Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 9 de abril de 2014

3 Maio 10h " Cuide da sua imagem em '3 tempos' " - APCD - Arcomira


Basílica de Nossa Senhora do Rosário fecha para obras após peregrinação aniversária de maio


Visitas aos túmulos dos videntes manter-se-ão praticamente sempre acessíveis

Tendo como horizonte a celebração do Centenário das Aparições, o Santuário de Fátima vai realizar uma profunda intervenção de limpeza e restauro no interior da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, o que levará ao seu fecho durante um largo período de tempo.

Desde a sua construção, a utilização continuada do edifício ao longo de várias décadas levou ao escurecimento das superfícies interiores e ao desgaste de alguns materiais.

Muito embora os trabalhos a levar a efeito sejam fundamentalmente de caráter conservativo e de limpeza, aproveitar-se-á a ocasião para desenvolver outras importantes intervenções, como por exemplo ao nível da iluminação e do som. A obra compreende ainda a melhoria das condições de segurança dos peregrinos, designadamente das acessibilidades.

Será igualmente dada uma atenção muito especial a todo o património artístico. Os espaços anexos, nomeadamente a sacristia e a capela de S. José, serão também melhorados.

Pareceu ainda ajustado efetuar uma intervenção que valorize mais a visita aos túmulos dos Pastorinhos e a veneração das relíquias dos Beatos Francisco e Jacinta Marto. Neste contexto, é intenção do Santuário criar um itinerário devocional que permita aos peregrinos a oração junto das relíquias dos videntes em condições de maior tranquilidade e recolhimento.

Outro trabalho de grande monta a realizar durante a mesma altura é o da restauração do grande órgão de tubos da Basílica. Pretende-se fazer a renovação do instrumento, aproveitando tanto quanto possível o existente, mas na consciência de que muita coisa terá de ser alterada.

Os trabalhos terão início no dia 14 de maio deste ano de 2014 e deverão prolongar-se durante vários meses, em princípio até ao final do ano de 2015. Por esta razão, as celebrações que ali tinham lugar serão transferidas para outros locais, como segue: as missas oficiais das 07:30, 09:00, 12:30, 15:00, 16:30 e 18:30 passarão para a Capela da Morte de Jesus, no piso inferior da Basílica da Santíssima Trindade; a missa das 11:00, de segunda a sábado, será celebrada na Basílica da Santíssima Trindade.

Garante-se, no entanto, que a visita aos túmulos dos Pastorinhos se manterá acessível praticamente em todo o período das obras, com exceção de um ou outro momento em que as razões de segurança exijam a sua interdição.

O Santuário agradece, desde já, a melhor compreensão de todos os peregrinos e visitantes de Fátima para os inconvenientes que as obras possam causar.


BOLETIM INFORMATIVO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA - n.º 36/2014, de 09 de abril de 2014

OS "RE-CASADOS" SÃO IGREJA (2)

E um divórcio envolve sempre perdão, perdoar e ser perdoado se se pretende viver a fé cristã em Igreja.

Percebemos assim que, mesmo numa nova relação em que tudo pode correr bem, a marca do divórcio não deixa de existir e como tal pode transportar sofrimento, revolta e falta de compreensão, sobretudo para a vivência de uma fé alicerçada no Deus que é amor, numa Igreja que deve transmitir continuamente esse amor de Deus.

Obviamente, reflectimos aqui sobre aqueles que divorciados são re-casados, querendo viver a fé cristã em Igreja e como tal são confrontados com a Doutrina da Igreja que os impede, sobretudo de aceder à Confissão e Comunhão Eucarística.

«Deus é amor», escreve São João na sua Primeira Carta no capítulo 4, versículo 8
Foi Ele quem nos amou primeiro, pois sem o seu amor não poderia o homem amar, como nos diz S. João na mesma carta 4, 19 «Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro.»

O amor de Deus é o amor de inteira doação, de entrega total, pelo seu Filho Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Sem este amor doação, não há relação verdadeira, pois quem ama dá-se.
O amor perfeito é então o amor de Deus, o amor de Cristo, que se dá inteiramente por todos e por cada um de nós.
O nosso amor é imperfeito, porque é humanamente fraco, mas também por causa da nossa relação com Deus, é um amor que procura a doação, a entrega, porque vindo de Deus e por Ele abençoado.

