Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
Carta a um sacerdote, 17/02/1978, in «Vem, sê a minha luz»
«Tive fome, estava nu, não tinha casa. Foi a Mim que o fizestes» (Mt 25, 40). O Pão de vida e o faminto, mas um único amor: Jesus somente. A Sua humildade é tão maravilhosa. Compreendo a Sua majestade, a Sua grandeza, porque Ele é Deus – mas a Sua humildade ultrapassa a minha compreensão, porque Ele faz-Se Pão da Vida a fim de que até uma criança pequena como eu possa comê-Lo e viver.
Há uns dias, quando dava a sagrada comunhão às nossas irmãs na casa-mãe, apercebi-me de repente de que tinha Deus entre os dedos. A grandeza da humildade de Deus. É bem verdade que «não há maior amor», não há amor maior que o amor de Cristo (Jo 15, 13). Calculo que tenha muitas vezes esta impressão de que, à sua palavra, entre as suas mãos, o pão se transforma no corpo de Jesus e o vinho se transforma no sangue de Jesus. Que grande deve ser o seu amor a Cristo! Não há amor maior que o amor do sacerdote a Cristo, «seu Senhor e seu Deus» (Jo 20, 28).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)