“que formosos são os pés dos que anunciam boas novas!” (Rom 10, 15)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!
Se não procuras a intimidade com Cristo na oração e no Pão, como podes dá-Lo a conhecer? (Caminho, 105)
Escreveste-me e compreendo-te: "Faço todos os dias o meu 'bocadinho' de oração. Se não fosse isso!...". (Caminho, 106)
Santo, sem oração?!... – Não acredito nessa santidade. (Caminho, 107)
Dir-te-ei, plagiando a frase de um autor estrangeiro, que a tua vida de apóstolo vale o que valer a tua oração. (Caminho, 108)
Desejo que o teu comportamento seja como o de Pedro e o de João: que leves à tua oração, para falar com Jesus, as necessidades dos teus amigos, dos teus colegas... e que depois, com o teu exemplo, possas dizer-lhes "Respice in nos!" – Olhai para mim! (Forja, 36)
O Evangelista S. Lucas conta que Jesus estava a orar... Como seria a oração de Jesus!
Contempla devagar esta realidade: os discípulos têm intimidade com Jesus e, nessas conversas, Nosso Senhor ensina-lhes – também com as obras – como hão-de rezar, e o grande portento da misericórdia divina: que somos filhos de Deus e que podemos dirigir-nos a Ele, como um filho fala com o Pai. (Forja, 71)
Ao acometer cada jornada para trabalhar junto de Cristo e atender tantas almas que o procuram, convence-te de que não há mais do que um caminho: recorrer a Nosso Senhor.
Somente na oração e com a oração aprendemos a servir os outros! (Forja, 72)
No meio de tanta tragédia por esse mundo fora, dá gosto a evolução em contracorrente, em certas regiões. O acolhimento do Papa em Cuba, na ONU e nos EUA superou o de viagens de pontífices anteriores aos mesmos sítios.
A ditadura cubana, que recebeu João Paulo II de má cara, só porque não teve outro remédio, acolheu Francisco como um herói. O Congresso dos EUA, frio até agora, ouviu pela primeira vez um Papa e depois ovacionou-o, apesar da frontalidade com que ele falou. Pela primeira vez, os responsáveis daquele país, tão insuspeitos de simpatia pela Igreja, trataram o Papa como a referência ética mundial. E a ONU igual.
Aos poucos, o mundo melhora. Também há mudanças para pior, mas não vou falar dessas.
O efeito-Francisco na ONU lembra o que aconteceu há 30 anos. Era o dia 26 de Outubro de 1985, o ponto culminante das cerimónias do 40º aniversário das Nações Unidas. Agendaram para esse dia a estreia de um filme sobre a Madre Teresa de Calcutá e convidaram-na a estar presente. Não estava previsto que falasse, mas deram-lhe a palavra. O Secretário-geral da altura, Pérez de Cuéllar, apresentou-a como «a mulher mais poderosa do planeta». Embora a Madre Teresa não parecesse uma mulher deste planeta. Pelo menos, não sabia que a ONU tinha votado que não se podia rezar naquele espaço. Na sua ingenuidade, a Madre Teresa distribuiu folhinhas pela sala (que tem 1800 lugares) e pediu a todos que a acompanhassem a rezar aquela oração pela paz. O então cardeal de Nova York relata que assistiu ao coro insólito dos representantes do mundo pedindo a Deus o dom da paz (compensa ver os 3 minutos no youtube, pesquisando em 'madre teresa' 'onu' '1985'). [N. Spe Deus: vide vídeo abaixo) Em condições normais, muitos países teriam rejeitado a extravagância, mas a ONU estava diferente naquele dia: o cardeal de Nova York conta como os aplausos se prolongavam e alguns delegados escondiam as lágrimas.
Foi só naquele dia. Depois do brilho fulgurante daquele cometa extra-terrestre, as delegações voltaram à frieza dos seus cálculos. Esqueceram tudo? É difícil saber. Houve talvez pequenos passos, reacções pessoais, o zumbido persistente de uma pergunta sem cura: a minha vida poderia ser diferente?
A irrupção do Papa Francisco em Cuba, na ONU e nos EUA foi assim, inesperada e surreal. Arqui-adversários da Igreja comoveram-se, a tal ponto que disseram exactamente o contrário do que lhes costumamos ouvir. Vai durar?