Assim, para o homem procurar esse amor que é todo doação, amor imprescindível ao Matrimónio, é necessário que também o primeiro e central mandamento do Matrimónio, seja amar a Deus sobre todas as coisas, amar a Deus mais do que à sua mulher, ao seu marido, aos seus filhos, para que no amar primeiro a Deus, o homem receba do amor de Deus a capacidade de se dar no amor.

Por isso Deus tem que ser a presença constante no Matrimónio.
Tem que ser Aquele que não só abençoa o Matrimónio, mas que o faz acontecer, servindo-se do homem e da mulher para serem sinais visíveis da sua presença no sacramento, melhor dizendo, serem sacramento, serem sinal da presença de Deus na família e na sociedade.

Então e numa nova relação daqueles que mesmo divorciados procuram Deus, daqueles que procuram viver a fé no seu dia-a-dia em Igreja, também Deus está presente?
Claro que Deus não pode deixar de estar presente, porque Deus ama todos os homens, independentemente da condição de cada um, em todo e qualquer momento.
Mas mais ainda, (se assim podemos dizer), numa relação, (mesmo que canonicamente irregular), em que homem e mulher procuram viver o amor de Deus em família.

E essa nova relação em que homem e mulher procuram Deus, e por isso Deus está presente, não significa, obviamente, também, que o amor está presente?
E se está presente o amor, que leva a procurar Deus, então não é esse amor, o amor vindo de Deus?

E se o amor que os une nesta nova relação é também o amor vindo de Deus, então é o amor doação, é o amor que leva à entrega de si mesmo, de cada um ao outro, mas que não fica confinado a eles, pois sendo amor de Deus em cada um, abre-se também aos outros, («aquele que não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê» 1 Jo 4, 20), abre-se à comunidade, ou seja, é o amor que ama e une a Igreja, mãe e mestra.

Mas se homem e mulher, nessa nova relação, amam com esse amor de Deus, esse amor de Cristo, amam com doação, com entrega, então amam também com obediência, porque a obediência faz parte do amor a Deus, a obediência em amor, de que Cristo é testemunha perfeita, e assim amam também a Igreja e, por isso mesmo, devem amar tudo o que a Igreja lhes diz, porque é nessa obediência que fazem a vontade de Deus, como Cristo fez a vontade do Pai.

«Tende entre vós os mesmos sentimentos, que estão em Cristo Jesus: Ele, que é de condição divina, não considerou como uma usurpação ser igual a Deus; no entanto, esvaziou-se a si mesmo, tomando a condição de servo. Tornando-se semelhante aos homens e sendo, ao manifestar-se, identificado como homem, rebaixou-se a si mesmo, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.» Fl 2, 5-8

Assim, se nós Igreja, (citando mais uma vez o Papa Emérito Bento XVI na Sacramentum Caritatis, «Os pastores, por amor da verdade, são obrigados a discernir bem as diferentes situações, para ajudar espiritualmente e de modo adequado os fiéis implicados.»), soubermos colocar todo o nosso empenho, toda a nossa entrega ao Espírito Santo, saberemos ajudar aqueles que nessas novas relações como casais, sofrem pelo afastamento da Comunhão Eucarística.

E eles saberão, mais do que saberem, sentirão que esse amor que vivem, vindo de Deus, é amor de doação e de entrega, sem dúvida, mas é também amor que leva à obediência, porque só assim ele é verdadeiro amor de Deus.

Então o acto de não comungarem eucaristicamente, é afinal um acto de imenso amor, amor a Deus, amor ao outro, amor aos filhos, amor aos outros, amor à Igreja, testemunha de amor verdadeiro, e afinal e ainda, um sacrifício agradável a Deus, que não deixará de derramar as suas bênçãos e as suas graças sobre essa família.

Compete-nos então a nós, Igreja, saber acolher, saber compreender, saber aceitar sem condenar, saber ajudar aqueles que vivem esse «problema pastoral espinhoso e complexo, uma verdadeira praga do ambiente social contemporâneo que vai progressivamente corroendo os próprios ambientes católicos» como afirma, mais uma vez, Bento XVI na Sacramentum Caritatis.

(continua)
Joaquim Mexia Alves

Nota:

Por convite do “meu” Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, orientei no dia 7 de Abril, uma recoleção para sacerdotes, no Santuário de Fátima.
As coisas que Deus faz na minha vida!
Os textos são, obviamente, algo extensos, pelo que os publicarei aqui em diversas partes.

