Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Se Deus está connosco, quem contra nós?

Fui testemunha de como D. Álvaro, nas suas conversas com grupos de pessoas mais ou menos numerosos, animava a procurar vencer, com a ajuda de Deus, nas batalhas diárias. Mesmo que normalmente o esforço se fique por coisas pequenas – pormenores de caridade com o próximo, de aproveitamento do tempo, de acabar bem cada tarefa… – temos de nos empenhar mais nestes combates, como num treino para ganharmos a última batalha, a que nos abrirá as portas da felicidade eterna.

D. Álvaro tinha muito presente um ensinamento que S. Josemaria transmitiu sempre, com especial insistência nos seus últimos anos. Na guerra, dizia o nosso Fundador, pode perder-se uma batalha, duas, três… No fundo, isso não importa desde que se ganhe a última, que é a que decide a sorte. Na vida interior, que é também guerra e batalha, como acabámos de ver, o melhor é não perder nenhuma, porque não sabemos quando vamos morrer. Vão-se desta vida rapazes novos, adolescentes, pessoas cheias de força. E muitas vezes os velhos vão puxando por si durante anos e anos… Mas ninguém sabe quando há de prestar contas a Deus da sua vida.

Por isso, porque quem perde a última batalha perde a guerra, quando estivermos no meio dessas lutas que só Deus Nosso Senhor e cada um de nós conhece (…), quando estivermos numa dessas lutas, havemos de pensar: pode ser a última, e não quero ser tão tolo que, por perder uma batalha, torne inútil toda a minha vida.

Vamos lutar, meus filhos, vamos lutar! Ensinai-o aos outros, porque assim serão felizes: este é o caminho [11].

D. Álvaro não se cansava de repetir que o Senhor pode tudo, e a nós pede-nos que trabalhemos sem medo de falhar. Si Deus pro nobis, quis contra nos? [12] Se Deus está connosco, quem contra nós? perguntava-se muitas vezes, com as palavras de S. Paulo. E também com frequência se referia à luta entre David e Golias, que a Sagrada Escritura narra [13]. Pensava na desproporção existente entre as armas dos dois combatentes: Golias ia armado com lança, escudo e couraça, enquanto David só contava com a sua funda de pastor e umas pedras apanhadas no rio. Contudo, plenamente confiado no poder de Deus, e não nas suas próprias forças, David saiu vencedor naquela prova.

[11]. S. Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 8-IV-1972.
[12]. Rm 8, 31.
[13]. Cfr. 1 Sm 17, 39-51.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de agosto de 2014)

© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

A importância da sinergia entre a Igreja e a família na transmissão da fé

A estrutura do Baptismo, a sua configuração como renascimento no qual recebemos um nome novo e uma vida nova, ajuda-nos a compreender o sentido e a importância do Baptismo das crianças. Uma criança não é capaz de um acto livre que acolha a fé: ainda não a pode confessar sozinha e, por isso mesmo, é confessada pelos seus pais e pelos padrinhos em nome dela. A fé é vivida no âmbito da comunidade da Igreja, insere-se num « nós » comum. Assim, a criança pode ser sustentada por outros, pelos seus pais e padrinhos, e pode ser acolhida na fé deles que é a fé da Igreja, simbolizada pela luz que o pai toma do círio na liturgia baptismal. Esta estrutura do Baptismo põe em evidência a importância da sinergia entre a Igreja e a família na transmissão da fé. Os pais são chamados — como diz Santo Agostinho — não só a gerar os filhos para a vida, mas a levá-los a Deus, para que sejam, através do Baptismo, regenerados como filhos de Deus, recebam o dom da fé.[38] Assim, juntamente com a vida, é-lhes dada a orientação fundamental da existência e a segurança de um bom futuro; orientação esta, que será ulteriormente corroborada no sacramento da Confirmação com o selo indelével do Espírito Santo.

[38] Cf. De nuptiis et concupiscentia, I, 4, 5: PL 44, 413 (« Habent quippe intentionem generandi regenerandos, ut qui ex eis saeculi filii nascuntur in Dei filios renascantur »).

Lumen Fidei, 43

«Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo»

Imitação de Cristo, tratado espiritual do século XV, Livraria Moraes, 1959 
Livro II, cap. 11


Jesus tem agora muitos que amam o seu reino, mas poucos que gostem de carregar a sua cruz. Tem muitos que desejam consolação, mas poucos tribulação. Encontra bastantes companheiros de mesa, mas poucos de abstinência. Todos desejam alegrar-se com Ele, mas poucos querem suportar por Ele alguma coisa. Muitos seguem Jesus até à fracção do pão, mas poucos até ao beber do cálice da Paixão. Muitos veneram os seus milagres, mas poucos seguem a ignomínia da Cruz. Muitos amam a Jesus, enquanto as adversidades não os tocam. Muitos O louvam e bendizem enquanto dele recebem quaisquer consolações, mas se Jesus Se esconder e os abandonar um pouco, caem nos queixumes ou em grande abatimento.

Aqueles, porém, que amam Jesus por Jesus, e não por si próprios, bendizem-No em toda a tribulação e angústia, tal como na maior consolação. E, ainda que Ele nunca lhes quisesse dar consolação, louvá-Lo-iam sempre e sempre Lhe quereriam dar graças. Oh, quanto pode o puro amor a Jesus, não misturado a nenhuma comodidade pessoal ou amor próprio!

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 8 de agosto de 2014

Então, Jesus disse aos Seus discípulos: «Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Porque quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a sua vida por amor de Mim, acha-la-á. Pois, que aproveitará a um homem ganhar todo o mundo, se vier a perder a sua alma? Ou que dará um homem em troca da sua alma? Porque o Filho do Homem há-de vir na glória de Seu Pai com os Seus anjos, e então dará a cada um segundo as suas obras. Em verdade vos digo que, entre aqueles que estão aqui presentes, há alguns que não morrerão antes que vejam vir o Filho do Homem com o Seu reino».

Mt 16, 24-28