O nosso Padre, quando o Senhor chamava à Sua presença alguma filha ou algum filho seu ainda jovem, protestava filialmente e sentia uma profunda dor, mas logo a seguir, aceitava a Vontade divina, que sabe o que realmente nos convém. E rezava: Fiat, adimpleátur..., faça-se cumpra-se, seja louvada e eternamente exaltada a justíssima e amabilíssima Vontade de Deus sobre todas as coisas! Amen. Amen [15]. E alcançava a paz.
Todos estes pensamentos devem sempre estar unidos à consideração de que a omnipotência de Deus nos devolverá a vida: vita mutátur, non tóllitur [16], a vida muda, não acaba. A segurança de nos sabermos perto de Deus, com todas as ajudas que, nesses momentos finais, a nossa Mãe Igreja nos dispensa, há de levar-nos a raciocinar assim: Senhor, eu acredito que ressuscitarei. Eu creio que o meu corpo se voltará a unir à minha alma, para reinar eternamente Contigo: pelos Teus méritos infinitos, por intercessão da Tua Mãe, pela predileção que tiveste comigo [17].
Filhas e filhos meus, esforcemo-nos por transmitir esta alegria e esta segurança da fé. Rezemos em cada dia pelas pessoas que irão render a alma ao Senhor, para que se abram à graça abundantíssima que Deus, por intercessão da Sua Mãe Santíssima, concede nesses momentos. E continuemos a rezar pela santidade de todas as famílias na Terra, para que as conclusões deste Sínodo nos animem a seguir com total fidelidade os desígnios de salvação que o Senhor inscreveu no próprio núcleo do casamento e da família.
Gostava que cada um meditasse na sabedoria da santa Igreja, que uniu a solenidade de Todos os Santos ao dia dedicado à comemoração de todos os fiéis defuntos, que é no dia seguinte: saboreai a alegria celestial que enche a liturgia deste mês e de todo o ano.
[15]. S. Josemaria, Forja, n. 769.
[16]. Missal Romano, Prefácio de defuntos I.
[17]. S. Josemaria, Notas de uma meditação, 13-XII-1948.
(D. Javier Echevarría na carta do mês de novembro de 2015)
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