Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 1 de maio de 2011

Boa noite!

Jesus, nosso Senhor e nosso Modelo, crescendo e vivendo como um de nós, revela-nos que na existência humana – a tua –, as ocupações correntes e vulgares têm um sentido divino, de eternidade.

(São Josemaría Escrivá - Forja, 688)

A fé e a vocação de cristãos afectam toda a nossa existência e não só uma parte dela. As relações com Deus são necessariamente relações de entrega e assumem um sentido de totalidade. A atitude de um homem de fé é olhar para a vida, em todas as suas dimensões, com uma perspectiva nova: a que nos é dada por Deus.

Vós, que hoje celebrais comigo esta festa de S. José, sois todos homens dedicados ao trabalho em diversas profissões humanas, formais diversos lares, pertenceis a diferentes nações, raças e línguas. Adquiristes formação em centros de ensino, em oficinas ou escritórios, tendes exercido durante anos a vossa profissão, estabelecestes relações profissionais e pessoais com os vossos companheiros, participastes na solução dos problemas colectivos das vossas empresas e da sociedade.

Pois bem: recordo-vos, mais uma vez, que nada disso é alheio aos planos divinos. A vossa vocação humana é uma parte, e parte importante, da vossa vocação divina.

Esta é a razão pela qual vos haveis de santificar, contribuindo ao mesmo tempo para a santificação dos outros, vossos iguais, precisamente santificando o vosso trabalho e o vosso ambiente: a profissão ou ofício que enche os vossos dias, que dá fisionomia peculiar à vossa personalidade humana, que é a vossa maneira de estar no mundo: o vosso lar, a vossa família; e a nação em que nascestes e que amais.

(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 46)

Hoje!

Querida Mãe do Céu, hoje concentrámo-nos principalmente na Beatificação do Teu amadíssimo Filho Karol Woytila e nas nossas mães que nos conceberam, desculpamo-nos se secundarizámos o Amor Filial e sobrenatural neste início de mês que Te é dedicado e que nutrimos por Ti e pelo Teu Filho que é Deus em unidade com o Pai e o Espírito Santo, mas como pecadores que somos, nem sempre conseguimos perspectivar e ordenar da maneira mais correcta os nossos afectos. Amo-Te muitíssimo e rogo-Te que envies um beijo especial à minha mãe já falecida há quarenta e um anos.
Bem-haja por tudo o que tens feito por mim!

(JPR)

Dia da Mãe

Evangelho segundo S. Mateus 28,1-10.

Terminado o sábado, ao romper do primeiro dia da semana, Maria de Magdala e a outra Maria foram visitar o sepulcro.
Nisto, houve um grande terramoto: o anjo do Senhor, descendo do Céu, aproximou-se e removeu a pedra, sentando-se sobre ela.
O seu aspecto era como o de um relâmpago; e a sua túnica, branca como a neve.
Os guardas, com medo dele, puseram-se a tremer e ficaram como mortos.
Mas o anjo tomou a palavra e disse às mulheres: «Não tenhais medo. Sei que buscais Jesus, o crucificado; não está aqui, pois ressuscitou, como tinha dito. Vinde, vede o lugar onde jazia e ide depressa dizer aos seus discípulos: 'Ele ressuscitou dos mortos e vai à vossa frente para a Galileia. Lá o vereis.’ Eis o que tinha para vos dizer.»
Afastando-se rapidamente do sepulcro, cheias de temor e de grande alegria, as mulheres correram a dar a notícia aos discípulos.
Jesus saiu ao seu encontro e disse-lhes: «Salve!» Elas aproximaram-se, estreitaram-lhe os pés e prostraram-se diante dele.
Jesus disse-lhes: «Não temais. Ide anunciar aos meus irmãos que partam para a Galileia. Lá me verão.»

Ao ouvir proclamar este Evangelho na Vigília Pascal e depois durante a homilia, lembrei-me das mães, lembrei-me da minha mãe.

Porque me veio ao coração o facto de ter sido dada às mulheres essa primeiríssima missão, de anunciar aos próprios Apóstolos a Ressurreição de Jesus.

Foram as mulheres que tiveram a primeiríssima missão de avisar os Apóstolos que se deviam encontrar com Jesus Cristo Ressuscitado.

Foram as mulheres, sem dúvida, que pressurosamente e sem duvidarem, fizeram o primeiro anúncio àqueles que nasciam para uma vida nova, a vida que haviam de receber do Espírito Santo, depois do seu encontro com Jesus Cristo Ressuscitado.

E então lembrei-me, (por associação de pensamentos do coração), dessas mulheres que são mães, e que acreditando em Jesus Cristo, são sempre as primeiras a d’Ele falarem aos seus filhos.

