Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Cardeal Scola, Arcebispo de Milão - "O nosso principal desafio é mostrar a beleza da relação com Deus” (vídeos em espanhol e inglês)

«Felizmente, quem crê em Jesus Cristo sabe que – apesar do que seja dito ou escrito nos media –, as verdadeiras preocupações de quem exerce responsabilidades na Igreja tem, antes, a ver com os graves problemas da humanidade de hoje e de amanhã. Por alguma razão acreditamos e falamos, também, da ajuda do Espírito Santo.»

Pe. Federico Lombardi, porta-voz da Santa Sé em nota à imprensa de 14.02.2012
O amor pelos irmãos, do qual é expressão a esmola – típica prática quaresmal, juntamente com a oração e o jejum – radica-se nesta pertença comum. Também com a preocupação concreta pelos mais pobres, pode cada cristão expressar a sua participação no único corpo que é a Igreja.
(Bento XVI in Mensagem para a Quaresma de 2012)

Amar a Cristo...

Senhor beijo-te várias vezes ao dia no crucifixo que tenho na minha secretária de trabalho, muitas vezes é um simples beijo com um fugaz pensamento, noutras dialogo contigo, mas fica-me sempre a devoção e o amor que Te tenho e também o reconhecimento da minha condição de pecador que tudo Te deve.
Jesus meu Mestre, Companheiro e Amigo ajuda-me a louvar-Te e amar-Te com a grandeza que só Tu mereces!


JPR

ACEGE - Exercícios Espirituais 2012 com o Pe. Mário Rui Leal Pedras


Caros Amigos e Associados,

Aproxima-se um novo tempo de Quaresma. Como nos diz o Papa na sua Mensagem Quaresmal para este ano de 2012 a "Quaresma oferece-nos a oportunidade de reflectir mais uma vez sobre o cerne da vida cristã: o amor. Com efeito este é um tempo propício para renovarmos, com a ajuda da Palavra de Deus e dos Sacramentos, o nosso caminho pessoal e comunitário de fé. Trata-se de um percurso marcado pela oração e a partilha, pelo silêncio e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal.

A ACEGE, como habitualmente, propôe aos seus associaodos a realização de Exercícios Espirituais de Quaresma.

Orientados pelo nosso Assistente Nacional, Pe. Mário Rui Leal Pedras, os Exercícios Espirituais decorrerão nos dias 9, 10 e 11 de Março, em Fátima, na Casa de Nossa Senhora do Carmo, Casa de Retiros do Santuário de Fátima.

Quem desejar inscrever-se deve fazê-lo com a maior brevidade possível para o Secretariado da ACEGE cujos contactos estão indicados em baixo. Temos um número limitado de vagas.

Para saber mais informações e o programa deste ano veja AQUI.

Contacte-nos para:
217 941 323 ou acege@acege.pt

                                            Com amizade,
                                            O Secretariado

Imitação de Cristo, 1,6,2

Se, porém, alcança o que desejava, sente logo o remorso da consciência, porque obedeceu à sua paixão, que nada vale para alcançar a paz que almejava. Em resistir, pois, às paixões, se acha a verdadeira paz do coração, e não em segui-las. Não há, portanto, paz no coração do homem carnal, nem no do homem entregue às coisas exteriores, mas somente no daquele que é fervoroso e espiritual.

Minha filha, o Senhor conta com a tua ajuda

– Minha filha, que formaste um lar, agrada-me recordar-te que vós, as mulheres, – bem o sabes! – tendes muita fortaleza, que sabeis envolver numa doçura especial, para que não se note. E, com essa fortaleza, podeis fazer do marido e dos filhos instrumentos de Deus ou diabos. Tu fá-los-ás sempre instrumentos de Deus: Nosso Senhor conta com a tua ajuda. (Forja, 690)

A mulher é chamada a levar à família, à sociedade civil, à Igreja, alguma coisa de característico, que lhe é próprio e que só ela pode dar: a sua delicada ternura, a sua generosidade incansável, o seu amor ao concreto, a sua agudeza de engenho, a sua capacidade de intuição, a sua piedade profunda e simples, a sua tenacidade... A feminilidade não é autêntica se não reconhece a formosura dessa contribuição insubstituível e não a incorpora na própria vida.

