Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Caminho da beleza

Talvez vos tenha acontecido algumas vezes, diante de uma escultura, de um quadro, de certos versos de uma poesia ou de uma peça musical, sentir uma emoção íntima, ter uma sensação de alegria, ou seja, sentir claramente que diante de vós não havia apenas matéria, um pedaço de mármore ou de bronze, uma tela pintada, um conjunto de letras ou um cúmulo de sons, mas algo maior, algo que «fala», capaz de sensibilizar o coração, de comunicar uma mensagem e de elevar a alma. Uma obra de arte é fruto da capacidade criativa do ser humano, que se interroga diante da realidade visível, procura descobrir o seu sentido profundo e comunicá-lo através da linguagem, das formas, das cores e dos sons. A arte é capaz de expressar e de tornar visível a necessidade que o homem tem de ir além daquilo que se vê, pois manifesta a sede e a busca do infinito. Aliás, é como uma porta aberta para o infinito, para uma beleza e para uma verdade que vão mais além da vida quotidiana. E uma obra de arte pode abrir os olhos da mente e do coração, impelindo-nos rumo ao alto.

Mas existem expressões artísticas que constituem verdadeiros caminhos que conduzem a Deus, à Beleza suprema, aliás, são uma ajuda a crescer na relação com Ele, na oração. Trata-se das obras que nascem da fé e que expressam a fé. Podemos ter um exemplo, quando visitamos uma catedral gótica: sentimo-nos arrebatados pelas linhas verticais que se perfilam rumo ao céu e atraem para o alto o nosso olhar e o nosso espírito enquanto, ao mesmo tempo, nos sentimos pequenos, e no entanto desejosos de plenitude... Ou então quando entramos numa igreja românica: somos convidados de modo espontâneo ao recolhimento e à oração. Compreendemos que nestes edifícios maravilhosos está como que encerrada a fé de gerações. Ou ainda, quando ouvimos uma peça de música sacra, que faz vibrar as cordas do nosso coração, a nossa alma é como que dilatada e ajudada a dirigir-se a Deus. Volta-me ao pensamento um concerto de músicas de Johann Sebastian Bach, em Munique da Baviera, dirigido por Leonard Bernstein. No final da última peça, uma das Cantatas, senti, não por raciocínio mas no profundo do coração, que quanto eu ouvira me tinha transmitido a verdade, a verdade do sumo compositor, impelindo-me a dar graças a Deus. Ao meu lado estava o bispo luterano de Munique e, espontaneamente, eu disse-lhe: «Ouvindo isto, compreende-se: é verdadeiro; são verdadeiras a fé tão forte, e a beleza que a presença da verdade de Deus exprime de maneira irresistível». Mas quantas vezes quadros ou afrescos, fruto da fé do artista, nas suas formas, nas suas cores e na sua luz, nos impelem a dirigir o pensamento para Deus e fazem aumentar em nós o desejo de beber na fonte de toda a beleza. Permanece profundamente verdadeiro aquilo que foi escrito por um grande artista, Marc Chagall, ou seja, que durante séculos os pintores molharam o seu pincel naquele alfabeto colorido que é a Bíblia. Então, quantas vezes as expressões artísticas podem ser ocasiões para nos recordarmos de Deus, para nos ajudar na nossa oração ou também na conversão do coração! Paul Claudel, dramaturgo e diplomata francês, poeta famoso na Basílica de Notre Dame em Paris, em 1886, precisamente ouvindo o canto do Magnificat durante a Missa de Natal, sentiu a presença de Deus. Não tinha entrado na igreja por motivos de fé, mas precisamente para procurar argumentos contra os cristãos e, no entanto, a graça de Deus agiu no seu coração.

Bento XVI, audiência geral, 31.08.2011

Sabedoria

A leitura assídua das Sagradas Escrituras ainda que lidas e relidas ao longo da vida são sempre fonte de conhecimento e de sabedoria e da cada vez que o fazemos aproximamo-nos Dele e aprendemos algo de novo que nos torna melhores servidores dos Seus desígnios.

JPR

«O princípio da sabedoria é o sincero desejo de ser instruído por ela, e desejar instruir-se é já amá-la.

Mas amá-la é obedecer às suas leis, e obedecer às suas leis é garantia de incorruptibilidade. E a incorruptibilidade aproxima-nos de Deus»

(Livro da Sabedoria 6, 17-19)

«A natureza intelectual da pessoa humana aperfeiçoa-se por meio da sabedoria, que impele com suavidade a mente do homem para a busca e o amor da verdade e do bem. Penetrado por ela, o homem é guiado através das coisas visíveis para as invisíveis»

(Conc. Vaticano II – Gaudium et spes, nº 15)

“A música convida a elevar espírito e coração a Deus e pode tornar-se oração”

“A grande música distende o espírito, convida a elevar a Deus a mente e o coração, nas diversas situações. A música pode tornar-se oração”: Bento XVI, neste sábado à tarde (17.10.2009), num concerto da pianista chinesa Jin Ju, na Aula Paulo VI, no Vaticano.

Um concerto oferecido ao Papa, agora Emérito, pela Academia Internacional de Piano, de Imola, no centro da Itália, e em que foram utilizados sete pianos de diferentes épocas, da centena destes instrumentos que possui esta associação artística. Foram executadas músicas de J. S. Bach, Mozart, Czerny, Beethoven, Chopin, Tchaikovsky e Franz Liszt.

“Este concerto permitiu-nos, uma vez mais, saborear a beleza da música, linguagem espiritual e portanto universal, veículo especialmente favorável à compreensão e à união entre pessoas e povos”.

“A música faz parte de todas as culturas e, poderíamos dizer, acompanha todas as experiências humanas, do sofrimento ao prazer, do ódio ao amor, da tristeza à alegria, da morte à vida. No decurso dos séculos a música sempre foi utilizada para dar forma àquilo que não se consegue fazer com as palavras, porque suscita emoções de outro modo difíceis de comunicar”.

“Não é um acaso que todas as civilizações tenham dado importância e valor à música nas duas várias formas e expressões”.

“A música, a grande música, distende o espírito, suscita sentimentos profundos e convida como que naturalmente a elevar o espírito e o coração até Deus, em cada situação, feliz ou triste, da existência humana. A música pode-se tornar oração.

(Fonte: site Radio Vaticano)

Hino a Santa Cecília


Evangelho do dia 22 de novembro de 2018

Quando chegou perto, ao ver a cidade, chorou sobre ela, dizendo: «Se ao menos neste dia que te é dado, tu também conhecesses o que te pode trazer a paz!... Mas agora isto está encoberto aos teus olhos. Porque virão para ti dias em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, te sitiarão, te apertarão por todos os lados, te deitarão por terra a ti e aos teus filhos que estão dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo em que foste visitada».

Lc 19, 41-44