Ainda com os seus filhos no ventre, e já as mães falam deles a Jesus, e Lhe pedem protecção e amparo para essas vidas que hão-de vir ao mundo.

Pequeninos, bebés frágeis ao seu colo, e essas mulheres, as mães, vão falando com eles, numa linguagem que só eles entendem, falando-lhes em surdina de Jesus, apresentando-os, entregando-os à sua protecção.

Assim que eles vêem, andam, falam e podem entender alguma coisa, logo no primeiro Natal explicam aos seus filhos pequeninos, quem foi Aquele outro Menino que nasceu num presépio em Belém.

E depois … depois, continuam pela vida fora, levando-os aos primeiros encontros com Jesus na catequese familiar e depois na catequese na Igreja.

E não cessam de por eles rezarem e de os exortarem ao encontro pessoal e decisivo com Jesus Cristo Senhor.

Colocam até como maior o amor que os filhos devem ter a Jesus, do que a si próprias, pois sabem que é nesse amor que os filhos podem encontrar a verdadeira felicidade.

E não cessam de fazer sacrifícios, de desistirem do que para si desejam, de darem tudo de si, para que os seus filhos cresçam e sejam felizes e bons.

E sabem, oh se sabem, que o melhor que podem dar aos seus filhos, é um amor forte e fiel a Jesus Cristo, pois reconhecem que é nesse amor que uma boa vida, que uma vida boa, se constrói e edifica.

E como elas, as mães, se desempenham bem desta missão!

Como elas, as mães, têm as palavras e os gestos certos para falarem de Jesus aos seus filhos.

E se não os alcançam para Jesus pelas palavras que lhes dizem, não desistem e oram constantemente, para que Jesus vá ao encontro daqueles que elas tanto amam.

Terá sido por isto, que Deus deu aquela primeiríssima missão de anúncio da Ressurreição às mulheres?

Sem pretensões de interpretação teológica, (pobre de mim, que para tal não tenho conhecimentos), deixo “apenas” o meu coração dizer-me que sim, que foi essa a razão, porque Deus sabe que uma mãe nunca desiste de dar aos seus filhos o melhor de si, o melhor de tudo, e para uma mãe que acredita, o melhor de si que pode dar ao seu filho, é sem dúvida, Jesus Cristo Nosso Senhor, vivo e constantemente presente na vida dele.

Hoje, Dia da Mãe, homenageio assim todas as mães, rezando por elas, as que já o são, as que estão para o ser, e as que ainda o vão ser.

E dou graças infindas a Deus pela mãe que me deu, que tão bem me apresentou a Jesus.

De tal modo O colocou em mim e me apresentou a Ele, que mesmo tendo-me afastado tanto tempo d’Ele, a Ele tive que regressar, sem dúvida para colocar um sorriso de felicidade no rosto da minha mãe, a quem Jesus, (que a tem no seu regaço), diz agora com certeza:
«Conheço esse teu sorriso, mulher!»

Monte Real, 1 de Maio de 2011

Joaquim Mexia Alves

“Bem-aventurado tu, amado Papa João Paulo II, porque acreditaste! Continua do Céu – nós te pedimos – a sustentar a fé do Povo de Deus. Bento XVI na homilia da Missa de beatificação

A “bem-aventurança da fé” de João Paulo II, mas também o seu espírito de oração, e a humildade revelada na provação final do sofrimento físico foram aspectos sublinhados por Bento XVI na Missa de beatificação do Papa Wojtyla, neste II domingo de Páscoa, por ele dedicado à “divina misericórdia”. O actual pontífice evocou o testamento espiritual do novo Beato, na passagem em que dava graças a Deus pelo dom do Concílio Vaticano II, confiando às gerações seguintes “este grande património”.

Partindo do Evangelho do dia, Bento XVI pôs em destaque a “bem-aventurança” pronunciada por Jesus: “Felizes aqueles que não viram e acreditaram”…

“(É) a bem-aventurança da fé, (que) chama de modo particular a nossa atenção, porque estamos reunidos justamente para celebrar uma Beatificação e, mais ainda, porque o Beato hoje proclamado é um Papa, um Sucessor de Pedro, chamado a confirmar os irmãos na fé. João Paulo II é bem-aventurado pela sua fé forte, generosa , apostólica”.

E isto (observou Bento XVI) traz imediatamente à memória outra bem-aventurança: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus». O que é que o Pai celeste revelou a Simão? Que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus vivo. É por esta fé, Simão se torna «Pedro», rocha sobre a qual Jesus pode edificar a sua Igreja.

