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sexta-feira, 1 de julho de 2011
"Quis experimentar a fadiga e o cansaço"
Não sabes se será fraqueza física ou uma espécie de cansaço interior que se apoderou de ti, ou as duas coisas ao mesmo tempo... Lutas sem luta, sem o empenho de uma autêntica melhoria positiva, para pegar a alegria e o amor de Cristo às almas. Quero lembrar-te as palavras claras do Espírito Santo: só será coroado quem tiver lutado "legitime" – deveras! –, apesar dos pesares. (Sulco, 163)
A alegria, o optimismo sobrenatural e humano, são compatíveis com o cansaço físico, com a dor, com as lágrimas – porque temos coração –, com as dificuldades na nossa vida interior ou na tarefa apostólica.
Ele, "perfectus Deus, perfectus homo", perfeito Deus e perfeito homem, que tinha toda a felicidade do Céu, quis experimentar a fadiga e o cansaço, o pranto e a dor..., para que percebermos que para ser sobrenaturais temos de ser muito humanos. (Forja, 290)
Sempre que nos cansemos – no trabalho, no estudo, na tarefa apostólica – sempre que no horizonte haja trevas, então é preciso olhar Cristo: Jesus bom, Jesus cansado, Jesus faminto e sedento. Como te fazes compreender bem, Senhor! Como te fazes amar! Mostras-te igual a nós em tudo, excepto no pecado, para que sintamos que contigo poderemos vencer as nossas más inclinações e as nossas culpas. Efectivamente, não têm importância o cansaço, a fome, a sede, as lágrimas... Cristo cansou-se, passou fome, teve sede, chorou. O que importa é a luta – uma luta amável, porque o Senhor permanece sempre a nosso lado – para cumprir a vontade do Pai que está nos céus. (Amigos de Deus, 201)
Na Festa do Sagrado Coração de Jesus – homilia de São Josemaría Escrivá a 17 de Junho 1966
Tesouros inesgotáveis
Deus Pai dignou-Se conceder-nos, no Coração do Filho, infinitos dilectionis thesauros, tesouros inesgotáveis de amor, de misericórdia, de ternura. Se quisermos descobrir com evidência que Deus nos ama - que não só escuta as nossas orações, mas até Se nos antecipa - basta-nos seguir o mesmo raciocínio de S. Paulo: “Aquele que nem ao seu próprio Filho perdoou, mas O entregou à morte por nós, corno não nos dará, com Ele, todas as coisas?”.
Cristo que passa, 162
As palavras não são necessárias
Cristo na Cruz, com o Coração trespassado de Amor pelos homens, é uma resposta eloquente - as palavras não são necessárias - à pergunta sobre o valor das coisas e das pessoas. Pois valem tanto os homens, a sua vida, a sua felicidade, que o próprio Filho de Deus Se entrega para os remir, para os purificar, para os elevar! Quem não amará o seu coração tão ferido? - perguntava uma alma contemplativa. E continuava a perguntar: Quem não dará amor por amor? Quem não abraçará um Coração tão puro?
Nós, que somos de carne, pagaremos amor com amor, abraçaremos o Ferido que encontrámos, Aquele a quem os ímpios atravessaram as mãos e os pés, o lado e o Coração. Peçamos-lhe que Se digne prender o nosso coração com o vínculo do seu amor, feri-lo com uma lança, pois é ainda duro e impenitente.
O que é preciso para entendê-lo
São pensamentos, afectos e palavras que as almas enamoradas desde sempre dedicaram a Jesus. Mas, para entender essa linguagem, para saber na verdade o que é o coração humano e o Coração de Cristo e o amor de Deus, são precisas a Fé e a humildade. Foi com Fé e humildade que Santo Agostinho escreveu para nós estas palavras universalmente famosas: “criastes-nos, Senhor, para Vós, e o nosso coração está inquieto enquanto em Vós não repousa”.
Cristo que passa, 165
Que nos dê um coração bom
Na festa de hoje, havemos de pedir ao Senhor que nos dê um coração bom, capaz de se compadecer das penas das criaturas, capaz de compreender que, para remediar os tormentos que acompanham e tanto angustiam as almas neste mundo, o verdadeiro bálsamo é o amor, a caridade; todas as outras consolações só servem para nos distrair por um momento e deixar depois amargura e desespero.
O resumo de toda a lei
Se queremos ajudar os outros, temos de os amar - deixai-me insistir - com um amor que seja compreensão e entrega, afecto e humildade voluntária. Assim compreenderemos por que quis o Senhor resumir toda a Lei nesse duplo mandamento, que é afinal um mandamento só: o amor de Deus e o amor do próximo, com todo o coração.
