Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Santos populares

Portugal festeja, neste mês, os seus santos populares: S. António, S. João Baptista e S. Pedro, a 13, 24 e 29 de Junho, respectivamente. São a excepção à nova regra, que expurgou do calendário a memória dos santos, para o preencher com as mais abstrusas efemérides, como o primeiro sábado de Julho, dia mundial das cooperativas e, a 30 de Setembro, o dia internacional do direito à blasfémia.

Nestes dias dos santos populares, as ruas dos bairros típicos dos velhos burgos enchem-se de animação, e improvisam-se altares numas esconsas escadinhas, ou nas portas das tascas, onde o único incenso é o cheiro a vinho e a sardinhas. Alguns severos liturgistas não acharão graça a esta profanação do culto, mas estou certo que os nossos santos, lá no céu, não levam a mal a sem-cerimónia, nem que o seu nome seja invocado para introduzir uma chalaça atrevida, para justificar um inocente beijo mais arrojado, ou até para desculpar mais um copo de sangria.

«A alegria, que era a pequena publicidade do pagão, é o gigantesco segredo do cristão». Com efeito, «para o pagão, as coisas pequenas são agradáveis, como os pequenos regatos que irrompem nas montanhas, mas as coisas grandes, contudo, são amargas» porque, «quando o pagão olha para o coração do cosmos, fica gelado». Mas, prossegue Chesterton, «a melancolia devia ser um inocente interlúdio, um suave e passageiro estado de espírito; e o louvor deveria ser o permanente pulsar da alma, (?) porque a alegria é a tumultuosa actividade em que todas as coisas vivem».

Nestes dias das suas festas, quero crer que os santos populares piscam o olho às nossas fraquezas, à conta do que há de mais verdadeiro e puro neste culto popular e, afinal, em toda a autêntica devoção cristã: a alegria. Boas festas!

Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada in 'i' online
http://www.ionline.pt/iOpiniao/santos-populares

Amar a Cristo...

Confiança em Ti, no Pai e no Espírito Santo certos de que nada nos faltará, é o que procuramos ter sempre, sobretudo nas dificuldades e interrogações sobre o futuro. A nossa fraqueza, leva-nos por vezes a esquecermo-nos de depositar em oração a Teus pés com total confiança os nossos problemas e dúvidas, sobrevalorizando na nossa pequenez de análise e soberba de tudo desejar controlar, os nossos bens e conceitos terrenos, esquecendo-nos da sua efemeridade.

Senhor Jesus, Filho de Deus, ajuda-nos a suplantar esta recorrente falta de confiança levando-nos para mais próximo de Ti na oração!

JPR

A lógica do casamento gay foi criada pelos heterossexuais

Homens e mulheres são sacrificados aos ídolos do lucro e do consumo: é a “cultura do descartável”

A Praça S. Pedro encheu-se mais uma vez para a Audiência Geral desta quarta-feira.

O Papa dedicou inteiramente sua catequese à natureza, por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente, promovido pelas Nações Unidas, que este ano lança um apelo contra o desperdício de alimentos.

Quando falamos de meio ambiente, disse o Papa, o pensamento remete às primeiras páginas da Bíblia, ao Livro do Génesis, onde se afirma que Deus colocou o homem e a mulher sobre a terra para que a cultivassem e a guardassem.

Mas é o que estamos fazendo?, questionou o Pontífice. “Esta indicação de Deus não foi feita só no início da história, mas a cada um de nós. É nossa responsabilidade fazer com que o mundo se torne um jardim, num local habitável por todos. Mas nós, ao invés, somos muitas vezes guiados pela soberba do domínio, da posse, da manipulação, da exploração. Estamos perdendo a atitude do estupor, da contemplação, da escuta da criação. Isso acontece porque pensamos e vivemos de modo horizontal, nos afastamos de Deus.”

Todavia, esta responsabilidade de “cultivar e guardar” não diz respeito somente à natureza, mas compreende também as relações humanas. Francisco lembrou que seus predecessores falaram de ecologia humana intimamente relacionada à ecologia ambiental. A crise que hoje se vive, e que se reflete no meio ambiente, é sobretudo humana. E alertou: “A pessoa humana está em perigo!” E o perigo é grave porque a causa do problema não é superficial, mas profunda: não é somente uma questão de economia, mas de ética e de antropologia.

“A Igreja já falou isso várias vezes; e muitos dizem: sim, é verdade.... mas o sistema continua o mesmo. O que domina são as dinâmicas de uma economia sem ética. Hoje, o dinheiro comanda. Deste modo, homens e mulheres são sacrificados aos ídolos do lucro e do consumo: é a “cultura do descartável”. Se um computador quebra, é uma tragédia, mas a pobreza, as necessidades, os dramas de tantas pessoas acabam por fazer parte da normalidade…”

Esta “cultura do descartável” tende a se tornar mentalidade comum, que contagia a todos. A vida humana já não é sentida como o valor primário a respeitar e tutelar, especialmente se é pobre ou deficiente, se não serve – como o nascituro –, ou não serve mais – como idoso.