Para cumprir essa missão, a mulher tem de desenvolver a sua própria personalidade, sem se deixar levar por um ingénuo espírito de imitação, que – em geral – a colocaria facilmente num plano de inferioridade e deixaria irrealizadas as suas possibilidades mais originais. Se se formar bem, com autonomia pessoal, com autenticidade, realizará eficazmente o seu trabalho, a missão para que se sente chamada, seja ela qual for. A sua vida e o seu trabalho serão realmente construtivos e fecundos, cheios de sentido, tanto se passa o dia dedicada ao marido e aos filhos, como se, tendo renunciado ao matrimónio por alguma razão nobre, se entregou plenamente a outras tarefas. Cada uma no seu próprio caminho, sendo fiel à sua vocação humana e divina, pode realizar e realiza de facto a plenitude da personalidade feminina. Não esqueçamos que Santa Maria, Mãe de Deus e Mãe dos homens, é não só modelo, mas também prova do valor transcendente que pode alcançar uma vida aparentemente sem relevo. (Temas Actuais do Cristianismo, 87)

Uma mulher com preparação adequada deve ter a possibilidade de encontrar aberto o caminho da vida pública, em todos os níveis. Neste sentido, não se podem apontar tarefas específicas da mulher. Como disse antes, o específico neste terreno não é dado tanto pela tarefa ou pelo posto, como pelo modo de realizar esta função, pelos matizes que a sua condição de mulher encontrará para a solução dos problemas com que se enfrente, e inclusivamente pela descoberta e pela formulação destes problemas. (Temas Actuais do Cristianismo, 90)

São Josemaría Escrivá

Bispo de Beja «Só Deus pode ensinar o Homem a «amar beleza da Criação»

Aquilo que antes era para «desfrutar» tornou-se hoje um meio para «explorar» em busca do «maior lucro», lamenta D. António Vitalino


O bispo de Beja acredita que a “economia utilitarista e consumista” que ameaça hoje a Natureza só pode ser contrariada através de uma maior abertura a Deus, que ensina o Homem a “amar a beleza da Criação”.


Na sua nota semanal para a Rádio Pax, enviada hoje à Agência ECCLESIA, D. António Vitalino recorda que Deus “confiou” o mundo ao homem “não como senhor absoluto mas como mordomo e guardião”.


Com o decorrer dos tempos, aquilo que antes era encarado como um bem para “desfrutar, contemplar, embelezar e alimentar o ser humano”, tornou-se hoje um meio para “explorar” em busca do “maior lucro”, lamenta o prelado.
Uma realidade que, segundo aquele responsável, “já ninguém pode negar” e que “está a destruir progressivamente o próprio ser humano”.


O bispo de Beja critica “sobretudo os países mais ricos”, que “são os primeiros a não aceitar” mudar o rumo dos acontecimentos.


“Hoje em dia estes consomem quase oitenta por cento da produção mundial de bens e produzem quase também oitenta por cento da poluição do planeta”, recorda.


Para D. António Vitalino, é preciso enveredar por um rumo diferente, “mas isto não se consegue sem ética, sem princípios e sem Deus”.


Recorrendo à Doutrina Social da Igreja, o sacerdote elege “o respeito pela dignidade da pessoa humana, o destino universal dos bens da terra, a solidariedade, a fraternidade e a igualdade” como princípios que podem “salvar a humanidade do seu espírito de ganância”.


A intervenção do bispo de Beja insere-se no âmbito da exposição “Eklogia” que aquela diocese está a acolher até à próxima quarta-feira, uma iniciativa “multimédia interativa sobre a natureza e a narrativa bíblica da criação”.


JCP


Agência Ecclesia

"Last but not the least"

Não referi no texto abaixo o grande amor que tenho à Nossa Mãe do Céu, a Virgem Maria, ou simplesmente Maria, por respeito, pois seria, na minha sensibilidade, um abuso de linguagem chamar a tão excelsa criatura ‘minha namorada’.

Querida Mãe a Ti ofereço-me neste dia e sempre e consagro-Te todo o meu ser!