“A bem-aventurança eterna de João Paulo II, que a Igreja tem a alegria de proclamar hoje, está inteiramente contida nestas palavras de Cristo: «Feliz de ti, Simão» e «felizes os que acreditam sem terem visto». É a bem-aventurança da fé, que também João Paulo II recebeu em dom de Deus Pai, para edificar a Igreja de Cristo.” 

A bem-aventurança da fé, viveu-a de modo particular a Virgem Maria, a Mãe do Redentor. Por isso a louvou santa Isabel: «Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor».

“A bem-aventurança da fé tem o seu modelo em Maria, pelo que a todos nos enche de alegria o facto de a beatificação de João Paulo II ter lugar no primeiro dia deste mês mariano, sob o olhar materno d’Aquela que, com a sua fé, sustentou a fé dos Apóstolos e não cessa de sustentar a fé dos seus sucessores, especialmente de quantos são chamados a sentar-se na cátedra de Pedro.”

Também a segunda Leitura de hoje nos fala da fé (fez notar Bento XVI). Palavras que são precisamente de São Pedro, na sua primeira Carta, indicando aos recém-baptizados as razões da esperança e da alegria: «Vós amais Jesus Cristo sem O terdes conhecido, e, como n’Ele acreditais sem O verdes ainda, estais cheios de alegria indescritível e plena de glória, por irdes alcançar o fim da vossa fé: a salvação das vossas almas». Tudo isto é dito no indicativo, porque existe uma nova realidade, gerada pela ressurreição de Cristo, uma realidade que nos é acessível pela fé, que (como diz o Salmo) é «uma obra admirável que o Senhor realizou aos nossos olhos», os olhos da fé.

Evocando em breves traços, a vida de João Paulo II, Bento XVI recordou a sua participação no Concílio Vaticano II, e o empenho colocado na sua aplicação, como deixou escrito no seu Testamento espiritual (palavras textuais):

«Desejo mais uma vez agradecer ao Espírito Santo pelo grande dom do Concílio Vaticano II, do qual me sinto devedor, juntamente com toda a Igreja e sobretudo o episcopado. Estou convencido de que será concedido ainda por muito tempo, às sucessivas gerações, haurir das riquezas que este Concílio do século XX nos prodigalizou. Como Bispo que participou no evento conciliar, desde o primeiro ao último dia, desejo confiar este grande património a todos aqueles que são, e serão, chamados a realizá-lo”.

E acrescentava ainda João Paulo II, no seu Testamento espiritual: “Pela minha parte, agradeço ao Pastor eterno que me permitiu servir esta grandíssima causa ao longo de todos os anos do meu pontificado”.

“E qual é esta causa? É a mesma que João Paulo II enunciou na sua primeira Missa solene, na Praça de São Pedro, com estas palavras memoráveis: «Não tenhais medo! Abri, melhor, escancarai as portas a Cristo!».

Aquilo que o Papa recém-eleito pedia a todos (sublinhou Bento XVI), começou ele mesmo a fazê-lo:

“(Ele) abriu a Cristo a sociedade, a cultura, os sistemas políticos e económicos, invertendo, com a força de um gigante – força que lhe vinha de Deus –, uma tendência que parecia irreversível. Com o seu testemunho de fé, de amor e de coragem apostólica, acompanhado por uma grande sensibilidade humana, este filho exemplar da Nação Polaca ajudou os cristãos de todo o mundo a não ter medo de se dizerem cristãos, de pertencerem à Igreja, de falarem do Evangelho.”

“Numa palavra (prosseguiu Bento XVI), ajudou-nos a não ter medo da verdade, porque a verdade é garantia de liberdade. Sintetizando ainda mais: deu-nos novamente a força de crer em Cristo, porque Cristo é o Redentor do homem – Redemptor hominis: foi este o tema da sua primeira Encíclica e o fio condutor de todas as outras.”

Preparando a passagem para o terceiro milénio, ele conduziu o povo de Deus a, precisamente por graça de Cristo, a superar "o limiar da esperança"

“Através do longo caminho de preparação para o Grande Jubileu, ele conferiu ao cristianismo uma renovada orientação para o futuro, o futuro de Deus, que é transcendente relativamente à história, mas incide na história. Aquela carga de esperança que de certo modo fora cedida ao marxismo e à ideologia do progresso, João Paulo II legitimamente reivindicou-a para o cristianismo, restituindo-lhe a fisionomia autêntica da esperança, que se deve viver na história com um espírito de «advento», numa existência pessoal e comunitária orientada para Cristo, plenitude do homem e realização das suas expectativas de justiça e de paz.”

Quase a concluir a homilia nesta missa de beatificação do seu predecessor, Bento XVI deu graças a Deus pela possibilidade que teve de com ele colaborar de perto ao longo de 23 anos, serviço que (assegurou) foi “sustentado pela sua profundidade espiritual e pela riqueza das suas intuições”.

