os grandes heróis da Bíblia” poderiam ter sido “colocados no topo de um pináculo, escondendo as fraquezas às gerações futuras”, mas, pelo contrário, “aparecem com todas as suas fraquezas, tão humanos como nós”.
“Por isso é tão fácil aproximarmo-nos de Abraão, muito mais fácil do que de Aquiles”, assinala, sublinhando a “transparência espantosa” destes textos.
Nos Salmos, por exemplo, é possível encontrar “desejos de vingança, ao mesmo tempo que falam do amor e da contemplação de Deus”.
É nessa transparência que, segundo o Pe. Stilwell, a Bíblia “se aproxima de uma compreensão do que é o divino”, que não se vê face a face.
“A atitude de fé profunda que está presente na Bíblia é de que o Criador de tudo é um Deus justo, mas também misericordioso. Nada do que existe está fora das suas mãos”, apontou.
Esse é “o grande fascínio” que o texto exerce, levando mesmo “aqueles que são adversos” à Bíblia a “sentirem-se estimulados a desenvolver as suas próprias reflexões, ao longo dos séculos”.
P. Peter Stilwell na abertura do colóquio "As Artes da Bíblia" em 2009
(Fonte: site Rádio Renascença)
Que credibilidade histórica tem a Bíblia? - Respondem os especialista da Universidade de Navarra
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«Maria escolheu a melhor parte»
Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja
Manuscrito autobiográfico C, 36 r° - v°, Edições Carmelo, 2000 (rev.)
Manuscrito autobiográfico C, 36 r° - v°, Edições Carmelo, 2000 (rev.)
Uma alma abrasada de amor não pode ficar inactiva. Sem dúvida que, como Santa Maria Madalena, ela permanece aos pés de Jesus, e escuta a sua palavra doce e inflamada. Parecendo não dar nada, dá muito mais do que Marta, que se aflige com muitas coisas e que quereria que sua irmã a imitasse. Não são, de modo nenhum, os trabalhos de Marta que Jesus censura; a esses trabalhos se submeteu humildemente sua Mãe durante a vida, pois tinha de preparar as refeições da Sagrada Família. Era apenas a inquietação da sua ardente anfitriã que Ele queria corrigir.
Todos os santos o compreenderam, e mais particularmente talvez aqueles que encheram o universo com a iluminação da doutrina evangélica. Não foi acaso na oração que os santos Paulo, Agostinho, João da Cruz, Tomás de Aquino, Francisco, Domingos e tantos outros ilustres amigos de Deus beberam esta ciência divina que arrebata os maiores génios? Houve um sábio que disse: «Dai-me uma alavanca, um ponto de apoio, e levantarei o mundo.» O que Arquimedes não pôde obter, porque o seu pedido não se dirigia a Deus, e por não ser feito senão sob o ponto de vista material, obtiveram-no os santos em toda a plenitude: o Todo-Poderosos deu-lhes como ponto de apoio Ele mesmo e Ele só; e como alavanca a oração, que abrasa com fogo de amor. E foi assim que levantaram o mundo; é assim que os santos que ainda militam na terra o levantam e que, até ao fim do mundo, os futuros santos o levantarão também.
Todos os santos o compreenderam, e mais particularmente talvez aqueles que encheram o universo com a iluminação da doutrina evangélica. Não foi acaso na oração que os santos Paulo, Agostinho, João da Cruz, Tomás de Aquino, Francisco, Domingos e tantos outros ilustres amigos de Deus beberam esta ciência divina que arrebata os maiores génios? Houve um sábio que disse: «Dai-me uma alavanca, um ponto de apoio, e levantarei o mundo.» O que Arquimedes não pôde obter, porque o seu pedido não se dirigia a Deus, e por não ser feito senão sob o ponto de vista material, obtiveram-no os santos em toda a plenitude: o Todo-Poderosos deu-lhes como ponto de apoio Ele mesmo e Ele só; e como alavanca a oração, que abrasa com fogo de amor. E foi assim que levantaram o mundo; é assim que os santos que ainda militam na terra o levantam e que, até ao fim do mundo, os futuros santos o levantarão também.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 7 de outubro de 2014
Indo em viagem, entrou numa aldeia, e uma mulher, chamada Marta, recebeu-O em sua casa. Esta tinha uma irmã, chamada Maria que, sentada aos pés do Senhor, ouvia a Sua palavra. Marta, porém, afadigava-se muito na contínua lida da casa. Aproximando-se, disse: «Senhor, não Te importas que a minha irmã me tenha deixado só com o serviço da casa? Diz-lhe, pois, que me ajude». O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, tu afadigas-te e andas inquieta com muitas coisas quando uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada».
Lc 10, 38-42
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