Ensinar a amar


Todos nós existimos para ser felizes. E não nos enganamos quando intuímos que a felicidade está intimamente relacionada com o maior talento que possuímos: a capacidade de amar. Fomos criados por amor e fomos criados para amar ― assim como as aves foram criadas para voar.

Por isso, não é errado afirmar que sempre actuamos “por amor”. Sempre agimos procurando a nossa felicidade. Isso acontece tanto quando fazemos o bem ― e nesse caso atrai-nos um amor ordenado, genuíno, verdadeiro ― como quando fazemos o mal, deixando-nos arrastar por um amor desordenado que aparenta uma bondade que na verdade não possui. Trata-se de uma bondade falsa, aparente, enganadora.

Ilustrando esta ideia com exemplos poderíamos dizer o seguinte: quando uma pessoa assalta um banco fá-lo “por amor”: por amor ao dinheiro que existe nesse banco. E quando uma pessoa mente também o faz “por amor”: por amor a não passar um mau bocado dizendo a verdade. E ― desculpem este exemplo atrevido ― quando um marido deixa a sua mulher e foge com a vizinha, evidentemente, que também o faz “por amor”: por amor à vizinha.

Ao pensar em tudo isto, chegamos à conclusão de que a lição mais importante que devemos assimilar nesta vida é esta: aprender a amar. Não com um amor qualquer ― mas com um amor autêntico. E essa lição estuda-se em casa, com uns professores especialmente dotados: os nossos pais. Depois ― e noutro plano ― também a podemos aprender na igreja, na escola e na sociedade. Digo noutro plano porque os pais são sempre os primeiros e os principais educadores dos seus filhos (Catecismo 1653).

Então, podemos dizer sem exagero que o objectivo da missão educativa dos pais é simplesmente ― e não é pouco ― ensinar a amar. Mas atenção: é muito mais fácil ensinar Português, Matemática e Inglês do que ensinar a amar. Esta cadeira que os pais têm de leccionar requer grande parte do seu empenho e das suas energias. Passar tempo real junto dos filhos, ouvi-los a sós um a um, adiantar-se para falar serenamente sobre temas centrais da vida: origem da mesma, crise da adolescência, namoro, vocação que Deus tem previsto para cada um de nós.

E como devem os pais levar a cabo esta missão? Com um amor genuíno, sacrificado, autêntico. O amor não é somente a finalidade da educação ― é também a alma da tarefa educativa.

E convém que os pais não se esqueçam de que os seus filhos estão sujeitos a inúmeras imagens deformadas sobre o que significa amar. Uma omissão da parte deles em temas relacionados com esta matéria pode desencadear nos filhos processos de desumanização que depois são difíceis de recuperar.

Resumindo: diante de imagens deformadas do autêntico rosto do amor, os pais têm a gozosa missão ― confiada por Deus ― de transmitir, de modo vivo, com o exemplo e com a palavra, o seu verdadeiro significado.

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Ver cada coisa com os olhos de Deus

Eis o resumo apresentado em português, nesta audiência geral, da catequese desenvolvida pelo Papa em italiano:
"Começamos hoje um ciclo de catequeses sobre os sete dons do Espírito Santo. O primeiro deles é a sabedoria, que nos permite ver todas as coisas com os olhos de Deus. Esta sabedoria não provém tanto dos conhecimentos que temos como sobretudo da intimidade com Deus. Quando estamos em comunhão com o Senhor, de certo modo o Espírito Santo transfigura o nosso coração e faz-nos sentir todo o seu calor e a sua predilecção: então tudo nos fala de Deus e torna-se sinal da sua misericórdia e do seu amor. Isto torna sábio o nosso coração, não no sentido de saber tudo, de ter uma resposta para tudo, mas no sentido de que saboreia Deus: o nosso coração e a nossa vida têm o gosto, o sabor de Deus. Como é importante haver tais cristãos nas nossas comunidades! Neles, tudo fala de Deus, tornando-se um sinal vivo e estupendo da sua presença e do seu amor. Mas isto não o podemos improvisar, nem alcançar só por nós mesmos; é um dom que Deus concede àqueles que se tornam dóceis ao seu Espírito."