“Sempre me impressionou e edificou o exemplo da sua oração: entranhava-se no encontro com Deus, inclusive no meio das mais variadas incumbências do seu ministério. E, depois, impressionou-me o seu testemunho no sofrimento: pouco a pouco o Senhor foi-o despojando de tudo, mas permaneceu sempre uma «rocha», como Cristo o quis. A sua humildade profunda, enraizada na união íntima com Cristo, permitiu-lhe continuar a guiar a Igreja e a dar ao mundo uma mensagem ainda mais eloquente, justamente no período em que as forças físicas definhavam.”

João Paulo II realizava assim “de maneira extraordinária a vocação de todo o sacerdote e bispo: tornar-se um só com aquele Jesus que diariamente recebe e oferece na Eucaristia” – concluiu Bento XVI.

“Bem-aventurado tu, amado Papa João Paulo II, porque acreditaste! Continua do Céu – nós te pedimos – a sustentar a fé do Povo de Deus. Tantas vezes nos deu a benção nesta Praça. Hoje lhe pedimos: Abençoe-nos Santo Padre . Amen.”

(Fonte: site Rádio Vaticano)

Veja aqui no Spe Deus a transmissão em directo de toda a cerimónia de beatificação de João Paulo II (não se esqueça de clicar em LIVE)

Centenas de milhares de pessoas na beatificação de João Paulo II, presidida por Bento XVI

Centenas de milhares de peregrinos enchem completamente a Praça de S. Pedro e ruas adjacentes na manhã deste Domingo para participarem na cerimonia de beatificação de João Paulo II. Uma celebração, com inicio ás 10h00, hora de Roma, que vai ser acompanhada, por 1300 jornalistas televisivos, 230 fotógrafos e mais de 700 de outros meios.

Para além dos peregrinos, o Vaticano espera 87 delegações oficiais, incluindo 16 chefes de Estado, como a Itália, Polónia e o Zimbabwe, com o presidente Robert Mugabe.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, vai representar o executivo português acompanhado pelo embaixador de Portugal junto da Santa Sé, Manuel Tomás Fernandes Pereira.

Também marcam presença, em representação da União Europeia, Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu; Jerzy Buzek, presidente do Parlamento Europeu, e o português Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia.

Do mundo lusófono chegam ainda os vice-presidentes de Angola e do Brasil, respectivamente Fernando da Piedade Dias dos Santos e Michel Temer, para além do presidente do Parlamento de Timor-Leste, Fernando de Araújo.

O anúncio do nome de João Paulo II como novo beato vai acontecer pouco depois do início da missa, presidida pelo Papa Bento XVI, numa cerimónia que inclui a apresentação do pedido formal de beatificação pelo cardeal Agostino Vallini, vigário-geral do Papa para a diocese de Roma.

Segue-se a leitura da biografia de João Paulo II e a fórmula recitada por Bento XVI, na qual se faz o anúncio da data da festa litúrgica.
O Vaticano escolheu o dia 22 de Outubro para a celebração da memória litúrgica do futuro beato, data da missa de início do pontificado de Karol Wojtyla, e vai permitir que, no primeiro ano após a beatificação, seja possível celebrar uma “missa de agradecimento a Deus” em locais e dias “significativos”, por decisão de cada bispo diocesano.

O rito, que se desenvolve rapidamente, prossegue com a colocação das relíquias – uma ampola com sangue de João Paulo II – junto ao altar, transportadas por duas religiosas, a irmã Tobiana, assistente pessoal do papa polaco, e a irmã Marie Simon-Pierre, cuja cura da doença de Parkinson, considerada miraculosa, encerrou o processo de beatificação.

O relicário em que essa ampola vai ser transportada tem a forma de ramos de oliveira e foi feito de propósito, para a ocasião, pelo Departamento de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice, no Vaticano.

Na mesma altura vai ser descerrada uma imagem do novo beato, em tapeçaria, reproduzindo uma foto de 1995, colocada sobre o balcão central da basílica de São Pedro.

Depois da proclamação do novo beato, o cardeal Vallini agradece a Bento XVI, novamente em latim, e juntamente com o postulador vai saudar o papa, terminando assim este momento.

Apenas no final da Missa volta a haver um momento específico da beatificação, quando o papa e os cardeais se deslocarem para dentro da basílica a fim de cumprirem o que é descrito como um “acto de veneração” diante da urna de João Paulo II, colocada em frente ao altar principal.

Este gesto será repetido pelos bispos e as autoridades presentes que assim o desejarem, estando depois a basílica aberta aos participantes na cerimónia.