JPR

As mulheres e as “namoradas” da minha vida

A minha Mãe, já falecida há mais de quatro décadas e a quem não soube dar o devido valor na minha adolescência, a minha Mulher, que me acompanha há mais de quatro décadas e a quem devo muito do que sou, a minha Filha de quem sou pai há mais de quatro décadas por quem sempre tive apaixonado mesmo quando concordamos que discordamos e a minha Irmã, de quem sou irmão há mais de cinco décadas e com quem discordo frequentemente mas não deixo de a amar por isso, compõem o ‘bouquet’ das minhas mulheres e namoradas, ou seja, a cumprir-se o habitual nesta data o orçamento familiar levaria um forte arrombo em flores, chocolates e refeições fora de casa. Optei, portanto, por lhes prestar esta homenagem pública manifestando-lhes desta forma singela e em oração o meu grande amor por todas elas e por agradecer ao Senhor a abundância de “namoradas” que me ofereceu.

JPR

O desafio institucional

Os peritos ou apenas observadores e comentadores da evolução da crise europeia, mais testemunhas das insuficiências das medidas que cada governo ou instituição adota, de que contribuintes quanto às medidas a tomar e em função de que objetivo europeu, talvez não consigam adiantar inovações além das já propostas ou sugeridas, de regra afirmando a deficiente atenção ou capacidade dos governos.
 Do ponto de vista internacional e ocidental, incluindo o obscuro calendário das intervenções públicas das agências de avaliação, os prognósticos sobre o destino do euro parecem ser os mais relevantes na temática corrente e repetitiva.
 Enquanto o tempo corre, sem permitir uma leitura de probabilidades, os ministros dos orçamentos esgotam-se para expropriar todos os recursos acessíveis para combater a chamada dívida soberana, até agora mais tolerantes, por necessidade assumida, com o facto de a economia ser orientada pela natureza das coisas, que raramente mostra a esperança entre as suas variáveis.
 Que não se conheçam responsáveis assumidos pelo descontrolo do sistema não impede que especialistas avalizem que são importantes as iniciativas de reforma do sistema bancário para evitar a reprodução de crises recorrentes, e que o Banco Central Europeu (BCE) forneceu aos estabelecimentos financeiros a liquidez de que tinham necessidade evitando uma falência geral do sistema.
 Mas, agudizando a imagem da União Europeia, fazem-se ouvir vozes americanas ou orientais, que a responsabilizam por um qualquer eventual desastre da economia mundial. Tudo significa que, também neste domínio, a culpa vai morrer solteira, e uma das economias a fazer é não esbanjar o pouco tempo disponível em averiguações.
 Talvez seja porém tempo de rever a situação da institucionalização da Europa, meditando por exemplo sobre a penumbra que iniciativas partilhadas entre a Alemanha e a França lançam sobre os centros responsáveis do Tratado de Lisboa, e designadamente sobre o espaço do Banco Central Europeu, os limites da sua competência legal no socorro financeiro de última instância sem o apoio de um governo da zona que não falta aos Bancos Centrais. O que inevitavelmente coloca em evidência a questão institucional que o Tratado de Lisboa mostra excessivamente que não resolveu.
 Já era suficiente que o globalismo tenha desenvolvido um emaranhado de círculos, financeiros, económicos, religiosos, ideológicos, de segurança ou criminalidade, sem centros visíveis e identificáveis. No que respeita à União, as tensões internas crescem, aprofunda-se a distinção entre ricos ao norte, e pobres abrangidos pela fronteira que ultrapassou as margens do Mediterrâneo, acrescentando-se a falta de uma disciplina económica, as divergências partidárias e governamentais sobre a economia, as finanças, e o Estado social. Tornam-se evidentes dois aspetos fundamentais: o conceito estratégico, necessariamente comum, da Europa no mundo e em resposta ao mundo, e a lógica organizativa de órgãos responsáveis pela governança.
 A dimensão e composição da Comissão tem que ver com o recrutamento e capacidade dos membros geralmente desconhecidos pelos cidadãos; no que toca à política da União, um tema tocado pela anarquia do globalismo, está confusamente repartida pelo presidente do Conselho Europeu, pelo alto-representante para a PESC, com a temática geral repartida pelos Conselhos de Ministros de presidência rotativa.
 A experiência pode sempre corrigir as deficiências normativas. Mas os exemplos exigem tempo, que neste caso dificilmente está disponível para ser perdido. A deficiente salvaguarda do conceito estratégico da União e a falta de racionalização da estrutura de governança agravam a urgência de impedir que a voz da Europa enfraqueça.

