Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Obrigado Opus Dei

Tu... soberba? – De quê?

Tu... soberba? – De quê? (Caminho, 600)

Quando o orgulho se apodera da alma, não é estranho que atrás dele, como pela arreata, venham todos os vícios: a avareza, as intemperanças, a inveja, a injustiça. O soberbo procura inutilmente arrancar Deus – que é misericordioso com todas as criaturas – do seu trono para se colocar lá ele, que actua com entranhas de crueldade.

Temos de pedir ao Senhor que não nos deixe cair nesta tentação. A soberba é o pior dos pecados e o mais ridículo. Se consegue atormentar alguém com as suas múltiplas alucinações, a pessoa atacada veste-se de aparências, enche-se de vazio, envaidece-se como o sapo da fábula, que inchava o papo, cheio de presunção, até que rebentou. A soberba é desagradável, mesmo humanamente, porque o que se considera superior a todos e a tudo está continuamente a contemplar-se a si mesmo e a desprezar os outros, que lhe pagam na mesma moeda, rindo-se da sua fatuidade. (Amigos de Deus, 100)

São Josemaría Escrivá

ESTADO DE EMERGÊNCIA CRISTÃ

Uma proposta diária de oração pessoal e familiar.

42º Dia. Quarta-feira da terceira semana da Páscoa, 29 de Abril de 2020.

Meditação da Palavra de Deus (Mt 11, 25-30)

Vinde a Mim todos!

Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas.

A todos chama o Senhor à santidade e ao apostolado na Igreja e, por isso, a todos chama também à oração, porque a santidade e o apostolado não são possíveis sem oração.

Muitas vezes se pensa que a oração é carga, pesada obrigação. Quando, já cansados, descobrimos ao fim do dia que ainda nos falta alguma prática de piedade, quantas vezes deixamos escapar um gesto de contrariedade! Outras vezes, o que é pior, achamos que o nosso cansaço é desculpa suficiente para omitir a oração…

Que pensaríamos de alguém que visse uma conversa connosco como um fardo, um custoso dever?! Decerto, que essa pessoa não era nossa amiga de verdade, porque os que verdadeiramente se amam, procuram ver-se e falar-se. Se não temos a mesma atitude em relação à oração, é decerto porque ainda não amamos suficientemente o Senhor. Também por isso, temos ainda mais necessidade de rezar.

Uma vez, uma rapariga jovem soube que um rapaz estava interessado nela. Confidenciou a uma amiga que o não amava, mas que, se o conhecesse melhor, talvez se apaixonasse por ele. O que era provável em relação àquela incipiente relação humana, é garantido quando se trata do Senhor: não é possível conhecê-Lo e não O amar! Não é possível amá-l’O e não desejar estar com Ele na oração!

Se alguma vez nos passar pela cabeça a ideia – melhor seria dizer, a tentação – de adiar ou omitir a oração, com a desculpa de que estamos cansados, que surja de imediato um acto de contrição, no renovado propósito de não faltar, nem adiar esse encontro com Nosso Senhor, até porque essa infeliz disposição é sinal, precisamente, de que temos mais necessidade da oração. E tenhamos sempre por certo que essa é, também humanamente, a melhor resposta ao nosso cansaço, porque é n’Ele que encontramos descanso para a nossa alma.

Intenções para os mistérios gloriosos do Santo Rosário de Nossa Senhora:

1º - A Ressurreição de Nosso Senhor. Quando Cristo ressuscitado encontra a chorosa Maria Madalena, a tristeza dela converte-se numa imensa alegria. Não é verdade que a nossa tristeza é, muitas vezes, sinal de falta de oração? Peçamos ao Senhor esse dom.

2º - A Ascensão de Jesus aos Céus. Se pedimos e não obtemos, é porque pedimos coisas más, ou pedimos mal. Senhor Jesus, ensina-nos a orar!

3º - A vinda do Espírito Santo. O Paráclito inspira-nos sempre, para que saibamos o que devemos dizer. Ao rezar, peçamos ao Espírito Santo que nos inspire.

4º - A Assunção de Nossa Senhora. Maria rezava com a mente e o coração, mas rezava também com as obras. Senhor, faz com que a nossa oração também seja operativa.

5º - A coroação de Maria Santíssima.  Ante a missão que lhe é confiada pelo Anjo, Maria responde com a humildade do serviço, como à graça da sua coroação, respondeu com gratidão, que é outra manifestação de humildade. Saibamos ser agradecidos, a Deus e aos outros!

Para ler, meditar e partilhar! Obrigado e até amanhã, se Deus quiser!