Como curiosidade, o Vaticano revelou que o único não cardeal a celebrar a Missa com Bento XVI será o bispo Mieczyslaw Mokrzycki, segundo secretário particular do novo beato entre 1995 e 2005.

O cálice da Missa será o que foi usado habitualmente por João Paulo II nos últimos anos de pontificado, tal como as vestes litúrgicas que vão ser utilizadas pelo seu sucessor.

A sepultura dos restos mortais de João Paulo II no andar principal da basílica vai ser feita de forma privada, nesta segunda feira 2 de Maio, na capela de São Sebastião, localizada na nave da basílica do Vaticano, junto da famosa 'Pietà' de Miguel Ângelo.

(Fonte: site Rádio Vaticano)

S. Josemaría sobre esta data:

1 de Maio
Festividade de S. José Operário: “O trabalho de S. José não foi um trabalho que visasse a auto-afirmação, embora a dedicação a uma vida operativa tenha forjado nele uma personalidade madura, bem delineada. O Santo Patriarca trabalhava com a consciência de cumprir a vontade de Deus, pensando no bem dos seus, Jesus e Maria, e tendo presente o bem de todos os habitantes da pequena Nazaré” (Cristo que passa, n.51).

Homilia: 
Na oficina de José

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

HOMILIA DO PAPA JOÃO PAULO II NO INÍCIO DO SEU PONTIFICADO - Domingo, 22 de Outubro de 1978

Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo! (Mt. 16, 16).

Estas palavras foram pronunciadas por Simão, filho de Jonas, na região de Cesareia de Filipe. Sim, ele exprimiu-as na sua própria língua, com uma profunda, vivida e sentida convicção; mas elas não tiveram nele a sua fonte, a sua nascente: .., porque não foram a carne nem o sangue quem to revelaram, mas o Meu Pai que está nos céus (Mt. 16, 17). Tais palavras eram palavras de Fé.

Elas assinalam o início da missão de Pedro na história da Salvação, na história do Povo de Deus. E a partir de então, de uma tal confissão de Fé, a história sagrada da Salvação e do Povo de Deus devia adquirir uma nova dimensão: exprimir-se na caminhada histórica da Igreja. Esta dimensão eclesial da história do Povo de Deus tem as suas origens, nasce efectivamente dessas palavras de Fé e está vinculada ao homem que as pronunciou, Pedro: Tu és Pedro — rocha, pedra — e sobre ti, como sobre uma pedra, Eu edificarei a Minha Igreja (Cfr. Mt. 16, 18).

Hoje e neste lugar é necessário que novamente sejam pronunciadas e ouvidas as mesmas palavras: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!

Sim, Irmãos e Filhos, antes de mais nada estas palavras.

O seu conteúdo desvela aos nossos olhos o mistério de Deus vivo, aquele mistério que o Filho veio colocar mais perto de nós. Ninguém como Ele, de facto, tornou o Deus vivo assim próximo dos homens e ninguém O revelou como o fez só Ele mesmo. No nosso conhecimento de Deus, no nosso caminhar para Deus, estamos totalmente dependentes do poder destas palavras: Quem me vê a Mim, vê também o Pai (Jo. 14, 9). Aquele que é infinito, imperscrutável e inefável veio para junto de nós em Jesus Cristo, o Filho unigénito, nascido de Maria Virgem no presépio de Belém.

O vós, todos os que já tendes a dita inestimável de crer; vós, todos os que ainda andais a buscar a Deus; e vós também, os atormentados pela dúvida:

—  procurai acolher uma vez mais —  hoje e neste local sagrado — as palavras pronunciadas por Simão Pedro. Naquelas mesmas palavras está a fé da Igreja; em tais palavras, ainda, encontra-se a verdade nova, ou melhor, a última e definitiva verdade —   sobre o homem: o filho de Deus vivo. — Tu és o Cristo, Filho de Deus vivo!

Hoje o novo Bispo de Roma inicia solenemente o seu ministério e a missão de Pedro. Nesta Cidade, de facto, Pedro desempenhou e realizou a missão que lhe foi confiada pelo Senhor. Alguma vez, o mesmo Senhor dirigiu-se a ele e disse-lhe: Quando eras mais jovem, tu próprio te cingias e andavas por onde querias; mas quando fores velho, estenderás as mãos e outro cingir-te-á e levar-te-á para onde tu não queres (Jo. 21, 18).

Pedro, depois, veio para Roma! E o que foi que o guiou e o conduziu para esta Urbe, o coração do Império Romano, senão a obediência à inspiração recebida do Senhor? — Talvez aquele pescador da Galileia não tivesse tido nunca vontade de vir até aqui; teria preferido, quiçá, permanecer lá onde estava, nas margens do lago de Genesaré, com a sua barca e com as suas redes. Mas, guiado pelo Senhor e obediente à sua inspiração, chegou até aqui.

