Excelências, queridos Embaixadores, Senhoras e Senhores!
Dou-vos as boas vindas e agradeço a vossa presença tão numerosa e atenta neste encontro tradicional que nos permite trocar entre nós votos de que o ano, há pouco iniciado, seja um tempo de alegria, prosperidade e paz para todos. Expresso-os ao Decano do Corpo Diplomático, Sua Excelência o Senhor Armindo Fernandes do Espírito Santo Vieira, Embaixador de Angola, com um sentimento de especial gratidão pelas deferentes palavras de saudação que me dirigiu em nome de todo o Corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé, que recentemente se viu ampliado na sequência do estabelecimento de relações diplomáticas com a República Islâmica da Mauritânia, ocorrido há um mês. Desejo igualmente exprimir a minha gratidão aos numerosos Embaixadores residentes na Urbe, tendo o seu número aumentado durante o último ano, e também aos Embaixadores não residentes, que hoje, com a sua presença, pretendem sublinhar os vínculos de amizade que unem os seus povos à Santa Sé. Ao mesmo tempo, gostaria de deixar uma palavra de condolências ao Embaixador da Malásia, recordando o seu antecessor, Dato’ Mohd Zulkephli Bin Mohd Noor, falecido em fevereiro passado.
Ao longo do ano passado, as relações entre os vossos países e a Santa Sé puderam aprofundar-se ainda mais com as gratas visitas de numerosos chefes de Estado e de governo, muitas delas em concomitância com os vários eventos que constelaram o Jubileu extraordinário da Misericórdia, recentemente concluído. Vários foram também os Acordos bilaterais assinados ou ratificados, quer de carácter geral, visando reconhecer o estatuto jurídico da Igreja, com a República Democrática do Congo, República da África Central, Benim e com Timor-Leste, quer de caráter mais específico como o Avenant assinado com a França, ou a Convenção em matéria fiscal com a República Italiana, que entrou recentemente em vigor, e ainda o Memorando de Acordo entre a Secretaria de Estado e o Governo dos Emiratos Árabes Unidos. Além disso, na perspetiva do empenho da Santa Sé por respeitar as obrigações assumidas pelos acordos subscritos, foi também dada plena implementação ao Comprehensive Agreement com o Estado da Palestina, que entrou em vigor há um ano.