Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 29 de maio de 2022

Homenagem de Bento XVI em agosto de 2008 ao Papa Paulo VI que a Igreja festeja nesta data

Pedindo uma maior atenção e recolhimento Sua Santidade convidou os presentes a “recordar juntos o fiel Servo de Deus Papa Paulo VI, do qual dentro de três dia celebraremos o 30º aniversário da sua morte. Como supremo Pastor da Igreja, Paulo VI guiou o povo de Deus à contemplação do rosto de Cristo, Redentor do homem e Senhor da história”.

“Precisamente – acrescentou – a amorosa orientação da mente e do coração para Cristo foi um dos pontos cardeais do Concílio Vaticano II. No centro de tudo está sempre e só Cristo: Ele está no centro das Sagradas Escrituras e da Tradição, no coração da Igreja, do mundo e de todo o universo”.

O Santo Padre realçou que “a Divina Providência chamou a Giovanni Battista Montini da Cátedra (Arquidiocese) de Milão à de Roma no momento mais delicado do Concílio. Como não agradecer ao Senhor pela sua profícua e valiosa ação pastoral? Podemos afirmar com o Apóstolo Paulo que a graça de Deus nele 'não foi em vão', fez prevalecer os seus dotes de grande inteligência e o seu apaixonado amor pela Igreja e pelos homens”.

A concluir invocou “a maternal intercessão de Maria para que nos faça fieis aos ensinamentos e ao testemunho de santidade deste inesquecível Pontífice”.

(Fonte: ACIprensa, tradução e adaptação a partir da edição online em espanhol de JPR)

Ascenção

Prosseguindo com a exposição dos artigos do Credo, aprofundemos no mistério da Ascensão do Senhor. Cremos, com efeito, que Jesus Cristo, depois da Ressurreição, subiu ao Céu onde está sentado à direita do Pai [1]. Esta solenidade que celebraremos neste mês – na quinta-feira, dia 9, ou no domingo, dia 12, nos países onde foi transferida – deve ser para to­dos uma paragem, recordando-nos o fim ditoso a que estamos chamados. Esta verdade recor­da-nos ao mesmo tempo um facto histórico e um acontecimento de salvação. Como facto histórico, a Ascensão «marca a entrada definitiva da humanidade de Jesus no domínio celeste de Deus, de onde há de voltar, mas que, entretanto, O oculta aos olhos dos homens» [2]. Agora, está presente na Eucaristia de modo sacramental, mas, no seu ser natural, encontra-se apenas no Céu, de onde virá no fim dos tempos, cheio de glória e majestade, para julgar a todos.

O Evangelista que relata com mais pormenor este acontecimento é S. Lucas. No início dos Atos dos Apóstolos, escreve que o Senhor, depois da Sua Paixão, lhes apareceu vivo [aos Apóstolos e aos outros discípulos], e deu-lhes disso numerosas provas, com as Suas aparições, durante quarenta dias, falando-lhes também a respeito do Reino de Deus [3]. Narra ainda que, durante uma das aparições aos Apóstolos, o Senhor lhes abriu o entendimento para que compreendessem as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e ressuscitar dentre os mortos, ao terceiro dia, e que se anuncie, em Seu nome, a conversão para o perdão dos pecados a todos os povos, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas destas coisas [4].


S. Josemaria considerou muitas vezes estas cenas, nas reuniões familiares que costu­mava ter com numerosas pessoas. Numa ocasião, por exemplo, convidava os que o ouviam a pensar no Senhor depois da Ressurreição, quando falava de muitas coisas, de tudo o que os Seus discípulos Lhe perguntavam. Aqui estamos a imitá-Lo um pouco, porque vós e eu somos discípulos do Senhor e queremos trocar impressões [5]. E noutra altura, acrescen­tava: falava com eles, como falamos nós agora, aqui, assim! Isso é a contemplação: convívio com Deus. E a contemplação e o convívio com Deus levam-nos a cuidar das almas, a ter sede de trazer para Cristo os que se afastaram [6].