Segundo uma antiga tradição (e, qual foi objecto de uma expressão literária magnífica num romance de Henryk Sienkiewicz), durante a perseguição de Nero, Pedro teria tido vontade de deixar Roma. Mas o Senhor interveio e teria vindo ao encontro dele. Pedro, então, dirigindo-se ao mesmo Senhor perguntou: "Quo vadis Domine? — Onde ides, Senhor?". E o Senhor imediatamente lhe respondeu: "Vou para Roma, para ser crucificado pela segunda vez". Pedro voltou então para Roma e aí permaneceu até à sua crucifixão.

Sim, Irmãos e Filhos, Roma é a Sede de Pedro. No decorrer dos séculos sucederam-se nesta Sede sempre novos Bispos. E hoje um outro novo Bispo sobe à Cátedra de Pedro, um Bispo cheio de trepidação e consciente da sua indignidade. E como não havia ele de trepidar perante a grandeza de tal chamamento e perante a missão universal desta Sede Romana?

Depois, passou a ocupar hoje a Sé de Pedro em Roma um Bispo que não é romano, um Bispo que é filho da Polónia. Mas, a partir deste momento também ele se torna romano. Sim, romano! Até porque é filho de uma nação cuja história, desde os seus alvores, e cujas tradições milenárias estão marcadas por um ligame vivo, forte, jamais interrompido, sentido e vivido com a Sé de Pedro, de uma nação que a esta mesma Sé de Roma permaneceu sempre fiel. Oh, como é insondável o desígnio da Divina Providência!

Nos séculos passados, quando o Sucessor de Pedro tomava posse da sua Sede, era colocado sobre a sua cabeça o símbolo do trirregno, a tiara papal. O último a ser assim coroado foi o Papa Paulo VI em 1963, o qual, porém, após o rito solene da coroação, nunca mais usou esse símbolo do trirregno, deixando aos seus sucessores a liberdade para decidirem a tal respeito.

O Papa João Paulo I, cuja memória está ainda tão viva nos nossos corações, houve por bem não querer o trirregno; e hoje igualmente o declina o seu Sucessor. Efectivamente, não é o tempo em que vivemos tempo para se retornar a um rito e àquilo que, talvez injustamente, foi considerado como símbolo do poder temporal dos Papas.

O nosso tempo convida-nos, impele-nos e obriga-nos a olhar para o Senhor e a imergir-nos numa humilde e devota meditação do mistério cio supremo poder do mesmo Cristo.

Aquele que nasceu da Virgem Maria, o filho do carpinteiro — como se considerava —, o Filho de Deus vivo — confessado por Pedro — veio para fazer de todos nós um reino de sacerdotes (Cfr.Ex. 19, 6).

O II Concílio do Vaticano recordou-nos o mistério de um tal poder e o facto de que a missão de Cristo — Sacerdote, Profeta, Mestre e Rei — continua na Igreja. Todos, todo o Povo de Deus é participe desta tríplice missão. E talvez que no passado se pusesse sobre a cabeça do Papa o trirregno, aquela tríplice coroa, para exprimir, mediante tal símbolo, o desígnio do Senhor sobre a sua Igreja; ou seja, que toda a ordem hierárquica da Igreja de Cristo, todo o seu "sagrado poder" que nela é exercitado mais não é do que o serviço, aquele serviço que tem como finalidade uma só coisa: que todo o Povo de Deus seja participe daquela tríplice missão de Cristo e que permaneça sempre sob a soberania do Senhor, a qual não tem as suas origens nas potências deste mundo, mas sim no Pai celeste e no mistério da Cruz e da Ressurreição.

O poder absoluto e ao mesmo tempo doce e suave do Senhor corresponde a quanto é o mais —   profundo do homem, às suas mais elevadas aspirações da inteligência, da vontade e do coração. Esse poder não fala com a linguagem da força, mas exprime-se na caridade e na verdade.

O novo Sucessor de Pedro na Sé de Roma, neste dia, eleva uma prece ardente, humilde e confiante: O Cristo! Fazei com que eu possa tornar-me e ser sempre servidor do Vosso único poder! Servidor do Vosso suave poder! Servidor do vosso poder que não conhece ocaso! Fazei com que eu possa ser um servo! Mais ainda: servo dos Vossos servos.