“Esta cultura do descartável nos tornou insensíveis também aos desperdícios e aos restos de alimentos – o que é ainda mais deplorável quando muitas pessoas e famílias sofrem fome e desnutrição em várias partes do mundo. O consumismo nos induziu a nos acostumar com o supérfluo e ao desperdício quotidiano de comida. Lembremo-nos, porém, que o alimento que jogamos fora é como se o tivéssemos roubado da mesa do pobre, de quem tem fome!”

Jesus não quer desperdício, lembrou o Papa. Depois da multiplicação dos pães e dos peixes, mandou recolher os pedaços que sobraram, para que nada se perdesse. Quando o alimento é repartido de modo justo, ninguém carece do necessário.

“Convido todos a refletirem sobre o problema da perda e do desperdício de alimento para identificar vias que sejam veículo de solidariedade e de compartilha com os mais necessitados. Ecologia humana e ecologia ambiental caminham juntas. Gostaria então que todos assumissem seriamente o compromisso de respeitar e proteger a criação, de estar atento a cada pessoa, de combater a cultura do desperdício e do descartável, para promover uma cultura da solidariedade e do encontro.

Depois da catequese, o Papa saudou os grupos presentes na Praça. Dos peregrinos de língua portuguesa, fez uma saudação especial aos fiéis diocesanos de Curitiba com o seu Arcebispo, D. Moacyr Vitti.

(Fonte: 'news.va')

Vídeo da ocasião em italiano

Lamentar-se diante de Deus não é um pecado

Como todas as manhãs, o Papa celebrou a missa na capela da Casa Santa Marta.

Na homilia, comentou a história de Tobit e Sara, da primeira leitura do dia, que vivem situações dramáticas. Tobit fica cego, colocando em risco a própria vida. Sara casa com sete homens que morrem na noite de núpcias. Eles se lamentam, mas não blasfemam:
“Lamentar-se diante de Deus não é um pecado. O Senhor ouve, escuta as nossas lamentações. Pensemos em Jo, que diz: ‘Maldito o dia em que vim ao mundo...’. Também Jeremias, no capítulo 20: ‘Maldito o dia…’. Lamentam-se inclusive com uma maldição, mas não ao Senhor, mas àquela situação.”

Isso é humano, disse o Papa. Há tantas situações trágicas, como crianças desnutridas, refugiados, doentes terminais. Mas a essas pessoas devemos pensar com a nossa carne, com o nosso coração; e não de maneira académica, com as estatísticas, mas sim humana. Nesses casos, é preciso fazer o que diz Jesus, ou seja, rezar:
“Rezar por elas. Elas devem entrar no meu coração, devem ser uma inquietação para mim: o meu irmão sofre, a minha irmã sofre. Eis...o mistério da comunhão dos Santos: rezar ao Senhor. Rezar, permitam-me dizer, com a carne: que a nossa carne reze. Não com as ideias. Rezar com o coração”.

Mesmo pedindo para morrer, as orações de Tobit e Sara se dirigem ao Senhor, nos dão esperança porque foram de alguma maneira acolhidas por Deus, que cura Tobit e dá finalmente uma marido a Sara. “As orações sempre chegam à glória de Deus, sempre, quando vêm do coração”, afirmou.

Por fim, Francisco convidou a rezar por quem vive situações dramáticas e sofrem tanto e como Jesus na Cruz, que gritam: ‘Pai, por que me abandonaste?’. “Rezemos para que a nossa oração chegue e seja um pouco de esperança para todos nós.”

(Fonte: 'news.va')

Vídeo da ocasião em italiano

Dar graças ao Espírito Santo

Ao começar o mês de junho, vem-nos sempre à ideia com uma força especial a lembrança de S. Josemaria, cuja Memória litúrgica – Solenidade, na Prelatura – se celebra no dia 26. Ao meditar no seu exemplo de vida, ao reler os seus escritos, apercebemo-nos cada vez mais das grandes maravilhas que Deus realiza nas almas plenamente fiéis aos Seus desígnios. Vem-me aos lábios aquela exclamação da Sagrada Escritura: mirábilis Deus in sanctis suis [1]: como Deus é admirável nos Seus santos!

A plena identificação com Cristo – que nisto consiste a santidade – atribui-se de maneira especial ao Espírito Santo. Demos-Lhe graças pela ação com que santifica continua­mente as almas. Ao celebrarmos há poucos dias a Solenidade do Pentecostes e depois a da Santíssima Trindade, elevámos com frequência o nosso coração a esse Deus cuja vontade é, como S. Paulo escreve, que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade [2].

[1]. Sl 67/68, 36 (Vg).
[2]. 1 Tm 2, 4.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de junho de 2013)

© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

Martírio

Se deixa de existir algo por que valha a pena morrer, também a vida se torna vazia. Só se existe o bem absoluto, pelo qual vale a pena morrer, e o mal eterno, que nunca se converte em bem, só então o homem é confirmado na sua dignidade e estamos protegidos da ditadura das ideologias.