O Santo Padre reservou, como sempre, uma saudação especial aos peregrinos lusófonos:
"Queridos peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! A todos vos saúdo, especialmente aos fiéis brasileiros de Belém e de Rio Bonito e aos universitários de Portugal, desejando-vos de prosperar na sabedoria que vem de Deus, a fim de que, tornados peritos das coisas de Deus, possais comunicar aos outros a sua doçura e o seu amor. Desça, sobre vós e vossas famílias, a abundância das suas bênçãos."

(Fonte: 'news.va')

Vídeo da ocasião em espanhol

Viver o Tríduo pascal

À medida que a Páscoa se aproximava, crescia em D. Álvaro a preparação para aproveitar bem o Tríduo pascal. Dizia-nos uma vez: «Havemos de procurar ser mais um, vivendo em intimidade de entrega e de sentimentos os diversos passos do Mestre durante a Paixão, acompanhar Nosso Senhor e a Santíssima Virgem com o coração e a cabeça, naqueles tremendos acontecimentos, dos quais não estivemos ausentes quando eles aconteceram, porque o Senhor sofreu e morreu pelos pecados de cada uma e de cada um de nós. Pedi à Santíssima Trindade que nos conceda a graça de entrar mais a fundo na dor que cada um causou a Jesus Cristo, para adquirirmos o hábito da contrição, que foi tão profundo na vida do nosso santo Fundador e o levou a heroicos graus de Amor» [7].

A liturgia de Quinta-feira Santa impressionava, naturalmente, D. Álvaro. E cheio de esperança, de alegria, também humana, considerava a entrega de Cristo à Igreja, por cada alma, manifestada na instituição da Eucaristia e do sacerdócio. Visitava os Monumentos com ânimo de meditar e assumir o Sacrifício supremo de Jesus. Gostava de passar pelas igrejas onde O colocavam com maior solenidade, também com o desejo de se preparar melhor para acolher constantemente Deus na sua alma.

Várias vezes comentou que o comoviam as leituras dos diversos ofícios litúrgicos desses dias, e de forma muito particular a narração da Paixão segundo S. João. Recomendava a leitura e meditação da Paixão do Senhor e a adoração da Santa Cruz. Detinha-se a rezar o canto das Lamentações, na Sexta-feira Santa, e o Exsúltet, o pregão da Vigília Pascal.

Em sinal de gratidão e de esperança, beijava com frequência o crucifixo que trazia no bolso, ou o que punha sobre a mesa de trabalho. Tratemos Jesus com autêntico carinho de enamorados, como D. Álvaro fazia, segundo o conselho do nosso Padre: o teu Crucifixo. – Como cristão, deverias trazer sempre contigo o teu Crucifixo. E colocá-lo sobre a tua mesa de trabalho. E beijá-lo antes de te entregares ao descanso e ao acordar. E quando o pobre corpo se rebelar contra a tua alma, beija-o também [8]. Testemunhei que este modo de proceder contagiava outras pessoas, que acabavam por imitá-lo nessas práticas cheias de vigorosa piedade e de naturalidade cristã.

[7]. D. Álvaro del Portillo, Carta, 1-IV-1987.
[8]. S. Josemaria, Caminho, n. 302.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de abril de 2014)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

Trevas

«Porque tudo quanto tiverdes dito nas trevas há-de ouvir-se em plena luz, e o que tiverdes dito ao ouvido, em lugares retirados, será proclamado sobre os terraços.»

(S. Lucas, 12,3)

«Todas as nossas palavras serão inúteis se não brotarem do fundo do coração. As palavras que não dão luz aumentam a escuridão.»

(Beata Madre Teresa de Calcutá)

Que a nossa humildade se sobreponha à vaidade

«De nada vos serve levantar muito cedo» diz o Salmo (126, 2) [...]. Assim eram os filhos de Zebedeu que, antes de terem suportado a humilhação, à semelhança do Senhor na Sua Paixão, já tinham escolhido os respectivos lugares: um à Sua esquerda e outro à Sua direita. Queriam «levantar-se antes da Luz». [...] Pedro também se levantou antes da Luz, quando deu ao Senhor o conselho de não sofrer por nós. De facto, o Senhor tinha falado da Sua Paixão e das humilhações que sofreria para nos salvar, e Pedro, que anteriormente tinha confessado que Jesus era o Filho de Deus, foi tomado de horror pela ideia da Sua morte e disse-Lhe: «Deus te livre, Senhor! Isso nunca te há-de acontecer!» (cf. Mt 16,22) Queria levantar-se antes da Aurora, dar conselhos à Luz. Mas que fez o Senhor? Fê-lo levantar-se depois da Luz dizendo-lhe: «Afasta-se Satanás!» [...] «Passa para trás para que Eu vá à tua frente e tu Me sigas. Vem após Mim, em vez de tentares mostrar-Me o caminho pelo qual queres seguir». [...]