Irmãos e Irmãs: não tenhais medo de acolher Cristo e de aceitar o Seu poder! E ajudai o Papa e todos aqueles que querem servir a Cristo e, com o poder de Cristo, servir o homem e a humanidade inteira! Não, não tenhais medo! Antes, procurai abrir, melhor, escancarar as portas a Cristo! Ao Seu poder salvador abri os confins dos Estados, os sistemas económicos assim como os políticos, os vastos campos de cultura, de civilização e de progresso! Não tenhais medo! Cristo sabe bem "o que é que está dentro do homem". Somente Ele o sabe!

Hoje em dia muito frequentemente o homem não sabe o que traz no interior de si mesmo, no profundo do seu ânimo e do seu coração, muito frequentemente se encontra incerto acerca do sentido da sua vida sobre esta terra. E sucede que é invadido pela dúvida que se transmuta em desespero. Permiti, pois — peço-vos e vo-lo imploro com humildade e com confiança — permiti a Cristo falar ao homem. Somente Ele tem palavras de vida; sim, de vida eterna.

Precisamente neste dia, a Igreja inteira celebra o seu "Dia Missionário Mundial"; ou seja, reza, medita e age a fim de que as palavras de vida de Cristo possam chegar a todos os homens e por eles sejam. acolhidas como mensagem de salvação, de esperança e de libertação total.

Quero agradecer a todos os presentes, que quiseram assim participar neste acto solene do início do ministério do novo Sucessor de Pedro.

Agradeço do coração aos Chefes de Estado, aos Representantes das Autoridades, às Delegações de Governos, pela sua presença que muito me honra.

Obrigado a Vós, Eminentíssimos Cardeais da Santa Igreja Romana!

Agradeço-vos, amados Irmãos no Episcopado! .

Obrigado a vós, Sacerdotes!

A vós, Irmãs e Irmãos, Religiosas e Religiosos das várias Ordens e Congregações, obrigado!

Obrigado a vós, Romanos!

Obrigado aos peregrinos, vindos aqui de todo o mundo!

E obrigado a todos aqueles que estão unidos a este Rito Sagrado através da Rádio e da Televisão!

E agora (em polaco) dirijo-me a vós, meus queridos compatriotas, Peregrinos da Polónia: aos Irmãos Bispos, tendo à frente o vosso magnífico Primaz; e aos Sacerdotes, Irmãs e Irmãos das Congregações religiosas, polacos, como também a vós, representantes da "Polónia" do mundo todo:

E que vos direi a vós, os que viestes aqui da minha Cracóvia, da Sé de Santo Estanislau, de quem eu fui indigno sucessor durante catorze anos! Que vos direi? — Tudo aquilo que vos pudesse dizer seria pálido reflexo em confronto com quanto sente neste momento o meu coração e sentem igualmente os vossos corações. Deixemos de parte, portanto, as palavras. E que fique apenas o grande silêncio diante de Deus, o silêncio que se traduz em oração.

Peço-vos que estejais comigo! Em Jasna Gora e em toda a parte. Não deixeis nunca de estar com o Papa, que neste dia ora com as palavras do poeta: "Mãe de Deus defendei vós a Límpida Czestochowa e resplandecei na 'Porta Aguda'!" (1). E as mesmas palavras eu as dirijo a vós, neste momento particular.

Fiz um apelo (em italiano) e um convite à oração pelo novo Papa, apelo que comecei a exprimir em língua polaca...

Com o mesmo apelo dirijo-me agora a vós, todos os filhos e todas as filhas da Igreja Católica. Lembrai-vos de mim, hoje e sempre, na vossa oração!

Aos católicos dos países de língua francesa (em francês), exprimo todo o meu afecto e toda a minha dedicação! E permito-me contar com o vosso amparo filial e sem reservas! Oxalá façais novos progressos na fé! Aqueles que não partilham esta fé, dirijo também a minha respeitosa e cordial saudação. Espero que os seus sentimentos de benevolência facilitarão a missão que me incumbe e que não deixa de ter reflexos sobre a felicidade e a paz do mundo!

A todos vós os que falais a língua inglesa (em inglês) envio, em nome de Cristo, uma cordial saudação. Conto com a ajuda das vossas orações e na vossa boa vontade, para levar avante a minha missão de serviço à Igreja e à humanidade. Que Cristo vos dê a Sua graça e a Sua paz, abatendo as barreiras da divisão e de tudo fazendo, n'Ele, uma só coisa.

Dirijo (em alemão) uma afectuosa saudação a todos os representantes dos povos dos países de língua alemã, aqui presentes. Diversas vezes, e ainda recentemente durante a minha visita à República Federal da Alemanha, tive ocasião de conhecer pessoalmente e de apreciar a benéfica actividade da Igreja e dos seus fiéis. Oxalá que o vosso compromisso e o vosso sacrifício por Cristo venham, também no futuro, a tornar-se fecundos para os grandes problemas e as preocupações da Igreja em todo o mundo. É isto o que vos peço, recomendando às vossas especiais orações o meu novo ministério apostólico.

