Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Voar para Deus em todas as ocupações

O desejo de gozar plenamente de Deus elevando a existência quotidiana à ordem sobrenatural é uma caraterística das almas que levam a sério a vocação à santidade. Sou testemunha de como o queridíssimo D. Álvaro se queria manter bem unido ao Senhor, aqui em baixo, como numa antecipação da contemplação e do amor eterno de Deus no Céu. Tal como S. Josemaria nos seus últimos anos, ele repetia com frequência as palavras do Salmo: vultum tuum, Dómine, requíram[2], procurarei sempre o Teu rosto, Senhor! Usava¬-as para atuar na presença de Deus no meio do trabalho e das tarefas habituais.

A esperança ajuda vigorosamente o pensamento a voar para Deus em todas as ocupações. Os olhares de D. Álvaro ao Sacrário ou às imagens de Nossa Senhora estavam repletos de afeto, de piedade. Agradecia verdadeiramente a presença real de Jesus Cristo na Eucaristia, e a Nossa Senhora os seus cuidados maternais. Com a fé, saboreava a alegria de contemplar e gozar de Deus no Céu, não como aqui na Terra, onde só O podemos contemplar como num espelho e com imagens toscas, mas cara a cara [3]. Por isso, mesmo sofrendo de uma lesão na coluna vertebral que às vezes lhe provocava uma forte dor que se estendia às pernas, não deixava de fazer uma genuflexão pausada quando passava diante do Sacrário: sabia que os incómodos, oferecidos a Deus, eram outra forma de O honrar e de n’Ele esperar.

[2]. Sl 26 (27), 8 (Vulgata).
[3]. Cfr. 1 Cor 13, 12.


(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de junho de 2014)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

Abastança...

Nada têm e têm tudo os verdadeiros amantes de Deus, porque quando lhes faltam, os bens terrenos, comprazem-se em repetir: Meu Senhor, só Tu me bastas, e ficam com isso plenamente satisfeitos.

(Santo Afonso Maria de Ligório - Práticas do amor a Jesus Cristo, cap. 14)

Nada te perturbe, / Nada te espante, / Tudo passa, / Deus não Se muda, / A paciência / Tudo alcança; / Quem tem a Deus / Nada lhe falta: / Só Deus basta.

(Santa Teresa d’Ávila - Poesias)

«Pai, quero que onde Eu estiver estejam também comigo aqueles que Tu me confiaste»

Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja 
Manuscrito autobiográfico C, 34-35


Gostaria de poder dizer-Vos, ó meu Deus: «Glorifiquei-Vos sobre a terra; cumpri a obra que me confiastes; dei a conhecer o vosso nome àqueles que me destes. Eles eram vossos e Vós mos destes. […] Meu Pai, desejo que onde eu estiver, aí estejam comigo aqueles que me destes, e que o mundo conheça que os amastes como Me amastes a Mim mesmo» (Jo 17, 4ss). Sim, Senhor, eis o que gostaria de repetir convosco, antes de voar para os vossos braços. Será temeridade? Ah, não! Há muito tempo que me permitistes ser audaciosa convosco. Como o pai do filho pródigo, falando ao filho mais velho, Vós dissestes-me: «Tudo o que é meu é teu» (Lc 15,31). As vossas palavras, ó Jesus, são portanto minhas e posso servir-me delas para atrair sobre as almas que estão unidas a mim os favores do Pai celeste. […]

O vosso amor precedeu-me desde a minha infância, cresceu comigo, e agora é um abismo, cuja profundidade não consigo sondar. O amor atrai o amor; por isso, meu Jesus, o meu lança-se para Vós e quereria encher o abismo que o atrai mas, pobre de mim!, nem chega a ser uma gota de orvalho perdida no oceano!… Para Vos amar como Vós me amais, preciso de me servir do vosso próprio amor; só então encontro repouso. Ó meu Jesus, é talvez uma ilusão, mas parece-me que não podeis cumular nenhuma alma com mais amor do que cumulastes a minha. É por isso que ouso pedir-Vos que ameis aqueles que me destes como me amastes a mim. Um dia, no céu, se descobrir que os amais mais do que a mim, alegrar-me-ei com isso, reconhecendo desde já que essas almas merecem o vosso amor muito mais do que a minha. Mas cá na terra, não posso conceber maior imensidade de amor do que a que Vos dignastes prodigar-me gratuitamente, sem nenhum mérito da minha parte.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 5 de junho de 2014

«Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que hão-de acreditar em Mim por meio da sua palavra, para que todos sejam um, como Tu, Pai, estás em Mim e Eu em Ti, para que também eles sejam um em Nós, a fim de que o mundo acredite que Me enviaste. Dei-lhes a glória que Me deste, para que sejam um, como também Nós somos um: Eu neles e Tu em Mim, para que a sua unidade seja perfeita e para que o mundo conheça que Me enviaste e que os amaste como Me amaste. Pai, quero que, onde Eu estou, estejam também comigo aqueles que Me deste, para que contemplem a Minha glória, a glória que Me deste, porque Me amaste antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas Eu conheci-Te e estes conheceram que Me enviaste. Dei-lhes e dar-lhes-ei a conhecer o Teu nome, a fim de que o amor com que Me amaste, esteja neles e Eu neles». 

Jo 17, 20-26