Adriano Moreira in DN online

A mão de Deus...

«(…), mas Deus não cria a dor e não quer a miséria da sua criatura, não é um Deus invejoso. Na realidade esta mão, face ao poder dum agir baseado na não-verdade autodestrutiva, é a força que dá esperança à história. A mão de Deus impede o homem de realizar o último acto de auto destruição. Deus não permite o aniquilamento da sua criatura».

(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)

«Ó mulher, grande é a tua fé; faça-se como desejas»

São Beda, o Venerável (c. 673-735), monge, Doutor da Igreja
Homilia sobre os Evangelhos, I, 22

O Evangelho mostra-nos a grande fé, a paciência, a perseverança e a humildade da Cananeia. [...] Esta mulher era dotada de uma paciência verdadeiramente fora do comum. Ao seu primeiro pedido, o Senhor não responde uma palavra. Apesar disso, longe de cessar de rezar, ela implora-Lhe com redobrada insistência o socorro da Sua bondade. [...] Vendo o ardor da nossa fé e a tenacidade da nossa perseverança na oração, o Senhor acabará por ter piedade de nós e conceder-nos-á o que desejamos.

A filha da Cananeia era «atormentada por um demónio». Uma vez expulso o nefasto desassossego dos nossos pensamentos e desfeitos os nós dos nossos pecados, a serenidade do espírito voltará a nós, bem como a possibilidade de agirmos correctamente. [...] Se, a exemplo da Cananeia, perseverarmos na oração com uma firmeza inabalável, a graça do nosso Criador ser-nos-á concedida; ela corrigirá todos os nossos erros, santificará tudo o que é impuro, pacificará toda a agitação. Porque o Senhor é fiel e justo. Perdoar-nos-á os nossos pecados e purificar-nos-á de toda a mancha, se gritarmos por Ele com a voz vigilante do nosso coração.

Maria Rainha dos eleitos

«Como eu gostaria de ter sido Padre para, em minhas pregações, discorrer sobre a Virgem Maria! 

Sabe-se bem que a Virgem Santíssima é a rainha do Céu e da Terra, mas ela é muito mais Mãe do que Rainha e as pessoas não deveriam propagar, como tantas vezes ouvi, que, por causa de suas prerrogativas, ela eclipsa a glória de todos os santos, assim como o sol, que ao se levantar, derrama a sua luz e eclipsa todas as estrelas.

Meu Deus, isto seria estranho! Uma mãe fazendo com que desapareça a glória de seus filhos!

Eu penso de uma forma completamente diferente; acredito que ela fará crescer, e muito, o esplendor dos eleitos».



[Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja]

14 de Fevereiro: ajudai-me a dar graças (legendado em português)

14 de Fevereiro no Opus Dei - grande surpresa e alegria

Em 14 de Fevereiro de 1930, estando São Josemaría em Madrid, compreendeu, enquanto celebrava a Santa Missa, que devia começar o trabalho do Opus Dei com mulheres. Em 1943, recebe uma luz de Deus para resolver a incardinação de sacerdotes no Opus Dei, provenientes dos leigos já incorporados à Obra: nasce assim a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz.


"A fundação do Opus Dei saiu sem mim; a Secção de mulheres, contra a minha opinião pessoal, e a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, querendo eu encontrá-la e não a encontrando. Também durante a Missa. Sem milagrices: providência ordinária de Deus. Para mim é tanto milagre o nascer e o por do sol todos os dias como se se detivesse".


"Se – em 1928 – tivesse sabido aquilo que me esperava - comentava muitos anos mais tarde -, teria morrido. Mas Deus Nosso Senhor tratou-me como a um menino: não me apresentou de uma só vez o peso todo e foi-me levando para diante, a pouco e pouco…. A um menino pequeno não se lhe dão quatro encargos de uma vez. Dá-se-lhe primeiro um, e depois outro, e outro mais quando já fez o anterior. Já vistes como uma criança brinca com o seu pai? O menino tem uns pedaços de madeira, de formas e cores diversos... E o seu pai vai-lhe dizendo: põe este aqui, e esse ali, e aquele encarnado mais além... E no fim – um castelo!"