Cristo que passa, 167
Viver no Coração de Jesus, unir-nos a Ele estreitamente é, portanto, convertermo-nos em morada de Deus. Aquele que Me ama será amado pelo meu Pai, anunciou o Senhor. E Cristo e o Pai, no Espírito Santo, vêm à alma e fazem nela a sua morada.
A nossa maneira de ser transforma-se
Quando compreendemos - ainda que seja só um poucochinho - estas verdades fundamentais, a nossa maneira de ser transforma-se. Passamos a ter fome de Deus e fazemos nossas as palavras do Salmo: Meu Deus, eu Te procuro solícito; sedenta de Ti está a minha alma; a minha carne deseja-Te, como terra árida, sem água. E Jesus, que suscitou as nossas ansiedades, vem ao nosso encontro e diz-nos: se alguém tem sede, venha a Mim e beba.
Descanso e fortaleza
E oferece-nos o seu Coração, para encontrarmos nele o nosso repouso e a nossa fortaleza. Se aceitarmos o seu chamamento, veremos como as suas palavras são verdadeiras, e aumentará a nossa fome e a nossa sede, até desejarmos que Deus estabeleça no nosso coração o lugar do seu repouso e não afaste de nós o seu calor e a sua luz.
Cristo que passa, 170
Ler o texto completo: O Coração de Cristo, Paz dos cristãos, Homilia pronunciada no dia 17 de Junho de 1966, Festa do Sagrado Coração de Jesus.
Deus Pai dignou-Se conceder-nos, no Coração do Filho, infinitos dilectionis thesauros, tesouros inesgotáveis de amor, de misericórdia, de ternura. Se quisermos descobrir com evidência que Deus nos ama - que não só escuta as nossas orações, mas até Se nos antecipa - basta-nos seguir o mesmo raciocínio de S. Paulo: “Aquele que nem ao seu próprio Filho perdoou, mas O entregou à morte por nós, corno não nos dará, com Ele, todas as coisas?”.
Cristo que passa, 162
As palavras não são necessárias
Cristo na Cruz, com o Coração trespassado de Amor pelos homens, é uma resposta eloquente - as palavras não são necessárias - à pergunta sobre o valor das coisas e das pessoas. Pois valem tanto os homens, a sua vida, a sua felicidade, que o próprio Filho de Deus Se entrega para os remir, para os purificar, para os elevar! Quem não amará o seu coração tão ferido? - perguntava uma alma contemplativa. E continuava a perguntar: Quem não dará amor por amor? Quem não abraçará um Coração tão puro?
Nós, que somos de carne, pagaremos amor com amor, abraçaremos o Ferido que encontrámos, Aquele a quem os ímpios atravessaram as mãos e os pés, o lado e o Coração. Peçamos-lhe que Se digne prender o nosso coração com o vínculo do seu amor, feri-lo com uma lança, pois é ainda duro e impenitente.
O que é preciso para entendê-lo
São pensamentos, afectos e palavras que as almas enamoradas desde sempre dedicaram a Jesus. Mas, para entender essa linguagem, para saber na verdade o que é o coração humano e o Coração de Cristo e o amor de Deus, são precisas a Fé e a humildade. Foi com Fé e humildade que Santo Agostinho escreveu para nós estas palavras universalmente famosas: “criastes-nos, Senhor, para Vós, e o nosso coração está inquieto enquanto em Vós não repousa”.
Cristo que passa, 165
Que nos dê um coração bom
Na festa de hoje, havemos de pedir ao Senhor que nos dê um coração bom, capaz de se compadecer das penas das criaturas, capaz de compreender que, para remediar os tormentos que acompanham e tanto angustiam as almas neste mundo, o verdadeiro bálsamo é o amor, a caridade; todas as outras consolações só servem para nos distrair por um momento e deixar depois amargura e desespero.
O resumo de toda a lei
Se queremos ajudar os outros, temos de os amar - deixai-me insistir - com um amor que seja compreensão e entrega, afecto e humildade voluntária. Assim compreenderemos por que quis o Senhor resumir toda a Lei nesse duplo mandamento, que é afinal um mandamento só: o amor de Deus e o amor do próximo, com todo o coração.
Cristo que passa, 167
Viver no Coração de Jesus, unir-nos a Ele estreitamente é, portanto, convertermo-nos em morada de Deus. Aquele que Me ama será amado pelo meu Pai, anunciou o Senhor. E Cristo e o Pai, no Espírito Santo, vêm à alma e fazem nela a sua morada.
