Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Deus chama-vos a servi-Lo em e a partir das tarefas civis

O mundo espera-nos. Sim! Amamos apaixonadamente este mundo, porque Deus assim no-lo ensinou: "sic Deus dilexit mundum...", Deus amou assim o mundo; e porque é o lugar do nosso campo de batalha – uma formosíssima guerra de caridade – para que todos alcancemos a paz que Cristo veio instaurar. (Sulco, 290)

Tenho ensinado constantemente com palavras da Sagrada Escritura: o mundo não é mau porque saiu das mãos de Deus, porque é uma criatura Sua, porque Iavé olhou para ele e viu que era bom [Cfr. Gen. 1, 7 e ss.]. Nós, os homens, é que o tornamos mau e feio, com os nossos pecados e as nossas infidelidades. Não duvideis, meus filhos: qualquer forma de evasão das honestas realidades diárias é, para vós, homens e mulheres do mundo, coisa oposta à vontade de Deus.

Pelo contrário, deveis compreender agora – com uma nova clareza – que Deus vos chama a servi-Lo em e a partir das ocupações civis, materiais, seculares da vida humana: Deus espera-nos todos os dias no laboratório, no bloco operatório, no quartel, na cátedra universitária, na fábrica, na oficina, no campo, no lar e em todo o imenso panorama do trabalho. Ficai a saber: escondido nas situações mais comuns há um quê de santo, de divino, que toca a cada um de vós descobrir.

Eu costumava dizer àqueles universitários e àqueles operários que vinham ter comigo por volta de 1930 que tinham que saber materializar a vida espiritual. Queria afastá-los assim da tentação, tão frequente então como agora, de viver uma vida dupla: a vida interior, a vida de relação com Deus, por um lado; e por outro, diferente e separada, a vida familiar, profissional e social, cheia de pequenas realidades terrenas.

Não, meus filhos! Não pode haver uma vida dupla; se queremos ser cristãos, não podemos ser esquizofrénicos. Há uma única vida, feita de carne e espírito, e essa é que tem de ser - na alma e no corpo - santa e cheia de Deus, deste Deus invisível que encontramos nas coisas mais visíveis e materiais.

Não há outro caminho, meus filhos: ou sabemos encontrar Nosso Senhor na nossa vida corrente ou nunca O encontraremos Por isso posso dizer-vos que a nossa época precisa de restituir à matéria e às situações que parecem mais vulgares o seu sentido nobre e original, colocá-las ao serviço do Reino de Deus, espiritualizá-las, fazendo delas o meio e a ocasião do nosso encontro permanente com Jesus Cristo. (Temas Actuais do Cristianismo, 114)

São Josemaría Escrivá

Nossa Senhora de África

A devoção a Nossa Senhora de África teria nascido a partir da presença portuguesa em Ceuta. Com efeito, o mais antigo lugar de culto com esta designação encontra-se naquela cidade do norte de África e a sua construção inicial data do século XV. O edifício, hoje santuário, foi reconstruído no século XVIII e nele se venera uma imagem, aparentemente bizantina, que uma tradição liga ao imperador Justiniano e ao governador desta província, Procópio. A invasão muçulmana teria interrompido o seu culto.

Outra tradição liga-a ao Infante D. Henrique, que a teria oferecido a Ceuta com o pedido para que todos os sábados se rezasse por sua alma. A tradição da “sabatina”, ainda hoje viva em Ceuta, poderia ter tal origem.

A imagem tem na mão um bastão com nós, oferecido pelo último governador português de Ceuta.

Outro polo importante de irradiação da devoção a Nossa Senhora de África situa-se na Argélia e nasceu da devoção de duas missionárias francesas do século XIX. Indo ajudar o bispo local, não encontraram por aquelas terras nenhum santuário mariano. Por isso, colocaram uma pequena imagem da Virgem sobre uma oliveira nas proximidades de Argel. Pouco a pouco, o lugar transformou-se num centro de peregrinação por parte de numerosos devotos de Nossa Senhora. As piedosas mulheres recolheram dinheiro e construíram uma capela provisória em 1857.

O atual santuário foi concluído em 1872 sobre um promontório que domina o mar e a cidade de Argel. Numerosos são os peregrinos que o visitam.

Hoje em dia, a devoção a Nossa Senhora de África estende-se a numerosos países daquele continente. A iconografia representa-a, ora como uma mulher de tês morena, ora como uma negra, mas sempre com o Menino nos braços.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)