Com amizade,
P. Gonçalo Portocarrero de Almada

O perdão cristão

… pedi-lo a outras pessoas quando nos apercebemos que as ofendemos. Não é uma humilhação, pelo contrário, é uma manifestação de grandeza de espírito, de coração grande, de alma generosa. Também nisto S. Josemaria nos deu exemplo. Com que facilidade pedia desculpa, com verdadeira humildade, se pensava que alguém tinha sido ferido por uma repreensão dele, mesmo que tivesse sido justa! Numa ocasião, reconhecia que tinha implorado o perdão ao Senhor muitas vezes pelo que pensava terem sido faltas de correspondência. Mas também me atrevo a dizer – acrescentava – que vos entreguei o melhor da minha alma. O que Deus Nosso Senhor me concedeu procurei transmitir-vo-lo com a maior fidelidade. E quando não o soube fazer, reconheci imediatamente os meus erros, pedi perdão a Deus e àqueles que me rodeavam, e voltei imediatamente à luta[16].
[16]. S. Josemaria, Notas de uma meditação, 29-III-1959.
(D. Javier Echevarría excerto da carta do mês de abril de 2016)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

São Josemaría sobre a Festa de Santa Catarina de Sena

Festa de Santa Catarina de Sena. “Esta Igreja Católica é romana. Eu saboreio esta palavra: romana! Sinto-me romano porque romano quer dizer universal, católico; porque me leva a querer carinhosamente o Papa, “il dolce Cristo in terra”, como gostava de repetir Santa Catarina de Sena, a quem tenho como amiga amadíssima”.

Santa Catarina de Sena - "Esta é a virgem sábia, uma das virgens prudentes: foi ao encontro de Cristo com a lâmpada acesa"

"Esta é a virgem sábia, uma das virgens prudentes: foi ao encontro de Cristo com a lâmpada acesa". A antífona de ingresso da Missa em honra de Santa Catarina de Sena faz clara referência à parábola das dez virgens, cinco sábias e sensatas e cinco néscias, que São Mateus nos propõe numa página evangélica tão rica de advertências espirituais. O evangelista coloca esta parábola, juntamente com a dos talentos, imediatamente antes da majestosa descrição do juízo universal, quase para nos recordar o que verdadeiramente vale na nossa vida, o que devemos fazer para orientar a nossa existência para o encontro definitivo com o Senhor, meta última e comum dos homens de todos os tempos. O nosso itinerário "cá em baixo" é uma peregrinação para o "alto".

Observava Santo Agostinho: "Nesta vida és um emigrante, a pátria está no alto; aqui és um hóspede, estás de passagem sobre esta terra e, então, canta e caminha". Caminhar cantando significava para Agostinho amar o Senhor reconhecendo o Seu rosto no rosto dos nossos companheiros de viagem. Santa Catarina fez isto e segundo as palavras do Canto ao Evangelho foi a "virgem sábia que o Senhor encontrou diligente: à chegada do Esposo entrou com ele para a sala das núpcias".

Santa Catarina de Sena, virgem, Doutora da Igreja, Padroeira da Europa, †1380

Santa Catarina nasceu em Sena, no dia 25 de Março de 1347. Na Europa, a peste negra e as guerras semeavam o pânico e a morte. A Igreja sofria por suas divisões internas e pela existência de "antipapas" (chegaram a existir três papas, simultaneamente).

Desejando seguir o caminho da perfeição, aos 15 anos Catarina ingressou na Ordem Terceira de São Domingos. Viveu um amor apaixonado e apaixonante por Deus e pelo próximo. Lutou ardorosamente pela restauração da paz política e pela harmonia entre os seus concidadãos. Contribuiu para a solução da crise religiosa provocada pelos antipapas, fazendo com que Gregório XI voltasse a Roma. Embora analfabeta, ditava as suas cartas endereçadas aos papas, aos reis e líderes, como também ao povo humilde. Foi, enfim, uma mulher empenhada social e politicamente e exerceu grande influência religiosa na Igreja de seu tempo. 

As suas atitudes não deixaram de causar perplexidade nos seus contemporâneos. Adiantou-se séculos aos padrões de sua época, quando a participação da mulher na Igreja era quase nula ou inexistente. Deixou-nos o "Diálogo sobre a Divina Providência", uma exposição clara das suas ideias teológicas e da sua mística, o que coloca Santa Catarina de Sena entre os Doutores da Igreja. 

Morreu aos 33 anos de idade, no dia 29 de Abril de 1380.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)