14 DE FEVEREIRO DE 1930
Desde el 14 de Fevereiro de 1930, Mons. Escrivá de Balaguer pôs-se a trabalhar, para iniciar a Secção Feminina do Opus Dei. O seu trabalho foi mais lento porque, por delicadeza e prudência, não podia ter, com as mulheres que se sentiram atraídas pela mensagem da Obra, a relação constante e contínua que tinha com os homens (e assim seria sempre: concretamente, jamais viveu num Centro da Secção de mulheres).


A primeira: María Ignacia García Escobar


No entanto, atendeu sacerdotalmente, com um zelo extraordinário María Ignacia García Escobar, uma das primeiras associadas do Opus Dei, que faleceu no Hospital do Rei a 13 de Setembro de 1933, de uma maneira verdadeiramente santa. Sofreu muito, porque sofria de tuberculose intestinal e teve que fazer várias operações. É emocionante ler os cadernos que María Ignacia escreveu naquele hospital de incuráveis, com um estilo que recorda a mais clássica literatura espiritual espanhola. Tinha pedido a admissão na Obra a 9 de Abril de 1932 –"uma nova era de Amor", anota no seu caderno dois dias mais tarde –, mas antes dessa data estava a oferecer pela intenção do Pe. Josemaría a sua febre, as suas múltiplas moléstias, as suas intensas dores que, por exemplo, lhe impediam escrever durante semanas seguidas. María Escobar teve consciência certa de estar a fazer a Obra de Deus na sua cama do hospital: "É necessário colocar bons alicerces. Para isso, procuremos que estes alicerces sejam de granito, não nos aconteça o que aconteceu àquele edifício de que fala o Evangelho, que foi edificado em areia. Os alicerces antes demais; depois, virá o resto"...

14 DE FEBRERO DE 1943
Tinha a certeza sobrenatural de que os sacerdotes deviam proceder dos seculares da própria Obra, mas não sabia como resolver os graves problemas jurídicos que isso apresentava. A sua oração de anos foi escutada.


Também para sacerdotes diocesanos


Na alma de São Josemaría houve, durante anos, uma inquietação sobrenatural: e os sacerdotes diocesanos: como poderiam fazer parte do Opus Dei? De novo se colocavam problemas de carácter canónico difíceis de resolver... O seu amor e vontade de servir os seus irmãos sacerdotes era tão forte e as dificuldades jurídicas pareciam tão insuperáveis naquele tempo que, por volta do ano 1950 pensou iniciar uma nova fundação que prestasse aos sacerdotes uma assistência espiritual adequada.


Isso não foi necessário, o Senhor inspirou-lhe de novo que também os sacerdotes diocesanos podiam fazer parte da Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, mantendo a sua dependência exclusiva do Bispo da diocese em que estivessem incardinados.


(Fonte: site São Josemaría Escrivá em http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/14-de-fevereiro3a-grande-surpresa-e-alegria)

As mulheres no Opus Dei

«Desenvolvimento, maturidade, emancipação da mulher, não devem significar uma pretensão de igualdade - de uniformidade - com o homem, uma imitação do modo de agir varonil. Isso não seria uma aquisição, seria uma perda para a mulher, não porque ela seja mais ou menos que o homem, mas porque é diferente. Num plano essencial - que deve ser objecto de reconhecimento jurídico, tanto no direito civil como no eclesiástico - pode-se falar de igualdade de direitos, porque a mulher tem, exactamente como o homem, a dignidade de pessoa e de filha de Deus. Mas, a partir desta igualdade fundamental, cada um deve alcançar o que lhe é próprio, e, neste plano, emancipação é o mesmo que possibilidade real de desenvolver plenamente as próprias virtualidades: as que tem na sua singularidade e as que tem como mulher. A igualdade em face do direito, a igualdade de oportunidades perante a lei, não suprime, antes pressupõe e promove essa diversidade, que é riqueza para todos.