A nossa maneira de ser transforma-se
Quando compreendemos - ainda que seja só um poucochinho - estas verdades fundamentais, a nossa maneira de ser transforma-se. Passamos a ter fome de Deus e fazemos nossas as palavras do Salmo: Meu Deus, eu Te procuro solícito; sedenta de Ti está a minha alma; a minha carne deseja-Te, como terra árida, sem água. E Jesus, que suscitou as nossas ansiedades, vem ao nosso encontro e diz-nos: se alguém tem sede, venha a Mim e beba.
Descanso e fortaleza
E oferece-nos o seu Coração, para encontrarmos nele o nosso repouso e a nossa fortaleza. Se aceitarmos o seu chamamento, veremos como as suas palavras são verdadeiras, e aumentará a nossa fome e a nossa sede, até desejarmos que Deus estabeleça no nosso coração o lugar do seu repouso e não afaste de nós o seu calor e a sua luz.
Cristo que passa, 170
Ler o texto completo: O Coração de Cristo, Paz dos cristãos, Homilia pronunciada no dia 17 de Junho de 1966, Festa do Sagrado Coração de Jesus.
Fonte: site de São Josemaría Escrivá em http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/na-festa-do-sagrado-coraccedilao-de-jesus
Um mistério actual
Hoje é dia do Sagrado Coração de Jesus. Uma devoção que, para muitos, terá caído em desuso, bizarramente reduzida àquelas imagens de Cristo com o coração vermelho saliente.
É pena, porque não é a estética que define esta devoção e a mais recente prova da sua actualidade está no anúncio de que Bento XVI vai consagrar todos os jovens que participam, em Agosto, na Jornada Mundial da Juventude, de Madrid, ao Sagrado Coração de Jesus.
Sobre este mistério, tão profundamente enraizado na tradição portuguesa, vale a pena recordar a expressão do Beato João Paulo II: “Próximo do coração de Cristo, o coração humano aprende a conhecer o sentido verdadeiro e único da vida e do próprio destino, aprende a compreender o valor de uma vida autenticamente cristã, a prevenir-se de certas perversões do coração, a unir o amor filial a Deus com o amor ao próximo”.
O mistério do Coração de Jesus torna-se, assim, o caminho para a plena libertação do Homem. E esta é uma valiosa indicação - para jovens e não só.
Sobre este mistério, tão profundamente enraizado na tradição portuguesa, vale a pena recordar a expressão do Beato João Paulo II: “Próximo do coração de Cristo, o coração humano aprende a conhecer o sentido verdadeiro e único da vida e do próprio destino, aprende a compreender o valor de uma vida autenticamente cristã, a prevenir-se de certas perversões do coração, a unir o amor filial a Deus com o amor ao próximo”.
O mistério do Coração de Jesus torna-se, assim, o caminho para a plena libertação do Homem. E esta é uma valiosa indicação - para jovens e não só.
Aura Miguel
Fonte: Rádio Renascença
Sagrado Coração de Jesus
A liturgia deste dia convida-nos a contemplar a bondade, a ternura e a misericórdia de Deus pelos homens – por todos os homens, sem excepção. Como imagem privilegiada para exprimir esta realidade, a Palavra de Deus utiliza a figura do Pastor: Deus é o Pastor que, com amor, cuida do seu rebanho.
A primeira leitura apresenta Deus como um “bom pastor” (contraposto aos líderes de Israel, os “maus pastores” que conduziram o Povo por caminhos de egoísmo e de morte), cuja preocupação fundamental é o bem-estar do seu rebanho; nesse contexto, o profeta anuncia a obra do Pastor/Deus: libertação do rebanho/Povo, o êxodo para a terra da liberdade, a condução do rebanho para “pastagens excelentes” e os cuidados amorosos que o Pastor dispensará a cada uma das suas ovelhas.
A segunda leitura lembra-nos que o amor de Deus se derrama continuamente sobre os homens. A prova cabal desse imenso amor é Jesus Cristo, o Filho que o Pai enviou ao nosso encontro para nos libertar do egoísmo e do pecado e que deu a própria vida para que o projecto de amor do Pai se concretizasse e atingisse a humanidade inteira.
