Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 13 de março de 2020

Penitência é atender os que sofrem

Esta é a receita para o teu caminho de cristão: oração, penitência, trabalho sem descanso, com um cumprimento amoroso do dever. (Forja, 65)

E se agora não te ocorre como responder concretamente aos apelos divinos que se fazem ouvir no teu coração, ouve-me bem.

Penitência é o cumprimento exacto do horário que te fixaste, mesmo que o corpo resista ou a mente pretenda evadir-se com sonhos quiméricos. Penitência é levantares-te pontualmente. E também, não deixar para mais tarde, sem motivo justificado, essa tarefa que te é mais difícil ou custosa.

A penitência está em saber compaginar as tuas obrigações relativas a Deus, aos outros e a ti próprio, exigindo-te, de modo que consigas encontrar o tempo necessário para cada coisa. És penitente quando te submetes amorosamente ao teu plano de oração, apesar de estares cansado, sem vontade ou frio. (Amigos de Deus, 138)

São Josemaría Escrivá

Um tempo de profundo diálogo

Já estavam casados há três anos. Tinha sido um amor à primeira vista. No namoro não houvera muito diálogo. O amor, como todos sabem, não se expressa com palavras, mas sim com sentimentos. As palavras sobram. O coração entende tudo. Os sentimentos expressam o que de mais verdadeiro há no interior de cada pessoa.

No entanto, agora, ela sentia-se profundamente sozinha. Faltava o diálogo. Sobrava o monólogo. Deu-se conta de que não o conhecia. Nunca o tinha conhecido de verdade. Parecia óbvio que ele iria mudar, mas não tinha mudado. Se pudesse voltar atrás... Se pudesse explicar a outras pessoas o sentido do namoro... Não quereriam ouvir e não iriam acreditar. Pensariam que procurava roubar-lhes a felicidade que ela não tinha encontrado. E não era nada disso. Será que alguém a entenderia?

Esta história, que tem muito de real, põe-nos diante de perguntas importantes nos dias de hoje e de sempre. Para que serve o namoro? Em que consiste essa preparação para o casamento? Porque é que o amor não se pode apoiar só nos sentimentos?

O Catecismo da Igreja Católica (nº 2350) diz-nos que o namoro é um tempo de prova. Se é um tempo de prova é porque exige esforço. É preciso construi-lo com paciência. Não basta deixar-se levar pelo vento dos sentimentos, por muito sinceros que pareçam. No namoro deve-se descobrir o respeito mútuo; deve-se aprender a ser fiel; deve-se esperar receber um ao outro do próprio Deus quando chegar o momento oportuno. E esse momento chama-se casamento.

No entanto, respeitar-se mutuamente não é fácil. Desejar uma pessoa não é o mesmo que amá-la. O amor vai sempre unido à capacidade de sacrifício pela pessoa amada. Esta capacidade é a prova dos nove do verdadeiro amor. E é uma prova que requer uma purificação dos desejos instintivos. Não superar essa prova é sinal de que, mais do que amar o outro, nos amamos unicamente a nós próprios.

Por isso o namoro requer muito diálogo. Um diálogo que gere um conhecimento profundo e sólido, não fundamentado somente nos sentimentos. É o único modo de compreender o outro. É o único modo de preparar-se a sério para a grande aventura do casamento. E com base nesse conhecimento mútuo, meditar, sem se esquecer de Deus, se aquela pessoa é ou não a escolhida por Ele para mim.

Deus não é ilógico. Se dá a uma pessoa uma vocação para casar-se, dará a outra do sexo oposto uma vocação que seja complementar. E além disso, facilitará providencialmente o encontro mútuo pelos caminhos desta vida. Porque o casamento, para um cristão, é uma vocação divina. E o namoro é uma preparação para esse compromisso definitivo. Compromisso que é sempre total, fiel, exclusivo e fecundo. Por isso, o namoro não pode ser nunca uma brincadeira. Não se brinca com o amor nem com os sentimentos. O namoro deve ser de verdade um tempo de profundo diálogo.

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Amor ao Papa

Obrigado, meu Deus, pelo amor ao Papa que puseste no meu coração.

(São Josemaría Escrivá - Caminho, 573)

Palavras D. Javier Echevarría por ocasião da eleição do Papa Francisco

D. Javier Echevarría afirma a "completa adesão à sua pessoa e ao seu ministério, consciente de assim exprimir os sentimentos dos fiéis – leigos e sacerdotes – da Prelatura do Opus Dei".

Para os católicos de todo o mundo é um momento de grande alegria: o nosso novo Papa Francisco é o 266º sucessor de Pedro. Desde que vimos o "fumo branco" recebemo-lo com profunda gratidão, e agora, seguindo o exemplo de Bento XVI, manifestamos-lhe incondicional reverência e obediência. E também o nosso afecto, bem como as nossas orações, em continuidade com as orações que rezámos com o Papa na sua primeira aparição pública na Varanda das bênçãos da Basílica de São Pedro.

Nesta hora de emoção, em que se toca a universalidade da Igreja, reafirmo ao novo Romano Pontífice uma completa adesão à sua pessoa e ao seu ministério, consciente de assim exprimir os sentimentos dos fiéis – leigos e sacerdotes – da Prelatura do Opus Dei. Todos nos confiamos às orações de Sua Santidade, para contribuir eficazmente, com alegre disponibilidade, na tarefa de evangelização que o Papa mencionou na sua primeira saudação à Igreja.

Nestas semanas de serena espera, falou-se muito do peso que recai sobre os ombros do Santo Padre. Mas não esqueçamos que o Papa conta com a ajuda de Deus, com a assistência do Espírito Santo e com o afecto e a oração dos católicos, e de milhões de pessoas de boa vontade.

Como sempre aconselhou São Josemaria Escrivá, peço a Deus, hoje muito especialmente, para que os cristãos tenham "uma mesma vontade, um mesmo coração, um mesmo espírito: para que «omnes cum Petro ad Iesum per Mariam!», todos, bem unidos ao Papa, vamos a Jesus, por Maria" (Forja, 647).

  + Javier Echevarría