Decisão sobre a regularização da situação da Sociedade de São
Pio X está nas mãos de Bento XVI, explica Bernard Fellay.
O superior-geral da Sociedade de São Pio X (SSPX), o bispo Bernard
Fellay, falou recentemente sobre o estado das conversações com Roma, que visam
a regularização deste grupo tradicionalista, formalmente em ruptura com o
Vaticano desde 1988.
Durante duas intervenções públicas em Viena, na Áustria, o superior-geral da SSPX falou desta questão.
Bernard Fellay deixou no ar que as coisas estão bem encaminhadas, mas não definidas ainda, mas que há muitos que se opõem à reconciliação. O Papa deseja muito um fim positivo para este diálogo, garante Fellay, mas “esta não é certamente a vontade de toda a gente na Igreja.”
Fellay foi mesmo mais longe ao afirmar que o próprio demónio quer evitar que os tradicionalistas voltem à Igreja: “O diabo está à solta! Em todo o lado. Na fraternidade e na Igreja. Há mesmo pessoas que não nos querem, são os modernistas, os progressistas”, afirmou.
É claro, contudo, que a preocupação de Fellay não está só com os liberais na Igreja Católica, mas também com uma certa ala dura na SSPX que também não vê com bons olhos a reintegração.
O processo encontra-se agora nas mãos de Bento XVI. O ano passado Roma enviou um documento com questões doutrinais para ser assinado pela SSPX. Fellay devolveu o documento, com ligeiras modificações, e já ratificado e este foi analisado pela Congregação para a Doutrina da Fé a semana passada, tendo obtido, ao que tudo indica, um parecer positivo.
Sabe-se que na sexta-feira passada o parecer da CDF foi entregue em mão a Bento XVI. Fellay confirma que tudo depende do Papa neste momento: “É difícil dizer, mas pode ser que nos próximos dias ou semanas o Papa decida directamente, ou pode ser que devolva a questão à CDF. Há muita pressão em Roma”, afirmou.
Segundo Fellay o Papa sabe que será atacado no caso de aceitar de volta a SSPX.
Da parte dos tradicionalistas nem tudo é certo, afirma ainda Fellay, tudo depende de algumas salvaguardas que ainda estão por definir. “O grande medo é que sejamos transformados”, afirmou. “Queremos garantias de que poderemos continuar a actuar como temos feito até agora e, a esse respeito, as coisas ainda não são claras”.
Fellay garante, contudo, que a avançar a reconciliação os actuais fiéis tradicionalistas não sentirão qualquer diferença no dia-a-dia. A solução canónica proposta por Roma ainda não é pública, mas poderá passar por uma prelatura pessoal, como tem actualmente o Opus Dei, que dê aos tradicionalistas a autonomia de se governarem sem interferência dos bispos locais.
Durante duas intervenções públicas em Viena, na Áustria, o superior-geral da SSPX falou desta questão.
Bernard Fellay deixou no ar que as coisas estão bem encaminhadas, mas não definidas ainda, mas que há muitos que se opõem à reconciliação. O Papa deseja muito um fim positivo para este diálogo, garante Fellay, mas “esta não é certamente a vontade de toda a gente na Igreja.”
Fellay foi mesmo mais longe ao afirmar que o próprio demónio quer evitar que os tradicionalistas voltem à Igreja: “O diabo está à solta! Em todo o lado. Na fraternidade e na Igreja. Há mesmo pessoas que não nos querem, são os modernistas, os progressistas”, afirmou.
É claro, contudo, que a preocupação de Fellay não está só com os liberais na Igreja Católica, mas também com uma certa ala dura na SSPX que também não vê com bons olhos a reintegração.
O processo encontra-se agora nas mãos de Bento XVI. O ano passado Roma enviou um documento com questões doutrinais para ser assinado pela SSPX. Fellay devolveu o documento, com ligeiras modificações, e já ratificado e este foi analisado pela Congregação para a Doutrina da Fé a semana passada, tendo obtido, ao que tudo indica, um parecer positivo.
Sabe-se que na sexta-feira passada o parecer da CDF foi entregue em mão a Bento XVI. Fellay confirma que tudo depende do Papa neste momento: “É difícil dizer, mas pode ser que nos próximos dias ou semanas o Papa decida directamente, ou pode ser que devolva a questão à CDF. Há muita pressão em Roma”, afirmou.
Segundo Fellay o Papa sabe que será atacado no caso de aceitar de volta a SSPX.
Da parte dos tradicionalistas nem tudo é certo, afirma ainda Fellay, tudo depende de algumas salvaguardas que ainda estão por definir. “O grande medo é que sejamos transformados”, afirmou. “Queremos garantias de que poderemos continuar a actuar como temos feito até agora e, a esse respeito, as coisas ainda não são claras”.
Fellay garante, contudo, que a avançar a reconciliação os actuais fiéis tradicionalistas não sentirão qualquer diferença no dia-a-dia. A solução canónica proposta por Roma ainda não é pública, mas poderá passar por uma prelatura pessoal, como tem actualmente o Opus Dei, que dê aos tradicionalistas a autonomia de se governarem sem interferência dos bispos locais.
Rádio Renascença
Vídeo em alemão