«A mulher é chamada a levar à família, à sociedade civil, à Igreja, alguma coisa de característico, que lhe é próprio e que só ela pode dar: a sua delicada ternura, a sua generosidade incansável, o seu amor ao concreto, a sua agudeza de engenho, a sua capacidade de intuição, a sua piedade profunda e simples, a sua tenacidade... A feminilidade não é autêntica se não reconhece a formosura dessa contribuição insubstituível e não a incorpora na própria vida.»


S. Josemaría Escrivá – Temas actuais do cristianismo, 87

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1930 e 1943

Em Madrid, enquanto celebra a Santa Missa, compreende que deve começar o trabalho do Opus Dei com mulheres. Em 1943, recebe uma luz de Deus para resolver o problema da incardinação de sacerdotes no Opus Dei, provenientes dos leigos já incorporados na Obra: assim nasce a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Paciência

«Deus, que Se fez Cordeiro, diz-nos que o mundo é salvo pelo Crucifixo e não pelos que crucificaram. O mundo é redimido pela paciência de Deus e destruído pela impaciência dos homens».

(Homília da Missa Inaugural do Pontificado – 24/IV/2005 – Bento XVI)

O testemunho de São Lucas: «Resolvi eu também, depois de tudo ter investigado cuidadosamente [...], expô-los a ti por escrito» (Lc 1,3)

Concílio Vaticano II 
Constituição Dogmática «Dei Verbum» Sobre A Revelação Divina, § 18-19

Ninguém ignora que, entre todas as Escrituras, mesmo as do Novo Testamento, os Evangelhos têm o primeiro lugar, enquanto são o principal testemunho da vida e doutrina do Verbo encarnado, nosso Salvador.

A Igreja defendeu e defende sempre e em toda a parte a origem apostólica dos quatro Evangelhos. Com efeito, aquelas coisas que os Apóstolos, por ordem de Cristo, pregaram foram depois, por inspiração do Espírito Santo, transmitidas por escrito por eles mesmos e por varões apostólicos como fundamento da fé, ou seja, o Evangelho quadriforme, segundo Mateus, Marcos, Lucas e João.

A Santa Madre Igreja defendeu e defende, firme e constantemente, que estes quatro Evangelhos, cuja historicidade afirma sem hesitação, transmitem fielmente as coisas que Jesus, Filho de Deus, durante a Sua vida terrena, realmente operou e ensinou para salvação eterna dos homens, até ao dia em que subiu ao céu (cf Act 1,1-2). Na verdade, após a ascensão do Senhor, os Apóstolos transmitiram aos seus ouvintes, com aquela compreensão mais plena de que eles, instruídos pelos acontecimentos gloriosos de Cristo e iluminados pelo Espírito de verdade (Jo 14,26) gozavam, as coisas que Ele tinha dito e feito. 

Os autores sagrados, porém, escreveram os quatro Evangelhos escolhendo algumas coisas, entre as muitas transmitidas por palavra ou por escrito, sintetizando umas, desenvolvendo outras, segundo o estado das igrejas, conservando finalmente o carácter de pregação, mas sempre de maneira a comunicar-nos coisas autênticas e verdadeiras acerca de Jesus. Com efeito, quer relatassem aquilo de que se lembravam e recordavam, quer se baseassem no testemunho daqueles «que desde o princípio foram testemunhas oculares e ministros da palavra», fizeram-no sempre com intenção de que conheçamos a «verdade» das coisas a respeito das quais fomos instruídos (cf Lc 1,2-4).

Timóteo e Tito, sucessores dos apóstolos

Catecismo da Igreja Católica §§ 863-865 

Toda a Igreja é apostólica, na medida em que, através dos sucessores de Pedro e dos Apóstolos, permanece em comunhão de fé e de vida com a sua origem. Toda a Igreja é apostólica, na medida em que é «enviada» a todo o mundo. Todos os membros da Igreja, embora de modos diversos, participam deste envio. «A vocação cristã é também, por natureza, vocação para o apostolado». E chamamos «apostolado» a «toda a actividade do Corpo Místico» tendente a «alargar o Reino de Cristo à terra inteira» (Vaticano II, Apostolicam Actuositatem, 2).