(Cardeal Joseph Ratzinger em Las catorze encíclicas de Juan Pablo II’, discurso no Congresso de homenagem aos vinte e cinco anos de Pontificado de João Paulo II, Pontifícia Universidade Lateranense, 07-09.05.2004)

Deus é um Deus de vivos

Catecismo da Igreja Católica 
§§ 293-294


É uma verdade fundamental, que a Escritura e a Tradição não cessam de ensinar e de celebrar: «O mundo foi criado para glória de Deus» (Vaticano I). Deus criou todas as coisas, explica São Boaventura, «não para aumentar a Sua glória, mas para a manifestar e para a comunicar». Para criar, Deus não tem outra razão senão o Seu amor e a Sua bondade: «As criaturas saíram da mão [de Deus], aberta pela chave do amor» (São Tomás de Aquino). [...]

A glória de Deus está em que se realize esta manifestação e esta comunicação da Sua bondade, em ordem às quais o mundo foi criado. Fazer de nós «filhos adoptivos por Jesus Cristo. Assim aprouve à Sua vontade, para que fosse enaltecida a glória da sua graça» (Ef 1, 5-6): «Porque a glória de Deus é o homem vivo, e a vida do homem é a visão de Deus: se a revelação de Deus pela criação já proporcionou a vida a todos os seres que vivem na terra, quanto mais a manifestação do Pai pelo Verbo proporciona a vida aos que vêem a Deus!» (Santo Ireneu). O fim último da criação é que Deus Pai, «criador de todos os seres, venha finalmente a ser “tudo em todos” (1Cor 15,28), provendo, ao mesmo tempo, à Sua glória e à nossa felicidade» (Vaticano II).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Creio na ressurreição da carne» (Credo)

São Justino (c. 100 -160), filósofo, mártir

Tratado sobre a ressurreição, 2.4.7-9 (a partir da trad. OC, Migne, 1994, pp. 345ss.)

Aqueles que estão enganados dizem que não há ressurreição da carne, que é impossível que esta, após ter sido destruída e reduzida a pó, reencontre a sua integridade. Segundo eles, a salvação da carne seria não apenas impossível mas nociva: eles culpam a carne, denunciam os seus defeitos, tornam-na responsável pelos pecados; dizem que, se esta carne ressuscitar, também os seus defeitos ressuscitarão [...]. E aliás o Salvador disse «Quando ressuscitarem de entre os mortos não se casarão, mas serão como anjos nos céus». Ora os anjos, dizem eles, não têm carne, não comem nem se unem. Portanto, dizem eles, não haverá ressurreição da carne. [...]

Como são cegos os olhos do intelecto! Porque eles não viram na terra «os cegos verem, os coxos caminharem» (Mt 11, 5) graças à palavra do Salvador [...], para nos fazer crer que na ressurreição a carne ressuscitará completa. Se nesta terra Ele curou as enfermidades da carne e devolveu ao corpo a sua integridade, quanto mais fará no momento da ressurreição, para que a carne ressuscite sem defeito, integralmente [...]. Parece-me que essas pessoas ignoram a acção divina no seu conjunto, na origem da criação, no fabrico do homem; elas ignoram a razão por que as coisas terrenas foram feitas.

O Verbo disse: «Façamos o homem à Nossa imagem e semelhança» (Gn 1, 26). [...] É evidente que o homem, moldado à imagem de Deus, era de carne. Que absurdo é considerar desprezível e sem qualquer mérito a carne moldada por Deus segundo a Sua imagem! É evidente que a carne é preciosa aos olhos de Deus porque é obra Sua. E, porque nela se encontra o princípio do Seu projecto para o resto da criação, é o que há de mais precioso aos olhos do Criador.

O Evangelho do dia 5 de junho de 2013

Foram ter com Ele os saduceus, que negam a ressurreição, e interrogaram-n'O, dizendo: «Mestre, Moisés deixou-nos escrito que, se morrer o irmão de alguém e deixar a mulher sem filhos, seu irmão tome a mulher dele e dê descendência a seu irmão. Ora havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu sem deixar filhos. O segundo casou com a viúva e morreu também sem deixar filhos. Do mesmo modo o terceiro. Nenhum dos sete deixou filhos. Depois deles todos, morreu também a mulher. Na ressurreição, pois, quando tornarem a viver, de qual deles será ela mulher? Porque os sete a tiveram por mulher». Jesus respondeu-lhes: «Não andareis vós em erro, porque não compreendeis as Escrituras, nem o poder de Deus? Quando ressuscitarem de entre os mortos, nem os homens tomarão mulheres, nem as mulheres maridos, mas todos serão como anjos do céu. Relativamente à ressurreição dos mortos, não lestes no livro de Moisés, como Deus lhe falou sobre a sarça, dizendo: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob”? Ele não é Deus dos mortos, mas dos vivos. Logo vós estais num grande erro».

Mc 12, 18-27