Porque quereis então, filhos de Zebedeu, levantar-vos antes do Dia? Eis a questão que temos de lhes colocar; não ficarão irritados porque estas coisas estão escritas a respeito deles, a fim de que nós saibamos preservar-nos do orgulho em que eles caíram. Para quê querer levantar-se antes do Dia? É um esforço vão. Quereis exaltar-vos antes de serdes humilhados? O vosso Senhor, que é a vossa Luz, humilhou-Se a Si próprio para ser exaltado. Escutai o que diz Paulo: «Ele, que era de condição divina, não reivindicou o direito de ser equiparado a Deus; mas despojou-Se a Si mesmo, tomando a condição de servo. Tornando-Se semelhante aos homens, tido pelo aspecto como homem, humilhou-Se a Si mesmo, tornando-Se obediente até à morte e morte de cruz. Por isso mesmo é que Deus O exaltou.» (Fil 2, 6-9)

(Santo Agostinho - Discursos sobre os Salmos, Sl 126)

«Vós pretendeis matar-Me»

Santo André de Creta (660-740), monge, bispo 
Grande Cânone da liturgia ortodoxa para a quaresma, 4ª ode


Acorda, minha alma, exprime as tuas obras,
Que elas repassem diante dos teus olhos
E que deles brotem lágrimas.
Revela a Cristo os teus actos e pensamentos,
E serás justificada.
Tem piedade de mim, meu Deus, tem piedade de mim.

Na cruz, ó Verbo, Palavra de Deus, ofereceste por todos
O teu corpo e o teu sangue;
O teu corpo para recriar o meu,
O teu sangue para me lavar.
Cristo, entregaste o teu espírito
Para me levares ao teu Pai (cf Lc 23,46).

Foi ao coração desta terra que o seu Criador veio para nos salvar.
Quis ser pregado na árvore das dores
E deste modo o paraíso perdido foi reencontrado (cf Lc 23,43).
É por isso que és adorado pelo céu e pela terra,
Por toda a criação,
Pela multidão dos resgatados vindos de todas as nações.

Que o sangue e a água que jorraram
Do teu lado trespassado (cf Jo 19,34)
Sejam para mim um banho baptismal,
Uma bebida redentora.
E assim, ungido pelas tuas palavras de vida como por um perfume,
E recebendo-as como bebida,
Ficarei duplamente purificado, ó Verbo, Palavra de Deus.

A Igreja é o cálice que recebe
O jorro vivificante do teu lado,
Fluxo duplo e único de conhecimento e perdão,
Imagem dos Testamentos, o Antigo e o Novo,
Reunidos num só.
Tem piedade de mim, meu Deus, tem piedade de mim.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 9 de abril de 2014

Jesus disse então aos judeus que creram n'Ele: «Se vós permanecerdes na Minha palavra sereis verdadeiramente Meus discípulos,  conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres». Eles responderam-Lhe: «Nós somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravosde ninguém; como dizes Tu: Sereis livres?». Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. Ora o escravo não fica para sempre na casa, mas o filho é que fica nela para sempre. Por isso, se o Filho vos livrar, sereis verdadeiramente livres. Bem sei que sois descendentes de Abraão, mas procurais matar-Me porque a Minha palavra não penetra em vós. Eu digo o que vi em Meu Pai; e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai». Eles replicaram: «O nosso pai é Abraão». Jesus disse-lhes: «Se sois filhos de Abraão, fazei as obras de Abraão. Mas agora procurais matar-Me, a Mim, que vos disse a verdade que ouvi de Deus. Abraão nunca fez isto. Vós fazeis as obras do vosso pai». Eles disseram-Lhe: «Nós não somos filhos da prostituição, temos um pai que é Deus». Jesus disse-lhes: «Se Deus fosse vosso pai, certamente Me amaríeis porque Eu saí e vim de Deus. Não vim de Mim mesmo, mas foi Ele que Me enviou. 

Jo 8, 31-42