O Evangelho retoma a imagem do Deus/Pastor, cujo amor se derrama, de forma especial, sobre as ovelhas feridas e perdidas do rebanho. Dessa forma, sugere-se que o Pastor/Deus não só não exclui ninguém da sua proposta de salvação – nem sequer aqueles que, pelas suas atitudes “politicamente incorrectas” são marginalizados pelos outros homens – mas até tem um “fraco” especial pelos excluídos: são precisamente esses os destinatários privilegiados do amor de Deus.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
S. Josemaría nesta data em 1974
Durante um encontro na residência universitária Alameda, em Santiago do Chile, perguntaram-lhe como se inflama a alma, para amar a Jesus Cristo: “Inflama-se, quando cuidas, bem recolhida, a oração; e quando o recebes na Comunhão, e repetes na tua acção de graças: eu sei que és Tu, eu creio com toda a minha alma; sei que Tu estás real, verdadeira e substancialmente, oculto sob as espécies sacramentais, com o teu Corpo, o teu Sangue, a tua Alma e a tua Divindade. E vai passando o tempo, e depois contas-lhe o que amas, porque Ele ouve-te e escuta-te”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Preciosíssimo Sangue de Cristo
Em 1848, o Papa Pio IX foi expulso de Roma pelas forças revolucionárias. No ano seguinte, os exércitos franceses permitiram-lhe voltar à Cidade Eterna, após um ataque que durou de 28 de Julho a 1 de Julho. Invocando e dando graças pelo sangue derramado por Jesus por amor aos homens de todos os tempos, o Sumo Pontífice criou esta festa, situando-a no dia em que lhe foi possível voltar a Roma. S. Pio X alargou a festa à Igreja Universal. Nos nossos dias é celebrada solenemente em algumas congregações religiosas.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
«Vinde a Mim, todos»
Se os homens soubessem o que é o amor do Senhor, acorreriam a Cristo em multidão, e todos seriam reconfortados com a Sua graça: a Sua misericórdia é inexprimível.
O Senhor ama o pecador arrependido e aperta-o contra o peito com ternura : «Meu filho, onde estavas ? Há muito que te espero.» O Senhor chama a Si todos os homens com a voz do Evangelho, e essa voz ressoa pelo mundo inteiro «Vinde a Mim, todos vós que sofreis, e encontrareis descanso; vinde e bebei da água viva, vinde e compreendei que vos amo; se não vos amasse, não vos chamaria; mas não posso tolerar que uma só das Minhas ovelhas se perca; mesmo por uma só, o Pastor vai de montanha em montanha procurá-la por todo o lado; vinde a mim, ovelhinhas, fui Eu quem vos criei, Eu amo-vos. Foi o Meu amor por vós que Me fez descer à terra e foi pela vossa salvação que tudo suportei. Oxalá conhecêsseis o Meu amor e pudésseis dizer como os Apóstolos no Tabor: «Senhor, é bom estarmos aqui» (Mt 17,4)».
Assim nos chama o Senhor, sem parar. «Vinde a Mim e encontrareis descanso...», Ele que nos alimenta com o Seu corpo puríssimo e com o Seu sangue, Ele que, cheio de bondade, nos educa pela Sua palavra e pelo Espírito Santo, Ele que nos revelou os Mistérios e vive em nós e nos sacramentos da Igreja, Ele que nos conduzirá aonde veremos a Sua glória.
O Senhor ama o pecador arrependido e aperta-o contra o peito com ternura : «Meu filho, onde estavas ? Há muito que te espero.» O Senhor chama a Si todos os homens com a voz do Evangelho, e essa voz ressoa pelo mundo inteiro «Vinde a Mim, todos vós que sofreis, e encontrareis descanso; vinde e bebei da água viva, vinde e compreendei que vos amo; se não vos amasse, não vos chamaria; mas não posso tolerar que uma só das Minhas ovelhas se perca; mesmo por uma só, o Pastor vai de montanha em montanha procurá-la por todo o lado; vinde a mim, ovelhinhas, fui Eu quem vos criei, Eu amo-vos. Foi o Meu amor por vós que Me fez descer à terra e foi pela vossa salvação que tudo suportei. Oxalá conhecêsseis o Meu amor e pudésseis dizer como os Apóstolos no Tabor: «Senhor, é bom estarmos aqui» (Mt 17,4)».
Assim nos chama o Senhor, sem parar. «Vinde a Mim e encontrareis descanso...», Ele que nos alimenta com o Seu corpo puríssimo e com o Seu sangue, Ele que, cheio de bondade, nos educa pela Sua palavra e pelo Espírito Santo, Ele que nos revelou os Mistérios e vive em nós e nos sacramentos da Igreja, Ele que nos conduzirá aonde veremos a Sua glória.
São Siluane Atonita (1866-1938), monge ortodoxo, santo das Igrejas Ortodoxas
Escritos
Escritos
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Do Evangelho de hoje
O «Vinde a Mim todos os que estais fatigados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo leve». (Mt 11, 28-30)
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