[1]. Missal Romano, Símbolo Niceno-Constantinopolitano.
[2]. Catecismo da Igreja Católica, n. 665.
[3]. At 1, 3.
[4]. Lc 24, 46-48.
[5]. S. Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 29-X-1972.
[6]. S. Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 3-XI-1972.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de maio de 2013)

A Ascenção

Os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha designado. Ao verem-No, adoraram-No, mas houve alguns que duvidaram. Aproximou-Se Jesus e falou-lhes nestes termos: Foi-Me dado todo o poder no Céu e na Terra. Ide, pois, doutrinai todas as gentes, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-as a observar tudo o que vos mandei. Sabei que Eu estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos (Mt 28, 16-20).

Mas, quando o Espírito Santo vier sobre vós, recebereis uma força e sereis Minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da Terra.

Dito isto, elevou-Se à vista deles e uma nuvem subtraiu-O a seus olhos (Act 1, 8-9).

Corredimir com Cristo
«Cristo subiu aos céus, mas transmitiu a tudo o que é honestamente humano a possibilidade concreta de ser redimido. (…) Não me cansarei de repetir, portanto, que o mundo é santificável e que a nós, cristãos, nos toca especialmente essa tarefa, purificando-o das ocasiões de pecado com que os homens o tornam feio, e oferecendo-o ao Senhor como Hóstia espiritual, apresentada e dignificada com a graça de Deus e o nosso esforço. Em rigor, não se pode dizer que haja nobres realidades exclusivamente profanas, uma vez que o Verbo se dignou assumir uma natureza humana íntegra e consagrar a Terra com a sua presença e com o trabalho das suas mãos. A grande missão que recebemos, no Baptismo, é a co-redenção. Urge-nos a caridade de Cristo (Cfr. 2 Cor 5, 14) para tomar sobre os nossos ombros uma parte dessa tarefa divina de resgatar as almas. (…)

Uma grande tarefa
Temos uma grande tarefa à nossa frente. Não é possível a atitude de ficarmos passivos porque o Senhor declarou expressamente: negociai até eu vir (Lc 19, 13). Enquanto esperamos o regresso do Senhor que voltará a tomar posse plena do seu Reino não podemos estar de braços cruzados. A extensão do Reino de Deus não é só tarefa oficial dos membros da Igreja que representam Cristo, por d’Ele terem recebido os poderes sagrados. Vos autem estis corpus Christi (1 Cor. 12, 27), vós também sois Corpo de Cristo, ensina-nos o Apóstolo, com o mandato concreto de negociar até ao fim.

Ainda está tanta coisa por fazer. Será que em vinte séculos não se fez nada? Em vinte séculos trabalhou-se muito. Não me parece, nem objectivo nem honrado o afã de alguns em menosprezar a tarefa daqueles que nos precederam. Em vinte séculos realizou-se um grande trabalho, e, com frequência, foi muito bem realizado. Outras vezes houve desacertos, regressões, como também há agora retrocessos, medo, timidez, ao mesmo tempo que não falta valentia, generosidade. Mas a família humana renova-se constantemente; em cada geração é preciso continuar com o empenho de ajudar o homem a descobrir a grandeza da sua vocação de filho de Deus e é necessário inculcar o mandamento do amor ao Criador e ao nosso próximo».

(S. Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 120-121)

No coração de cada pessoa
«Nunca falo de política. Não penso na tarefa dos cristãos na terra como o nascer duma corrente político-religiosa – seria uma loucura -, nem mesmo com o bom propósito de difundir o espírito de Cristo em todas as actividades dos homens. O que é preciso é pôr em Deus o coração de cada um, seja ele quem for. Procuremos falar a todos os cristãos, para que no lugar onde estiverem – em circunstâncias que não dependem apenas da sua posição na Igreja ou na vida civil, mas do resultado das mutáveis situações históricas -, saiba dar testemunho, com o exemplo e com a palavra, da fé que professam.

O cristão vive no mundo com pleno direito, por ser homem. Se aceita que no seu coração habite Cristo, que reine Cristo, em todo o seu trabalho humano encontrar-se-á – bem forte – a eficácia salvadora do Senhor. Não tem qualquer importância que essa ocupação seja, como costuma dizer-se, alta ou baixa, porque um máximo humano pode ser, aos olhos de Deus, uma baixeza, e o que chamamos baixo ou modesto pode ser um máximo cristão de santidade e serviço».

(S. Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 183)