Li há pouco uma biografia da Madre Teresa, com os seus feitos e fracassos. Também este Papa teve insucessos, por exemplo quando uns dissidentes cubanos classificaram o fim do embargo como uma traição, porque o regime cairia mais depressa se continuasse a haver fome.
Alguns esforços da Madre Teresa também foram infrutíferos. O caso que mais me impressionou foi o seu empenho de ajudar Mons. Marcel Lefebvre, tradicionalista e depois cismático. Escreveu-lhe cinco cartas e ele não respondeu a nenhuma.
Nesta vida, há certamente tentações de libertinagem, mas há também o risco da dureza árdua, que esfria a ternura e impede de ver o bem. O mal agiganta-se e inquina toda a paisagem. A reacção instintiva é condenar. Se alguém dá um pequeno passo em direcção ao bem, isso parece tão insuficiente que se considera um sarcasmo.
A experiência faz pensar. Como é possível que os soviéticos tivessem mais atenções com a Madre Teresa que homens de imensa devoção? Os terríveis carrascos do século XX alteraram a legislação para que as freiras abrissem conventos em Moscovo; os que eram tão firmes a condenar o mal nem lhe responderam às cartas.
Deus nos livre de cair numa tal aversão ao mal que deixemos de sentir alegria pelo imenso bem que acontece à nossa volta. No limite, até a voz do Papa nos poderia causar tristeza.
«Este é o vosso dever: dar graças a Deus nas vossas orações, tanto pelos benefícios que estais conscientes de ter recebido, como pelos que tendes recebido de Deus sem o saber».
(Homilia sobre Col, ad loc. – São João Crisóstomo)
Agradeço-Te Senhor no dia de hoje em particular, pele enorme alegria que trouxeste à minha família neste mesmo dia no ano da 1991, sobretudo ao meu filho, que hoje celebra também o seu 47º aniversário natalício e pelo qual Te estou igualmente profundamente grato.
A Tua graça e bondade quiseram que descesse sobre o meu filho a Tua bênção e proteção.
DANIEL COMBONI nasce em Limone sul Garda (Itália) a 15 de Março de 1831. Abre-se ao ideal missionário no Instituto do P. Mazza, em Verona. Em 1849 consagra a sua vida à África. Ordenado sacerdote em 1854, parte três anos depois para o continente africano. Confiante em que os africanos se tornariam obreiros da própria evangelização, dá vida a um projeto que tem como finalidade Salvar a África com a África (Plano de 1864). Fiel ao lema "África ou morte", apesar das dificuldades prossegue no seu desígnio. Funda, em 1867, o Instituto dos Missionários Combonianos e, em 1872, o das Missionárias Combonianas. Voz profética, anuncia à Igreja inteira, particularmente na Europa, que chegou a hora da salvação dos povos da África. Por isso, e apesar de ser um simples sacerdote, apresenta-se no Concílio Vaticano I para pedir aos bispos que cada Igreja local se comprometa na conversão da África (Petição, 1870). Em 1877 é consagrado bispo da África central. Consome todas as suas energias pelos africanos e bate-se pela abolição da escravatura. Destroçado pelas canseiras, febres e pelos sofrimentos, morre em Cartum, Sudão, na noite de 10 de Outubro de 1881. Frutos do carisma comboniano são também as Missionárias Seculares Combonianas (1969) e os Leigos Missionários Combonianos (1993). Em 17 de Março de 1996, na Basílica de São Pedro, em Roma, João Paulo II proclama-o Beato. Foi canonizado a 5 de Outubro de 2003. Missionários Combonianos
Disse-lhes mais: «Se algum de vós tiver um amigo, e for ter com ele à meia-noite para lhe dizer: Amigo, empresta-me três pães, porque um meu amigo acaba de chegar a minha casa de uma viagem e não tenho nada que lhe dar; e ele, respondendo lá de dentro, disser: Não me incomodes, a porta está agora fechada, os meus filhos e eu estamos deitados; não me posso levantar para tos dar; digo-vos que, ainda que ele não se levantasse a dar-lhos por ser seu amigo, certamente pela sua impertinência se levantará e lhe dará tudo aquilo de que precisar. Eu digo-vos: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque todo aquele que pede, recebe; quem procura, encontra; e ao que bate, se lhe abrirá. «Qual de entre vós é o pai que, se um filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, em vez de peixe, lhe dará uma serpente? Ou, se lhe pedir um ovo, porventura dar-lhe-á um escorpião? Se pois vós, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai celestial dará o Espírito Santo aos que Lho pedirem».