«Sendo Cristo, enviado do Pai, a fonte e a origem de todo o apostolado da Igreja», é evidente que a fecundidade do apostolado, tanto dos ministros ordenados como dos leigos, depende da sua união vital com Cristo (ibid., 6). Segundo as vocações, as exigências dos tempos e os vários dons do Espírito Santo, o apostolado toma as formas mais diversas. Mas é sempre a caridade, haurida principalmente na Eucaristia, «que é como que a alma de todo o apostolado» (ibid., 3).

A Igreja é una, santa, católica e apostólica na sua identidade profunda e última, porque é nela que existe desde já, e será consumado no fim dos tempos, «o Reino dos céus», «o Reino de Deus» (Ap 19, 6), que veio até nós na Pessoa de Cristo e que cresce misteriosamente no coração dos que n'Ele estão incorporados, até à sua plena manifestação escatológica. Então, todos os homens por Ele resgatados e n' Ele tornados «santos e imaculados na presença de Deus no amor» (Ef 1, 4), serão reunidos como o único povo de Deus, «a Esposa do Cordeiro» (Ap 21, 9), «a Cidade santa descida do céu, de junto de Deus, trazendo em si a glória do mesmo Deus» (Ap 21, 10-11). E «a muralha da cidade assenta sobre doze alicerces, cada um dos quais tem o nome de um dos Doze apóstolos do Cordeiro» (Ap 21, 14).

Salve Regina (Francisco Guerrero, 1528 - 1599)

O Oriente e o Ocidente, os dois pulmões do corpo da Igreja

Beato João Paulo II
Discurso no VI Simpósio Episcopais da Europa (11/10/85)


Desde o início da era apostólica, que semeou o Evangelho nesta terra da Europa e a irrigou com o sangue dos mártires, desenvolveu-se esse processo plurissecular, contínuo e fecundo, que impregnou a Europa da seiva cristã. Os santos patronos da Europa, São Bento e os santos Cirilo e Metódio, são, de modo particular, testemunhas deste processo. O carisma próprio da sua obra evangelizadora consiste no facto de terem depositado germens que fizeram nascer as formas e os estilos de incarnação do Evangelho no tecido cultural e social e no espírito dos povos europeus que estavam em vias de se formar. [...] Estes santos patronos [...] continuam também a ser um modelo e uma inspiração actuais para nós, porque a obra de evangelização, na situação especial em que a Europa se encontra, é chamada a propor uma nova síntese criadora entre o Evangelho e a vida.


É preciso estar consciente da importância de enxertar a evangelização renovada nestas raízes comuns da Europa. [...] Estas raízes cristãs são particularmente ricas e inspiradoras porque se apoiam na mesma fé, se referem à mesma Igreja indivisa. [...] Por outro lado, devemos também considerar que essas raízes comuns são duplas. Porque tomaram a forma de duas correntes de tradições cristãs teológicas, litúrgicas, ascéticas, e de dois modelos de cultura, diversos, não opostos mas, pelo contrário, complementares e que se enriquecem mutuamente. Bento impregnou a tradição cristã e cultural do Ocidente do espírito de latinidade, mais lógico e racional; Cirilo e Metódio são os representantes da antiga cultura grega, mais intuitiva e mística, e são venerados como os pais da tradição dos povos eslavos.


Compete-nos recolher a herança deste pensamento, rico e complementar, e encontrar os meios e os métodos apropriados à sua actualização e uma comunicação espiritual mais intensa entre o Oriente e o Ocidente.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 14 de Fevereiro de 2012

Depois disto, o Senhor escolheu outros setenta e dois, e mandou-os dois a dois à Sua frente por todas as cidades e lugares onde havia de ir. Disse-lhes: «Grande é na verdade a messe, mas os operários poucos. Rogai, pois, ao dono da messe que mande operários para a Sua messe. Ide; eis que Eu vos envio como cordeiros entre lobos. Não leveis bolsa, nem alforge, nem calçado, e não saudeis ninguém pelo caminho. Na casa em que entrardes, dizei primeiro: A paz seja nesta casa. Se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; senão, tornará para vós. Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que tiverem, porque o operário é digno da sua recompensa. Não andeis de casa em casa. Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei o que vos puserem diante; curai os enfermos que nela houver, e dizei-lhes: Está próximo de vós o reino de Deus.


Lc 10, 1-9