O meu pensamento dirige-se agora para o mundo de língua espanhola (em espanhol), porção tão considerável da Igreja de Cristo. A vós, queridos Irmãos e Filhos, chegue neste momento solene a saudação afectuosa do novo Papa. Unidos pelos vínculos da comum fé católica, sede fiéis à vossa tradição cristã vivida num clima cada vez mais justo e solidário, mantende a vossa conhecida proximidade ao Vigário de Cristo e cultivai intensamente a devoção à nossa Mãe Maria Santíssima.

Irmãos e Filhos de língua portuguesa (em português): Como "servo dos servos de Deus", eu vos saúdo afectuosamente no Senhor. Abençoando-vos, confio na caridade da vossa oração e na vossa fidelidade, para viverdes sempre a mensagem deste dia e deste rito: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!

Que o Senhor, na Sua misericórdia, nos acompanhe a todos com a Sua graça e com o Seu amor pelos homens (em russo).

Com afecto sincero saúdo e abençoo todos os Ucranianos e Rutenos no mundo (em ucraniano).

Do coração saúdo e abençoo os Checos e os Eslovacos, que me estão tão próximos (em língua eslovaca).

Os meus sinceros bons votos para os irmãos Lituanos (em lituano). Sede felizes e fiéis a Cristo.

Abro o coração a todos os Irmãos das Igrejas e das Comunidades Cristãs, saudando-vos (em italiano) em particular a vós, os que estais aqui presentes, na expectativa do próximo encontro pessoal; mas desde já vos quero expressar sincero apreço por haverdes querido assistir a este rito solene.

E quero ainda dirigir-me a todos os homens — a cada um dos homens (e com quanta veneração o apóstolo de Cristo deve pronunciar esta palavra, homem!) :

— rezai por mim!

— ajudai-me, a fim de que eu vos possa servir!

Ámen.

Nota
1) (Ndr.) A famosa porta da cidade de Vilna (outrora Polónia, hoje Lituânia) ao cimo da qual se encontra uma estátua de Nossa Senhora "Mãe de Misericórdia", à qual todos os anos é dedicada uma festa particular no dia 16 de Novembro.

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Como ver a beatificação de João Paulo II através da internet (vídeos em espanhol e inglês)

São José Operário

Basta traçar um paralelo entre a vida cheia de sacrifícios de São José, que trabalhou a vida toda para ver Cristo dar a vida pela humanidade, e a luta dos trabalhadores do mundo todo, lutando para obter o respeito pelos seus direitos mínimos, para entender os motivos que levaram o Papa Pio XII a instituir a festa de "São José Operário", em 1955, na mesma data em que se comemora o dia do trabalhador.

Afinal de contas, esta é uma forma de a Igreja comemorar aquele fatídico dia primeiro de Maio, em Chicago, em que operários de uma fábrica se revoltaram com a situação desumana a que eram submetidos e com o desrespeito que os patrões demonstravam em relação a qualquer direito humano. Eram trezentos e quarenta os que estavam em greve e a polícia, sempre a serviço dos patrões, massacrou-os sem piedade. Mais de cinquenta ficaram gravemente feridos e seis deles foram assassinados no confronto desigual. Foi em homenagem a eles que se consagrou este dia.

São José é o modelo ideal do operário. Sustentou a sua família durante toda a vida com o trabalho artesanal, cumpriu sempre os seus deveres para com a comunidade, ensinou ao filho a profissão de carpinteiro e, desta maneira suada e laboriosa, permitiu que as profecias se cumprissem e que o seu povo fosse salvo, assim como toda a humanidade.

Proclamando São José como protector dos trabalhadores, a Igreja demonstra estar ao lado deles, dando-lhes como patrono o mais exemplar dos homens, aquele que aceitou ser o pai adoptivo do Deus feito homem, mesmo pressentindo o que poderia acontecer à sua família. Em vida, São José lutou pelos direitos da vida humana e, agora, coloca-se ombro a ombro na luta pelos direitos humanos dos trabalhadores do mundo, por meio dos membros da Igreja que aumentam as fileiras dos que defendem os operários e o seu direito a uma vida digna.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Deus vivo

«Ao falarmos do Deus vivo isso significa que este Deus se nos mostra, que a partir da eternidade olha o tempo e estabelece uma relação connosco. Não o podemos definir como nos apetecer. Ele próprio se “definiu” e assim se perfila como Senhor nosso perante nós, sobre nós e no meio de nós»

(Joseph Ratzinger in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)